Ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central

Opinião|Reservas internacionais permitem que o Brasil não passe mais por crises como a da década de 80


A maior vulnerabilidade do Brasil no momento não está na questão de pagamentos externos como no passado, mas na área fiscal

Por Henrique Meirelles
Atualização:

É muito positivo para o Brasil que as reservas internacionais tenham atingido US$ 355 bilhões no ano passado, um crescimento de 9% em relação ao ano anterior. Este volume robusto de moeda estrangeira permite ao país uma posição de maior segurança, pois não deixa nenhuma dúvida sobre a capacidade de pagamento dos compromissos e, assim, protege o país de crises externas.

Um dos trabalhos que considero de maior valor para a economia brasileira na minha gestão como presidente do Banco Central (2003-10) foi a construção das reservas. Elas cresceram de US$ 38 bilhões para R$ 288 bilhões no período. Como já disse aqui, elas permitem que o Brasil não passe mais por crises como a da década de 80, quando estava insolvente por não ter recursos suficientes para honrar seus compromissos externos.

Reservas internacionais somaram US$ 355 bilhões no ano passado Foto: AGÊNCIA BRASIL / undefined
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Reservas desta magnitude são um sinal de resiliência da economia, mas não bastam. A maior vulnerabilidade do Brasil no momento não está na questão de pagamentos externos como no passado, mas na área fiscal. O déficit fiscal de 2023 foi aumentado porque o governo antecipou o pagamento de precatórios, um calote dado pela gestão anterior (como eu disse na época), e chegou a R$ 230 bilhões. De toda forma, há um déficit de grandes proporções que precisa ser atacado.

Por isso, reitero que o Ministério da Fazenda está certo em insistir em atingir o déficit zero este ano. Flexibilizar este compromisso é o caminho para o governo perder o controle sobre a despesa pública no primeiro ano de vigência do arcabouço fiscal – o que seria um problema grave. Estamos em um ano eleitoral, quando as pressões políticas por gastos crescem significativamente. Na próxima semana, o Congresso discutirá, por exemplo, se derruba um veto da presidência em relação ao gasto com emendas parlamentares, além de outros pontos que aumentam o gasto.

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O Brasil não precisa de mais despesa pública, precisa controlar dispêndios e definir prioridades. É preciso fazer escolhas. Existe a oportunidade, até junho, de escolher fazer a reforma administrativa, que pode reduzir o gasto com a estrutura do governo e liberar recursos para áreas prioritárias. É uma questão de definir um objetivo e trabalhar por ele.

Vez ou outra, economistas debatem se o Brasil precisa ter reservas internacionais tão altas. Sempre defendi a manutenção das reservas como um colchão de segurança capaz de afastar crises. No caso do gasto público vale o mesmo princípio. Quando o Brasil controlou a despesa pública com o Teto de Gastos, saiu da sua pior crise e voltou a crescer. É preciso fazer o mesmo agora.

É muito positivo para o Brasil que as reservas internacionais tenham atingido US$ 355 bilhões no ano passado, um crescimento de 9% em relação ao ano anterior. Este volume robusto de moeda estrangeira permite ao país uma posição de maior segurança, pois não deixa nenhuma dúvida sobre a capacidade de pagamento dos compromissos e, assim, protege o país de crises externas.

Um dos trabalhos que considero de maior valor para a economia brasileira na minha gestão como presidente do Banco Central (2003-10) foi a construção das reservas. Elas cresceram de US$ 38 bilhões para R$ 288 bilhões no período. Como já disse aqui, elas permitem que o Brasil não passe mais por crises como a da década de 80, quando estava insolvente por não ter recursos suficientes para honrar seus compromissos externos.

Reservas internacionais somaram US$ 355 bilhões no ano passado Foto: AGÊNCIA BRASIL / undefined

Reservas desta magnitude são um sinal de resiliência da economia, mas não bastam. A maior vulnerabilidade do Brasil no momento não está na questão de pagamentos externos como no passado, mas na área fiscal. O déficit fiscal de 2023 foi aumentado porque o governo antecipou o pagamento de precatórios, um calote dado pela gestão anterior (como eu disse na época), e chegou a R$ 230 bilhões. De toda forma, há um déficit de grandes proporções que precisa ser atacado.

Por isso, reitero que o Ministério da Fazenda está certo em insistir em atingir o déficit zero este ano. Flexibilizar este compromisso é o caminho para o governo perder o controle sobre a despesa pública no primeiro ano de vigência do arcabouço fiscal – o que seria um problema grave. Estamos em um ano eleitoral, quando as pressões políticas por gastos crescem significativamente. Na próxima semana, o Congresso discutirá, por exemplo, se derruba um veto da presidência em relação ao gasto com emendas parlamentares, além de outros pontos que aumentam o gasto.

O Brasil não precisa de mais despesa pública, precisa controlar dispêndios e definir prioridades. É preciso fazer escolhas. Existe a oportunidade, até junho, de escolher fazer a reforma administrativa, que pode reduzir o gasto com a estrutura do governo e liberar recursos para áreas prioritárias. É uma questão de definir um objetivo e trabalhar por ele.

Vez ou outra, economistas debatem se o Brasil precisa ter reservas internacionais tão altas. Sempre defendi a manutenção das reservas como um colchão de segurança capaz de afastar crises. No caso do gasto público vale o mesmo princípio. Quando o Brasil controlou a despesa pública com o Teto de Gastos, saiu da sua pior crise e voltou a crescer. É preciso fazer o mesmo agora.

É muito positivo para o Brasil que as reservas internacionais tenham atingido US$ 355 bilhões no ano passado, um crescimento de 9% em relação ao ano anterior. Este volume robusto de moeda estrangeira permite ao país uma posição de maior segurança, pois não deixa nenhuma dúvida sobre a capacidade de pagamento dos compromissos e, assim, protege o país de crises externas.

Um dos trabalhos que considero de maior valor para a economia brasileira na minha gestão como presidente do Banco Central (2003-10) foi a construção das reservas. Elas cresceram de US$ 38 bilhões para R$ 288 bilhões no período. Como já disse aqui, elas permitem que o Brasil não passe mais por crises como a da década de 80, quando estava insolvente por não ter recursos suficientes para honrar seus compromissos externos.

Reservas internacionais somaram US$ 355 bilhões no ano passado Foto: AGÊNCIA BRASIL / undefined

Reservas desta magnitude são um sinal de resiliência da economia, mas não bastam. A maior vulnerabilidade do Brasil no momento não está na questão de pagamentos externos como no passado, mas na área fiscal. O déficit fiscal de 2023 foi aumentado porque o governo antecipou o pagamento de precatórios, um calote dado pela gestão anterior (como eu disse na época), e chegou a R$ 230 bilhões. De toda forma, há um déficit de grandes proporções que precisa ser atacado.

Por isso, reitero que o Ministério da Fazenda está certo em insistir em atingir o déficit zero este ano. Flexibilizar este compromisso é o caminho para o governo perder o controle sobre a despesa pública no primeiro ano de vigência do arcabouço fiscal – o que seria um problema grave. Estamos em um ano eleitoral, quando as pressões políticas por gastos crescem significativamente. Na próxima semana, o Congresso discutirá, por exemplo, se derruba um veto da presidência em relação ao gasto com emendas parlamentares, além de outros pontos que aumentam o gasto.

O Brasil não precisa de mais despesa pública, precisa controlar dispêndios e definir prioridades. É preciso fazer escolhas. Existe a oportunidade, até junho, de escolher fazer a reforma administrativa, que pode reduzir o gasto com a estrutura do governo e liberar recursos para áreas prioritárias. É uma questão de definir um objetivo e trabalhar por ele.

Vez ou outra, economistas debatem se o Brasil precisa ter reservas internacionais tão altas. Sempre defendi a manutenção das reservas como um colchão de segurança capaz de afastar crises. No caso do gasto público vale o mesmo princípio. Quando o Brasil controlou a despesa pública com o Teto de Gastos, saiu da sua pior crise e voltou a crescer. É preciso fazer o mesmo agora.

É muito positivo para o Brasil que as reservas internacionais tenham atingido US$ 355 bilhões no ano passado, um crescimento de 9% em relação ao ano anterior. Este volume robusto de moeda estrangeira permite ao país uma posição de maior segurança, pois não deixa nenhuma dúvida sobre a capacidade de pagamento dos compromissos e, assim, protege o país de crises externas.

Um dos trabalhos que considero de maior valor para a economia brasileira na minha gestão como presidente do Banco Central (2003-10) foi a construção das reservas. Elas cresceram de US$ 38 bilhões para R$ 288 bilhões no período. Como já disse aqui, elas permitem que o Brasil não passe mais por crises como a da década de 80, quando estava insolvente por não ter recursos suficientes para honrar seus compromissos externos.

Reservas internacionais somaram US$ 355 bilhões no ano passado Foto: AGÊNCIA BRASIL / undefined

Reservas desta magnitude são um sinal de resiliência da economia, mas não bastam. A maior vulnerabilidade do Brasil no momento não está na questão de pagamentos externos como no passado, mas na área fiscal. O déficit fiscal de 2023 foi aumentado porque o governo antecipou o pagamento de precatórios, um calote dado pela gestão anterior (como eu disse na época), e chegou a R$ 230 bilhões. De toda forma, há um déficit de grandes proporções que precisa ser atacado.

Por isso, reitero que o Ministério da Fazenda está certo em insistir em atingir o déficit zero este ano. Flexibilizar este compromisso é o caminho para o governo perder o controle sobre a despesa pública no primeiro ano de vigência do arcabouço fiscal – o que seria um problema grave. Estamos em um ano eleitoral, quando as pressões políticas por gastos crescem significativamente. Na próxima semana, o Congresso discutirá, por exemplo, se derruba um veto da presidência em relação ao gasto com emendas parlamentares, além de outros pontos que aumentam o gasto.

O Brasil não precisa de mais despesa pública, precisa controlar dispêndios e definir prioridades. É preciso fazer escolhas. Existe a oportunidade, até junho, de escolher fazer a reforma administrativa, que pode reduzir o gasto com a estrutura do governo e liberar recursos para áreas prioritárias. É uma questão de definir um objetivo e trabalhar por ele.

Vez ou outra, economistas debatem se o Brasil precisa ter reservas internacionais tão altas. Sempre defendi a manutenção das reservas como um colchão de segurança capaz de afastar crises. No caso do gasto público vale o mesmo princípio. Quando o Brasil controlou a despesa pública com o Teto de Gastos, saiu da sua pior crise e voltou a crescer. É preciso fazer o mesmo agora.

É muito positivo para o Brasil que as reservas internacionais tenham atingido US$ 355 bilhões no ano passado, um crescimento de 9% em relação ao ano anterior. Este volume robusto de moeda estrangeira permite ao país uma posição de maior segurança, pois não deixa nenhuma dúvida sobre a capacidade de pagamento dos compromissos e, assim, protege o país de crises externas.

Um dos trabalhos que considero de maior valor para a economia brasileira na minha gestão como presidente do Banco Central (2003-10) foi a construção das reservas. Elas cresceram de US$ 38 bilhões para R$ 288 bilhões no período. Como já disse aqui, elas permitem que o Brasil não passe mais por crises como a da década de 80, quando estava insolvente por não ter recursos suficientes para honrar seus compromissos externos.

Reservas internacionais somaram US$ 355 bilhões no ano passado Foto: AGÊNCIA BRASIL / undefined

Reservas desta magnitude são um sinal de resiliência da economia, mas não bastam. A maior vulnerabilidade do Brasil no momento não está na questão de pagamentos externos como no passado, mas na área fiscal. O déficit fiscal de 2023 foi aumentado porque o governo antecipou o pagamento de precatórios, um calote dado pela gestão anterior (como eu disse na época), e chegou a R$ 230 bilhões. De toda forma, há um déficit de grandes proporções que precisa ser atacado.

Por isso, reitero que o Ministério da Fazenda está certo em insistir em atingir o déficit zero este ano. Flexibilizar este compromisso é o caminho para o governo perder o controle sobre a despesa pública no primeiro ano de vigência do arcabouço fiscal – o que seria um problema grave. Estamos em um ano eleitoral, quando as pressões políticas por gastos crescem significativamente. Na próxima semana, o Congresso discutirá, por exemplo, se derruba um veto da presidência em relação ao gasto com emendas parlamentares, além de outros pontos que aumentam o gasto.

O Brasil não precisa de mais despesa pública, precisa controlar dispêndios e definir prioridades. É preciso fazer escolhas. Existe a oportunidade, até junho, de escolher fazer a reforma administrativa, que pode reduzir o gasto com a estrutura do governo e liberar recursos para áreas prioritárias. É uma questão de definir um objetivo e trabalhar por ele.

Vez ou outra, economistas debatem se o Brasil precisa ter reservas internacionais tão altas. Sempre defendi a manutenção das reservas como um colchão de segurança capaz de afastar crises. No caso do gasto público vale o mesmo princípio. Quando o Brasil controlou a despesa pública com o Teto de Gastos, saiu da sua pior crise e voltou a crescer. É preciso fazer o mesmo agora.

Opinião por Henrique Meirelles

Ex-presidente do Banco Central e ex-ministro da Fazenda

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