Ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central

Opinião|Galípolo já tem a confiança de Lula e de Haddad, mas terá de buscar agora a confiança de todos


As críticas do presidente a Campos Neto colocaram uma carga nos ombros de Galípolo; quando ele assumir, terá de agir com firmeza

Por Henrique Meirelles
Atualização:

A indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central pelo presidente Lula não causou surpresas, o que é positivo. O mercado já esperava a indicação e está atento a ele há meses, como é normal. Galípolo tem a confiança do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e de Lula; agora terá de demonstrar independência e compromisso com a missão de manter a inflação dentro da meta. Terá de trabalhar para ganhar a confiança de todos como presidente de Banco Central.

O fato de ser a primeira sucessão no Banco Central sob a lei da autonomia cria peculiaridades. Galípolo permanecerá como diretor de Política Monetária até o final do ano, quando termina o mandato de Roberto Campos Neto. Sua postura nas próximas três reuniões do Copom deste ano será observada com muita atenção pelos agentes econômicos.

Galípolo tem a vantagem de ser diretor de Política Monetária há quase dois anos. Conhece bem a metodologia e os modelos econométricos do BC, que permitem traçar cenários sobre inflação, juros e atividade econômica, e são usados pelo Copom para a tomada de decisões.

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Lei da autonomia protege Galípolo do risco de demissão por razões políticas e permite que ele trabalhe com tranquilidade Foto: Wilton Junior/Estadão

As críticas do presidente Lula a Campos Neto colocaram uma carga nos ombros de Galípolo. Quando assumir, ele terá de agir com firmeza, não só para não ser visto como um presidente do BC sem independência e leniente com a inflação, como também para gerenciar as expectativas, fundamentais para o crescimento da economia.

Eu já disse aqui que o termo “mercado” não se resume a meia dúzia de grandes investidores com escritórios na Faria Lima. Um dono de padaria no interior da Bahia e um microempreendedor em Goiás também fazem parte do “mercado”. Se sentirem efeitos da inflação, vão aumentar os preços; se estiverem otimistas sobre o futuro da economia, podem contratar um funcionário e investir no aumento da produção. O trabalho de um presidente do BC deve levar em conta o emprego e os investimentos.

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A lei da autonomia protege Galípolo do risco de demissão por razões políticas e permite que ele trabalhe com tranquilidade.

Quando assumi o Banco Central, em 2003, não havia lei, apenas um acordo entre mim e o presidente Lula de que agiria com independência. Sofri críticas fortes, fui pressionado pelo fogo amigo. Mas permaneci oito anos, com inflação na meta e crescimento do PIB acima de 4% ao ano, em média.

Conto em detalhes esta história do fogo amigo em 2003 – e outras – em meu livro de memórias, Calma Sob Pressão. Será um prazer receber a todos no lançamento, dia 24, a partir das 19h na livraria da Travessa, no shopping Iguatemi, em São Paulo.

A indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central pelo presidente Lula não causou surpresas, o que é positivo. O mercado já esperava a indicação e está atento a ele há meses, como é normal. Galípolo tem a confiança do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e de Lula; agora terá de demonstrar independência e compromisso com a missão de manter a inflação dentro da meta. Terá de trabalhar para ganhar a confiança de todos como presidente de Banco Central.

O fato de ser a primeira sucessão no Banco Central sob a lei da autonomia cria peculiaridades. Galípolo permanecerá como diretor de Política Monetária até o final do ano, quando termina o mandato de Roberto Campos Neto. Sua postura nas próximas três reuniões do Copom deste ano será observada com muita atenção pelos agentes econômicos.

Galípolo tem a vantagem de ser diretor de Política Monetária há quase dois anos. Conhece bem a metodologia e os modelos econométricos do BC, que permitem traçar cenários sobre inflação, juros e atividade econômica, e são usados pelo Copom para a tomada de decisões.

Lei da autonomia protege Galípolo do risco de demissão por razões políticas e permite que ele trabalhe com tranquilidade Foto: Wilton Junior/Estadão

As críticas do presidente Lula a Campos Neto colocaram uma carga nos ombros de Galípolo. Quando assumir, ele terá de agir com firmeza, não só para não ser visto como um presidente do BC sem independência e leniente com a inflação, como também para gerenciar as expectativas, fundamentais para o crescimento da economia.

Eu já disse aqui que o termo “mercado” não se resume a meia dúzia de grandes investidores com escritórios na Faria Lima. Um dono de padaria no interior da Bahia e um microempreendedor em Goiás também fazem parte do “mercado”. Se sentirem efeitos da inflação, vão aumentar os preços; se estiverem otimistas sobre o futuro da economia, podem contratar um funcionário e investir no aumento da produção. O trabalho de um presidente do BC deve levar em conta o emprego e os investimentos.

A lei da autonomia protege Galípolo do risco de demissão por razões políticas e permite que ele trabalhe com tranquilidade.

Quando assumi o Banco Central, em 2003, não havia lei, apenas um acordo entre mim e o presidente Lula de que agiria com independência. Sofri críticas fortes, fui pressionado pelo fogo amigo. Mas permaneci oito anos, com inflação na meta e crescimento do PIB acima de 4% ao ano, em média.

Conto em detalhes esta história do fogo amigo em 2003 – e outras – em meu livro de memórias, Calma Sob Pressão. Será um prazer receber a todos no lançamento, dia 24, a partir das 19h na livraria da Travessa, no shopping Iguatemi, em São Paulo.

A indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central pelo presidente Lula não causou surpresas, o que é positivo. O mercado já esperava a indicação e está atento a ele há meses, como é normal. Galípolo tem a confiança do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e de Lula; agora terá de demonstrar independência e compromisso com a missão de manter a inflação dentro da meta. Terá de trabalhar para ganhar a confiança de todos como presidente de Banco Central.

O fato de ser a primeira sucessão no Banco Central sob a lei da autonomia cria peculiaridades. Galípolo permanecerá como diretor de Política Monetária até o final do ano, quando termina o mandato de Roberto Campos Neto. Sua postura nas próximas três reuniões do Copom deste ano será observada com muita atenção pelos agentes econômicos.

Galípolo tem a vantagem de ser diretor de Política Monetária há quase dois anos. Conhece bem a metodologia e os modelos econométricos do BC, que permitem traçar cenários sobre inflação, juros e atividade econômica, e são usados pelo Copom para a tomada de decisões.

Lei da autonomia protege Galípolo do risco de demissão por razões políticas e permite que ele trabalhe com tranquilidade Foto: Wilton Junior/Estadão

As críticas do presidente Lula a Campos Neto colocaram uma carga nos ombros de Galípolo. Quando assumir, ele terá de agir com firmeza, não só para não ser visto como um presidente do BC sem independência e leniente com a inflação, como também para gerenciar as expectativas, fundamentais para o crescimento da economia.

Eu já disse aqui que o termo “mercado” não se resume a meia dúzia de grandes investidores com escritórios na Faria Lima. Um dono de padaria no interior da Bahia e um microempreendedor em Goiás também fazem parte do “mercado”. Se sentirem efeitos da inflação, vão aumentar os preços; se estiverem otimistas sobre o futuro da economia, podem contratar um funcionário e investir no aumento da produção. O trabalho de um presidente do BC deve levar em conta o emprego e os investimentos.

A lei da autonomia protege Galípolo do risco de demissão por razões políticas e permite que ele trabalhe com tranquilidade.

Quando assumi o Banco Central, em 2003, não havia lei, apenas um acordo entre mim e o presidente Lula de que agiria com independência. Sofri críticas fortes, fui pressionado pelo fogo amigo. Mas permaneci oito anos, com inflação na meta e crescimento do PIB acima de 4% ao ano, em média.

Conto em detalhes esta história do fogo amigo em 2003 – e outras – em meu livro de memórias, Calma Sob Pressão. Será um prazer receber a todos no lançamento, dia 24, a partir das 19h na livraria da Travessa, no shopping Iguatemi, em São Paulo.

A indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central pelo presidente Lula não causou surpresas, o que é positivo. O mercado já esperava a indicação e está atento a ele há meses, como é normal. Galípolo tem a confiança do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e de Lula; agora terá de demonstrar independência e compromisso com a missão de manter a inflação dentro da meta. Terá de trabalhar para ganhar a confiança de todos como presidente de Banco Central.

O fato de ser a primeira sucessão no Banco Central sob a lei da autonomia cria peculiaridades. Galípolo permanecerá como diretor de Política Monetária até o final do ano, quando termina o mandato de Roberto Campos Neto. Sua postura nas próximas três reuniões do Copom deste ano será observada com muita atenção pelos agentes econômicos.

Galípolo tem a vantagem de ser diretor de Política Monetária há quase dois anos. Conhece bem a metodologia e os modelos econométricos do BC, que permitem traçar cenários sobre inflação, juros e atividade econômica, e são usados pelo Copom para a tomada de decisões.

Lei da autonomia protege Galípolo do risco de demissão por razões políticas e permite que ele trabalhe com tranquilidade Foto: Wilton Junior/Estadão

As críticas do presidente Lula a Campos Neto colocaram uma carga nos ombros de Galípolo. Quando assumir, ele terá de agir com firmeza, não só para não ser visto como um presidente do BC sem independência e leniente com a inflação, como também para gerenciar as expectativas, fundamentais para o crescimento da economia.

Eu já disse aqui que o termo “mercado” não se resume a meia dúzia de grandes investidores com escritórios na Faria Lima. Um dono de padaria no interior da Bahia e um microempreendedor em Goiás também fazem parte do “mercado”. Se sentirem efeitos da inflação, vão aumentar os preços; se estiverem otimistas sobre o futuro da economia, podem contratar um funcionário e investir no aumento da produção. O trabalho de um presidente do BC deve levar em conta o emprego e os investimentos.

A lei da autonomia protege Galípolo do risco de demissão por razões políticas e permite que ele trabalhe com tranquilidade.

Quando assumi o Banco Central, em 2003, não havia lei, apenas um acordo entre mim e o presidente Lula de que agiria com independência. Sofri críticas fortes, fui pressionado pelo fogo amigo. Mas permaneci oito anos, com inflação na meta e crescimento do PIB acima de 4% ao ano, em média.

Conto em detalhes esta história do fogo amigo em 2003 – e outras – em meu livro de memórias, Calma Sob Pressão. Será um prazer receber a todos no lançamento, dia 24, a partir das 19h na livraria da Travessa, no shopping Iguatemi, em São Paulo.

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