IBGE: volume de serviços prestados no País cresce 0,9% em março, mas tem queda no 1º trimestre


Resultado trimestral foi a primeira taxa negativa desde o segundo trimestre de 2020; números precisam ser olhados com cautela por estarem próximos da estabilidade, segundo especialista

Por Daniela Amorim

RIO - O volume de serviços prestados no País cresceu 0,9% em março ante fevereiro, após já ter avançado 0,7% no mês anterior, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços divulgados nesta terça-feira, 16, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado de março ficou próximo das estimativas mais otimistas de analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Estadão/Broadcast, que previam desde uma queda de 2,7% a uma alta de 1,1%, com mediana positiva de 0,4%. Apesar da surpresa positiva, os serviços registraram um recuo de 0,3% no primeiro trimestre de 2023 ante o quarto trimestre de 2022.

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“Os avanços registrados em fevereiro e março não foram suficientes para recuperar a queda da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços) em janeiro (-2,9%), então essa análise do trimestre deve ser mais considerada do que o crescimento na margem”, afirmou o economista Yihao Lin, coordenador de economia da gestora de recursos Genial Investimentos.

A queda trimestral foi a primeira taxa negativa desde o segundo trimestre de 2020, quando recuou 16%, em meio ao choque da pandemia de covid-19, observou Luiz Almeida, analista da pesquisa do IBGE. No entanto, o resultado precisa ser olhado com cautela, por ter ficado muito próximo da estabilidade.

Setor de serviços engloba cabeleireiros e restaurantes, por exemplo Foto: José Patrício / Estadão
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“Ainda é cedo para se falar em algum tipo de inflexão no crescimento do setor de serviços”, avaliou o pesquisador, frisando que o setor permanece “crescendo fortemente” no acumulado em 12 meses (7,4%).

Em março, os serviços funcionavam apenas 1,3% aquém do ápice alcançado em dezembro de 2022. Tanto os transportes quanto os serviços de informação e comunicação operavam em patamares recordes.

“Na nossa visão, serviços devem começar a sentir mais fortemente daqui para frente o efeito dos juros altos, devendo, por isso, andar de lado ao longo de 2023. O dado de hoje não altera nossa previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 1,5% em 2023. Para 2024, a projeção é que o PIB tenha um aumento de 1%”, opinou Claudia Moreno, economista do C6 Bank, em comentário.

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O setor de transportes segue aquecido pela demanda do agronegócio e do comércio online, apontou Luiz Almeida, analista da pesquisa do IBGE. Os transportes cresceram 3,6% em março ante fevereiro, acumulando um ganho de 7,0% nos dois últimos meses de avanços.

“Tem o aumento das vendas online influenciando bastante o setor. E também muito a base do desenvolvimento desse setor vem do agronegócio, para o transporte de produtos finais e insumos para a produção agrícola”, justificou Almeida. “Tanto o setor agrícola quanto as cadeias de logísticas, entrega e produto das vendas online”, completou.

Já os serviços de informação e comunicação cresceram apenas 0,2% em março ante fevereiro, mas acumularam uma alta de 2,5% nos três últimos meses de taxas positivas.

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“Este mês (março), informação e comunicação foi impulsionado basicamente por televisão aberta e desenvolvimento e licenciamento de softwares”, disse Almeida.

Na passagem de fevereiro para março, houve avanço ainda de 2,6% nos serviços profissionais, administrativos e complementares. Por outro lado, recuaram o segmento de outros serviços (-0,6%) e os serviços prestados às famílias (-1,7%, maior perda desde janeiro de 2022). Segundo Almeida, a celebração do carnaval neste ano em fevereiro está por trás da queda nos serviços prestados às famílias em março.

“Teve mais pessoas viajando em fevereiro do que em março. Não tivemos feriados em março deste ano. Tivemos feriados em fevereiro deste ano, isso gera uma redução (no consumo de serviços pelas famílias)”, justificou o pesquisador do IBGE.

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Em março, os serviços prestados às famílias estavam 14,9% abaixo do pico de maio de 2014. Os serviços profissionais, administrativos e complementares estavam 13,3% abaixo do ápice de março de 2012, e o segmento de outros serviços estava 12,7% abaixo do auge de janeiro de 2012.

Acima do período pré-pandemia

O volume de serviços prestados teve uma alta de 6,3% em março de 2023 em relação a março de 2022, com avanços em quatro das cinco atividades: transportes (8,5%), informação e comunicação (6,5%), serviços prestados às famílias (3,7%) e serviços profissionais e administrativos (5,5%). O setor de outros serviços ficou estável (0,0%).

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O setor de serviços funcionava em março em patamar 12,4% superior ao de fevereiro de 2020, antes do agravamento da crise sanitária no País. Os transportes passaram a operar 26,0% acima do nível pré-pandemia de covid-19, enquanto os serviços prestados às famílias ainda estavam 6,8% abaixo. Os serviços de informação e comunicação estão 18,3% acima do pré-pandemia, e o segmento de outros serviços está 0,5% além. Os serviços profissionais e administrativos estão 9,4% acima do patamar de fevereiro de 2020. / Colaborou Daniel Tozzi Mendes

RIO - O volume de serviços prestados no País cresceu 0,9% em março ante fevereiro, após já ter avançado 0,7% no mês anterior, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços divulgados nesta terça-feira, 16, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado de março ficou próximo das estimativas mais otimistas de analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Estadão/Broadcast, que previam desde uma queda de 2,7% a uma alta de 1,1%, com mediana positiva de 0,4%. Apesar da surpresa positiva, os serviços registraram um recuo de 0,3% no primeiro trimestre de 2023 ante o quarto trimestre de 2022.

“Os avanços registrados em fevereiro e março não foram suficientes para recuperar a queda da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços) em janeiro (-2,9%), então essa análise do trimestre deve ser mais considerada do que o crescimento na margem”, afirmou o economista Yihao Lin, coordenador de economia da gestora de recursos Genial Investimentos.

A queda trimestral foi a primeira taxa negativa desde o segundo trimestre de 2020, quando recuou 16%, em meio ao choque da pandemia de covid-19, observou Luiz Almeida, analista da pesquisa do IBGE. No entanto, o resultado precisa ser olhado com cautela, por ter ficado muito próximo da estabilidade.

Setor de serviços engloba cabeleireiros e restaurantes, por exemplo Foto: José Patrício / Estadão

“Ainda é cedo para se falar em algum tipo de inflexão no crescimento do setor de serviços”, avaliou o pesquisador, frisando que o setor permanece “crescendo fortemente” no acumulado em 12 meses (7,4%).

Em março, os serviços funcionavam apenas 1,3% aquém do ápice alcançado em dezembro de 2022. Tanto os transportes quanto os serviços de informação e comunicação operavam em patamares recordes.

“Na nossa visão, serviços devem começar a sentir mais fortemente daqui para frente o efeito dos juros altos, devendo, por isso, andar de lado ao longo de 2023. O dado de hoje não altera nossa previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 1,5% em 2023. Para 2024, a projeção é que o PIB tenha um aumento de 1%”, opinou Claudia Moreno, economista do C6 Bank, em comentário.

O setor de transportes segue aquecido pela demanda do agronegócio e do comércio online, apontou Luiz Almeida, analista da pesquisa do IBGE. Os transportes cresceram 3,6% em março ante fevereiro, acumulando um ganho de 7,0% nos dois últimos meses de avanços.

“Tem o aumento das vendas online influenciando bastante o setor. E também muito a base do desenvolvimento desse setor vem do agronegócio, para o transporte de produtos finais e insumos para a produção agrícola”, justificou Almeida. “Tanto o setor agrícola quanto as cadeias de logísticas, entrega e produto das vendas online”, completou.

Já os serviços de informação e comunicação cresceram apenas 0,2% em março ante fevereiro, mas acumularam uma alta de 2,5% nos três últimos meses de taxas positivas.

“Este mês (março), informação e comunicação foi impulsionado basicamente por televisão aberta e desenvolvimento e licenciamento de softwares”, disse Almeida.

Na passagem de fevereiro para março, houve avanço ainda de 2,6% nos serviços profissionais, administrativos e complementares. Por outro lado, recuaram o segmento de outros serviços (-0,6%) e os serviços prestados às famílias (-1,7%, maior perda desde janeiro de 2022). Segundo Almeida, a celebração do carnaval neste ano em fevereiro está por trás da queda nos serviços prestados às famílias em março.

“Teve mais pessoas viajando em fevereiro do que em março. Não tivemos feriados em março deste ano. Tivemos feriados em fevereiro deste ano, isso gera uma redução (no consumo de serviços pelas famílias)”, justificou o pesquisador do IBGE.

Em março, os serviços prestados às famílias estavam 14,9% abaixo do pico de maio de 2014. Os serviços profissionais, administrativos e complementares estavam 13,3% abaixo do ápice de março de 2012, e o segmento de outros serviços estava 12,7% abaixo do auge de janeiro de 2012.

Acima do período pré-pandemia

O volume de serviços prestados teve uma alta de 6,3% em março de 2023 em relação a março de 2022, com avanços em quatro das cinco atividades: transportes (8,5%), informação e comunicação (6,5%), serviços prestados às famílias (3,7%) e serviços profissionais e administrativos (5,5%). O setor de outros serviços ficou estável (0,0%).

O setor de serviços funcionava em março em patamar 12,4% superior ao de fevereiro de 2020, antes do agravamento da crise sanitária no País. Os transportes passaram a operar 26,0% acima do nível pré-pandemia de covid-19, enquanto os serviços prestados às famílias ainda estavam 6,8% abaixo. Os serviços de informação e comunicação estão 18,3% acima do pré-pandemia, e o segmento de outros serviços está 0,5% além. Os serviços profissionais e administrativos estão 9,4% acima do patamar de fevereiro de 2020. / Colaborou Daniel Tozzi Mendes

RIO - O volume de serviços prestados no País cresceu 0,9% em março ante fevereiro, após já ter avançado 0,7% no mês anterior, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços divulgados nesta terça-feira, 16, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado de março ficou próximo das estimativas mais otimistas de analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Estadão/Broadcast, que previam desde uma queda de 2,7% a uma alta de 1,1%, com mediana positiva de 0,4%. Apesar da surpresa positiva, os serviços registraram um recuo de 0,3% no primeiro trimestre de 2023 ante o quarto trimestre de 2022.

“Os avanços registrados em fevereiro e março não foram suficientes para recuperar a queda da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços) em janeiro (-2,9%), então essa análise do trimestre deve ser mais considerada do que o crescimento na margem”, afirmou o economista Yihao Lin, coordenador de economia da gestora de recursos Genial Investimentos.

A queda trimestral foi a primeira taxa negativa desde o segundo trimestre de 2020, quando recuou 16%, em meio ao choque da pandemia de covid-19, observou Luiz Almeida, analista da pesquisa do IBGE. No entanto, o resultado precisa ser olhado com cautela, por ter ficado muito próximo da estabilidade.

Setor de serviços engloba cabeleireiros e restaurantes, por exemplo Foto: José Patrício / Estadão

“Ainda é cedo para se falar em algum tipo de inflexão no crescimento do setor de serviços”, avaliou o pesquisador, frisando que o setor permanece “crescendo fortemente” no acumulado em 12 meses (7,4%).

Em março, os serviços funcionavam apenas 1,3% aquém do ápice alcançado em dezembro de 2022. Tanto os transportes quanto os serviços de informação e comunicação operavam em patamares recordes.

“Na nossa visão, serviços devem começar a sentir mais fortemente daqui para frente o efeito dos juros altos, devendo, por isso, andar de lado ao longo de 2023. O dado de hoje não altera nossa previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 1,5% em 2023. Para 2024, a projeção é que o PIB tenha um aumento de 1%”, opinou Claudia Moreno, economista do C6 Bank, em comentário.

O setor de transportes segue aquecido pela demanda do agronegócio e do comércio online, apontou Luiz Almeida, analista da pesquisa do IBGE. Os transportes cresceram 3,6% em março ante fevereiro, acumulando um ganho de 7,0% nos dois últimos meses de avanços.

“Tem o aumento das vendas online influenciando bastante o setor. E também muito a base do desenvolvimento desse setor vem do agronegócio, para o transporte de produtos finais e insumos para a produção agrícola”, justificou Almeida. “Tanto o setor agrícola quanto as cadeias de logísticas, entrega e produto das vendas online”, completou.

Já os serviços de informação e comunicação cresceram apenas 0,2% em março ante fevereiro, mas acumularam uma alta de 2,5% nos três últimos meses de taxas positivas.

“Este mês (março), informação e comunicação foi impulsionado basicamente por televisão aberta e desenvolvimento e licenciamento de softwares”, disse Almeida.

Na passagem de fevereiro para março, houve avanço ainda de 2,6% nos serviços profissionais, administrativos e complementares. Por outro lado, recuaram o segmento de outros serviços (-0,6%) e os serviços prestados às famílias (-1,7%, maior perda desde janeiro de 2022). Segundo Almeida, a celebração do carnaval neste ano em fevereiro está por trás da queda nos serviços prestados às famílias em março.

“Teve mais pessoas viajando em fevereiro do que em março. Não tivemos feriados em março deste ano. Tivemos feriados em fevereiro deste ano, isso gera uma redução (no consumo de serviços pelas famílias)”, justificou o pesquisador do IBGE.

Em março, os serviços prestados às famílias estavam 14,9% abaixo do pico de maio de 2014. Os serviços profissionais, administrativos e complementares estavam 13,3% abaixo do ápice de março de 2012, e o segmento de outros serviços estava 12,7% abaixo do auge de janeiro de 2012.

Acima do período pré-pandemia

O volume de serviços prestados teve uma alta de 6,3% em março de 2023 em relação a março de 2022, com avanços em quatro das cinco atividades: transportes (8,5%), informação e comunicação (6,5%), serviços prestados às famílias (3,7%) e serviços profissionais e administrativos (5,5%). O setor de outros serviços ficou estável (0,0%).

O setor de serviços funcionava em março em patamar 12,4% superior ao de fevereiro de 2020, antes do agravamento da crise sanitária no País. Os transportes passaram a operar 26,0% acima do nível pré-pandemia de covid-19, enquanto os serviços prestados às famílias ainda estavam 6,8% abaixo. Os serviços de informação e comunicação estão 18,3% acima do pré-pandemia, e o segmento de outros serviços está 0,5% além. Os serviços profissionais e administrativos estão 9,4% acima do patamar de fevereiro de 2020. / Colaborou Daniel Tozzi Mendes

RIO - O volume de serviços prestados no País cresceu 0,9% em março ante fevereiro, após já ter avançado 0,7% no mês anterior, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços divulgados nesta terça-feira, 16, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado de março ficou próximo das estimativas mais otimistas de analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Estadão/Broadcast, que previam desde uma queda de 2,7% a uma alta de 1,1%, com mediana positiva de 0,4%. Apesar da surpresa positiva, os serviços registraram um recuo de 0,3% no primeiro trimestre de 2023 ante o quarto trimestre de 2022.

“Os avanços registrados em fevereiro e março não foram suficientes para recuperar a queda da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços) em janeiro (-2,9%), então essa análise do trimestre deve ser mais considerada do que o crescimento na margem”, afirmou o economista Yihao Lin, coordenador de economia da gestora de recursos Genial Investimentos.

A queda trimestral foi a primeira taxa negativa desde o segundo trimestre de 2020, quando recuou 16%, em meio ao choque da pandemia de covid-19, observou Luiz Almeida, analista da pesquisa do IBGE. No entanto, o resultado precisa ser olhado com cautela, por ter ficado muito próximo da estabilidade.

Setor de serviços engloba cabeleireiros e restaurantes, por exemplo Foto: José Patrício / Estadão

“Ainda é cedo para se falar em algum tipo de inflexão no crescimento do setor de serviços”, avaliou o pesquisador, frisando que o setor permanece “crescendo fortemente” no acumulado em 12 meses (7,4%).

Em março, os serviços funcionavam apenas 1,3% aquém do ápice alcançado em dezembro de 2022. Tanto os transportes quanto os serviços de informação e comunicação operavam em patamares recordes.

“Na nossa visão, serviços devem começar a sentir mais fortemente daqui para frente o efeito dos juros altos, devendo, por isso, andar de lado ao longo de 2023. O dado de hoje não altera nossa previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 1,5% em 2023. Para 2024, a projeção é que o PIB tenha um aumento de 1%”, opinou Claudia Moreno, economista do C6 Bank, em comentário.

O setor de transportes segue aquecido pela demanda do agronegócio e do comércio online, apontou Luiz Almeida, analista da pesquisa do IBGE. Os transportes cresceram 3,6% em março ante fevereiro, acumulando um ganho de 7,0% nos dois últimos meses de avanços.

“Tem o aumento das vendas online influenciando bastante o setor. E também muito a base do desenvolvimento desse setor vem do agronegócio, para o transporte de produtos finais e insumos para a produção agrícola”, justificou Almeida. “Tanto o setor agrícola quanto as cadeias de logísticas, entrega e produto das vendas online”, completou.

Já os serviços de informação e comunicação cresceram apenas 0,2% em março ante fevereiro, mas acumularam uma alta de 2,5% nos três últimos meses de taxas positivas.

“Este mês (março), informação e comunicação foi impulsionado basicamente por televisão aberta e desenvolvimento e licenciamento de softwares”, disse Almeida.

Na passagem de fevereiro para março, houve avanço ainda de 2,6% nos serviços profissionais, administrativos e complementares. Por outro lado, recuaram o segmento de outros serviços (-0,6%) e os serviços prestados às famílias (-1,7%, maior perda desde janeiro de 2022). Segundo Almeida, a celebração do carnaval neste ano em fevereiro está por trás da queda nos serviços prestados às famílias em março.

“Teve mais pessoas viajando em fevereiro do que em março. Não tivemos feriados em março deste ano. Tivemos feriados em fevereiro deste ano, isso gera uma redução (no consumo de serviços pelas famílias)”, justificou o pesquisador do IBGE.

Em março, os serviços prestados às famílias estavam 14,9% abaixo do pico de maio de 2014. Os serviços profissionais, administrativos e complementares estavam 13,3% abaixo do ápice de março de 2012, e o segmento de outros serviços estava 12,7% abaixo do auge de janeiro de 2012.

Acima do período pré-pandemia

O volume de serviços prestados teve uma alta de 6,3% em março de 2023 em relação a março de 2022, com avanços em quatro das cinco atividades: transportes (8,5%), informação e comunicação (6,5%), serviços prestados às famílias (3,7%) e serviços profissionais e administrativos (5,5%). O setor de outros serviços ficou estável (0,0%).

O setor de serviços funcionava em março em patamar 12,4% superior ao de fevereiro de 2020, antes do agravamento da crise sanitária no País. Os transportes passaram a operar 26,0% acima do nível pré-pandemia de covid-19, enquanto os serviços prestados às famílias ainda estavam 6,8% abaixo. Os serviços de informação e comunicação estão 18,3% acima do pré-pandemia, e o segmento de outros serviços está 0,5% além. Os serviços profissionais e administrativos estão 9,4% acima do patamar de fevereiro de 2020. / Colaborou Daniel Tozzi Mendes

RIO - O volume de serviços prestados no País cresceu 0,9% em março ante fevereiro, após já ter avançado 0,7% no mês anterior, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços divulgados nesta terça-feira, 16, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado de março ficou próximo das estimativas mais otimistas de analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Estadão/Broadcast, que previam desde uma queda de 2,7% a uma alta de 1,1%, com mediana positiva de 0,4%. Apesar da surpresa positiva, os serviços registraram um recuo de 0,3% no primeiro trimestre de 2023 ante o quarto trimestre de 2022.

“Os avanços registrados em fevereiro e março não foram suficientes para recuperar a queda da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços) em janeiro (-2,9%), então essa análise do trimestre deve ser mais considerada do que o crescimento na margem”, afirmou o economista Yihao Lin, coordenador de economia da gestora de recursos Genial Investimentos.

A queda trimestral foi a primeira taxa negativa desde o segundo trimestre de 2020, quando recuou 16%, em meio ao choque da pandemia de covid-19, observou Luiz Almeida, analista da pesquisa do IBGE. No entanto, o resultado precisa ser olhado com cautela, por ter ficado muito próximo da estabilidade.

Setor de serviços engloba cabeleireiros e restaurantes, por exemplo Foto: José Patrício / Estadão

“Ainda é cedo para se falar em algum tipo de inflexão no crescimento do setor de serviços”, avaliou o pesquisador, frisando que o setor permanece “crescendo fortemente” no acumulado em 12 meses (7,4%).

Em março, os serviços funcionavam apenas 1,3% aquém do ápice alcançado em dezembro de 2022. Tanto os transportes quanto os serviços de informação e comunicação operavam em patamares recordes.

“Na nossa visão, serviços devem começar a sentir mais fortemente daqui para frente o efeito dos juros altos, devendo, por isso, andar de lado ao longo de 2023. O dado de hoje não altera nossa previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 1,5% em 2023. Para 2024, a projeção é que o PIB tenha um aumento de 1%”, opinou Claudia Moreno, economista do C6 Bank, em comentário.

O setor de transportes segue aquecido pela demanda do agronegócio e do comércio online, apontou Luiz Almeida, analista da pesquisa do IBGE. Os transportes cresceram 3,6% em março ante fevereiro, acumulando um ganho de 7,0% nos dois últimos meses de avanços.

“Tem o aumento das vendas online influenciando bastante o setor. E também muito a base do desenvolvimento desse setor vem do agronegócio, para o transporte de produtos finais e insumos para a produção agrícola”, justificou Almeida. “Tanto o setor agrícola quanto as cadeias de logísticas, entrega e produto das vendas online”, completou.

Já os serviços de informação e comunicação cresceram apenas 0,2% em março ante fevereiro, mas acumularam uma alta de 2,5% nos três últimos meses de taxas positivas.

“Este mês (março), informação e comunicação foi impulsionado basicamente por televisão aberta e desenvolvimento e licenciamento de softwares”, disse Almeida.

Na passagem de fevereiro para março, houve avanço ainda de 2,6% nos serviços profissionais, administrativos e complementares. Por outro lado, recuaram o segmento de outros serviços (-0,6%) e os serviços prestados às famílias (-1,7%, maior perda desde janeiro de 2022). Segundo Almeida, a celebração do carnaval neste ano em fevereiro está por trás da queda nos serviços prestados às famílias em março.

“Teve mais pessoas viajando em fevereiro do que em março. Não tivemos feriados em março deste ano. Tivemos feriados em fevereiro deste ano, isso gera uma redução (no consumo de serviços pelas famílias)”, justificou o pesquisador do IBGE.

Em março, os serviços prestados às famílias estavam 14,9% abaixo do pico de maio de 2014. Os serviços profissionais, administrativos e complementares estavam 13,3% abaixo do ápice de março de 2012, e o segmento de outros serviços estava 12,7% abaixo do auge de janeiro de 2012.

Acima do período pré-pandemia

O volume de serviços prestados teve uma alta de 6,3% em março de 2023 em relação a março de 2022, com avanços em quatro das cinco atividades: transportes (8,5%), informação e comunicação (6,5%), serviços prestados às famílias (3,7%) e serviços profissionais e administrativos (5,5%). O setor de outros serviços ficou estável (0,0%).

O setor de serviços funcionava em março em patamar 12,4% superior ao de fevereiro de 2020, antes do agravamento da crise sanitária no País. Os transportes passaram a operar 26,0% acima do nível pré-pandemia de covid-19, enquanto os serviços prestados às famílias ainda estavam 6,8% abaixo. Os serviços de informação e comunicação estão 18,3% acima do pré-pandemia, e o segmento de outros serviços está 0,5% além. Os serviços profissionais e administrativos estão 9,4% acima do patamar de fevereiro de 2020. / Colaborou Daniel Tozzi Mendes

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