Startup holandesa anuncia projeto de avião totalmente elétrico com capacidade para 90 passageiros


Companhia prevê protótipo em escala real até 2030 e pretende começar a operar a aeronave comercialmente dentro de uma década

Por Katharina Cruz

Na busca pela redução do impacto climático na aviação, a startup Elysian, na Holanda, está desenvolvendo um avião totalmente elétrico, com espaço para 90 passageiros e um alcance previsto de cerca de 805 quilômetros. Chamada de E9X, a aeronave seria capaz de reduzir as emissões de gases poluentes em até 90%. A companhia prevê um protótipo em escala real até 2030 e pretende começar a operar o avião comercialmente dentro de uma década. As informações são da CNN.

“Você não deve presumir que um avião elétrico vai se parecer com os aviões (mais bem-sucedidos) de hoje”, diz à CNN Reynard de Vries, diretor de design e engenharia da Elysian, acrescentando que um equívoco comum é o pensamento de que aviões elétricos devem ser essencialmente versões eletrificadas dos turboélices regionais mais leves. Segundo de Vries, isso tornaria o alcance muito limitado, provavelmente abaixo de 96 quilômetros.

“O que você realmente tem que fazer é projetá-lo do zero, começando com uma folha em branco. O que você acaba tendo é um avião que, em proporções de peso, por exemplo, parece muito mais com os antigos jatos dos anos 1960. Um avião com uma proporção muito alta de baterias e uma proporção muito menor de peso estrutural. O resultado é uma aeronave que é muito maior e mais pesada, mas pode voar muito mais longe do que as pessoas pensavam anteriormente”, explicou de Vries.

continua após a publicidade

Segundo a reportagem da CNN, a aeronave foi idealizada em colaboração com a Universidade de Tecnologia de Delft, na Holanda, e seus princípios são explicados em um artigo científico intitulado “Uma nova perspectiva na aviação elétrica a bateria”, que tem entre seus autores de Vries e Rob Wolleswinkel, cofundador da Elysian.

Avião totalmente elétrico em desenvolvimento, chamado E9X, deverá ter alcance de cerca de 805 quilômetros e espaço para 90 passageiros.  Foto: Elysian/Divulgação

Estrutura

continua após a publicidade

O E9X só existe no papel até o momento, mas deverá ter oito motores a hélice e uma envergadura de quase 42 metros - maior que um Boeing 737 ou um Airbus A320, embora esses dois modelos possam transportar mais que o dobro de passageiros. O avião elétrico também deverá ter uma fuselagem mais fina, o que, segundo de Vries, melhora tanto as características estruturais quanto aerodinâmicas.

Um princípio fundamental explicado no artigo científico é que as baterias serão colocadas nas asas em vez da fuselagem. “Essa é uma escolha crítica de design”, diz de Vries à CNN. “As baterias representam uma parte significativa do peso do avião e o que você quer fazer com o peso é colocá-lo onde a sustentação está sendo gerada”, completou.

A CNN destaca que, de acordo com de Vries, a tecnologia da bateria será semelhante ao que está disponível hoje, mais quaisquer avanços que serão feitos nos próximos quatro ou cinco anos, em vez de um passo radical para cima. “Isso abre diferentes cenários”, ele diz. “O mais conservador coloca o alcance útil em 482 quilômetros, mas acreditamos que uma meta mais realista, daqui a quatro anos, seja 805 quilômetros”.

continua após a publicidade

Entre os outros elementos de design conhecidos estão a colocação do trem de pouso nas asas em vez do corpo do avião, pontas de asas que podem ser dobradas para economizar espaço e um “sistema de energia de reserva” baseado em turbina a gasolina que pode fornecer energia de emergência em caso de desvio, aponta a emissora.

No total, de Vries espera que o impacto climático da aeronave seja entre 75% e 90% inferior ao dos atuais jatos de fuselagem estreita, mesmo tendo em conta a produção das baterias e a eletricidade utilizada para recarregá-las.

continua após a publicidade

De acordo com a CNN, o E9X será projetado para se encaixar na infraestrutura atual dos aeroportos, sem a necessidade de qualquer ajuste ou atualização. O tempo de resposta, no entanto, pode ser um desafio, devido à necessidade de carregar as baterias, o que leva mais tempo do que encher o tanque com combustível. “Nossa meta agora é um tempo máximo de carregamento de 45 minutos, o que implicaria um tempo de resposta um pouco maior do que o que algumas companhias aéreas estão acostumadas, especialmente as operadoras de baixo custo. Mas esse é o limite máximo - o tempo médio será em torno de meia hora”, explicou de Vries.

A CNN afirma que há discussões em andamento da empresa com companhias aéreas de todo o mundo e que o avião provavelmente atrairá o interesse de companhias aéreas regionais e de transporte regional. Do ponto de vista do passageiro, de Vries afirmou à emissora que acredita que o E9X oferecerá uma experiência de voo mais silenciosa e agradável e que pretende resolver um dos problemas das viagens atuais: a escassez de espaço para bagagem de cabine.

Na busca pela redução do impacto climático na aviação, a startup Elysian, na Holanda, está desenvolvendo um avião totalmente elétrico, com espaço para 90 passageiros e um alcance previsto de cerca de 805 quilômetros. Chamada de E9X, a aeronave seria capaz de reduzir as emissões de gases poluentes em até 90%. A companhia prevê um protótipo em escala real até 2030 e pretende começar a operar o avião comercialmente dentro de uma década. As informações são da CNN.

“Você não deve presumir que um avião elétrico vai se parecer com os aviões (mais bem-sucedidos) de hoje”, diz à CNN Reynard de Vries, diretor de design e engenharia da Elysian, acrescentando que um equívoco comum é o pensamento de que aviões elétricos devem ser essencialmente versões eletrificadas dos turboélices regionais mais leves. Segundo de Vries, isso tornaria o alcance muito limitado, provavelmente abaixo de 96 quilômetros.

“O que você realmente tem que fazer é projetá-lo do zero, começando com uma folha em branco. O que você acaba tendo é um avião que, em proporções de peso, por exemplo, parece muito mais com os antigos jatos dos anos 1960. Um avião com uma proporção muito alta de baterias e uma proporção muito menor de peso estrutural. O resultado é uma aeronave que é muito maior e mais pesada, mas pode voar muito mais longe do que as pessoas pensavam anteriormente”, explicou de Vries.

Segundo a reportagem da CNN, a aeronave foi idealizada em colaboração com a Universidade de Tecnologia de Delft, na Holanda, e seus princípios são explicados em um artigo científico intitulado “Uma nova perspectiva na aviação elétrica a bateria”, que tem entre seus autores de Vries e Rob Wolleswinkel, cofundador da Elysian.

Avião totalmente elétrico em desenvolvimento, chamado E9X, deverá ter alcance de cerca de 805 quilômetros e espaço para 90 passageiros.  Foto: Elysian/Divulgação

Estrutura

O E9X só existe no papel até o momento, mas deverá ter oito motores a hélice e uma envergadura de quase 42 metros - maior que um Boeing 737 ou um Airbus A320, embora esses dois modelos possam transportar mais que o dobro de passageiros. O avião elétrico também deverá ter uma fuselagem mais fina, o que, segundo de Vries, melhora tanto as características estruturais quanto aerodinâmicas.

Um princípio fundamental explicado no artigo científico é que as baterias serão colocadas nas asas em vez da fuselagem. “Essa é uma escolha crítica de design”, diz de Vries à CNN. “As baterias representam uma parte significativa do peso do avião e o que você quer fazer com o peso é colocá-lo onde a sustentação está sendo gerada”, completou.

A CNN destaca que, de acordo com de Vries, a tecnologia da bateria será semelhante ao que está disponível hoje, mais quaisquer avanços que serão feitos nos próximos quatro ou cinco anos, em vez de um passo radical para cima. “Isso abre diferentes cenários”, ele diz. “O mais conservador coloca o alcance útil em 482 quilômetros, mas acreditamos que uma meta mais realista, daqui a quatro anos, seja 805 quilômetros”.

Entre os outros elementos de design conhecidos estão a colocação do trem de pouso nas asas em vez do corpo do avião, pontas de asas que podem ser dobradas para economizar espaço e um “sistema de energia de reserva” baseado em turbina a gasolina que pode fornecer energia de emergência em caso de desvio, aponta a emissora.

No total, de Vries espera que o impacto climático da aeronave seja entre 75% e 90% inferior ao dos atuais jatos de fuselagem estreita, mesmo tendo em conta a produção das baterias e a eletricidade utilizada para recarregá-las.

De acordo com a CNN, o E9X será projetado para se encaixar na infraestrutura atual dos aeroportos, sem a necessidade de qualquer ajuste ou atualização. O tempo de resposta, no entanto, pode ser um desafio, devido à necessidade de carregar as baterias, o que leva mais tempo do que encher o tanque com combustível. “Nossa meta agora é um tempo máximo de carregamento de 45 minutos, o que implicaria um tempo de resposta um pouco maior do que o que algumas companhias aéreas estão acostumadas, especialmente as operadoras de baixo custo. Mas esse é o limite máximo - o tempo médio será em torno de meia hora”, explicou de Vries.

A CNN afirma que há discussões em andamento da empresa com companhias aéreas de todo o mundo e que o avião provavelmente atrairá o interesse de companhias aéreas regionais e de transporte regional. Do ponto de vista do passageiro, de Vries afirmou à emissora que acredita que o E9X oferecerá uma experiência de voo mais silenciosa e agradável e que pretende resolver um dos problemas das viagens atuais: a escassez de espaço para bagagem de cabine.

Na busca pela redução do impacto climático na aviação, a startup Elysian, na Holanda, está desenvolvendo um avião totalmente elétrico, com espaço para 90 passageiros e um alcance previsto de cerca de 805 quilômetros. Chamada de E9X, a aeronave seria capaz de reduzir as emissões de gases poluentes em até 90%. A companhia prevê um protótipo em escala real até 2030 e pretende começar a operar o avião comercialmente dentro de uma década. As informações são da CNN.

“Você não deve presumir que um avião elétrico vai se parecer com os aviões (mais bem-sucedidos) de hoje”, diz à CNN Reynard de Vries, diretor de design e engenharia da Elysian, acrescentando que um equívoco comum é o pensamento de que aviões elétricos devem ser essencialmente versões eletrificadas dos turboélices regionais mais leves. Segundo de Vries, isso tornaria o alcance muito limitado, provavelmente abaixo de 96 quilômetros.

“O que você realmente tem que fazer é projetá-lo do zero, começando com uma folha em branco. O que você acaba tendo é um avião que, em proporções de peso, por exemplo, parece muito mais com os antigos jatos dos anos 1960. Um avião com uma proporção muito alta de baterias e uma proporção muito menor de peso estrutural. O resultado é uma aeronave que é muito maior e mais pesada, mas pode voar muito mais longe do que as pessoas pensavam anteriormente”, explicou de Vries.

Segundo a reportagem da CNN, a aeronave foi idealizada em colaboração com a Universidade de Tecnologia de Delft, na Holanda, e seus princípios são explicados em um artigo científico intitulado “Uma nova perspectiva na aviação elétrica a bateria”, que tem entre seus autores de Vries e Rob Wolleswinkel, cofundador da Elysian.

Avião totalmente elétrico em desenvolvimento, chamado E9X, deverá ter alcance de cerca de 805 quilômetros e espaço para 90 passageiros.  Foto: Elysian/Divulgação

Estrutura

O E9X só existe no papel até o momento, mas deverá ter oito motores a hélice e uma envergadura de quase 42 metros - maior que um Boeing 737 ou um Airbus A320, embora esses dois modelos possam transportar mais que o dobro de passageiros. O avião elétrico também deverá ter uma fuselagem mais fina, o que, segundo de Vries, melhora tanto as características estruturais quanto aerodinâmicas.

Um princípio fundamental explicado no artigo científico é que as baterias serão colocadas nas asas em vez da fuselagem. “Essa é uma escolha crítica de design”, diz de Vries à CNN. “As baterias representam uma parte significativa do peso do avião e o que você quer fazer com o peso é colocá-lo onde a sustentação está sendo gerada”, completou.

A CNN destaca que, de acordo com de Vries, a tecnologia da bateria será semelhante ao que está disponível hoje, mais quaisquer avanços que serão feitos nos próximos quatro ou cinco anos, em vez de um passo radical para cima. “Isso abre diferentes cenários”, ele diz. “O mais conservador coloca o alcance útil em 482 quilômetros, mas acreditamos que uma meta mais realista, daqui a quatro anos, seja 805 quilômetros”.

Entre os outros elementos de design conhecidos estão a colocação do trem de pouso nas asas em vez do corpo do avião, pontas de asas que podem ser dobradas para economizar espaço e um “sistema de energia de reserva” baseado em turbina a gasolina que pode fornecer energia de emergência em caso de desvio, aponta a emissora.

No total, de Vries espera que o impacto climático da aeronave seja entre 75% e 90% inferior ao dos atuais jatos de fuselagem estreita, mesmo tendo em conta a produção das baterias e a eletricidade utilizada para recarregá-las.

De acordo com a CNN, o E9X será projetado para se encaixar na infraestrutura atual dos aeroportos, sem a necessidade de qualquer ajuste ou atualização. O tempo de resposta, no entanto, pode ser um desafio, devido à necessidade de carregar as baterias, o que leva mais tempo do que encher o tanque com combustível. “Nossa meta agora é um tempo máximo de carregamento de 45 minutos, o que implicaria um tempo de resposta um pouco maior do que o que algumas companhias aéreas estão acostumadas, especialmente as operadoras de baixo custo. Mas esse é o limite máximo - o tempo médio será em torno de meia hora”, explicou de Vries.

A CNN afirma que há discussões em andamento da empresa com companhias aéreas de todo o mundo e que o avião provavelmente atrairá o interesse de companhias aéreas regionais e de transporte regional. Do ponto de vista do passageiro, de Vries afirmou à emissora que acredita que o E9X oferecerá uma experiência de voo mais silenciosa e agradável e que pretende resolver um dos problemas das viagens atuais: a escassez de espaço para bagagem de cabine.

Na busca pela redução do impacto climático na aviação, a startup Elysian, na Holanda, está desenvolvendo um avião totalmente elétrico, com espaço para 90 passageiros e um alcance previsto de cerca de 805 quilômetros. Chamada de E9X, a aeronave seria capaz de reduzir as emissões de gases poluentes em até 90%. A companhia prevê um protótipo em escala real até 2030 e pretende começar a operar o avião comercialmente dentro de uma década. As informações são da CNN.

“Você não deve presumir que um avião elétrico vai se parecer com os aviões (mais bem-sucedidos) de hoje”, diz à CNN Reynard de Vries, diretor de design e engenharia da Elysian, acrescentando que um equívoco comum é o pensamento de que aviões elétricos devem ser essencialmente versões eletrificadas dos turboélices regionais mais leves. Segundo de Vries, isso tornaria o alcance muito limitado, provavelmente abaixo de 96 quilômetros.

“O que você realmente tem que fazer é projetá-lo do zero, começando com uma folha em branco. O que você acaba tendo é um avião que, em proporções de peso, por exemplo, parece muito mais com os antigos jatos dos anos 1960. Um avião com uma proporção muito alta de baterias e uma proporção muito menor de peso estrutural. O resultado é uma aeronave que é muito maior e mais pesada, mas pode voar muito mais longe do que as pessoas pensavam anteriormente”, explicou de Vries.

Segundo a reportagem da CNN, a aeronave foi idealizada em colaboração com a Universidade de Tecnologia de Delft, na Holanda, e seus princípios são explicados em um artigo científico intitulado “Uma nova perspectiva na aviação elétrica a bateria”, que tem entre seus autores de Vries e Rob Wolleswinkel, cofundador da Elysian.

Avião totalmente elétrico em desenvolvimento, chamado E9X, deverá ter alcance de cerca de 805 quilômetros e espaço para 90 passageiros.  Foto: Elysian/Divulgação

Estrutura

O E9X só existe no papel até o momento, mas deverá ter oito motores a hélice e uma envergadura de quase 42 metros - maior que um Boeing 737 ou um Airbus A320, embora esses dois modelos possam transportar mais que o dobro de passageiros. O avião elétrico também deverá ter uma fuselagem mais fina, o que, segundo de Vries, melhora tanto as características estruturais quanto aerodinâmicas.

Um princípio fundamental explicado no artigo científico é que as baterias serão colocadas nas asas em vez da fuselagem. “Essa é uma escolha crítica de design”, diz de Vries à CNN. “As baterias representam uma parte significativa do peso do avião e o que você quer fazer com o peso é colocá-lo onde a sustentação está sendo gerada”, completou.

A CNN destaca que, de acordo com de Vries, a tecnologia da bateria será semelhante ao que está disponível hoje, mais quaisquer avanços que serão feitos nos próximos quatro ou cinco anos, em vez de um passo radical para cima. “Isso abre diferentes cenários”, ele diz. “O mais conservador coloca o alcance útil em 482 quilômetros, mas acreditamos que uma meta mais realista, daqui a quatro anos, seja 805 quilômetros”.

Entre os outros elementos de design conhecidos estão a colocação do trem de pouso nas asas em vez do corpo do avião, pontas de asas que podem ser dobradas para economizar espaço e um “sistema de energia de reserva” baseado em turbina a gasolina que pode fornecer energia de emergência em caso de desvio, aponta a emissora.

No total, de Vries espera que o impacto climático da aeronave seja entre 75% e 90% inferior ao dos atuais jatos de fuselagem estreita, mesmo tendo em conta a produção das baterias e a eletricidade utilizada para recarregá-las.

De acordo com a CNN, o E9X será projetado para se encaixar na infraestrutura atual dos aeroportos, sem a necessidade de qualquer ajuste ou atualização. O tempo de resposta, no entanto, pode ser um desafio, devido à necessidade de carregar as baterias, o que leva mais tempo do que encher o tanque com combustível. “Nossa meta agora é um tempo máximo de carregamento de 45 minutos, o que implicaria um tempo de resposta um pouco maior do que o que algumas companhias aéreas estão acostumadas, especialmente as operadoras de baixo custo. Mas esse é o limite máximo - o tempo médio será em torno de meia hora”, explicou de Vries.

A CNN afirma que há discussões em andamento da empresa com companhias aéreas de todo o mundo e que o avião provavelmente atrairá o interesse de companhias aéreas regionais e de transporte regional. Do ponto de vista do passageiro, de Vries afirmou à emissora que acredita que o E9X oferecerá uma experiência de voo mais silenciosa e agradável e que pretende resolver um dos problemas das viagens atuais: a escassez de espaço para bagagem de cabine.

Na busca pela redução do impacto climático na aviação, a startup Elysian, na Holanda, está desenvolvendo um avião totalmente elétrico, com espaço para 90 passageiros e um alcance previsto de cerca de 805 quilômetros. Chamada de E9X, a aeronave seria capaz de reduzir as emissões de gases poluentes em até 90%. A companhia prevê um protótipo em escala real até 2030 e pretende começar a operar o avião comercialmente dentro de uma década. As informações são da CNN.

“Você não deve presumir que um avião elétrico vai se parecer com os aviões (mais bem-sucedidos) de hoje”, diz à CNN Reynard de Vries, diretor de design e engenharia da Elysian, acrescentando que um equívoco comum é o pensamento de que aviões elétricos devem ser essencialmente versões eletrificadas dos turboélices regionais mais leves. Segundo de Vries, isso tornaria o alcance muito limitado, provavelmente abaixo de 96 quilômetros.

“O que você realmente tem que fazer é projetá-lo do zero, começando com uma folha em branco. O que você acaba tendo é um avião que, em proporções de peso, por exemplo, parece muito mais com os antigos jatos dos anos 1960. Um avião com uma proporção muito alta de baterias e uma proporção muito menor de peso estrutural. O resultado é uma aeronave que é muito maior e mais pesada, mas pode voar muito mais longe do que as pessoas pensavam anteriormente”, explicou de Vries.

Segundo a reportagem da CNN, a aeronave foi idealizada em colaboração com a Universidade de Tecnologia de Delft, na Holanda, e seus princípios são explicados em um artigo científico intitulado “Uma nova perspectiva na aviação elétrica a bateria”, que tem entre seus autores de Vries e Rob Wolleswinkel, cofundador da Elysian.

Avião totalmente elétrico em desenvolvimento, chamado E9X, deverá ter alcance de cerca de 805 quilômetros e espaço para 90 passageiros.  Foto: Elysian/Divulgação

Estrutura

O E9X só existe no papel até o momento, mas deverá ter oito motores a hélice e uma envergadura de quase 42 metros - maior que um Boeing 737 ou um Airbus A320, embora esses dois modelos possam transportar mais que o dobro de passageiros. O avião elétrico também deverá ter uma fuselagem mais fina, o que, segundo de Vries, melhora tanto as características estruturais quanto aerodinâmicas.

Um princípio fundamental explicado no artigo científico é que as baterias serão colocadas nas asas em vez da fuselagem. “Essa é uma escolha crítica de design”, diz de Vries à CNN. “As baterias representam uma parte significativa do peso do avião e o que você quer fazer com o peso é colocá-lo onde a sustentação está sendo gerada”, completou.

A CNN destaca que, de acordo com de Vries, a tecnologia da bateria será semelhante ao que está disponível hoje, mais quaisquer avanços que serão feitos nos próximos quatro ou cinco anos, em vez de um passo radical para cima. “Isso abre diferentes cenários”, ele diz. “O mais conservador coloca o alcance útil em 482 quilômetros, mas acreditamos que uma meta mais realista, daqui a quatro anos, seja 805 quilômetros”.

Entre os outros elementos de design conhecidos estão a colocação do trem de pouso nas asas em vez do corpo do avião, pontas de asas que podem ser dobradas para economizar espaço e um “sistema de energia de reserva” baseado em turbina a gasolina que pode fornecer energia de emergência em caso de desvio, aponta a emissora.

No total, de Vries espera que o impacto climático da aeronave seja entre 75% e 90% inferior ao dos atuais jatos de fuselagem estreita, mesmo tendo em conta a produção das baterias e a eletricidade utilizada para recarregá-las.

De acordo com a CNN, o E9X será projetado para se encaixar na infraestrutura atual dos aeroportos, sem a necessidade de qualquer ajuste ou atualização. O tempo de resposta, no entanto, pode ser um desafio, devido à necessidade de carregar as baterias, o que leva mais tempo do que encher o tanque com combustível. “Nossa meta agora é um tempo máximo de carregamento de 45 minutos, o que implicaria um tempo de resposta um pouco maior do que o que algumas companhias aéreas estão acostumadas, especialmente as operadoras de baixo custo. Mas esse é o limite máximo - o tempo médio será em torno de meia hora”, explicou de Vries.

A CNN afirma que há discussões em andamento da empresa com companhias aéreas de todo o mundo e que o avião provavelmente atrairá o interesse de companhias aéreas regionais e de transporte regional. Do ponto de vista do passageiro, de Vries afirmou à emissora que acredita que o E9X oferecerá uma experiência de voo mais silenciosa e agradável e que pretende resolver um dos problemas das viagens atuais: a escassez de espaço para bagagem de cabine.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.