Ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central

Opinião|Petrobras não deve interferir diretamente nos preços dos combustíveis


O risco de fazer isso é causar prejuízos e reduzir a capacidade de investimento da empresa, essencial para manter a competitividade

Por Henrique Meirelles
Atualização:

O valor do petróleo está em alta no mercado internacional, o que nos leva de volta ao problema do preço dos combustíveis. Há poucos dias, a Petrobras anunciou um reajuste – nada mais lógico, devido ao movimento de mercado. A empresa, no entanto, segurou o aumento por semanas, bancando uma defasagem que os especialistas calculavam estar entre 15% e 20%, para não causar impacto na inflação. Como sabemos, este tipo de tentativa não é sustentável.

A Petrobras é uma empresa estatal com capital aberto, que compete no mercado internacional. Quando subsidia o preço dos combustíveis, usa recursos públicos e dos acionistas privados para segurar a inflação ou atingir qualquer outro objetivo.

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Já tivemos isso no passado. Houve um período em que a Petrobras executou a prática de manter os preços dos combustíveis artificialmente baixos, menores que seu custo, para conter a inflação. O prejuízo para a empresa foi calculado à época em cerca de R$ 100 bilhões – dinheiro público e privado.

O governo Bolsonaro também tentou evitar que a Petrobras reajustasse preços. Diante da impossibilidade, fez campanha contra os Estados e jogou o custo para eles ao mexer no ICMS, como se este fosse o culpado pelos altos preços.

A atual política de paridade de preços da Petrobras foi adotada em 2016, no governo Michel Temer. Na época, como ministro da Fazenda, sugeri a adoção de um fundo de estabilização para amortecer os preços ao consumidor em momentos de forte oscilação no mercado externo.

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Estatal segurou repasse do reajuste do preço do combustível por várias semanas Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Funcionaria assim: quando o preço internacional do petróleo subisse, recursos do fundo seriam usados como subsídio para manter estáveis os preços internos. Quando os preços do petróleo caíssem, os preços dos combustíveis seriam mantidos, e o diferencial seria usado para capitalizar o fundo.

Este sistema daria mais estabilidade aos preços ao consumidor sem o uso de recursos públicos ou privados. Com a estabilidade dos preços evitaríamos os impactos inflacionários.

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Não devemos retomar a prática de intervir diretamente nos preços. A Petrobras não pode atuar como mero instrumento, seja para segurar a inflação, seja para atingir qualquer outro objetivo.

O risco de fazer isso é causar prejuízos e reduzir a capacidade de investimento da empresa, essencial para manter a competitividade, aumentar a produção e enfrentar a transição energética que o mundo atravessa. A solução definitiva, a meu ver, é dividir a Petrobras e deixar as companhias competirem de forma independente para termos o equilíbrio entre o menor preço possível e a saúde financeira das empresas. Mas esta é outra conversa.

O valor do petróleo está em alta no mercado internacional, o que nos leva de volta ao problema do preço dos combustíveis. Há poucos dias, a Petrobras anunciou um reajuste – nada mais lógico, devido ao movimento de mercado. A empresa, no entanto, segurou o aumento por semanas, bancando uma defasagem que os especialistas calculavam estar entre 15% e 20%, para não causar impacto na inflação. Como sabemos, este tipo de tentativa não é sustentável.

A Petrobras é uma empresa estatal com capital aberto, que compete no mercado internacional. Quando subsidia o preço dos combustíveis, usa recursos públicos e dos acionistas privados para segurar a inflação ou atingir qualquer outro objetivo.

Já tivemos isso no passado. Houve um período em que a Petrobras executou a prática de manter os preços dos combustíveis artificialmente baixos, menores que seu custo, para conter a inflação. O prejuízo para a empresa foi calculado à época em cerca de R$ 100 bilhões – dinheiro público e privado.

O governo Bolsonaro também tentou evitar que a Petrobras reajustasse preços. Diante da impossibilidade, fez campanha contra os Estados e jogou o custo para eles ao mexer no ICMS, como se este fosse o culpado pelos altos preços.

A atual política de paridade de preços da Petrobras foi adotada em 2016, no governo Michel Temer. Na época, como ministro da Fazenda, sugeri a adoção de um fundo de estabilização para amortecer os preços ao consumidor em momentos de forte oscilação no mercado externo.

Estatal segurou repasse do reajuste do preço do combustível por várias semanas Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Funcionaria assim: quando o preço internacional do petróleo subisse, recursos do fundo seriam usados como subsídio para manter estáveis os preços internos. Quando os preços do petróleo caíssem, os preços dos combustíveis seriam mantidos, e o diferencial seria usado para capitalizar o fundo.

Este sistema daria mais estabilidade aos preços ao consumidor sem o uso de recursos públicos ou privados. Com a estabilidade dos preços evitaríamos os impactos inflacionários.

Não devemos retomar a prática de intervir diretamente nos preços. A Petrobras não pode atuar como mero instrumento, seja para segurar a inflação, seja para atingir qualquer outro objetivo.

O risco de fazer isso é causar prejuízos e reduzir a capacidade de investimento da empresa, essencial para manter a competitividade, aumentar a produção e enfrentar a transição energética que o mundo atravessa. A solução definitiva, a meu ver, é dividir a Petrobras e deixar as companhias competirem de forma independente para termos o equilíbrio entre o menor preço possível e a saúde financeira das empresas. Mas esta é outra conversa.

O valor do petróleo está em alta no mercado internacional, o que nos leva de volta ao problema do preço dos combustíveis. Há poucos dias, a Petrobras anunciou um reajuste – nada mais lógico, devido ao movimento de mercado. A empresa, no entanto, segurou o aumento por semanas, bancando uma defasagem que os especialistas calculavam estar entre 15% e 20%, para não causar impacto na inflação. Como sabemos, este tipo de tentativa não é sustentável.

A Petrobras é uma empresa estatal com capital aberto, que compete no mercado internacional. Quando subsidia o preço dos combustíveis, usa recursos públicos e dos acionistas privados para segurar a inflação ou atingir qualquer outro objetivo.

Já tivemos isso no passado. Houve um período em que a Petrobras executou a prática de manter os preços dos combustíveis artificialmente baixos, menores que seu custo, para conter a inflação. O prejuízo para a empresa foi calculado à época em cerca de R$ 100 bilhões – dinheiro público e privado.

O governo Bolsonaro também tentou evitar que a Petrobras reajustasse preços. Diante da impossibilidade, fez campanha contra os Estados e jogou o custo para eles ao mexer no ICMS, como se este fosse o culpado pelos altos preços.

A atual política de paridade de preços da Petrobras foi adotada em 2016, no governo Michel Temer. Na época, como ministro da Fazenda, sugeri a adoção de um fundo de estabilização para amortecer os preços ao consumidor em momentos de forte oscilação no mercado externo.

Estatal segurou repasse do reajuste do preço do combustível por várias semanas Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Funcionaria assim: quando o preço internacional do petróleo subisse, recursos do fundo seriam usados como subsídio para manter estáveis os preços internos. Quando os preços do petróleo caíssem, os preços dos combustíveis seriam mantidos, e o diferencial seria usado para capitalizar o fundo.

Este sistema daria mais estabilidade aos preços ao consumidor sem o uso de recursos públicos ou privados. Com a estabilidade dos preços evitaríamos os impactos inflacionários.

Não devemos retomar a prática de intervir diretamente nos preços. A Petrobras não pode atuar como mero instrumento, seja para segurar a inflação, seja para atingir qualquer outro objetivo.

O risco de fazer isso é causar prejuízos e reduzir a capacidade de investimento da empresa, essencial para manter a competitividade, aumentar a produção e enfrentar a transição energética que o mundo atravessa. A solução definitiva, a meu ver, é dividir a Petrobras e deixar as companhias competirem de forma independente para termos o equilíbrio entre o menor preço possível e a saúde financeira das empresas. Mas esta é outra conversa.

O valor do petróleo está em alta no mercado internacional, o que nos leva de volta ao problema do preço dos combustíveis. Há poucos dias, a Petrobras anunciou um reajuste – nada mais lógico, devido ao movimento de mercado. A empresa, no entanto, segurou o aumento por semanas, bancando uma defasagem que os especialistas calculavam estar entre 15% e 20%, para não causar impacto na inflação. Como sabemos, este tipo de tentativa não é sustentável.

A Petrobras é uma empresa estatal com capital aberto, que compete no mercado internacional. Quando subsidia o preço dos combustíveis, usa recursos públicos e dos acionistas privados para segurar a inflação ou atingir qualquer outro objetivo.

Já tivemos isso no passado. Houve um período em que a Petrobras executou a prática de manter os preços dos combustíveis artificialmente baixos, menores que seu custo, para conter a inflação. O prejuízo para a empresa foi calculado à época em cerca de R$ 100 bilhões – dinheiro público e privado.

O governo Bolsonaro também tentou evitar que a Petrobras reajustasse preços. Diante da impossibilidade, fez campanha contra os Estados e jogou o custo para eles ao mexer no ICMS, como se este fosse o culpado pelos altos preços.

A atual política de paridade de preços da Petrobras foi adotada em 2016, no governo Michel Temer. Na época, como ministro da Fazenda, sugeri a adoção de um fundo de estabilização para amortecer os preços ao consumidor em momentos de forte oscilação no mercado externo.

Estatal segurou repasse do reajuste do preço do combustível por várias semanas Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Funcionaria assim: quando o preço internacional do petróleo subisse, recursos do fundo seriam usados como subsídio para manter estáveis os preços internos. Quando os preços do petróleo caíssem, os preços dos combustíveis seriam mantidos, e o diferencial seria usado para capitalizar o fundo.

Este sistema daria mais estabilidade aos preços ao consumidor sem o uso de recursos públicos ou privados. Com a estabilidade dos preços evitaríamos os impactos inflacionários.

Não devemos retomar a prática de intervir diretamente nos preços. A Petrobras não pode atuar como mero instrumento, seja para segurar a inflação, seja para atingir qualquer outro objetivo.

O risco de fazer isso é causar prejuízos e reduzir a capacidade de investimento da empresa, essencial para manter a competitividade, aumentar a produção e enfrentar a transição energética que o mundo atravessa. A solução definitiva, a meu ver, é dividir a Petrobras e deixar as companhias competirem de forma independente para termos o equilíbrio entre o menor preço possível e a saúde financeira das empresas. Mas esta é outra conversa.

O valor do petróleo está em alta no mercado internacional, o que nos leva de volta ao problema do preço dos combustíveis. Há poucos dias, a Petrobras anunciou um reajuste – nada mais lógico, devido ao movimento de mercado. A empresa, no entanto, segurou o aumento por semanas, bancando uma defasagem que os especialistas calculavam estar entre 15% e 20%, para não causar impacto na inflação. Como sabemos, este tipo de tentativa não é sustentável.

A Petrobras é uma empresa estatal com capital aberto, que compete no mercado internacional. Quando subsidia o preço dos combustíveis, usa recursos públicos e dos acionistas privados para segurar a inflação ou atingir qualquer outro objetivo.

Já tivemos isso no passado. Houve um período em que a Petrobras executou a prática de manter os preços dos combustíveis artificialmente baixos, menores que seu custo, para conter a inflação. O prejuízo para a empresa foi calculado à época em cerca de R$ 100 bilhões – dinheiro público e privado.

O governo Bolsonaro também tentou evitar que a Petrobras reajustasse preços. Diante da impossibilidade, fez campanha contra os Estados e jogou o custo para eles ao mexer no ICMS, como se este fosse o culpado pelos altos preços.

A atual política de paridade de preços da Petrobras foi adotada em 2016, no governo Michel Temer. Na época, como ministro da Fazenda, sugeri a adoção de um fundo de estabilização para amortecer os preços ao consumidor em momentos de forte oscilação no mercado externo.

Estatal segurou repasse do reajuste do preço do combustível por várias semanas Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Funcionaria assim: quando o preço internacional do petróleo subisse, recursos do fundo seriam usados como subsídio para manter estáveis os preços internos. Quando os preços do petróleo caíssem, os preços dos combustíveis seriam mantidos, e o diferencial seria usado para capitalizar o fundo.

Este sistema daria mais estabilidade aos preços ao consumidor sem o uso de recursos públicos ou privados. Com a estabilidade dos preços evitaríamos os impactos inflacionários.

Não devemos retomar a prática de intervir diretamente nos preços. A Petrobras não pode atuar como mero instrumento, seja para segurar a inflação, seja para atingir qualquer outro objetivo.

O risco de fazer isso é causar prejuízos e reduzir a capacidade de investimento da empresa, essencial para manter a competitividade, aumentar a produção e enfrentar a transição energética que o mundo atravessa. A solução definitiva, a meu ver, é dividir a Petrobras e deixar as companhias competirem de forma independente para termos o equilíbrio entre o menor preço possível e a saúde financeira das empresas. Mas esta é outra conversa.

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