Ibovespa passa de 131 mil pontos e supera recorde histórico de junho de 2021


Resultado veio um dia depois das decisões do Copom e do Fed sobre juros no Brasil e EUA

Por Maria Regina Silva e Silvana Rocha
Atualização:

O Ibovespa, principal índice da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, bateu nesta quinta-feira, um recorde que vinha desde junho de 2021. Pouco depois das 10 horas, o índice atingiu 131.259 pontos, o maior valor nominal da história da Bolsa, superando o nível de 131.190 registrado em junho de 2021. Às 10h42, o índice havia recuado um pouco, para 130.825 pontos, uma alta de 1,02% em relação ao fechamento de quarta-feira.

O recorde veio um dia depois de os Bancos Centrais do Brasil e dos Estados Unidos definirem suas taxas de juros. Não houve surpresa: no caso brasileiro, houve corte de 0,5 ponto porcentual, para 11,75% ao ano. Nos EUA, a taxa foi mantida no nível em que já estava, de 5,25% a 5,5% ao ano. Mesmo assim, o mercado reagiu bem.

“O Jerome Powell (presidente do Fed, o banco central americano) deu a deixa para o mercado todo, para os bancos centrais. Ontem, deixou claro que 2024 será ano de corte dos juros americanos”, diz o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus. “No fundo, o Copom não decepcionou, é que o mercado sempre quer mais. Cortou 0,50 ponto porcentual e deixou a porta aberta para mais quedas. Isso também é positivo.”

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O otimismo do mercado também sustenta a queda do dólar em relação ao real desde a abertura dos negócios. Às 10h45, o dólar à vista caía 0,55%, cotado a R$ 4,8932. Até esse horário, registrou mínima a R$ 4,8757 (-0,92%) e a máxima, a R$ 4,9071 (-0,28%). O economista-chefe da J.F. Trust, Eduardo Velho, diz que os investidores elevam o otimismo com as projeções de queda de inflação e juros nos EUA em 2024, e a possibilidade de antecipação do corte para março.

Decisões do Fed e do Copom animaram investidores Foto: Daniel Teixeira/Estadão

A avaliação é que, com o Fed antecipando corte nos juros e Copom sinalizando manutenção no ritmo de redução atual de 0,5 ponto na Selic, o Brasil mantém atratividade frente ao juro real externo, além de estar tendo uma melhora da visão fiscal com a possível aprovação da MP da Subvenção do ICMS e também da reforma tributária na volta à Câmara, diz Velho. “Se houver algum revés nessas votações no Congresso, o mercado poderá realizar, com fortalecimento do dólar”, pondera.

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O economista destaca ainda que os dados fracos de varejo local (queda de 0,3% em outubro na comparação com setembro), divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE, ratificam a manutenção de corte de juros e da queda do dólar e alta da bolsa em meio à fragilidade persistente no setor de serviços, divulgada na quarta-feira, 13.

O Ibovespa, principal índice da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, bateu nesta quinta-feira, um recorde que vinha desde junho de 2021. Pouco depois das 10 horas, o índice atingiu 131.259 pontos, o maior valor nominal da história da Bolsa, superando o nível de 131.190 registrado em junho de 2021. Às 10h42, o índice havia recuado um pouco, para 130.825 pontos, uma alta de 1,02% em relação ao fechamento de quarta-feira.

O recorde veio um dia depois de os Bancos Centrais do Brasil e dos Estados Unidos definirem suas taxas de juros. Não houve surpresa: no caso brasileiro, houve corte de 0,5 ponto porcentual, para 11,75% ao ano. Nos EUA, a taxa foi mantida no nível em que já estava, de 5,25% a 5,5% ao ano. Mesmo assim, o mercado reagiu bem.

“O Jerome Powell (presidente do Fed, o banco central americano) deu a deixa para o mercado todo, para os bancos centrais. Ontem, deixou claro que 2024 será ano de corte dos juros americanos”, diz o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus. “No fundo, o Copom não decepcionou, é que o mercado sempre quer mais. Cortou 0,50 ponto porcentual e deixou a porta aberta para mais quedas. Isso também é positivo.”

O otimismo do mercado também sustenta a queda do dólar em relação ao real desde a abertura dos negócios. Às 10h45, o dólar à vista caía 0,55%, cotado a R$ 4,8932. Até esse horário, registrou mínima a R$ 4,8757 (-0,92%) e a máxima, a R$ 4,9071 (-0,28%). O economista-chefe da J.F. Trust, Eduardo Velho, diz que os investidores elevam o otimismo com as projeções de queda de inflação e juros nos EUA em 2024, e a possibilidade de antecipação do corte para março.

Decisões do Fed e do Copom animaram investidores Foto: Daniel Teixeira/Estadão

A avaliação é que, com o Fed antecipando corte nos juros e Copom sinalizando manutenção no ritmo de redução atual de 0,5 ponto na Selic, o Brasil mantém atratividade frente ao juro real externo, além de estar tendo uma melhora da visão fiscal com a possível aprovação da MP da Subvenção do ICMS e também da reforma tributária na volta à Câmara, diz Velho. “Se houver algum revés nessas votações no Congresso, o mercado poderá realizar, com fortalecimento do dólar”, pondera.

O economista destaca ainda que os dados fracos de varejo local (queda de 0,3% em outubro na comparação com setembro), divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE, ratificam a manutenção de corte de juros e da queda do dólar e alta da bolsa em meio à fragilidade persistente no setor de serviços, divulgada na quarta-feira, 13.

O Ibovespa, principal índice da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, bateu nesta quinta-feira, um recorde que vinha desde junho de 2021. Pouco depois das 10 horas, o índice atingiu 131.259 pontos, o maior valor nominal da história da Bolsa, superando o nível de 131.190 registrado em junho de 2021. Às 10h42, o índice havia recuado um pouco, para 130.825 pontos, uma alta de 1,02% em relação ao fechamento de quarta-feira.

O recorde veio um dia depois de os Bancos Centrais do Brasil e dos Estados Unidos definirem suas taxas de juros. Não houve surpresa: no caso brasileiro, houve corte de 0,5 ponto porcentual, para 11,75% ao ano. Nos EUA, a taxa foi mantida no nível em que já estava, de 5,25% a 5,5% ao ano. Mesmo assim, o mercado reagiu bem.

“O Jerome Powell (presidente do Fed, o banco central americano) deu a deixa para o mercado todo, para os bancos centrais. Ontem, deixou claro que 2024 será ano de corte dos juros americanos”, diz o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus. “No fundo, o Copom não decepcionou, é que o mercado sempre quer mais. Cortou 0,50 ponto porcentual e deixou a porta aberta para mais quedas. Isso também é positivo.”

O otimismo do mercado também sustenta a queda do dólar em relação ao real desde a abertura dos negócios. Às 10h45, o dólar à vista caía 0,55%, cotado a R$ 4,8932. Até esse horário, registrou mínima a R$ 4,8757 (-0,92%) e a máxima, a R$ 4,9071 (-0,28%). O economista-chefe da J.F. Trust, Eduardo Velho, diz que os investidores elevam o otimismo com as projeções de queda de inflação e juros nos EUA em 2024, e a possibilidade de antecipação do corte para março.

Decisões do Fed e do Copom animaram investidores Foto: Daniel Teixeira/Estadão

A avaliação é que, com o Fed antecipando corte nos juros e Copom sinalizando manutenção no ritmo de redução atual de 0,5 ponto na Selic, o Brasil mantém atratividade frente ao juro real externo, além de estar tendo uma melhora da visão fiscal com a possível aprovação da MP da Subvenção do ICMS e também da reforma tributária na volta à Câmara, diz Velho. “Se houver algum revés nessas votações no Congresso, o mercado poderá realizar, com fortalecimento do dólar”, pondera.

O economista destaca ainda que os dados fracos de varejo local (queda de 0,3% em outubro na comparação com setembro), divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE, ratificam a manutenção de corte de juros e da queda do dólar e alta da bolsa em meio à fragilidade persistente no setor de serviços, divulgada na quarta-feira, 13.

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