Grandes hidrelétricas culpam covid por baixa geração de energia na Amazônia


Usinas de Jirau e Santo Antônio, em operação no Rio Madeira, em Rondônia, alegam que não puderam realizar paralisações de manutenção porque tinham de seguir normas de isolamento social durante a pandemia; concessionárias podem ser punidas por frustração de geração

Por André Borges
Atualização:

Duas das maiores hidrelétricas do País acusaram as restrições impostas pela pandemia de covid-19 em 2021, pela frustração de energia que deveriam entregar no passado. O argumento foi levado aos órgãos de fiscalização do setor elétrico pelas usinas de Jirau e Santo Antônio, quarta e quinta maiores hidrelétricas do País, respectivamente, em potencial de geração.

Pelas regras do setor elétrico, toda hidrelétrica deve garantir um determinado volume de geração previamente determinado, além de respeitar um cronograma específico de manutenção de suas turbinas e demais equipamentos.

O isolamento social e as dificuldades de contratação de serviços e suprimentos ocasionadas pela pandemia, no entanto, teriam prejudicado o calendário das empresas que operam nas águas do Rio Madeira, em Rondônia e, assim, causado paralisações inesperadas.

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Hidrelétrica de Santo Antônio, quinta maior em operação no País, alega que teve de desligar máquinas, por causa de restrições a trabalhadores impostas pela pandemia  Foto: Beethoven Delano/Estadão

Há duas semanas, a concessionária Jirau Energia enviou informações à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), para afirmar que teve dificuldades, inclusive, de realizar a limpeza das telas instaladas na frente de suas turbinas, equipamento que impede a entrada de sedimentos e troncos, por exemplo. O acúmulo do material acabou por travar a passagem de água, reduzindo a geração, segundo a empresa.

“Na impossibilidade da execução de atividades de limpeza da tomada d’água, as restrições de potência decorrentes das perdas de carga nas grades das unidades geradoras aumentam gradativamente”, informou a concessionária. “No limite, a potência mínima de operação da unidade geradora é atingida e se faz necessário o seu desligamento.”

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Entre janeiro e maio de 2021, no chamado “período úmido”, foram realizadas por Jirau apenas 155 intervenções de limpeza nas máquinas, o que representa 40% do que foi feito no mesmo intervalo de 2020, quando ocorreram 256 ações. “A disponibilidade da infraestrutura foi afetada em decorrência da falta de mão de obra gerada pelas restrições impostas à companhia em decorrência da pandemia de covid-19″, declarou a empresa.

O resultado é que, segundo a empresa, a falta de manutenção provocou falhas em equipamentos que teriam levado a um total de 342 horas de indisponibilidades das turbinas em 2021. A companhia reclama ainda que registrou 1.274 horas de indisponibilidades de máquinas para fazer a “decantação” do material acumulado em frente aos equipamentos, por causa do tempo necessário para que todo material acumulado fosse removido naturalmente. Agora, a empresa pede que essas horas sejam “perdoadas” e que a companhia não seja punida por essa geração frustrada.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) já analisou as justificativas de Jirau e rejeitou o pedido. A empresa, agora, recorreu à Aneel.

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No caso da hidrelétrica de Santo Antônio, a empresa chegou a desligar, por um período, quatro de suas 50 turbinas, sob a mesma alegação de que não tinha pessoal disponível para realizar as manutenções programadas.

“A pandemia do coronavírus afetou as hidrelétricas do Brasil, impactando na manutenção e na disponibilidade das turbinas para geração de energia. Os altos índices de contaminação em Porto Velho obrigaram a Santo Antônio Energia a tomar medidas protetivas como a redução de quadro funcional e a adotar uma escala especial de operação, o que reduziu significativamente a realização de trabalhos habituais em espaços confinados”, afirmou a empresa.

Segundo a companhia, “mesmo garantindo a plena operação, a disponibilidade das turbinas – um dos indicadores medidos pelos órgãos reguladores – foi impactada”. A concessionária não informou, exatamente, qual foi o impacto causado pelas paralisações, mas declarou que seus argumentos técnicos foram acatados pelo ONS.

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A Aneel reconheceu que os impactos da pandemia mexeram com uma série de empreendimentos em construção no setor elétrico, além daqueles que já estão em operação. Em outubro do ano passado, a agência emitiu um despacho, no qual autorizou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a desconsiderar os desligamentos e restrições de operação causados, comprovadamente, por reflexos trazidos pela pandemia, “desde que esteja claro que o agente responsável pela instalação não poderia ter adotado ação alternativa”.

Por meio de nota, a Jirau Energia declarou que as medidas de prevenção contra Covid-19 “causaram um impacto significativo na geração e consumo de energia no Brasil, assim como a necessidade de isolamento e distanciamento social que impactou consideravelmente as rotinas de trabalho”.

Segundo a empresa, os cronogramas das manutenções e os indicadores de operação “ficaram comprometidos em função das medidas de restrições que foram necessárias para manter a saúde das pessoas e a operação da Usina Jirau”.

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O cenário, afirmou a companhia, levou a escalas especiais de trabalho para prosseguir com a operação. “Contudo, os indicadores operacionais foram afetados e com as devidas argumentações a empresa solicitou a Aneel a revisão do indicador de disponibilidade.”

Duas das maiores hidrelétricas do País acusaram as restrições impostas pela pandemia de covid-19 em 2021, pela frustração de energia que deveriam entregar no passado. O argumento foi levado aos órgãos de fiscalização do setor elétrico pelas usinas de Jirau e Santo Antônio, quarta e quinta maiores hidrelétricas do País, respectivamente, em potencial de geração.

Pelas regras do setor elétrico, toda hidrelétrica deve garantir um determinado volume de geração previamente determinado, além de respeitar um cronograma específico de manutenção de suas turbinas e demais equipamentos.

O isolamento social e as dificuldades de contratação de serviços e suprimentos ocasionadas pela pandemia, no entanto, teriam prejudicado o calendário das empresas que operam nas águas do Rio Madeira, em Rondônia e, assim, causado paralisações inesperadas.

Hidrelétrica de Santo Antônio, quinta maior em operação no País, alega que teve de desligar máquinas, por causa de restrições a trabalhadores impostas pela pandemia  Foto: Beethoven Delano/Estadão

Há duas semanas, a concessionária Jirau Energia enviou informações à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), para afirmar que teve dificuldades, inclusive, de realizar a limpeza das telas instaladas na frente de suas turbinas, equipamento que impede a entrada de sedimentos e troncos, por exemplo. O acúmulo do material acabou por travar a passagem de água, reduzindo a geração, segundo a empresa.

“Na impossibilidade da execução de atividades de limpeza da tomada d’água, as restrições de potência decorrentes das perdas de carga nas grades das unidades geradoras aumentam gradativamente”, informou a concessionária. “No limite, a potência mínima de operação da unidade geradora é atingida e se faz necessário o seu desligamento.”

Entre janeiro e maio de 2021, no chamado “período úmido”, foram realizadas por Jirau apenas 155 intervenções de limpeza nas máquinas, o que representa 40% do que foi feito no mesmo intervalo de 2020, quando ocorreram 256 ações. “A disponibilidade da infraestrutura foi afetada em decorrência da falta de mão de obra gerada pelas restrições impostas à companhia em decorrência da pandemia de covid-19″, declarou a empresa.

O resultado é que, segundo a empresa, a falta de manutenção provocou falhas em equipamentos que teriam levado a um total de 342 horas de indisponibilidades das turbinas em 2021. A companhia reclama ainda que registrou 1.274 horas de indisponibilidades de máquinas para fazer a “decantação” do material acumulado em frente aos equipamentos, por causa do tempo necessário para que todo material acumulado fosse removido naturalmente. Agora, a empresa pede que essas horas sejam “perdoadas” e que a companhia não seja punida por essa geração frustrada.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) já analisou as justificativas de Jirau e rejeitou o pedido. A empresa, agora, recorreu à Aneel.

No caso da hidrelétrica de Santo Antônio, a empresa chegou a desligar, por um período, quatro de suas 50 turbinas, sob a mesma alegação de que não tinha pessoal disponível para realizar as manutenções programadas.

“A pandemia do coronavírus afetou as hidrelétricas do Brasil, impactando na manutenção e na disponibilidade das turbinas para geração de energia. Os altos índices de contaminação em Porto Velho obrigaram a Santo Antônio Energia a tomar medidas protetivas como a redução de quadro funcional e a adotar uma escala especial de operação, o que reduziu significativamente a realização de trabalhos habituais em espaços confinados”, afirmou a empresa.

Segundo a companhia, “mesmo garantindo a plena operação, a disponibilidade das turbinas – um dos indicadores medidos pelos órgãos reguladores – foi impactada”. A concessionária não informou, exatamente, qual foi o impacto causado pelas paralisações, mas declarou que seus argumentos técnicos foram acatados pelo ONS.

A Aneel reconheceu que os impactos da pandemia mexeram com uma série de empreendimentos em construção no setor elétrico, além daqueles que já estão em operação. Em outubro do ano passado, a agência emitiu um despacho, no qual autorizou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a desconsiderar os desligamentos e restrições de operação causados, comprovadamente, por reflexos trazidos pela pandemia, “desde que esteja claro que o agente responsável pela instalação não poderia ter adotado ação alternativa”.

Por meio de nota, a Jirau Energia declarou que as medidas de prevenção contra Covid-19 “causaram um impacto significativo na geração e consumo de energia no Brasil, assim como a necessidade de isolamento e distanciamento social que impactou consideravelmente as rotinas de trabalho”.

Segundo a empresa, os cronogramas das manutenções e os indicadores de operação “ficaram comprometidos em função das medidas de restrições que foram necessárias para manter a saúde das pessoas e a operação da Usina Jirau”.

O cenário, afirmou a companhia, levou a escalas especiais de trabalho para prosseguir com a operação. “Contudo, os indicadores operacionais foram afetados e com as devidas argumentações a empresa solicitou a Aneel a revisão do indicador de disponibilidade.”

Duas das maiores hidrelétricas do País acusaram as restrições impostas pela pandemia de covid-19 em 2021, pela frustração de energia que deveriam entregar no passado. O argumento foi levado aos órgãos de fiscalização do setor elétrico pelas usinas de Jirau e Santo Antônio, quarta e quinta maiores hidrelétricas do País, respectivamente, em potencial de geração.

Pelas regras do setor elétrico, toda hidrelétrica deve garantir um determinado volume de geração previamente determinado, além de respeitar um cronograma específico de manutenção de suas turbinas e demais equipamentos.

O isolamento social e as dificuldades de contratação de serviços e suprimentos ocasionadas pela pandemia, no entanto, teriam prejudicado o calendário das empresas que operam nas águas do Rio Madeira, em Rondônia e, assim, causado paralisações inesperadas.

Hidrelétrica de Santo Antônio, quinta maior em operação no País, alega que teve de desligar máquinas, por causa de restrições a trabalhadores impostas pela pandemia  Foto: Beethoven Delano/Estadão

Há duas semanas, a concessionária Jirau Energia enviou informações à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), para afirmar que teve dificuldades, inclusive, de realizar a limpeza das telas instaladas na frente de suas turbinas, equipamento que impede a entrada de sedimentos e troncos, por exemplo. O acúmulo do material acabou por travar a passagem de água, reduzindo a geração, segundo a empresa.

“Na impossibilidade da execução de atividades de limpeza da tomada d’água, as restrições de potência decorrentes das perdas de carga nas grades das unidades geradoras aumentam gradativamente”, informou a concessionária. “No limite, a potência mínima de operação da unidade geradora é atingida e se faz necessário o seu desligamento.”

Entre janeiro e maio de 2021, no chamado “período úmido”, foram realizadas por Jirau apenas 155 intervenções de limpeza nas máquinas, o que representa 40% do que foi feito no mesmo intervalo de 2020, quando ocorreram 256 ações. “A disponibilidade da infraestrutura foi afetada em decorrência da falta de mão de obra gerada pelas restrições impostas à companhia em decorrência da pandemia de covid-19″, declarou a empresa.

O resultado é que, segundo a empresa, a falta de manutenção provocou falhas em equipamentos que teriam levado a um total de 342 horas de indisponibilidades das turbinas em 2021. A companhia reclama ainda que registrou 1.274 horas de indisponibilidades de máquinas para fazer a “decantação” do material acumulado em frente aos equipamentos, por causa do tempo necessário para que todo material acumulado fosse removido naturalmente. Agora, a empresa pede que essas horas sejam “perdoadas” e que a companhia não seja punida por essa geração frustrada.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) já analisou as justificativas de Jirau e rejeitou o pedido. A empresa, agora, recorreu à Aneel.

No caso da hidrelétrica de Santo Antônio, a empresa chegou a desligar, por um período, quatro de suas 50 turbinas, sob a mesma alegação de que não tinha pessoal disponível para realizar as manutenções programadas.

“A pandemia do coronavírus afetou as hidrelétricas do Brasil, impactando na manutenção e na disponibilidade das turbinas para geração de energia. Os altos índices de contaminação em Porto Velho obrigaram a Santo Antônio Energia a tomar medidas protetivas como a redução de quadro funcional e a adotar uma escala especial de operação, o que reduziu significativamente a realização de trabalhos habituais em espaços confinados”, afirmou a empresa.

Segundo a companhia, “mesmo garantindo a plena operação, a disponibilidade das turbinas – um dos indicadores medidos pelos órgãos reguladores – foi impactada”. A concessionária não informou, exatamente, qual foi o impacto causado pelas paralisações, mas declarou que seus argumentos técnicos foram acatados pelo ONS.

A Aneel reconheceu que os impactos da pandemia mexeram com uma série de empreendimentos em construção no setor elétrico, além daqueles que já estão em operação. Em outubro do ano passado, a agência emitiu um despacho, no qual autorizou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a desconsiderar os desligamentos e restrições de operação causados, comprovadamente, por reflexos trazidos pela pandemia, “desde que esteja claro que o agente responsável pela instalação não poderia ter adotado ação alternativa”.

Por meio de nota, a Jirau Energia declarou que as medidas de prevenção contra Covid-19 “causaram um impacto significativo na geração e consumo de energia no Brasil, assim como a necessidade de isolamento e distanciamento social que impactou consideravelmente as rotinas de trabalho”.

Segundo a empresa, os cronogramas das manutenções e os indicadores de operação “ficaram comprometidos em função das medidas de restrições que foram necessárias para manter a saúde das pessoas e a operação da Usina Jirau”.

O cenário, afirmou a companhia, levou a escalas especiais de trabalho para prosseguir com a operação. “Contudo, os indicadores operacionais foram afetados e com as devidas argumentações a empresa solicitou a Aneel a revisão do indicador de disponibilidade.”

Duas das maiores hidrelétricas do País acusaram as restrições impostas pela pandemia de covid-19 em 2021, pela frustração de energia que deveriam entregar no passado. O argumento foi levado aos órgãos de fiscalização do setor elétrico pelas usinas de Jirau e Santo Antônio, quarta e quinta maiores hidrelétricas do País, respectivamente, em potencial de geração.

Pelas regras do setor elétrico, toda hidrelétrica deve garantir um determinado volume de geração previamente determinado, além de respeitar um cronograma específico de manutenção de suas turbinas e demais equipamentos.

O isolamento social e as dificuldades de contratação de serviços e suprimentos ocasionadas pela pandemia, no entanto, teriam prejudicado o calendário das empresas que operam nas águas do Rio Madeira, em Rondônia e, assim, causado paralisações inesperadas.

Hidrelétrica de Santo Antônio, quinta maior em operação no País, alega que teve de desligar máquinas, por causa de restrições a trabalhadores impostas pela pandemia  Foto: Beethoven Delano/Estadão

Há duas semanas, a concessionária Jirau Energia enviou informações à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), para afirmar que teve dificuldades, inclusive, de realizar a limpeza das telas instaladas na frente de suas turbinas, equipamento que impede a entrada de sedimentos e troncos, por exemplo. O acúmulo do material acabou por travar a passagem de água, reduzindo a geração, segundo a empresa.

“Na impossibilidade da execução de atividades de limpeza da tomada d’água, as restrições de potência decorrentes das perdas de carga nas grades das unidades geradoras aumentam gradativamente”, informou a concessionária. “No limite, a potência mínima de operação da unidade geradora é atingida e se faz necessário o seu desligamento.”

Entre janeiro e maio de 2021, no chamado “período úmido”, foram realizadas por Jirau apenas 155 intervenções de limpeza nas máquinas, o que representa 40% do que foi feito no mesmo intervalo de 2020, quando ocorreram 256 ações. “A disponibilidade da infraestrutura foi afetada em decorrência da falta de mão de obra gerada pelas restrições impostas à companhia em decorrência da pandemia de covid-19″, declarou a empresa.

O resultado é que, segundo a empresa, a falta de manutenção provocou falhas em equipamentos que teriam levado a um total de 342 horas de indisponibilidades das turbinas em 2021. A companhia reclama ainda que registrou 1.274 horas de indisponibilidades de máquinas para fazer a “decantação” do material acumulado em frente aos equipamentos, por causa do tempo necessário para que todo material acumulado fosse removido naturalmente. Agora, a empresa pede que essas horas sejam “perdoadas” e que a companhia não seja punida por essa geração frustrada.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) já analisou as justificativas de Jirau e rejeitou o pedido. A empresa, agora, recorreu à Aneel.

No caso da hidrelétrica de Santo Antônio, a empresa chegou a desligar, por um período, quatro de suas 50 turbinas, sob a mesma alegação de que não tinha pessoal disponível para realizar as manutenções programadas.

“A pandemia do coronavírus afetou as hidrelétricas do Brasil, impactando na manutenção e na disponibilidade das turbinas para geração de energia. Os altos índices de contaminação em Porto Velho obrigaram a Santo Antônio Energia a tomar medidas protetivas como a redução de quadro funcional e a adotar uma escala especial de operação, o que reduziu significativamente a realização de trabalhos habituais em espaços confinados”, afirmou a empresa.

Segundo a companhia, “mesmo garantindo a plena operação, a disponibilidade das turbinas – um dos indicadores medidos pelos órgãos reguladores – foi impactada”. A concessionária não informou, exatamente, qual foi o impacto causado pelas paralisações, mas declarou que seus argumentos técnicos foram acatados pelo ONS.

A Aneel reconheceu que os impactos da pandemia mexeram com uma série de empreendimentos em construção no setor elétrico, além daqueles que já estão em operação. Em outubro do ano passado, a agência emitiu um despacho, no qual autorizou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a desconsiderar os desligamentos e restrições de operação causados, comprovadamente, por reflexos trazidos pela pandemia, “desde que esteja claro que o agente responsável pela instalação não poderia ter adotado ação alternativa”.

Por meio de nota, a Jirau Energia declarou que as medidas de prevenção contra Covid-19 “causaram um impacto significativo na geração e consumo de energia no Brasil, assim como a necessidade de isolamento e distanciamento social que impactou consideravelmente as rotinas de trabalho”.

Segundo a empresa, os cronogramas das manutenções e os indicadores de operação “ficaram comprometidos em função das medidas de restrições que foram necessárias para manter a saúde das pessoas e a operação da Usina Jirau”.

O cenário, afirmou a companhia, levou a escalas especiais de trabalho para prosseguir com a operação. “Contudo, os indicadores operacionais foram afetados e com as devidas argumentações a empresa solicitou a Aneel a revisão do indicador de disponibilidade.”

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