Hidrelétricas vão chegar ao fim do período de seca com volume de 40% a 60% de água, diz ONS


Diretor-geral afirma que órgão estuda como retomar o fornecimento de energia da Venezuela para o Norte do País

Por Denise Luna e Luciana Collet

RIO - Os reservatórios das hidrelétricas brasileiras devem chegar ao fim do período seco, em outubro, com armazenamento de água em torno de 40%, na visão menos otimista, e 60%, na visão mais otimista. Em ambos os casos, será o melhor resultado em 12 anos, disse o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Luiz Ciocchi.

Ele informou que já foi chamado a iniciar estudo para retomar o fornecimento de energia da Venezuela para o Norte do País, mas ainda é cedo para saber como será essa operação.

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“Fomos chamados a participar do grupo de estudos, porque tem uma questão da infraestrutura que não está sendo utilizada e se desgastou nesses últimos quatro anos de bloqueio”, explicou Ciocchi após apresentação no Fórum Brasileiro de Líderes de Energia, no Rio de Janeiro.

Ele disse que as linhas de transmissão que ligam o Brasil ao país vizinho estão deterioradas, assim como as conexões, e ainda não está claro quanta energia será possível receber, nem como ela viria.

Itaipu Binacional, principal usina hidrelétrica do Brasil Foto: Gabriel Campos Neto / Itaipu Binacional
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“Estamos fazendo estudos para ver exatamente qual a potencialidade, qual a capacidade. Depois que foi interrompido o fornecimento, toda uma infraestrutura foi montada para viver sem aquilo (energia da Venezuela). Vamos ver agora quanto vem (de energia), como iremos receber, qual o meio”, afirmou, ressaltando que sempre é bom ter alternativas de abastecimento, principalmente no Norte do País.

Entre as condições do fornecimento, será avaliado se a energia a ser importada será limpa, assim como seu custo.

Ciocchi informou ainda que a boa posição dos reservatórios das hidrelétricas brasileiras está permitindo a exportação de energia para a Argentina e Uruguai em praticamente todos os meses do período seco (abril a outubro). Em maio, foram 1.400 megawatts-médios (MWmed) para a Argentina e entre 400 e 500 MWmed para o Uruguai. Este mês, a Argentina está recebendo 528 MWmed e o Uruguai, 195 MWmed.

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Segundo Ciocchi, mesmo com um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) acima do esperado, o Sistema Interligado Nacional (SIN) está preparado para abastecer o País sem problemas e ainda exportar, mesmo que o PIB cresça 3% neste ano. No primeiro trimestre, o PIB subiu 1,9% contra igual período de 2022, acima das projeções de analistas.

“Não há nenhuma implicação que possa haver escassez, temos zero de preocupação, e na perspectiva não apenas do operador, mas de todo o setor elétrico. O que a gente quer é que essa carga cresça, porque significa que está trazendo desenvolvimento para o País”, concluiu.

RIO - Os reservatórios das hidrelétricas brasileiras devem chegar ao fim do período seco, em outubro, com armazenamento de água em torno de 40%, na visão menos otimista, e 60%, na visão mais otimista. Em ambos os casos, será o melhor resultado em 12 anos, disse o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Luiz Ciocchi.

Ele informou que já foi chamado a iniciar estudo para retomar o fornecimento de energia da Venezuela para o Norte do País, mas ainda é cedo para saber como será essa operação.

“Fomos chamados a participar do grupo de estudos, porque tem uma questão da infraestrutura que não está sendo utilizada e se desgastou nesses últimos quatro anos de bloqueio”, explicou Ciocchi após apresentação no Fórum Brasileiro de Líderes de Energia, no Rio de Janeiro.

Ele disse que as linhas de transmissão que ligam o Brasil ao país vizinho estão deterioradas, assim como as conexões, e ainda não está claro quanta energia será possível receber, nem como ela viria.

Itaipu Binacional, principal usina hidrelétrica do Brasil Foto: Gabriel Campos Neto / Itaipu Binacional

“Estamos fazendo estudos para ver exatamente qual a potencialidade, qual a capacidade. Depois que foi interrompido o fornecimento, toda uma infraestrutura foi montada para viver sem aquilo (energia da Venezuela). Vamos ver agora quanto vem (de energia), como iremos receber, qual o meio”, afirmou, ressaltando que sempre é bom ter alternativas de abastecimento, principalmente no Norte do País.

Entre as condições do fornecimento, será avaliado se a energia a ser importada será limpa, assim como seu custo.

Ciocchi informou ainda que a boa posição dos reservatórios das hidrelétricas brasileiras está permitindo a exportação de energia para a Argentina e Uruguai em praticamente todos os meses do período seco (abril a outubro). Em maio, foram 1.400 megawatts-médios (MWmed) para a Argentina e entre 400 e 500 MWmed para o Uruguai. Este mês, a Argentina está recebendo 528 MWmed e o Uruguai, 195 MWmed.

Segundo Ciocchi, mesmo com um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) acima do esperado, o Sistema Interligado Nacional (SIN) está preparado para abastecer o País sem problemas e ainda exportar, mesmo que o PIB cresça 3% neste ano. No primeiro trimestre, o PIB subiu 1,9% contra igual período de 2022, acima das projeções de analistas.

“Não há nenhuma implicação que possa haver escassez, temos zero de preocupação, e na perspectiva não apenas do operador, mas de todo o setor elétrico. O que a gente quer é que essa carga cresça, porque significa que está trazendo desenvolvimento para o País”, concluiu.

RIO - Os reservatórios das hidrelétricas brasileiras devem chegar ao fim do período seco, em outubro, com armazenamento de água em torno de 40%, na visão menos otimista, e 60%, na visão mais otimista. Em ambos os casos, será o melhor resultado em 12 anos, disse o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Luiz Ciocchi.

Ele informou que já foi chamado a iniciar estudo para retomar o fornecimento de energia da Venezuela para o Norte do País, mas ainda é cedo para saber como será essa operação.

“Fomos chamados a participar do grupo de estudos, porque tem uma questão da infraestrutura que não está sendo utilizada e se desgastou nesses últimos quatro anos de bloqueio”, explicou Ciocchi após apresentação no Fórum Brasileiro de Líderes de Energia, no Rio de Janeiro.

Ele disse que as linhas de transmissão que ligam o Brasil ao país vizinho estão deterioradas, assim como as conexões, e ainda não está claro quanta energia será possível receber, nem como ela viria.

Itaipu Binacional, principal usina hidrelétrica do Brasil Foto: Gabriel Campos Neto / Itaipu Binacional

“Estamos fazendo estudos para ver exatamente qual a potencialidade, qual a capacidade. Depois que foi interrompido o fornecimento, toda uma infraestrutura foi montada para viver sem aquilo (energia da Venezuela). Vamos ver agora quanto vem (de energia), como iremos receber, qual o meio”, afirmou, ressaltando que sempre é bom ter alternativas de abastecimento, principalmente no Norte do País.

Entre as condições do fornecimento, será avaliado se a energia a ser importada será limpa, assim como seu custo.

Ciocchi informou ainda que a boa posição dos reservatórios das hidrelétricas brasileiras está permitindo a exportação de energia para a Argentina e Uruguai em praticamente todos os meses do período seco (abril a outubro). Em maio, foram 1.400 megawatts-médios (MWmed) para a Argentina e entre 400 e 500 MWmed para o Uruguai. Este mês, a Argentina está recebendo 528 MWmed e o Uruguai, 195 MWmed.

Segundo Ciocchi, mesmo com um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) acima do esperado, o Sistema Interligado Nacional (SIN) está preparado para abastecer o País sem problemas e ainda exportar, mesmo que o PIB cresça 3% neste ano. No primeiro trimestre, o PIB subiu 1,9% contra igual período de 2022, acima das projeções de analistas.

“Não há nenhuma implicação que possa haver escassez, temos zero de preocupação, e na perspectiva não apenas do operador, mas de todo o setor elétrico. O que a gente quer é que essa carga cresça, porque significa que está trazendo desenvolvimento para o País”, concluiu.

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