Inadimplência de empresas cresce 27% até maio


É a maior variação em dez anos para esse período, na comparação anual, diz a Serasa

Por Márcia De Chiara

A inadimplência das empresas cresceu 27% de janeiro a maio deste ano, em relação aos mesmos meses de 2008. É a maior variação em dez anos desse período, na comparação anual, aponta o Indicador Serasa Experian de Inadimplência. O pico anterior de calote das empresas ocorreu entre janeiro e maio de 2001, quando houve acréscimo de 21,6% no número de dívidas não quitadas ante o mesmo período do ano 2000. "O nível de inadimplência das empresas ainda é muito elevado, apesar de estar perdendo o fôlego", afirma o assessor econômico da Serasa Experian, Carlos Henrique de Almeida. No primeiro trimestre deste ano, o calote da pessoa jurídica crescia a uma taxa de 30% ante 2008. Entre janeiro e abril, essa taxa recuou para 28,3% e agora acumula em cinco meses alta de 27%. Na análise do economista, o aumento da inadimplência reflete as dificuldades enfrentadas pelas empresas, como a retração nas exportações para países desenvolvidos, o recuo das cotações das commodities agrícolas - provocado pelo estouro da bolha especulativa, que prejudicou o agronegócio - e a interrupção dos financiamentos para as empresas. A partir de maio, observa Almeida, já há sinais de melhora no cenário macroeconômico, como recuperação do consumo e a entrada de recursos na bolsa de valores, exemplifica. Mas, segundo ele, essa retomada não atingiu integralmente as companhias. Por isso, a inadimplência da pessoa jurídica continua em níveis elevados. "Com os resultados deste mês, que devem refletir a melhoria do cenário econômico e a redução da taxa de juros, a inadimplência das empresas deverá encerrar o primeiro semestre num patamar mais baixo em relação ao acumulado no ano até maio", prevê. A pesquisa da Serasa Experian, de âmbito nacional, mostra também que a maior parte do calote das empresas (41,3%) está nos títulos protestados. O valor médio dos títulos protestados de janeiro a maio deste ano foi de R$ 1.799,79, com acréscimo de 22,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já o valor médio dos cheques devolvidos pelas pessoas jurídicas atingiu R$ 1.446,01 no acumulado do ano até maio, uma cifra 13,5% maior na comparação com o mesmo período de 2008. O cheque respondeu por 39,1% do calote das empresas entre janeiro e maio deste ano, aponta o indicador. Essa foi a modalidade de financiamento que teve o maior aumento na inadimplência no período. As dívidas com bancos responderam por19,3% da inadimplência da pessoa jurídica neste ano. O valor médio das pendências somou R$ 4.608,99 entre janeiro e maio, com aumento de 3,4% ante o acumulado nos cinco primeiros meses de 2008. Almeida observa que o valor médio das dívidas com bancos é bem superior aos outros débitos porque, na hora do aperto, muitas companhias acabam usando a conta garantida. A conta garantida é uma linha semelhante ao cheque especial, só que voltada para empresas. É um crédito pré-aprovado, com juros altos.

A inadimplência das empresas cresceu 27% de janeiro a maio deste ano, em relação aos mesmos meses de 2008. É a maior variação em dez anos desse período, na comparação anual, aponta o Indicador Serasa Experian de Inadimplência. O pico anterior de calote das empresas ocorreu entre janeiro e maio de 2001, quando houve acréscimo de 21,6% no número de dívidas não quitadas ante o mesmo período do ano 2000. "O nível de inadimplência das empresas ainda é muito elevado, apesar de estar perdendo o fôlego", afirma o assessor econômico da Serasa Experian, Carlos Henrique de Almeida. No primeiro trimestre deste ano, o calote da pessoa jurídica crescia a uma taxa de 30% ante 2008. Entre janeiro e abril, essa taxa recuou para 28,3% e agora acumula em cinco meses alta de 27%. Na análise do economista, o aumento da inadimplência reflete as dificuldades enfrentadas pelas empresas, como a retração nas exportações para países desenvolvidos, o recuo das cotações das commodities agrícolas - provocado pelo estouro da bolha especulativa, que prejudicou o agronegócio - e a interrupção dos financiamentos para as empresas. A partir de maio, observa Almeida, já há sinais de melhora no cenário macroeconômico, como recuperação do consumo e a entrada de recursos na bolsa de valores, exemplifica. Mas, segundo ele, essa retomada não atingiu integralmente as companhias. Por isso, a inadimplência da pessoa jurídica continua em níveis elevados. "Com os resultados deste mês, que devem refletir a melhoria do cenário econômico e a redução da taxa de juros, a inadimplência das empresas deverá encerrar o primeiro semestre num patamar mais baixo em relação ao acumulado no ano até maio", prevê. A pesquisa da Serasa Experian, de âmbito nacional, mostra também que a maior parte do calote das empresas (41,3%) está nos títulos protestados. O valor médio dos títulos protestados de janeiro a maio deste ano foi de R$ 1.799,79, com acréscimo de 22,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já o valor médio dos cheques devolvidos pelas pessoas jurídicas atingiu R$ 1.446,01 no acumulado do ano até maio, uma cifra 13,5% maior na comparação com o mesmo período de 2008. O cheque respondeu por 39,1% do calote das empresas entre janeiro e maio deste ano, aponta o indicador. Essa foi a modalidade de financiamento que teve o maior aumento na inadimplência no período. As dívidas com bancos responderam por19,3% da inadimplência da pessoa jurídica neste ano. O valor médio das pendências somou R$ 4.608,99 entre janeiro e maio, com aumento de 3,4% ante o acumulado nos cinco primeiros meses de 2008. Almeida observa que o valor médio das dívidas com bancos é bem superior aos outros débitos porque, na hora do aperto, muitas companhias acabam usando a conta garantida. A conta garantida é uma linha semelhante ao cheque especial, só que voltada para empresas. É um crédito pré-aprovado, com juros altos.

A inadimplência das empresas cresceu 27% de janeiro a maio deste ano, em relação aos mesmos meses de 2008. É a maior variação em dez anos desse período, na comparação anual, aponta o Indicador Serasa Experian de Inadimplência. O pico anterior de calote das empresas ocorreu entre janeiro e maio de 2001, quando houve acréscimo de 21,6% no número de dívidas não quitadas ante o mesmo período do ano 2000. "O nível de inadimplência das empresas ainda é muito elevado, apesar de estar perdendo o fôlego", afirma o assessor econômico da Serasa Experian, Carlos Henrique de Almeida. No primeiro trimestre deste ano, o calote da pessoa jurídica crescia a uma taxa de 30% ante 2008. Entre janeiro e abril, essa taxa recuou para 28,3% e agora acumula em cinco meses alta de 27%. Na análise do economista, o aumento da inadimplência reflete as dificuldades enfrentadas pelas empresas, como a retração nas exportações para países desenvolvidos, o recuo das cotações das commodities agrícolas - provocado pelo estouro da bolha especulativa, que prejudicou o agronegócio - e a interrupção dos financiamentos para as empresas. A partir de maio, observa Almeida, já há sinais de melhora no cenário macroeconômico, como recuperação do consumo e a entrada de recursos na bolsa de valores, exemplifica. Mas, segundo ele, essa retomada não atingiu integralmente as companhias. Por isso, a inadimplência da pessoa jurídica continua em níveis elevados. "Com os resultados deste mês, que devem refletir a melhoria do cenário econômico e a redução da taxa de juros, a inadimplência das empresas deverá encerrar o primeiro semestre num patamar mais baixo em relação ao acumulado no ano até maio", prevê. A pesquisa da Serasa Experian, de âmbito nacional, mostra também que a maior parte do calote das empresas (41,3%) está nos títulos protestados. O valor médio dos títulos protestados de janeiro a maio deste ano foi de R$ 1.799,79, com acréscimo de 22,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já o valor médio dos cheques devolvidos pelas pessoas jurídicas atingiu R$ 1.446,01 no acumulado do ano até maio, uma cifra 13,5% maior na comparação com o mesmo período de 2008. O cheque respondeu por 39,1% do calote das empresas entre janeiro e maio deste ano, aponta o indicador. Essa foi a modalidade de financiamento que teve o maior aumento na inadimplência no período. As dívidas com bancos responderam por19,3% da inadimplência da pessoa jurídica neste ano. O valor médio das pendências somou R$ 4.608,99 entre janeiro e maio, com aumento de 3,4% ante o acumulado nos cinco primeiros meses de 2008. Almeida observa que o valor médio das dívidas com bancos é bem superior aos outros débitos porque, na hora do aperto, muitas companhias acabam usando a conta garantida. A conta garantida é uma linha semelhante ao cheque especial, só que voltada para empresas. É um crédito pré-aprovado, com juros altos.

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