Honeywell: transição energética e tecnologia são os caminhos para acelerar a economia Net Zero


Fórum Net Zero, realizado pela empresa em parceria com a Amcham-Brasil, reuniu cerca de 450 líderes nos dois dias do evento em São Paulo e no Rio de Janeiro, que debateram desafios e perspectivas para um futuro mais sustentável

Por Honeywell e Estadão Blue Studio
Atualização:

O Brasil tem potencial para liderar a agenda de descarbonização no planeta, com tecnologias que acelerem a redução das emissões e com investimento em transição energética. Essa foi a principal mensagem do Fórum Net Zero 2024, evento realizado nos dias 13, em São Paulo, e 15 de agosto, no Rio de Janeiro, pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham-Brasil) e que contou com o apoio da Honeywell, líder global em soluções de energia, aviação e automação industrial.

Nos dois dias do encontro, cerca de 450 líderes de empresas, entre parceiros e clientes da companhia, debateram os desafios e as perspectivas para um futuro mais sustentável e compartilharam experiências bem-sucedidas neste sentido.

José Fernandes, CEO da Honeywell na América Latina, durante Fórum Net Zero Foto: Divulgação/Honeywell
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Transição energética: fundamental

As consequências das mudanças climáticas, caso não sejam tomadas medidas urgentes, podem ser catastróficas e irreversíveis, alertou o CEO da Honeywell na América Latina, José Fernandes. “Temos que continuar nos esforçando. A transição energética reduz drasticamente essas emissões ao substituir as fontes de energia como carvão, petróleo e gás natural por fontes renováveis como a solar, eólica e hidroelétrica.”

O executivo, que assumiu a posição no início do ano, focando em três megatendências críticas, incluindo a transição energética e o futuro da aviação, reforçou que, além da transição energética, um dos objetivos da companhia é garantir que as plantas petroquímicas existentes funcionem da forma mais eficiente possível. “Continuaremos a desenvolver novos métodos para oferecer suporte a esses combustíveis”, reforçou.

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Segundo o executivo, além de soluções em automação e transformação digital, uma das oportunidades de promover a transição são os combustíveis sustentáveis para a aviação – o SAF (da sigla em inglês para Sustainable Aviation Fuel).

Produzir SAF é justamente um dos focos da Acelen Renováveis, empresa de energia criada pelo fundo de investimentos Mubadala Capital para acelerar a transição energética mundial. A empresa anunciou investimentos superiores a US$ 3 bilhões na primeira unidade integrada para produção de combustíveis renováveis a partir da macaúba, planta nativa do Cerrado brasileiro.

Além da transição energética, a Honeywell tem objetivo de garantir que as plantas petroquímicas existentes funcionem da forma mais eficiente possível Foto: Divulgação/Honeywell
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“A macaúba é estudada há mais de 70 anos mundialmente e possui benefícios estratégicos para nossa operação, já que é capaz de produzir de 7 a 10 vezes mais óleo por fruto se comparada a outras culturas como a soja”, explicou o vice-presidente de Novos Negócios da companhia, Marcelo Cordaro. A estimativa é que a biorrefinaria produza, já a partir de 2027, 1 bilhão de litros de combustíveis por ano e participe da descarbonização do setor aéreo mundial. “A parceria com a Honeywell é fundamental para que possamos ajudar as companhias áreas a alcançar as suas metas de descarbonização”, diz o executivo.

Na visão do diretor de Novos Negócios da gigante sucroenergética Atvos, Caio Dafico, todas as rotas tecnológicas para a produção de SAF serão necessárias e é importante começar pelas mais competitivas – caso da cadeia produtiva de etanol. “O Brasil pode ser um grande player”, ressaltou, fazendo uma ressalva: “É imperativo que existam incentivos governamentais, com mandatos para garantir a igualdade competitiva, mas com colchão financeiro para que nem todo esse custo seja arcado pelas companhias áreas ou pelos consumidores”.

José Fernandes, da Honeywell, concorda e relembra a importância da criação do PL 528/2020, que cria o programa Combustível do Futuro e que deverá ser discutido na Comissão de Infraestrutura ainda em agosto. “A decisão, ratificada recentemente pelo Senado, representa um marco significativo e constitui uma etapa inicial, embora modesta. Com ela, começamos a estabelecer um mercado e a incentivar o crescimento dessa indústria, algo semelhante ao que ocorreu anteriormente com o etanol”, adiciona o executivo.

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Temos que continuar nos esforçando. A transição energética reduz drasticamente as emissões de carbono ao substituir as fontes de energia como carvão, petróleo e gás natural por fontes renováveis como a solar, eólica e hidroelétrica

José Fernandes, CEO da Honeywell na América Latina

O programa entregue pelo senador Veneziano Vital do Rêgo estabelece metas de redução de gases de efeito estufa (GEE) a partir de mandatos para o combustível sustentável de aviação (SAF) e diesel verde. A meta será de 1% de descarbonização por meio do uso de SAF em 2027, aumentando em 1% ao ano até 2037, chegando a 10%.

Agenda verde

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Um dos desafios para a transição é o financiamento. O contrato de Compra Mínima Garantida (offtake agreement) é um fator que pode ajudar a viabilizar novos projetos, de acordo com o CEO do Citi Brasil, Marcelo Marangon. Mas isso vai requerer segurança jurídica. “Estamos competindo com projetos globais. Precisamos ter essa visão, com contratos com padrões internacionais.”

Para o CEO da Amcham-Brasil, Abrão Neto, é essencial modernizar o ambiente regulatório. “A aprovação desses projetos (a chamada ‘agenda verde’ em tramitação no Congresso Nacional) é fundamental para que o Brasil possa acelerar sua transição energética, cumprir os seus compromissos internacionais sobre o clima e atrair mais investimentos.”

Na visão de Joaquim Levy, diretor de Estratégia Econômica e Relações com os Mercados do Banco Safra, o Brasil pode se tornar net zero já em 2040, mas é relevante que o País alcance soluções realmente competitivas. “O hidrogênio verde só funcionará se tiver um offtaker”, exemplificou. “Para conseguir esses mercados, é preciso fazer alianças e parcerias”, recomendou.

O Brasil tem potencial para liderar a agenda de descarbonização no planeta, com tecnologias que acelerem a redução das emissões e com investimento em transição energética. Essa foi a principal mensagem do Fórum Net Zero 2024, evento realizado nos dias 13, em São Paulo, e 15 de agosto, no Rio de Janeiro, pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham-Brasil) e que contou com o apoio da Honeywell, líder global em soluções de energia, aviação e automação industrial.

Nos dois dias do encontro, cerca de 450 líderes de empresas, entre parceiros e clientes da companhia, debateram os desafios e as perspectivas para um futuro mais sustentável e compartilharam experiências bem-sucedidas neste sentido.

José Fernandes, CEO da Honeywell na América Latina, durante Fórum Net Zero Foto: Divulgação/Honeywell

Transição energética: fundamental

As consequências das mudanças climáticas, caso não sejam tomadas medidas urgentes, podem ser catastróficas e irreversíveis, alertou o CEO da Honeywell na América Latina, José Fernandes. “Temos que continuar nos esforçando. A transição energética reduz drasticamente essas emissões ao substituir as fontes de energia como carvão, petróleo e gás natural por fontes renováveis como a solar, eólica e hidroelétrica.”

O executivo, que assumiu a posição no início do ano, focando em três megatendências críticas, incluindo a transição energética e o futuro da aviação, reforçou que, além da transição energética, um dos objetivos da companhia é garantir que as plantas petroquímicas existentes funcionem da forma mais eficiente possível. “Continuaremos a desenvolver novos métodos para oferecer suporte a esses combustíveis”, reforçou.

Segundo o executivo, além de soluções em automação e transformação digital, uma das oportunidades de promover a transição são os combustíveis sustentáveis para a aviação – o SAF (da sigla em inglês para Sustainable Aviation Fuel).

Produzir SAF é justamente um dos focos da Acelen Renováveis, empresa de energia criada pelo fundo de investimentos Mubadala Capital para acelerar a transição energética mundial. A empresa anunciou investimentos superiores a US$ 3 bilhões na primeira unidade integrada para produção de combustíveis renováveis a partir da macaúba, planta nativa do Cerrado brasileiro.

Além da transição energética, a Honeywell tem objetivo de garantir que as plantas petroquímicas existentes funcionem da forma mais eficiente possível Foto: Divulgação/Honeywell

“A macaúba é estudada há mais de 70 anos mundialmente e possui benefícios estratégicos para nossa operação, já que é capaz de produzir de 7 a 10 vezes mais óleo por fruto se comparada a outras culturas como a soja”, explicou o vice-presidente de Novos Negócios da companhia, Marcelo Cordaro. A estimativa é que a biorrefinaria produza, já a partir de 2027, 1 bilhão de litros de combustíveis por ano e participe da descarbonização do setor aéreo mundial. “A parceria com a Honeywell é fundamental para que possamos ajudar as companhias áreas a alcançar as suas metas de descarbonização”, diz o executivo.

Na visão do diretor de Novos Negócios da gigante sucroenergética Atvos, Caio Dafico, todas as rotas tecnológicas para a produção de SAF serão necessárias e é importante começar pelas mais competitivas – caso da cadeia produtiva de etanol. “O Brasil pode ser um grande player”, ressaltou, fazendo uma ressalva: “É imperativo que existam incentivos governamentais, com mandatos para garantir a igualdade competitiva, mas com colchão financeiro para que nem todo esse custo seja arcado pelas companhias áreas ou pelos consumidores”.

José Fernandes, da Honeywell, concorda e relembra a importância da criação do PL 528/2020, que cria o programa Combustível do Futuro e que deverá ser discutido na Comissão de Infraestrutura ainda em agosto. “A decisão, ratificada recentemente pelo Senado, representa um marco significativo e constitui uma etapa inicial, embora modesta. Com ela, começamos a estabelecer um mercado e a incentivar o crescimento dessa indústria, algo semelhante ao que ocorreu anteriormente com o etanol”, adiciona o executivo.

Temos que continuar nos esforçando. A transição energética reduz drasticamente as emissões de carbono ao substituir as fontes de energia como carvão, petróleo e gás natural por fontes renováveis como a solar, eólica e hidroelétrica

José Fernandes, CEO da Honeywell na América Latina

O programa entregue pelo senador Veneziano Vital do Rêgo estabelece metas de redução de gases de efeito estufa (GEE) a partir de mandatos para o combustível sustentável de aviação (SAF) e diesel verde. A meta será de 1% de descarbonização por meio do uso de SAF em 2027, aumentando em 1% ao ano até 2037, chegando a 10%.

Agenda verde

Um dos desafios para a transição é o financiamento. O contrato de Compra Mínima Garantida (offtake agreement) é um fator que pode ajudar a viabilizar novos projetos, de acordo com o CEO do Citi Brasil, Marcelo Marangon. Mas isso vai requerer segurança jurídica. “Estamos competindo com projetos globais. Precisamos ter essa visão, com contratos com padrões internacionais.”

Para o CEO da Amcham-Brasil, Abrão Neto, é essencial modernizar o ambiente regulatório. “A aprovação desses projetos (a chamada ‘agenda verde’ em tramitação no Congresso Nacional) é fundamental para que o Brasil possa acelerar sua transição energética, cumprir os seus compromissos internacionais sobre o clima e atrair mais investimentos.”

Na visão de Joaquim Levy, diretor de Estratégia Econômica e Relações com os Mercados do Banco Safra, o Brasil pode se tornar net zero já em 2040, mas é relevante que o País alcance soluções realmente competitivas. “O hidrogênio verde só funcionará se tiver um offtaker”, exemplificou. “Para conseguir esses mercados, é preciso fazer alianças e parcerias”, recomendou.

O Brasil tem potencial para liderar a agenda de descarbonização no planeta, com tecnologias que acelerem a redução das emissões e com investimento em transição energética. Essa foi a principal mensagem do Fórum Net Zero 2024, evento realizado nos dias 13, em São Paulo, e 15 de agosto, no Rio de Janeiro, pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham-Brasil) e que contou com o apoio da Honeywell, líder global em soluções de energia, aviação e automação industrial.

Nos dois dias do encontro, cerca de 450 líderes de empresas, entre parceiros e clientes da companhia, debateram os desafios e as perspectivas para um futuro mais sustentável e compartilharam experiências bem-sucedidas neste sentido.

José Fernandes, CEO da Honeywell na América Latina, durante Fórum Net Zero Foto: Divulgação/Honeywell

Transição energética: fundamental

As consequências das mudanças climáticas, caso não sejam tomadas medidas urgentes, podem ser catastróficas e irreversíveis, alertou o CEO da Honeywell na América Latina, José Fernandes. “Temos que continuar nos esforçando. A transição energética reduz drasticamente essas emissões ao substituir as fontes de energia como carvão, petróleo e gás natural por fontes renováveis como a solar, eólica e hidroelétrica.”

O executivo, que assumiu a posição no início do ano, focando em três megatendências críticas, incluindo a transição energética e o futuro da aviação, reforçou que, além da transição energética, um dos objetivos da companhia é garantir que as plantas petroquímicas existentes funcionem da forma mais eficiente possível. “Continuaremos a desenvolver novos métodos para oferecer suporte a esses combustíveis”, reforçou.

Segundo o executivo, além de soluções em automação e transformação digital, uma das oportunidades de promover a transição são os combustíveis sustentáveis para a aviação – o SAF (da sigla em inglês para Sustainable Aviation Fuel).

Produzir SAF é justamente um dos focos da Acelen Renováveis, empresa de energia criada pelo fundo de investimentos Mubadala Capital para acelerar a transição energética mundial. A empresa anunciou investimentos superiores a US$ 3 bilhões na primeira unidade integrada para produção de combustíveis renováveis a partir da macaúba, planta nativa do Cerrado brasileiro.

Além da transição energética, a Honeywell tem objetivo de garantir que as plantas petroquímicas existentes funcionem da forma mais eficiente possível Foto: Divulgação/Honeywell

“A macaúba é estudada há mais de 70 anos mundialmente e possui benefícios estratégicos para nossa operação, já que é capaz de produzir de 7 a 10 vezes mais óleo por fruto se comparada a outras culturas como a soja”, explicou o vice-presidente de Novos Negócios da companhia, Marcelo Cordaro. A estimativa é que a biorrefinaria produza, já a partir de 2027, 1 bilhão de litros de combustíveis por ano e participe da descarbonização do setor aéreo mundial. “A parceria com a Honeywell é fundamental para que possamos ajudar as companhias áreas a alcançar as suas metas de descarbonização”, diz o executivo.

Na visão do diretor de Novos Negócios da gigante sucroenergética Atvos, Caio Dafico, todas as rotas tecnológicas para a produção de SAF serão necessárias e é importante começar pelas mais competitivas – caso da cadeia produtiva de etanol. “O Brasil pode ser um grande player”, ressaltou, fazendo uma ressalva: “É imperativo que existam incentivos governamentais, com mandatos para garantir a igualdade competitiva, mas com colchão financeiro para que nem todo esse custo seja arcado pelas companhias áreas ou pelos consumidores”.

José Fernandes, da Honeywell, concorda e relembra a importância da criação do PL 528/2020, que cria o programa Combustível do Futuro e que deverá ser discutido na Comissão de Infraestrutura ainda em agosto. “A decisão, ratificada recentemente pelo Senado, representa um marco significativo e constitui uma etapa inicial, embora modesta. Com ela, começamos a estabelecer um mercado e a incentivar o crescimento dessa indústria, algo semelhante ao que ocorreu anteriormente com o etanol”, adiciona o executivo.

Temos que continuar nos esforçando. A transição energética reduz drasticamente as emissões de carbono ao substituir as fontes de energia como carvão, petróleo e gás natural por fontes renováveis como a solar, eólica e hidroelétrica

José Fernandes, CEO da Honeywell na América Latina

O programa entregue pelo senador Veneziano Vital do Rêgo estabelece metas de redução de gases de efeito estufa (GEE) a partir de mandatos para o combustível sustentável de aviação (SAF) e diesel verde. A meta será de 1% de descarbonização por meio do uso de SAF em 2027, aumentando em 1% ao ano até 2037, chegando a 10%.

Agenda verde

Um dos desafios para a transição é o financiamento. O contrato de Compra Mínima Garantida (offtake agreement) é um fator que pode ajudar a viabilizar novos projetos, de acordo com o CEO do Citi Brasil, Marcelo Marangon. Mas isso vai requerer segurança jurídica. “Estamos competindo com projetos globais. Precisamos ter essa visão, com contratos com padrões internacionais.”

Para o CEO da Amcham-Brasil, Abrão Neto, é essencial modernizar o ambiente regulatório. “A aprovação desses projetos (a chamada ‘agenda verde’ em tramitação no Congresso Nacional) é fundamental para que o Brasil possa acelerar sua transição energética, cumprir os seus compromissos internacionais sobre o clima e atrair mais investimentos.”

Na visão de Joaquim Levy, diretor de Estratégia Econômica e Relações com os Mercados do Banco Safra, o Brasil pode se tornar net zero já em 2040, mas é relevante que o País alcance soluções realmente competitivas. “O hidrogênio verde só funcionará se tiver um offtaker”, exemplificou. “Para conseguir esses mercados, é preciso fazer alianças e parcerias”, recomendou.

O Brasil tem potencial para liderar a agenda de descarbonização no planeta, com tecnologias que acelerem a redução das emissões e com investimento em transição energética. Essa foi a principal mensagem do Fórum Net Zero 2024, evento realizado nos dias 13, em São Paulo, e 15 de agosto, no Rio de Janeiro, pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham-Brasil) e que contou com o apoio da Honeywell, líder global em soluções de energia, aviação e automação industrial.

Nos dois dias do encontro, cerca de 450 líderes de empresas, entre parceiros e clientes da companhia, debateram os desafios e as perspectivas para um futuro mais sustentável e compartilharam experiências bem-sucedidas neste sentido.

José Fernandes, CEO da Honeywell na América Latina, durante Fórum Net Zero Foto: Divulgação/Honeywell

Transição energética: fundamental

As consequências das mudanças climáticas, caso não sejam tomadas medidas urgentes, podem ser catastróficas e irreversíveis, alertou o CEO da Honeywell na América Latina, José Fernandes. “Temos que continuar nos esforçando. A transição energética reduz drasticamente essas emissões ao substituir as fontes de energia como carvão, petróleo e gás natural por fontes renováveis como a solar, eólica e hidroelétrica.”

O executivo, que assumiu a posição no início do ano, focando em três megatendências críticas, incluindo a transição energética e o futuro da aviação, reforçou que, além da transição energética, um dos objetivos da companhia é garantir que as plantas petroquímicas existentes funcionem da forma mais eficiente possível. “Continuaremos a desenvolver novos métodos para oferecer suporte a esses combustíveis”, reforçou.

Segundo o executivo, além de soluções em automação e transformação digital, uma das oportunidades de promover a transição são os combustíveis sustentáveis para a aviação – o SAF (da sigla em inglês para Sustainable Aviation Fuel).

Produzir SAF é justamente um dos focos da Acelen Renováveis, empresa de energia criada pelo fundo de investimentos Mubadala Capital para acelerar a transição energética mundial. A empresa anunciou investimentos superiores a US$ 3 bilhões na primeira unidade integrada para produção de combustíveis renováveis a partir da macaúba, planta nativa do Cerrado brasileiro.

Além da transição energética, a Honeywell tem objetivo de garantir que as plantas petroquímicas existentes funcionem da forma mais eficiente possível Foto: Divulgação/Honeywell

“A macaúba é estudada há mais de 70 anos mundialmente e possui benefícios estratégicos para nossa operação, já que é capaz de produzir de 7 a 10 vezes mais óleo por fruto se comparada a outras culturas como a soja”, explicou o vice-presidente de Novos Negócios da companhia, Marcelo Cordaro. A estimativa é que a biorrefinaria produza, já a partir de 2027, 1 bilhão de litros de combustíveis por ano e participe da descarbonização do setor aéreo mundial. “A parceria com a Honeywell é fundamental para que possamos ajudar as companhias áreas a alcançar as suas metas de descarbonização”, diz o executivo.

Na visão do diretor de Novos Negócios da gigante sucroenergética Atvos, Caio Dafico, todas as rotas tecnológicas para a produção de SAF serão necessárias e é importante começar pelas mais competitivas – caso da cadeia produtiva de etanol. “O Brasil pode ser um grande player”, ressaltou, fazendo uma ressalva: “É imperativo que existam incentivos governamentais, com mandatos para garantir a igualdade competitiva, mas com colchão financeiro para que nem todo esse custo seja arcado pelas companhias áreas ou pelos consumidores”.

José Fernandes, da Honeywell, concorda e relembra a importância da criação do PL 528/2020, que cria o programa Combustível do Futuro e que deverá ser discutido na Comissão de Infraestrutura ainda em agosto. “A decisão, ratificada recentemente pelo Senado, representa um marco significativo e constitui uma etapa inicial, embora modesta. Com ela, começamos a estabelecer um mercado e a incentivar o crescimento dessa indústria, algo semelhante ao que ocorreu anteriormente com o etanol”, adiciona o executivo.

Temos que continuar nos esforçando. A transição energética reduz drasticamente as emissões de carbono ao substituir as fontes de energia como carvão, petróleo e gás natural por fontes renováveis como a solar, eólica e hidroelétrica

José Fernandes, CEO da Honeywell na América Latina

O programa entregue pelo senador Veneziano Vital do Rêgo estabelece metas de redução de gases de efeito estufa (GEE) a partir de mandatos para o combustível sustentável de aviação (SAF) e diesel verde. A meta será de 1% de descarbonização por meio do uso de SAF em 2027, aumentando em 1% ao ano até 2037, chegando a 10%.

Agenda verde

Um dos desafios para a transição é o financiamento. O contrato de Compra Mínima Garantida (offtake agreement) é um fator que pode ajudar a viabilizar novos projetos, de acordo com o CEO do Citi Brasil, Marcelo Marangon. Mas isso vai requerer segurança jurídica. “Estamos competindo com projetos globais. Precisamos ter essa visão, com contratos com padrões internacionais.”

Para o CEO da Amcham-Brasil, Abrão Neto, é essencial modernizar o ambiente regulatório. “A aprovação desses projetos (a chamada ‘agenda verde’ em tramitação no Congresso Nacional) é fundamental para que o Brasil possa acelerar sua transição energética, cumprir os seus compromissos internacionais sobre o clima e atrair mais investimentos.”

Na visão de Joaquim Levy, diretor de Estratégia Econômica e Relações com os Mercados do Banco Safra, o Brasil pode se tornar net zero já em 2040, mas é relevante que o País alcance soluções realmente competitivas. “O hidrogênio verde só funcionará se tiver um offtaker”, exemplificou. “Para conseguir esses mercados, é preciso fazer alianças e parcerias”, recomendou.

O Brasil tem potencial para liderar a agenda de descarbonização no planeta, com tecnologias que acelerem a redução das emissões e com investimento em transição energética. Essa foi a principal mensagem do Fórum Net Zero 2024, evento realizado nos dias 13, em São Paulo, e 15 de agosto, no Rio de Janeiro, pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham-Brasil) e que contou com o apoio da Honeywell, líder global em soluções de energia, aviação e automação industrial.

Nos dois dias do encontro, cerca de 450 líderes de empresas, entre parceiros e clientes da companhia, debateram os desafios e as perspectivas para um futuro mais sustentável e compartilharam experiências bem-sucedidas neste sentido.

José Fernandes, CEO da Honeywell na América Latina, durante Fórum Net Zero Foto: Divulgação/Honeywell

Transição energética: fundamental

As consequências das mudanças climáticas, caso não sejam tomadas medidas urgentes, podem ser catastróficas e irreversíveis, alertou o CEO da Honeywell na América Latina, José Fernandes. “Temos que continuar nos esforçando. A transição energética reduz drasticamente essas emissões ao substituir as fontes de energia como carvão, petróleo e gás natural por fontes renováveis como a solar, eólica e hidroelétrica.”

O executivo, que assumiu a posição no início do ano, focando em três megatendências críticas, incluindo a transição energética e o futuro da aviação, reforçou que, além da transição energética, um dos objetivos da companhia é garantir que as plantas petroquímicas existentes funcionem da forma mais eficiente possível. “Continuaremos a desenvolver novos métodos para oferecer suporte a esses combustíveis”, reforçou.

Segundo o executivo, além de soluções em automação e transformação digital, uma das oportunidades de promover a transição são os combustíveis sustentáveis para a aviação – o SAF (da sigla em inglês para Sustainable Aviation Fuel).

Produzir SAF é justamente um dos focos da Acelen Renováveis, empresa de energia criada pelo fundo de investimentos Mubadala Capital para acelerar a transição energética mundial. A empresa anunciou investimentos superiores a US$ 3 bilhões na primeira unidade integrada para produção de combustíveis renováveis a partir da macaúba, planta nativa do Cerrado brasileiro.

Além da transição energética, a Honeywell tem objetivo de garantir que as plantas petroquímicas existentes funcionem da forma mais eficiente possível Foto: Divulgação/Honeywell

“A macaúba é estudada há mais de 70 anos mundialmente e possui benefícios estratégicos para nossa operação, já que é capaz de produzir de 7 a 10 vezes mais óleo por fruto se comparada a outras culturas como a soja”, explicou o vice-presidente de Novos Negócios da companhia, Marcelo Cordaro. A estimativa é que a biorrefinaria produza, já a partir de 2027, 1 bilhão de litros de combustíveis por ano e participe da descarbonização do setor aéreo mundial. “A parceria com a Honeywell é fundamental para que possamos ajudar as companhias áreas a alcançar as suas metas de descarbonização”, diz o executivo.

Na visão do diretor de Novos Negócios da gigante sucroenergética Atvos, Caio Dafico, todas as rotas tecnológicas para a produção de SAF serão necessárias e é importante começar pelas mais competitivas – caso da cadeia produtiva de etanol. “O Brasil pode ser um grande player”, ressaltou, fazendo uma ressalva: “É imperativo que existam incentivos governamentais, com mandatos para garantir a igualdade competitiva, mas com colchão financeiro para que nem todo esse custo seja arcado pelas companhias áreas ou pelos consumidores”.

José Fernandes, da Honeywell, concorda e relembra a importância da criação do PL 528/2020, que cria o programa Combustível do Futuro e que deverá ser discutido na Comissão de Infraestrutura ainda em agosto. “A decisão, ratificada recentemente pelo Senado, representa um marco significativo e constitui uma etapa inicial, embora modesta. Com ela, começamos a estabelecer um mercado e a incentivar o crescimento dessa indústria, algo semelhante ao que ocorreu anteriormente com o etanol”, adiciona o executivo.

Temos que continuar nos esforçando. A transição energética reduz drasticamente as emissões de carbono ao substituir as fontes de energia como carvão, petróleo e gás natural por fontes renováveis como a solar, eólica e hidroelétrica

José Fernandes, CEO da Honeywell na América Latina

O programa entregue pelo senador Veneziano Vital do Rêgo estabelece metas de redução de gases de efeito estufa (GEE) a partir de mandatos para o combustível sustentável de aviação (SAF) e diesel verde. A meta será de 1% de descarbonização por meio do uso de SAF em 2027, aumentando em 1% ao ano até 2037, chegando a 10%.

Agenda verde

Um dos desafios para a transição é o financiamento. O contrato de Compra Mínima Garantida (offtake agreement) é um fator que pode ajudar a viabilizar novos projetos, de acordo com o CEO do Citi Brasil, Marcelo Marangon. Mas isso vai requerer segurança jurídica. “Estamos competindo com projetos globais. Precisamos ter essa visão, com contratos com padrões internacionais.”

Para o CEO da Amcham-Brasil, Abrão Neto, é essencial modernizar o ambiente regulatório. “A aprovação desses projetos (a chamada ‘agenda verde’ em tramitação no Congresso Nacional) é fundamental para que o Brasil possa acelerar sua transição energética, cumprir os seus compromissos internacionais sobre o clima e atrair mais investimentos.”

Na visão de Joaquim Levy, diretor de Estratégia Econômica e Relações com os Mercados do Banco Safra, o Brasil pode se tornar net zero já em 2040, mas é relevante que o País alcance soluções realmente competitivas. “O hidrogênio verde só funcionará se tiver um offtaker”, exemplificou. “Para conseguir esses mercados, é preciso fazer alianças e parcerias”, recomendou.

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