Ilan Goldfajn é eleito para a presidência do BID


É a primeira vez que o País ocupará o cargo no Banco Interamericano de Desenvolvimento

Por Aline Bronzati
Atualização:

NOVA YORK - O Brasil venceu as eleições para a presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com sede em Washington, realizadas neste domingo, 20. O País terá a liderança da instituição pela primeira vez na história, sob o comando do ex-Banco Central Ilan Goldfajn. O Ministério da Economia já confirmou a eleição. O candidato brasileiro assume a presidência do BID ainda em 2022, por um período de cinco anos, depois de uma campanha marcada por disputa política e eleições antecipadas por um escândalo ético na gestão anterior.

O Brasil conseguiu a vitória já no primeiro turno, com a maioria dos votos e ainda o apoio de 17 membros regionais e de outros nove países de fora da região, de acordo com fontes ouvidas pelo Estadão/Broadcast. Esses são os dois critérios exigidos para a vitória.

Juntos, os membros que votaram a favor do Brasil, detêm 80% do capital social do banco, confirmaram fontes do BID. Para ser eleito, o candidato precisa de mais de 50%. O Brasil, com a candidatura de Ilan, conseguiu ultrapassar a exigência com folga. Além disso, o Brasil conseguiu o apoio de 17 dos 28 países membros “mutuários” e “regionais não mutuários”, grupo que inclui os EUA e o Canadá. Neste quesito, também se superou. A exigência no regulamento é o consenso de ao menos 15 membros.

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Ilan, de 56 anos, foi indicado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL). Presidente do BC durante o governo de Michel Temer (MDB), entre 2016 e 2019, antes, ele já havia atuado como diretor de Política Econômica da instituição. Ilan chefiou ainda o departamento de economia do Itaú Unibanco, maior banco da América Latina, e, mais recentemente, ocupava o posto de diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o Hemisfério Ocidental, do qual se licenciou para concorrer à presidência do BID.

Ilan Goldfajn, candidato do Brasil ao BID Foto: Marcelo Pereira/Credit Suisse

A campanha pelo seu nome passou por altos e baixos. Durante o processo, uma ala de dentro do Partido dos Trabalhadores (PT) atuou para “queimar o filme” de Ilan, o que acabou ameaçando a candidatura do Brasil. Em uma articulação que envolveu do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega aos ex-BCs Luiz Awazu Pereira da Silva e Alexandre Tombini, no exterior, a tentativa foi adiar as eleições e ganhar tempo para indicar um nome, mais alinhado ao partido, por conta da futura troca de governo no Brasil, com a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Os membros do BID, porém, ignoraram a movimentação e seguiram com as eleições para a escolha de um presidente. Com a continuidade do processo, a campanha de Ilan foi reforçada, no intuito de superar os feitos de uma ala do PT e galgar a presidência inédita da organização.

A desistência da Argentina em concorrer à liderança do BID deu mais ânimo ao governo brasileiro, conforme revelou o Estadão/Broadcast. Na sexta-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, responsável pela escolha e indicação de Ilan, já havia sinalizado que o Brasil tinha grandes chances, ao afirmar que o candidato seria eleito neste domingo, o que se concretizou.

Nas eleições anteriores, em setembro de 2020, o Brasil se abdicou de indicar um candidato para apoiar os Estados Unidos, que quebrou a prática de não disputar a presidência da instituição durante a gestão de Donald Trump à frente da Casa Branca. Na ocasião, emplacou o nome de Mauricio Claver-Carone, que acabou sendo demitido após um escândalo ético e um novo pleito foi chamado dois anos depois.

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O BID foi fundado em 1959 por países da América Latina, com liderança do Brasil, durante o governo de Juscelino Kubitschek. O objetivo era dar mais espaço à região e às suas necessidades de financiamento e desenvolvimento, uma vez que organismos como o FMI e o Banco Mundial, tradicionalmente, sempre foram liderados por Estados Unidos e países da Europa.

NOVA YORK - O Brasil venceu as eleições para a presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com sede em Washington, realizadas neste domingo, 20. O País terá a liderança da instituição pela primeira vez na história, sob o comando do ex-Banco Central Ilan Goldfajn. O Ministério da Economia já confirmou a eleição. O candidato brasileiro assume a presidência do BID ainda em 2022, por um período de cinco anos, depois de uma campanha marcada por disputa política e eleições antecipadas por um escândalo ético na gestão anterior.

O Brasil conseguiu a vitória já no primeiro turno, com a maioria dos votos e ainda o apoio de 17 membros regionais e de outros nove países de fora da região, de acordo com fontes ouvidas pelo Estadão/Broadcast. Esses são os dois critérios exigidos para a vitória.

Juntos, os membros que votaram a favor do Brasil, detêm 80% do capital social do banco, confirmaram fontes do BID. Para ser eleito, o candidato precisa de mais de 50%. O Brasil, com a candidatura de Ilan, conseguiu ultrapassar a exigência com folga. Além disso, o Brasil conseguiu o apoio de 17 dos 28 países membros “mutuários” e “regionais não mutuários”, grupo que inclui os EUA e o Canadá. Neste quesito, também se superou. A exigência no regulamento é o consenso de ao menos 15 membros.

Ilan, de 56 anos, foi indicado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL). Presidente do BC durante o governo de Michel Temer (MDB), entre 2016 e 2019, antes, ele já havia atuado como diretor de Política Econômica da instituição. Ilan chefiou ainda o departamento de economia do Itaú Unibanco, maior banco da América Latina, e, mais recentemente, ocupava o posto de diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o Hemisfério Ocidental, do qual se licenciou para concorrer à presidência do BID.

Ilan Goldfajn, candidato do Brasil ao BID Foto: Marcelo Pereira/Credit Suisse

A campanha pelo seu nome passou por altos e baixos. Durante o processo, uma ala de dentro do Partido dos Trabalhadores (PT) atuou para “queimar o filme” de Ilan, o que acabou ameaçando a candidatura do Brasil. Em uma articulação que envolveu do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega aos ex-BCs Luiz Awazu Pereira da Silva e Alexandre Tombini, no exterior, a tentativa foi adiar as eleições e ganhar tempo para indicar um nome, mais alinhado ao partido, por conta da futura troca de governo no Brasil, com a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Os membros do BID, porém, ignoraram a movimentação e seguiram com as eleições para a escolha de um presidente. Com a continuidade do processo, a campanha de Ilan foi reforçada, no intuito de superar os feitos de uma ala do PT e galgar a presidência inédita da organização.

A desistência da Argentina em concorrer à liderança do BID deu mais ânimo ao governo brasileiro, conforme revelou o Estadão/Broadcast. Na sexta-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, responsável pela escolha e indicação de Ilan, já havia sinalizado que o Brasil tinha grandes chances, ao afirmar que o candidato seria eleito neste domingo, o que se concretizou.

Nas eleições anteriores, em setembro de 2020, o Brasil se abdicou de indicar um candidato para apoiar os Estados Unidos, que quebrou a prática de não disputar a presidência da instituição durante a gestão de Donald Trump à frente da Casa Branca. Na ocasião, emplacou o nome de Mauricio Claver-Carone, que acabou sendo demitido após um escândalo ético e um novo pleito foi chamado dois anos depois.

O BID foi fundado em 1959 por países da América Latina, com liderança do Brasil, durante o governo de Juscelino Kubitschek. O objetivo era dar mais espaço à região e às suas necessidades de financiamento e desenvolvimento, uma vez que organismos como o FMI e o Banco Mundial, tradicionalmente, sempre foram liderados por Estados Unidos e países da Europa.

NOVA YORK - O Brasil venceu as eleições para a presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com sede em Washington, realizadas neste domingo, 20. O País terá a liderança da instituição pela primeira vez na história, sob o comando do ex-Banco Central Ilan Goldfajn. O Ministério da Economia já confirmou a eleição. O candidato brasileiro assume a presidência do BID ainda em 2022, por um período de cinco anos, depois de uma campanha marcada por disputa política e eleições antecipadas por um escândalo ético na gestão anterior.

O Brasil conseguiu a vitória já no primeiro turno, com a maioria dos votos e ainda o apoio de 17 membros regionais e de outros nove países de fora da região, de acordo com fontes ouvidas pelo Estadão/Broadcast. Esses são os dois critérios exigidos para a vitória.

Juntos, os membros que votaram a favor do Brasil, detêm 80% do capital social do banco, confirmaram fontes do BID. Para ser eleito, o candidato precisa de mais de 50%. O Brasil, com a candidatura de Ilan, conseguiu ultrapassar a exigência com folga. Além disso, o Brasil conseguiu o apoio de 17 dos 28 países membros “mutuários” e “regionais não mutuários”, grupo que inclui os EUA e o Canadá. Neste quesito, também se superou. A exigência no regulamento é o consenso de ao menos 15 membros.

Ilan, de 56 anos, foi indicado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL). Presidente do BC durante o governo de Michel Temer (MDB), entre 2016 e 2019, antes, ele já havia atuado como diretor de Política Econômica da instituição. Ilan chefiou ainda o departamento de economia do Itaú Unibanco, maior banco da América Latina, e, mais recentemente, ocupava o posto de diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o Hemisfério Ocidental, do qual se licenciou para concorrer à presidência do BID.

Ilan Goldfajn, candidato do Brasil ao BID Foto: Marcelo Pereira/Credit Suisse

A campanha pelo seu nome passou por altos e baixos. Durante o processo, uma ala de dentro do Partido dos Trabalhadores (PT) atuou para “queimar o filme” de Ilan, o que acabou ameaçando a candidatura do Brasil. Em uma articulação que envolveu do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega aos ex-BCs Luiz Awazu Pereira da Silva e Alexandre Tombini, no exterior, a tentativa foi adiar as eleições e ganhar tempo para indicar um nome, mais alinhado ao partido, por conta da futura troca de governo no Brasil, com a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Os membros do BID, porém, ignoraram a movimentação e seguiram com as eleições para a escolha de um presidente. Com a continuidade do processo, a campanha de Ilan foi reforçada, no intuito de superar os feitos de uma ala do PT e galgar a presidência inédita da organização.

A desistência da Argentina em concorrer à liderança do BID deu mais ânimo ao governo brasileiro, conforme revelou o Estadão/Broadcast. Na sexta-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, responsável pela escolha e indicação de Ilan, já havia sinalizado que o Brasil tinha grandes chances, ao afirmar que o candidato seria eleito neste domingo, o que se concretizou.

Nas eleições anteriores, em setembro de 2020, o Brasil se abdicou de indicar um candidato para apoiar os Estados Unidos, que quebrou a prática de não disputar a presidência da instituição durante a gestão de Donald Trump à frente da Casa Branca. Na ocasião, emplacou o nome de Mauricio Claver-Carone, que acabou sendo demitido após um escândalo ético e um novo pleito foi chamado dois anos depois.

O BID foi fundado em 1959 por países da América Latina, com liderança do Brasil, durante o governo de Juscelino Kubitschek. O objetivo era dar mais espaço à região e às suas necessidades de financiamento e desenvolvimento, uma vez que organismos como o FMI e o Banco Mundial, tradicionalmente, sempre foram liderados por Estados Unidos e países da Europa.

NOVA YORK - O Brasil venceu as eleições para a presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com sede em Washington, realizadas neste domingo, 20. O País terá a liderança da instituição pela primeira vez na história, sob o comando do ex-Banco Central Ilan Goldfajn. O Ministério da Economia já confirmou a eleição. O candidato brasileiro assume a presidência do BID ainda em 2022, por um período de cinco anos, depois de uma campanha marcada por disputa política e eleições antecipadas por um escândalo ético na gestão anterior.

O Brasil conseguiu a vitória já no primeiro turno, com a maioria dos votos e ainda o apoio de 17 membros regionais e de outros nove países de fora da região, de acordo com fontes ouvidas pelo Estadão/Broadcast. Esses são os dois critérios exigidos para a vitória.

Juntos, os membros que votaram a favor do Brasil, detêm 80% do capital social do banco, confirmaram fontes do BID. Para ser eleito, o candidato precisa de mais de 50%. O Brasil, com a candidatura de Ilan, conseguiu ultrapassar a exigência com folga. Além disso, o Brasil conseguiu o apoio de 17 dos 28 países membros “mutuários” e “regionais não mutuários”, grupo que inclui os EUA e o Canadá. Neste quesito, também se superou. A exigência no regulamento é o consenso de ao menos 15 membros.

Ilan, de 56 anos, foi indicado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL). Presidente do BC durante o governo de Michel Temer (MDB), entre 2016 e 2019, antes, ele já havia atuado como diretor de Política Econômica da instituição. Ilan chefiou ainda o departamento de economia do Itaú Unibanco, maior banco da América Latina, e, mais recentemente, ocupava o posto de diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o Hemisfério Ocidental, do qual se licenciou para concorrer à presidência do BID.

Ilan Goldfajn, candidato do Brasil ao BID Foto: Marcelo Pereira/Credit Suisse

A campanha pelo seu nome passou por altos e baixos. Durante o processo, uma ala de dentro do Partido dos Trabalhadores (PT) atuou para “queimar o filme” de Ilan, o que acabou ameaçando a candidatura do Brasil. Em uma articulação que envolveu do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega aos ex-BCs Luiz Awazu Pereira da Silva e Alexandre Tombini, no exterior, a tentativa foi adiar as eleições e ganhar tempo para indicar um nome, mais alinhado ao partido, por conta da futura troca de governo no Brasil, com a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Os membros do BID, porém, ignoraram a movimentação e seguiram com as eleições para a escolha de um presidente. Com a continuidade do processo, a campanha de Ilan foi reforçada, no intuito de superar os feitos de uma ala do PT e galgar a presidência inédita da organização.

A desistência da Argentina em concorrer à liderança do BID deu mais ânimo ao governo brasileiro, conforme revelou o Estadão/Broadcast. Na sexta-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, responsável pela escolha e indicação de Ilan, já havia sinalizado que o Brasil tinha grandes chances, ao afirmar que o candidato seria eleito neste domingo, o que se concretizou.

Nas eleições anteriores, em setembro de 2020, o Brasil se abdicou de indicar um candidato para apoiar os Estados Unidos, que quebrou a prática de não disputar a presidência da instituição durante a gestão de Donald Trump à frente da Casa Branca. Na ocasião, emplacou o nome de Mauricio Claver-Carone, que acabou sendo demitido após um escândalo ético e um novo pleito foi chamado dois anos depois.

O BID foi fundado em 1959 por países da América Latina, com liderança do Brasil, durante o governo de Juscelino Kubitschek. O objetivo era dar mais espaço à região e às suas necessidades de financiamento e desenvolvimento, uma vez que organismos como o FMI e o Banco Mundial, tradicionalmente, sempre foram liderados por Estados Unidos e países da Europa.

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