Análise|É hora de escolher entre gasto público e gasto das famílias


Copom indica que gastos excessivos são um dos motivos para o aperto da política monetária enquanto o governo discute onde cortar

Por Rolf Kuntz

Agravada com a eleição de Donald Trump, a incerteza sobre a economia global ganhou destaque na avaliação de riscos do Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (BC), responsável principal pela defesa da moeda e pelo combate à inflação por meio dos juros e do crédito. Os desarranjos internos, com pressões inflacionárias crescentes, proporcionaram, no entanto, a motivação principal para o novo aumento dos juros básicos, desta vez elevados para 11,25%, com variação de 0,5 ponto porcentual, o dobro daquela adotada em setembro.

Gastos federais excessivos e aumento da dívida pública foram realçados pelo comitê para justificar o aperto da política monetária, talvez o primeiro de uma nova série. Ao mencionar a incerteza sobre as contas do governo, o Copom voltou a apontar a “reancoragem” das expectativas como essencial para se levar a inflação à meta com a menor perda de atividade.

Haddad defende necessidade do corte de gastos, enquanto outros ministros resistem Foto: Wilton Junior / Estadão
continua após a publicidade

Conter a despesa e desenhar um roteiro para o equilíbrio fiscal têm sido soluções defendidas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Outros ministros têm resistido a cortes e até ameaçado deixar o governo. O presidente Lula tentou esfriar o conflito e exibiu apoio a Haddad. Defendeu, no entanto, mas sem facilitar a implantação imediata do ajuste, a extensão dessa política aos militares e a outros grupos. O discurso pode impressionar, mas a arrumação financeira só ocorrerá com o controle efetivo do gasto.

Enquanto se espera a adoção prática do ajuste, continuam valendo as projeções pessimistas das contas públicas e da inflação. Continua valendo, igualmente, a expectativa de juros ainda muito altos nos próximos anos. A mediana das projeções do mercado apontou inflação de 4,62% em 2024, 4,10% em 2025 e 3,65% em 2026, de acordo com o boletim Focus divulgado na última segunda-feira, 11. Segundo o mesmo boletim, especialistas preveem juros básicos de 11,75% no fim deste ano, 11,50% em dezembro de 2025 e 10% um ano depois.

continua após a publicidade

Também continua justificável, enquanto se esperam medidas práticas de ajuste fiscal, necessárias à contenção do risco inflacionário, o tom sombrio da ata do Copom. Permanece, igualmente, o risco de novas medidas de aperto monetário e, portanto, de redução do crescimento econômico e das oportunidades de trabalho. A criação de empregos foi um dos efeitos mais sensíveis da expansão dos negócios desde o ano passado.

Mais trabalho, mais ganhos e maior otimismo refletiram-se no aumento de consumo observado na maior parte de 2024. De janeiro a setembro o volume de vendas do comércio varejista foi 4,8% maior que o de um ano antes, com expansão de 3,9% acumulada em 12 meses. Com maior controle do gasto público, seria possível evitar juros mais altos no próximo ano e facilitar, como contrapartida, uma evolução favorável do gasto privado, com expansão dos negócios e maior bem-estar para as famílias. A prosperidade se mede mais precisamente pelo poder de consumo dos cidadãos do que pela expansão da despesa pública. Em Brasília, no entanto, a percepção dos fatos pode ser muito diferente.

Agravada com a eleição de Donald Trump, a incerteza sobre a economia global ganhou destaque na avaliação de riscos do Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (BC), responsável principal pela defesa da moeda e pelo combate à inflação por meio dos juros e do crédito. Os desarranjos internos, com pressões inflacionárias crescentes, proporcionaram, no entanto, a motivação principal para o novo aumento dos juros básicos, desta vez elevados para 11,25%, com variação de 0,5 ponto porcentual, o dobro daquela adotada em setembro.

Gastos federais excessivos e aumento da dívida pública foram realçados pelo comitê para justificar o aperto da política monetária, talvez o primeiro de uma nova série. Ao mencionar a incerteza sobre as contas do governo, o Copom voltou a apontar a “reancoragem” das expectativas como essencial para se levar a inflação à meta com a menor perda de atividade.

Haddad defende necessidade do corte de gastos, enquanto outros ministros resistem Foto: Wilton Junior / Estadão

Conter a despesa e desenhar um roteiro para o equilíbrio fiscal têm sido soluções defendidas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Outros ministros têm resistido a cortes e até ameaçado deixar o governo. O presidente Lula tentou esfriar o conflito e exibiu apoio a Haddad. Defendeu, no entanto, mas sem facilitar a implantação imediata do ajuste, a extensão dessa política aos militares e a outros grupos. O discurso pode impressionar, mas a arrumação financeira só ocorrerá com o controle efetivo do gasto.

Enquanto se espera a adoção prática do ajuste, continuam valendo as projeções pessimistas das contas públicas e da inflação. Continua valendo, igualmente, a expectativa de juros ainda muito altos nos próximos anos. A mediana das projeções do mercado apontou inflação de 4,62% em 2024, 4,10% em 2025 e 3,65% em 2026, de acordo com o boletim Focus divulgado na última segunda-feira, 11. Segundo o mesmo boletim, especialistas preveem juros básicos de 11,75% no fim deste ano, 11,50% em dezembro de 2025 e 10% um ano depois.

Também continua justificável, enquanto se esperam medidas práticas de ajuste fiscal, necessárias à contenção do risco inflacionário, o tom sombrio da ata do Copom. Permanece, igualmente, o risco de novas medidas de aperto monetário e, portanto, de redução do crescimento econômico e das oportunidades de trabalho. A criação de empregos foi um dos efeitos mais sensíveis da expansão dos negócios desde o ano passado.

Mais trabalho, mais ganhos e maior otimismo refletiram-se no aumento de consumo observado na maior parte de 2024. De janeiro a setembro o volume de vendas do comércio varejista foi 4,8% maior que o de um ano antes, com expansão de 3,9% acumulada em 12 meses. Com maior controle do gasto público, seria possível evitar juros mais altos no próximo ano e facilitar, como contrapartida, uma evolução favorável do gasto privado, com expansão dos negócios e maior bem-estar para as famílias. A prosperidade se mede mais precisamente pelo poder de consumo dos cidadãos do que pela expansão da despesa pública. Em Brasília, no entanto, a percepção dos fatos pode ser muito diferente.

Agravada com a eleição de Donald Trump, a incerteza sobre a economia global ganhou destaque na avaliação de riscos do Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (BC), responsável principal pela defesa da moeda e pelo combate à inflação por meio dos juros e do crédito. Os desarranjos internos, com pressões inflacionárias crescentes, proporcionaram, no entanto, a motivação principal para o novo aumento dos juros básicos, desta vez elevados para 11,25%, com variação de 0,5 ponto porcentual, o dobro daquela adotada em setembro.

Gastos federais excessivos e aumento da dívida pública foram realçados pelo comitê para justificar o aperto da política monetária, talvez o primeiro de uma nova série. Ao mencionar a incerteza sobre as contas do governo, o Copom voltou a apontar a “reancoragem” das expectativas como essencial para se levar a inflação à meta com a menor perda de atividade.

Haddad defende necessidade do corte de gastos, enquanto outros ministros resistem Foto: Wilton Junior / Estadão

Conter a despesa e desenhar um roteiro para o equilíbrio fiscal têm sido soluções defendidas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Outros ministros têm resistido a cortes e até ameaçado deixar o governo. O presidente Lula tentou esfriar o conflito e exibiu apoio a Haddad. Defendeu, no entanto, mas sem facilitar a implantação imediata do ajuste, a extensão dessa política aos militares e a outros grupos. O discurso pode impressionar, mas a arrumação financeira só ocorrerá com o controle efetivo do gasto.

Enquanto se espera a adoção prática do ajuste, continuam valendo as projeções pessimistas das contas públicas e da inflação. Continua valendo, igualmente, a expectativa de juros ainda muito altos nos próximos anos. A mediana das projeções do mercado apontou inflação de 4,62% em 2024, 4,10% em 2025 e 3,65% em 2026, de acordo com o boletim Focus divulgado na última segunda-feira, 11. Segundo o mesmo boletim, especialistas preveem juros básicos de 11,75% no fim deste ano, 11,50% em dezembro de 2025 e 10% um ano depois.

Também continua justificável, enquanto se esperam medidas práticas de ajuste fiscal, necessárias à contenção do risco inflacionário, o tom sombrio da ata do Copom. Permanece, igualmente, o risco de novas medidas de aperto monetário e, portanto, de redução do crescimento econômico e das oportunidades de trabalho. A criação de empregos foi um dos efeitos mais sensíveis da expansão dos negócios desde o ano passado.

Mais trabalho, mais ganhos e maior otimismo refletiram-se no aumento de consumo observado na maior parte de 2024. De janeiro a setembro o volume de vendas do comércio varejista foi 4,8% maior que o de um ano antes, com expansão de 3,9% acumulada em 12 meses. Com maior controle do gasto público, seria possível evitar juros mais altos no próximo ano e facilitar, como contrapartida, uma evolução favorável do gasto privado, com expansão dos negócios e maior bem-estar para as famílias. A prosperidade se mede mais precisamente pelo poder de consumo dos cidadãos do que pela expansão da despesa pública. Em Brasília, no entanto, a percepção dos fatos pode ser muito diferente.

Agravada com a eleição de Donald Trump, a incerteza sobre a economia global ganhou destaque na avaliação de riscos do Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (BC), responsável principal pela defesa da moeda e pelo combate à inflação por meio dos juros e do crédito. Os desarranjos internos, com pressões inflacionárias crescentes, proporcionaram, no entanto, a motivação principal para o novo aumento dos juros básicos, desta vez elevados para 11,25%, com variação de 0,5 ponto porcentual, o dobro daquela adotada em setembro.

Gastos federais excessivos e aumento da dívida pública foram realçados pelo comitê para justificar o aperto da política monetária, talvez o primeiro de uma nova série. Ao mencionar a incerteza sobre as contas do governo, o Copom voltou a apontar a “reancoragem” das expectativas como essencial para se levar a inflação à meta com a menor perda de atividade.

Haddad defende necessidade do corte de gastos, enquanto outros ministros resistem Foto: Wilton Junior / Estadão

Conter a despesa e desenhar um roteiro para o equilíbrio fiscal têm sido soluções defendidas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Outros ministros têm resistido a cortes e até ameaçado deixar o governo. O presidente Lula tentou esfriar o conflito e exibiu apoio a Haddad. Defendeu, no entanto, mas sem facilitar a implantação imediata do ajuste, a extensão dessa política aos militares e a outros grupos. O discurso pode impressionar, mas a arrumação financeira só ocorrerá com o controle efetivo do gasto.

Enquanto se espera a adoção prática do ajuste, continuam valendo as projeções pessimistas das contas públicas e da inflação. Continua valendo, igualmente, a expectativa de juros ainda muito altos nos próximos anos. A mediana das projeções do mercado apontou inflação de 4,62% em 2024, 4,10% em 2025 e 3,65% em 2026, de acordo com o boletim Focus divulgado na última segunda-feira, 11. Segundo o mesmo boletim, especialistas preveem juros básicos de 11,75% no fim deste ano, 11,50% em dezembro de 2025 e 10% um ano depois.

Também continua justificável, enquanto se esperam medidas práticas de ajuste fiscal, necessárias à contenção do risco inflacionário, o tom sombrio da ata do Copom. Permanece, igualmente, o risco de novas medidas de aperto monetário e, portanto, de redução do crescimento econômico e das oportunidades de trabalho. A criação de empregos foi um dos efeitos mais sensíveis da expansão dos negócios desde o ano passado.

Mais trabalho, mais ganhos e maior otimismo refletiram-se no aumento de consumo observado na maior parte de 2024. De janeiro a setembro o volume de vendas do comércio varejista foi 4,8% maior que o de um ano antes, com expansão de 3,9% acumulada em 12 meses. Com maior controle do gasto público, seria possível evitar juros mais altos no próximo ano e facilitar, como contrapartida, uma evolução favorável do gasto privado, com expansão dos negócios e maior bem-estar para as famílias. A prosperidade se mede mais precisamente pelo poder de consumo dos cidadãos do que pela expansão da despesa pública. Em Brasília, no entanto, a percepção dos fatos pode ser muito diferente.

Análise por Rolf Kuntz

Jornalista

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.