Haddad chega ao Japão para estreitar laços com comunidade global e apresentar plano de voo ao G7


Ministro vai mostrar na reunião dos países mais ricos do mundo as propostas que considera fundamentais para a economia brasileira, como o arcabouço fiscal e a reforma tributária

Por Eduardo Gayer
Atualização:

TÓQUIO (JAPÃO) - Firme na proposta do governo Lula de turbinar a política externa brasileira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, desembarcou nesta quarta-feira, 10, no Japão para participar da cúpula do G7 Financeiro, que acontece em Niigata entre os dias 11 e 13. No encontro, o chefe da equipe econômica quer estreitar laços com seus mais importantes contrapartes estrangeiros e apresentar o plano de voo para a economia brasileira - notadamente, o arcabouço fiscal e a reforma tributária - ao longo de suas reuniões bilaterais.

O G7 é formado por Estados Unidos, Alemanha, Japão, Reino Unido, França, Itália e Canadá. Neste ano, o Brasil participa na condição de convidado, assim como Índia, Coreia do Sul e Indonésia. Na semana que vem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chega ao Japão para participar da cúpula presidencial, convite por ele aceito após a garantia de que terá acesso às principais discussões do encontro. O petista queria evitar assumir um papel secundário.

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Há grande expectativa para o comunicado final do G7 Financeiro. Em meio à perspectiva de enfraquecimento da atividade econômica global, reforçada após o Fundo Monetário Internacional (FMI) cortar sua perspectiva de crescimento para diferentes países, o grupo deve reiterar a decisão de apoiar a Ucrânia e adotar sanções à Rússia pela invasão territorial.

O G7 mostra união quando o assunto é a guerra, enquanto o Brasil tenta evitar tomar um lado no conflito - embora tenha condenado na ONU a invasão territorial da Ucrânia por parte do governo de Moscou. Recentemente, Lula foi criticado por falas consideradas como pró-Rússia.

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A conjuntura econômica global, com destaque para a estabilidade financeira e problema da dívida nos países pobres, é um tema que será debatido ao longo do G7 Financeiro. Outro tema é a cadeia internacional de suprimentos, afetada pela guerra e que causou abalos no processo inflacionário mundial.

“Paz, combate à desigualdade, questão das big techs, a questão democrática, de como enfrentar o avanço da extrema-direita no mundo e as dívidas dos países mais pobres, como os africanos. Tudo isso está na pauta”, comentou Haddad, ainda no Brasil.

Ministro da Fazenda terá encontros no evento com Janet Yellen e Joseph Stiglitz Foto: Adriano Machado/Reuters
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Encontro com Yellen

A primeira agenda de Haddad será um encontro bilateral com a secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, na tarde de quinta-feira. Os dois compartilham o desafio de embalar a economia de seus países frente a bancos centrais que têm adotado postura “hawkish” - isto é, aplicado o remédio amargo dos juros para conter a inflação. A pauta principal do encontro, no entanto, é a reforma do Banco Mundial, de acordo com o Ministério da Fazenda.

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“Enquanto estiver no Japão, a secretária Yellen trabalhará com nossos parceiros mais próximos de muitas das maiores economias do mundo para coordenar ações para tornar a economia global mais forte e enfrentar desafios compartilhados – incluindo aqueles decorrentes da guerra ilegal da Rússia na Ucrânia”, disse o Tesouro americano, em nota, sobre a agenda de Yellen.

Na sexta-feira, Haddad terá um café da manhã com o economista Joseph Stiglitz, ganhador de prêmio Nobel. Recentemente, Stiglitz afirmou que a esquerda gere melhor a economia e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está correto em suas críticas à taxa de juros do Brasil. Hoje, a Selic está em 13,75%, nível que o governo considera muito alto. O encontro, porém, deve ter como foco discussões sobre economia verde.

Em seguida, ele segue para reunião com a ministra de Finanças da Índia, Nirmala Sitharaman. A ideia é passar o bastão do G20, que neste ano será presidido pela Índia e, no próximo, pelo Brasil.

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Às 13 horas da sexta-feira, começa a programação oficial do G7. Na abertura, um debate com Stiglitz sobre o futuro do Estado de bem-estar social. Em seguida, um painel sobre a macroeconomia dos países emergentes, oportunidade para Haddad defender sua política econômica. Por fim, uma sessão sobre financiamento dos mais diversos setores, sobretudo de infraestrutura. À noite, haverá um jantar com a participação dos convidados para o evento.

Às margens do evento, está prevista ainda uma reunião bilateral com o ministro das Finanças do Japão, Shunichi Suzuk.

TÓQUIO (JAPÃO) - Firme na proposta do governo Lula de turbinar a política externa brasileira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, desembarcou nesta quarta-feira, 10, no Japão para participar da cúpula do G7 Financeiro, que acontece em Niigata entre os dias 11 e 13. No encontro, o chefe da equipe econômica quer estreitar laços com seus mais importantes contrapartes estrangeiros e apresentar o plano de voo para a economia brasileira - notadamente, o arcabouço fiscal e a reforma tributária - ao longo de suas reuniões bilaterais.

O G7 é formado por Estados Unidos, Alemanha, Japão, Reino Unido, França, Itália e Canadá. Neste ano, o Brasil participa na condição de convidado, assim como Índia, Coreia do Sul e Indonésia. Na semana que vem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chega ao Japão para participar da cúpula presidencial, convite por ele aceito após a garantia de que terá acesso às principais discussões do encontro. O petista queria evitar assumir um papel secundário.

Há grande expectativa para o comunicado final do G7 Financeiro. Em meio à perspectiva de enfraquecimento da atividade econômica global, reforçada após o Fundo Monetário Internacional (FMI) cortar sua perspectiva de crescimento para diferentes países, o grupo deve reiterar a decisão de apoiar a Ucrânia e adotar sanções à Rússia pela invasão territorial.

O G7 mostra união quando o assunto é a guerra, enquanto o Brasil tenta evitar tomar um lado no conflito - embora tenha condenado na ONU a invasão territorial da Ucrânia por parte do governo de Moscou. Recentemente, Lula foi criticado por falas consideradas como pró-Rússia.

A conjuntura econômica global, com destaque para a estabilidade financeira e problema da dívida nos países pobres, é um tema que será debatido ao longo do G7 Financeiro. Outro tema é a cadeia internacional de suprimentos, afetada pela guerra e que causou abalos no processo inflacionário mundial.

“Paz, combate à desigualdade, questão das big techs, a questão democrática, de como enfrentar o avanço da extrema-direita no mundo e as dívidas dos países mais pobres, como os africanos. Tudo isso está na pauta”, comentou Haddad, ainda no Brasil.

Ministro da Fazenda terá encontros no evento com Janet Yellen e Joseph Stiglitz Foto: Adriano Machado/Reuters

Encontro com Yellen

A primeira agenda de Haddad será um encontro bilateral com a secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, na tarde de quinta-feira. Os dois compartilham o desafio de embalar a economia de seus países frente a bancos centrais que têm adotado postura “hawkish” - isto é, aplicado o remédio amargo dos juros para conter a inflação. A pauta principal do encontro, no entanto, é a reforma do Banco Mundial, de acordo com o Ministério da Fazenda.

“Enquanto estiver no Japão, a secretária Yellen trabalhará com nossos parceiros mais próximos de muitas das maiores economias do mundo para coordenar ações para tornar a economia global mais forte e enfrentar desafios compartilhados – incluindo aqueles decorrentes da guerra ilegal da Rússia na Ucrânia”, disse o Tesouro americano, em nota, sobre a agenda de Yellen.

Na sexta-feira, Haddad terá um café da manhã com o economista Joseph Stiglitz, ganhador de prêmio Nobel. Recentemente, Stiglitz afirmou que a esquerda gere melhor a economia e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está correto em suas críticas à taxa de juros do Brasil. Hoje, a Selic está em 13,75%, nível que o governo considera muito alto. O encontro, porém, deve ter como foco discussões sobre economia verde.

Em seguida, ele segue para reunião com a ministra de Finanças da Índia, Nirmala Sitharaman. A ideia é passar o bastão do G20, que neste ano será presidido pela Índia e, no próximo, pelo Brasil.

Às 13 horas da sexta-feira, começa a programação oficial do G7. Na abertura, um debate com Stiglitz sobre o futuro do Estado de bem-estar social. Em seguida, um painel sobre a macroeconomia dos países emergentes, oportunidade para Haddad defender sua política econômica. Por fim, uma sessão sobre financiamento dos mais diversos setores, sobretudo de infraestrutura. À noite, haverá um jantar com a participação dos convidados para o evento.

Às margens do evento, está prevista ainda uma reunião bilateral com o ministro das Finanças do Japão, Shunichi Suzuk.

TÓQUIO (JAPÃO) - Firme na proposta do governo Lula de turbinar a política externa brasileira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, desembarcou nesta quarta-feira, 10, no Japão para participar da cúpula do G7 Financeiro, que acontece em Niigata entre os dias 11 e 13. No encontro, o chefe da equipe econômica quer estreitar laços com seus mais importantes contrapartes estrangeiros e apresentar o plano de voo para a economia brasileira - notadamente, o arcabouço fiscal e a reforma tributária - ao longo de suas reuniões bilaterais.

O G7 é formado por Estados Unidos, Alemanha, Japão, Reino Unido, França, Itália e Canadá. Neste ano, o Brasil participa na condição de convidado, assim como Índia, Coreia do Sul e Indonésia. Na semana que vem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chega ao Japão para participar da cúpula presidencial, convite por ele aceito após a garantia de que terá acesso às principais discussões do encontro. O petista queria evitar assumir um papel secundário.

Há grande expectativa para o comunicado final do G7 Financeiro. Em meio à perspectiva de enfraquecimento da atividade econômica global, reforçada após o Fundo Monetário Internacional (FMI) cortar sua perspectiva de crescimento para diferentes países, o grupo deve reiterar a decisão de apoiar a Ucrânia e adotar sanções à Rússia pela invasão territorial.

O G7 mostra união quando o assunto é a guerra, enquanto o Brasil tenta evitar tomar um lado no conflito - embora tenha condenado na ONU a invasão territorial da Ucrânia por parte do governo de Moscou. Recentemente, Lula foi criticado por falas consideradas como pró-Rússia.

A conjuntura econômica global, com destaque para a estabilidade financeira e problema da dívida nos países pobres, é um tema que será debatido ao longo do G7 Financeiro. Outro tema é a cadeia internacional de suprimentos, afetada pela guerra e que causou abalos no processo inflacionário mundial.

“Paz, combate à desigualdade, questão das big techs, a questão democrática, de como enfrentar o avanço da extrema-direita no mundo e as dívidas dos países mais pobres, como os africanos. Tudo isso está na pauta”, comentou Haddad, ainda no Brasil.

Ministro da Fazenda terá encontros no evento com Janet Yellen e Joseph Stiglitz Foto: Adriano Machado/Reuters

Encontro com Yellen

A primeira agenda de Haddad será um encontro bilateral com a secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, na tarde de quinta-feira. Os dois compartilham o desafio de embalar a economia de seus países frente a bancos centrais que têm adotado postura “hawkish” - isto é, aplicado o remédio amargo dos juros para conter a inflação. A pauta principal do encontro, no entanto, é a reforma do Banco Mundial, de acordo com o Ministério da Fazenda.

“Enquanto estiver no Japão, a secretária Yellen trabalhará com nossos parceiros mais próximos de muitas das maiores economias do mundo para coordenar ações para tornar a economia global mais forte e enfrentar desafios compartilhados – incluindo aqueles decorrentes da guerra ilegal da Rússia na Ucrânia”, disse o Tesouro americano, em nota, sobre a agenda de Yellen.

Na sexta-feira, Haddad terá um café da manhã com o economista Joseph Stiglitz, ganhador de prêmio Nobel. Recentemente, Stiglitz afirmou que a esquerda gere melhor a economia e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está correto em suas críticas à taxa de juros do Brasil. Hoje, a Selic está em 13,75%, nível que o governo considera muito alto. O encontro, porém, deve ter como foco discussões sobre economia verde.

Em seguida, ele segue para reunião com a ministra de Finanças da Índia, Nirmala Sitharaman. A ideia é passar o bastão do G20, que neste ano será presidido pela Índia e, no próximo, pelo Brasil.

Às 13 horas da sexta-feira, começa a programação oficial do G7. Na abertura, um debate com Stiglitz sobre o futuro do Estado de bem-estar social. Em seguida, um painel sobre a macroeconomia dos países emergentes, oportunidade para Haddad defender sua política econômica. Por fim, uma sessão sobre financiamento dos mais diversos setores, sobretudo de infraestrutura. À noite, haverá um jantar com a participação dos convidados para o evento.

Às margens do evento, está prevista ainda uma reunião bilateral com o ministro das Finanças do Japão, Shunichi Suzuk.

TÓQUIO (JAPÃO) - Firme na proposta do governo Lula de turbinar a política externa brasileira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, desembarcou nesta quarta-feira, 10, no Japão para participar da cúpula do G7 Financeiro, que acontece em Niigata entre os dias 11 e 13. No encontro, o chefe da equipe econômica quer estreitar laços com seus mais importantes contrapartes estrangeiros e apresentar o plano de voo para a economia brasileira - notadamente, o arcabouço fiscal e a reforma tributária - ao longo de suas reuniões bilaterais.

O G7 é formado por Estados Unidos, Alemanha, Japão, Reino Unido, França, Itália e Canadá. Neste ano, o Brasil participa na condição de convidado, assim como Índia, Coreia do Sul e Indonésia. Na semana que vem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chega ao Japão para participar da cúpula presidencial, convite por ele aceito após a garantia de que terá acesso às principais discussões do encontro. O petista queria evitar assumir um papel secundário.

Há grande expectativa para o comunicado final do G7 Financeiro. Em meio à perspectiva de enfraquecimento da atividade econômica global, reforçada após o Fundo Monetário Internacional (FMI) cortar sua perspectiva de crescimento para diferentes países, o grupo deve reiterar a decisão de apoiar a Ucrânia e adotar sanções à Rússia pela invasão territorial.

O G7 mostra união quando o assunto é a guerra, enquanto o Brasil tenta evitar tomar um lado no conflito - embora tenha condenado na ONU a invasão territorial da Ucrânia por parte do governo de Moscou. Recentemente, Lula foi criticado por falas consideradas como pró-Rússia.

A conjuntura econômica global, com destaque para a estabilidade financeira e problema da dívida nos países pobres, é um tema que será debatido ao longo do G7 Financeiro. Outro tema é a cadeia internacional de suprimentos, afetada pela guerra e que causou abalos no processo inflacionário mundial.

“Paz, combate à desigualdade, questão das big techs, a questão democrática, de como enfrentar o avanço da extrema-direita no mundo e as dívidas dos países mais pobres, como os africanos. Tudo isso está na pauta”, comentou Haddad, ainda no Brasil.

Ministro da Fazenda terá encontros no evento com Janet Yellen e Joseph Stiglitz Foto: Adriano Machado/Reuters

Encontro com Yellen

A primeira agenda de Haddad será um encontro bilateral com a secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, na tarde de quinta-feira. Os dois compartilham o desafio de embalar a economia de seus países frente a bancos centrais que têm adotado postura “hawkish” - isto é, aplicado o remédio amargo dos juros para conter a inflação. A pauta principal do encontro, no entanto, é a reforma do Banco Mundial, de acordo com o Ministério da Fazenda.

“Enquanto estiver no Japão, a secretária Yellen trabalhará com nossos parceiros mais próximos de muitas das maiores economias do mundo para coordenar ações para tornar a economia global mais forte e enfrentar desafios compartilhados – incluindo aqueles decorrentes da guerra ilegal da Rússia na Ucrânia”, disse o Tesouro americano, em nota, sobre a agenda de Yellen.

Na sexta-feira, Haddad terá um café da manhã com o economista Joseph Stiglitz, ganhador de prêmio Nobel. Recentemente, Stiglitz afirmou que a esquerda gere melhor a economia e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está correto em suas críticas à taxa de juros do Brasil. Hoje, a Selic está em 13,75%, nível que o governo considera muito alto. O encontro, porém, deve ter como foco discussões sobre economia verde.

Em seguida, ele segue para reunião com a ministra de Finanças da Índia, Nirmala Sitharaman. A ideia é passar o bastão do G20, que neste ano será presidido pela Índia e, no próximo, pelo Brasil.

Às 13 horas da sexta-feira, começa a programação oficial do G7. Na abertura, um debate com Stiglitz sobre o futuro do Estado de bem-estar social. Em seguida, um painel sobre a macroeconomia dos países emergentes, oportunidade para Haddad defender sua política econômica. Por fim, uma sessão sobre financiamento dos mais diversos setores, sobretudo de infraestrutura. À noite, haverá um jantar com a participação dos convidados para o evento.

Às margens do evento, está prevista ainda uma reunião bilateral com o ministro das Finanças do Japão, Shunichi Suzuk.

TÓQUIO (JAPÃO) - Firme na proposta do governo Lula de turbinar a política externa brasileira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, desembarcou nesta quarta-feira, 10, no Japão para participar da cúpula do G7 Financeiro, que acontece em Niigata entre os dias 11 e 13. No encontro, o chefe da equipe econômica quer estreitar laços com seus mais importantes contrapartes estrangeiros e apresentar o plano de voo para a economia brasileira - notadamente, o arcabouço fiscal e a reforma tributária - ao longo de suas reuniões bilaterais.

O G7 é formado por Estados Unidos, Alemanha, Japão, Reino Unido, França, Itália e Canadá. Neste ano, o Brasil participa na condição de convidado, assim como Índia, Coreia do Sul e Indonésia. Na semana que vem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chega ao Japão para participar da cúpula presidencial, convite por ele aceito após a garantia de que terá acesso às principais discussões do encontro. O petista queria evitar assumir um papel secundário.

Há grande expectativa para o comunicado final do G7 Financeiro. Em meio à perspectiva de enfraquecimento da atividade econômica global, reforçada após o Fundo Monetário Internacional (FMI) cortar sua perspectiva de crescimento para diferentes países, o grupo deve reiterar a decisão de apoiar a Ucrânia e adotar sanções à Rússia pela invasão territorial.

O G7 mostra união quando o assunto é a guerra, enquanto o Brasil tenta evitar tomar um lado no conflito - embora tenha condenado na ONU a invasão territorial da Ucrânia por parte do governo de Moscou. Recentemente, Lula foi criticado por falas consideradas como pró-Rússia.

A conjuntura econômica global, com destaque para a estabilidade financeira e problema da dívida nos países pobres, é um tema que será debatido ao longo do G7 Financeiro. Outro tema é a cadeia internacional de suprimentos, afetada pela guerra e que causou abalos no processo inflacionário mundial.

“Paz, combate à desigualdade, questão das big techs, a questão democrática, de como enfrentar o avanço da extrema-direita no mundo e as dívidas dos países mais pobres, como os africanos. Tudo isso está na pauta”, comentou Haddad, ainda no Brasil.

Ministro da Fazenda terá encontros no evento com Janet Yellen e Joseph Stiglitz Foto: Adriano Machado/Reuters

Encontro com Yellen

A primeira agenda de Haddad será um encontro bilateral com a secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, na tarde de quinta-feira. Os dois compartilham o desafio de embalar a economia de seus países frente a bancos centrais que têm adotado postura “hawkish” - isto é, aplicado o remédio amargo dos juros para conter a inflação. A pauta principal do encontro, no entanto, é a reforma do Banco Mundial, de acordo com o Ministério da Fazenda.

“Enquanto estiver no Japão, a secretária Yellen trabalhará com nossos parceiros mais próximos de muitas das maiores economias do mundo para coordenar ações para tornar a economia global mais forte e enfrentar desafios compartilhados – incluindo aqueles decorrentes da guerra ilegal da Rússia na Ucrânia”, disse o Tesouro americano, em nota, sobre a agenda de Yellen.

Na sexta-feira, Haddad terá um café da manhã com o economista Joseph Stiglitz, ganhador de prêmio Nobel. Recentemente, Stiglitz afirmou que a esquerda gere melhor a economia e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está correto em suas críticas à taxa de juros do Brasil. Hoje, a Selic está em 13,75%, nível que o governo considera muito alto. O encontro, porém, deve ter como foco discussões sobre economia verde.

Em seguida, ele segue para reunião com a ministra de Finanças da Índia, Nirmala Sitharaman. A ideia é passar o bastão do G20, que neste ano será presidido pela Índia e, no próximo, pelo Brasil.

Às 13 horas da sexta-feira, começa a programação oficial do G7. Na abertura, um debate com Stiglitz sobre o futuro do Estado de bem-estar social. Em seguida, um painel sobre a macroeconomia dos países emergentes, oportunidade para Haddad defender sua política econômica. Por fim, uma sessão sobre financiamento dos mais diversos setores, sobretudo de infraestrutura. À noite, haverá um jantar com a participação dos convidados para o evento.

Às margens do evento, está prevista ainda uma reunião bilateral com o ministro das Finanças do Japão, Shunichi Suzuk.

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