Ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central

Opinião|Políticas monetária e fiscal têm de caminhar na mesma direção


Juros menores e mais inflação para gastar agora não ajudam, semeiam uma crise futura

Por Henrique Meirelles
Atualização:

Eu sempre digo que as políticas monetária e fiscal têm de caminhar na mesma direção. É óbvio: quanto mais o governo gasta, mais o Banco Central precisa elevar juros para conter a inflação; se o governo controla os gastos, a política monetária pode ter juros mais baixos. Infelizmente, no Brasil, há anos elas vão em direções opostas. Na semana passada, após a divulgação da ata da última reunião do Copom, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o BC precisa ajudar o Brasil a crescer com inflação baixa. Para fazer isto, porém, o BC precisa trabalhar com juros mais altos. Falta a concordância num ponto: como o BC pode ajudar o Brasil baixando a inflação.

O BC deve ser independente de influências políticas para praticar uma política monetária que produza o melhor para o País. Na década de 1970, o presidente do Federal Reserve, Arthur Burns, era submisso ao presidente Richard Nixon e manteve os juros abaixo do necessário. A inflação disparou e o país mergulhou numa crise. Foi preciso que o presidente seguinte, Paul Volker, elevasse os juros a estratosféricos 21% ao ano para controlar a inflação. Depois, os EUA viveram 20 anos de prosperidade.

O BC deve ser independente de influências políticas para praticar uma política monetária que produza o melhor para o País  Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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O BC ajuda o Brasil cumprindo o papel de manter a inflação na meta. De acordo com os dados técnicos, o Copom decidiu manter a Selic em 13,75% ao ano para trazer a inflação à meta em 2024. Para a tomada de decisão bastam dados técnicos; não importa o falatório da política. Os juros estão altos agora porque foi rompido o teto de gastos, com excesso de despesas públicas.

O BC tem feito sua parte. O governo pode fazer a sua: controlar os gastos e ter compromisso de reduzir a dívida. O governo tem mais instrumentos para ajudar o Brasil do que o BC, que tem apenas a política monetária. Quando faz política monetária contracionista, o BC protege o País da inflação. Juros menores e mais inflação para gastar agora não ajudam o Brasil, semeiam uma crise futura. Isso foi feito no governo Dilma e o País teve a pior recessão da história recente, com queda do PIB de 5,2% entre junho de 2015 e maio de 2016.

O Brasil tem alta demanda por gastos sociais. Para atender a isso, é mais eficaz eleger prioridades, cortar gastos em outras áreas e buscar investimentos. Algumas coisas que parecem novidade no Brasil são mera repetição – e seu resultado é previsível.

Eu sempre digo que as políticas monetária e fiscal têm de caminhar na mesma direção. É óbvio: quanto mais o governo gasta, mais o Banco Central precisa elevar juros para conter a inflação; se o governo controla os gastos, a política monetária pode ter juros mais baixos. Infelizmente, no Brasil, há anos elas vão em direções opostas. Na semana passada, após a divulgação da ata da última reunião do Copom, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o BC precisa ajudar o Brasil a crescer com inflação baixa. Para fazer isto, porém, o BC precisa trabalhar com juros mais altos. Falta a concordância num ponto: como o BC pode ajudar o Brasil baixando a inflação.

O BC deve ser independente de influências políticas para praticar uma política monetária que produza o melhor para o País. Na década de 1970, o presidente do Federal Reserve, Arthur Burns, era submisso ao presidente Richard Nixon e manteve os juros abaixo do necessário. A inflação disparou e o país mergulhou numa crise. Foi preciso que o presidente seguinte, Paul Volker, elevasse os juros a estratosféricos 21% ao ano para controlar a inflação. Depois, os EUA viveram 20 anos de prosperidade.

O BC deve ser independente de influências políticas para praticar uma política monetária que produza o melhor para o País  Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O BC ajuda o Brasil cumprindo o papel de manter a inflação na meta. De acordo com os dados técnicos, o Copom decidiu manter a Selic em 13,75% ao ano para trazer a inflação à meta em 2024. Para a tomada de decisão bastam dados técnicos; não importa o falatório da política. Os juros estão altos agora porque foi rompido o teto de gastos, com excesso de despesas públicas.

O BC tem feito sua parte. O governo pode fazer a sua: controlar os gastos e ter compromisso de reduzir a dívida. O governo tem mais instrumentos para ajudar o Brasil do que o BC, que tem apenas a política monetária. Quando faz política monetária contracionista, o BC protege o País da inflação. Juros menores e mais inflação para gastar agora não ajudam o Brasil, semeiam uma crise futura. Isso foi feito no governo Dilma e o País teve a pior recessão da história recente, com queda do PIB de 5,2% entre junho de 2015 e maio de 2016.

O Brasil tem alta demanda por gastos sociais. Para atender a isso, é mais eficaz eleger prioridades, cortar gastos em outras áreas e buscar investimentos. Algumas coisas que parecem novidade no Brasil são mera repetição – e seu resultado é previsível.

Eu sempre digo que as políticas monetária e fiscal têm de caminhar na mesma direção. É óbvio: quanto mais o governo gasta, mais o Banco Central precisa elevar juros para conter a inflação; se o governo controla os gastos, a política monetária pode ter juros mais baixos. Infelizmente, no Brasil, há anos elas vão em direções opostas. Na semana passada, após a divulgação da ata da última reunião do Copom, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o BC precisa ajudar o Brasil a crescer com inflação baixa. Para fazer isto, porém, o BC precisa trabalhar com juros mais altos. Falta a concordância num ponto: como o BC pode ajudar o Brasil baixando a inflação.

O BC deve ser independente de influências políticas para praticar uma política monetária que produza o melhor para o País. Na década de 1970, o presidente do Federal Reserve, Arthur Burns, era submisso ao presidente Richard Nixon e manteve os juros abaixo do necessário. A inflação disparou e o país mergulhou numa crise. Foi preciso que o presidente seguinte, Paul Volker, elevasse os juros a estratosféricos 21% ao ano para controlar a inflação. Depois, os EUA viveram 20 anos de prosperidade.

O BC deve ser independente de influências políticas para praticar uma política monetária que produza o melhor para o País  Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O BC ajuda o Brasil cumprindo o papel de manter a inflação na meta. De acordo com os dados técnicos, o Copom decidiu manter a Selic em 13,75% ao ano para trazer a inflação à meta em 2024. Para a tomada de decisão bastam dados técnicos; não importa o falatório da política. Os juros estão altos agora porque foi rompido o teto de gastos, com excesso de despesas públicas.

O BC tem feito sua parte. O governo pode fazer a sua: controlar os gastos e ter compromisso de reduzir a dívida. O governo tem mais instrumentos para ajudar o Brasil do que o BC, que tem apenas a política monetária. Quando faz política monetária contracionista, o BC protege o País da inflação. Juros menores e mais inflação para gastar agora não ajudam o Brasil, semeiam uma crise futura. Isso foi feito no governo Dilma e o País teve a pior recessão da história recente, com queda do PIB de 5,2% entre junho de 2015 e maio de 2016.

O Brasil tem alta demanda por gastos sociais. Para atender a isso, é mais eficaz eleger prioridades, cortar gastos em outras áreas e buscar investimentos. Algumas coisas que parecem novidade no Brasil são mera repetição – e seu resultado é previsível.

Eu sempre digo que as políticas monetária e fiscal têm de caminhar na mesma direção. É óbvio: quanto mais o governo gasta, mais o Banco Central precisa elevar juros para conter a inflação; se o governo controla os gastos, a política monetária pode ter juros mais baixos. Infelizmente, no Brasil, há anos elas vão em direções opostas. Na semana passada, após a divulgação da ata da última reunião do Copom, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o BC precisa ajudar o Brasil a crescer com inflação baixa. Para fazer isto, porém, o BC precisa trabalhar com juros mais altos. Falta a concordância num ponto: como o BC pode ajudar o Brasil baixando a inflação.

O BC deve ser independente de influências políticas para praticar uma política monetária que produza o melhor para o País. Na década de 1970, o presidente do Federal Reserve, Arthur Burns, era submisso ao presidente Richard Nixon e manteve os juros abaixo do necessário. A inflação disparou e o país mergulhou numa crise. Foi preciso que o presidente seguinte, Paul Volker, elevasse os juros a estratosféricos 21% ao ano para controlar a inflação. Depois, os EUA viveram 20 anos de prosperidade.

O BC deve ser independente de influências políticas para praticar uma política monetária que produza o melhor para o País  Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O BC ajuda o Brasil cumprindo o papel de manter a inflação na meta. De acordo com os dados técnicos, o Copom decidiu manter a Selic em 13,75% ao ano para trazer a inflação à meta em 2024. Para a tomada de decisão bastam dados técnicos; não importa o falatório da política. Os juros estão altos agora porque foi rompido o teto de gastos, com excesso de despesas públicas.

O BC tem feito sua parte. O governo pode fazer a sua: controlar os gastos e ter compromisso de reduzir a dívida. O governo tem mais instrumentos para ajudar o Brasil do que o BC, que tem apenas a política monetária. Quando faz política monetária contracionista, o BC protege o País da inflação. Juros menores e mais inflação para gastar agora não ajudam o Brasil, semeiam uma crise futura. Isso foi feito no governo Dilma e o País teve a pior recessão da história recente, com queda do PIB de 5,2% entre junho de 2015 e maio de 2016.

O Brasil tem alta demanda por gastos sociais. Para atender a isso, é mais eficaz eleger prioridades, cortar gastos em outras áreas e buscar investimentos. Algumas coisas que parecem novidade no Brasil são mera repetição – e seu resultado é previsível.

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Ex-presidente do Banco Central e ex-ministro da Fazenda

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