Análise|A indústria avança e falta consolidar os ganhos contra a estagnação


Não há como esperar uma aceleração do crescimento econômico com os níveis atuais de investimento em capacidade de produção

Por Rolf Kuntz

Com expansão de 7,5% em nove meses, a fabricação de bens de capital, isto é, de máquinas e equipamentos, liderou o crescimento industrial neste ano, até setembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O avanço da indústria está sendo puxado, portanto, pelo fortalecimento da capacidade produtiva - um sinal positivo para as projeções da economia nos próximos anos. Os ganhos também refletem a melhora das condições de consumo, com ampliação do emprego e da massa de rendimentos, e são em parte explicáveis pelo avanço das exportações.

A produção da indústria geral superou por 3,1%, entre janeiro e setembro, o volume de um ano antes, acumulando aumento de 2,8% em 12 meses. Em setembro, o total fabricado superou por 1,1% o de agosto e por 3,4% o de um ano antes. O segmento de bens de consumo teve crescimento mensal de 0,3%, foi 3,6% maior que o de setembro de 2023, expandiu-se 4% no ano e aumentou 3,4% em 12 meses. O fortalecimento da atividade fabril também torna mais equilibrado o cenário da produção, marcado no último decênio pelo maior dinamismo da agropecuária.

Investimento baixo trava o aumento da capacidade de produção Foto: Michal_Bednarek/Adobe Stock
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Com o avanço recente, a produção da indústria chegou a um nível 3,1% mais alto que o de fevereiro de 2020, pouco antes da pandemia, mas ainda ficou, em termos trimestrais, 14,1% abaixo do pico da série histórica, em maio de 2011, no começo do mandato da presidente Dilma Rousseff. Mas o desempenho do setor industrial foi oscilante e medíocre na maior parte do período a partir desse pico.

Em sete dos 12 anos contados entre 2012 e 2023, a indústria geral teve desempenho negativo. O segmento de bens de capital também teve sete anos de resultados negativos, mas com perdas muito maiores que as da série média da indústria. Em cinco desses períodos o recuo da produção superou 9%. Em 2015 a queda chegou a 25,3%. Em 2023, a 11,7%. Esse desempenho reflete a fraqueza geral da economia brasileira e aponta uma estagnação do potencial produtivo.

Essa estagnação é mostrada também pelos fracos indicadores de investimento em meios físicos de produção - máquinas, equipamentos e construções públicas e privadas. Entre janeiro de 2000 e julho de 2024, o valor investido mensalmente equivaleu em média a 17,9% do Produto Interno Bruto (PIB). A média de janeiro de 2015 a julho deste ano correspondeu a 16,4%, segundo o Monitor do PIB elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No segundo trimestre de 2024, a taxa de investimento estimada pelo IBGE ficou em 16,8%.

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Não há como esperar uma aceleração do crescimento econômico, nos próximos anos, com investimento tão baixo em capacidade produtiva. Na maior parte deste século o total investido pelos setores público e privado raramente superou 18% do PIB, ficando bem abaixo dos valores aplicados em outras economias emergentes. Esses valores têm com frequência ultrapassado 20% do valor produzido internamente nesses países.

Pelas estimativas do mercado, registradas na pesquisa Focus, o PIB do Brasil deve crescer 3,10% neste ano e cerca de 2%, em média, nos anos seguintes. Esses números são parecidos com aqueles indicados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Para escapar dessa mediocridade, o Brasil terá de investir mais em meios físicos de produção, além de cuidar mais da formação de capital humano, para a indústria e para os demais setores de atividade.

Com expansão de 7,5% em nove meses, a fabricação de bens de capital, isto é, de máquinas e equipamentos, liderou o crescimento industrial neste ano, até setembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O avanço da indústria está sendo puxado, portanto, pelo fortalecimento da capacidade produtiva - um sinal positivo para as projeções da economia nos próximos anos. Os ganhos também refletem a melhora das condições de consumo, com ampliação do emprego e da massa de rendimentos, e são em parte explicáveis pelo avanço das exportações.

A produção da indústria geral superou por 3,1%, entre janeiro e setembro, o volume de um ano antes, acumulando aumento de 2,8% em 12 meses. Em setembro, o total fabricado superou por 1,1% o de agosto e por 3,4% o de um ano antes. O segmento de bens de consumo teve crescimento mensal de 0,3%, foi 3,6% maior que o de setembro de 2023, expandiu-se 4% no ano e aumentou 3,4% em 12 meses. O fortalecimento da atividade fabril também torna mais equilibrado o cenário da produção, marcado no último decênio pelo maior dinamismo da agropecuária.

Investimento baixo trava o aumento da capacidade de produção Foto: Michal_Bednarek/Adobe Stock

Com o avanço recente, a produção da indústria chegou a um nível 3,1% mais alto que o de fevereiro de 2020, pouco antes da pandemia, mas ainda ficou, em termos trimestrais, 14,1% abaixo do pico da série histórica, em maio de 2011, no começo do mandato da presidente Dilma Rousseff. Mas o desempenho do setor industrial foi oscilante e medíocre na maior parte do período a partir desse pico.

Em sete dos 12 anos contados entre 2012 e 2023, a indústria geral teve desempenho negativo. O segmento de bens de capital também teve sete anos de resultados negativos, mas com perdas muito maiores que as da série média da indústria. Em cinco desses períodos o recuo da produção superou 9%. Em 2015 a queda chegou a 25,3%. Em 2023, a 11,7%. Esse desempenho reflete a fraqueza geral da economia brasileira e aponta uma estagnação do potencial produtivo.

Essa estagnação é mostrada também pelos fracos indicadores de investimento em meios físicos de produção - máquinas, equipamentos e construções públicas e privadas. Entre janeiro de 2000 e julho de 2024, o valor investido mensalmente equivaleu em média a 17,9% do Produto Interno Bruto (PIB). A média de janeiro de 2015 a julho deste ano correspondeu a 16,4%, segundo o Monitor do PIB elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No segundo trimestre de 2024, a taxa de investimento estimada pelo IBGE ficou em 16,8%.

Não há como esperar uma aceleração do crescimento econômico, nos próximos anos, com investimento tão baixo em capacidade produtiva. Na maior parte deste século o total investido pelos setores público e privado raramente superou 18% do PIB, ficando bem abaixo dos valores aplicados em outras economias emergentes. Esses valores têm com frequência ultrapassado 20% do valor produzido internamente nesses países.

Pelas estimativas do mercado, registradas na pesquisa Focus, o PIB do Brasil deve crescer 3,10% neste ano e cerca de 2%, em média, nos anos seguintes. Esses números são parecidos com aqueles indicados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Para escapar dessa mediocridade, o Brasil terá de investir mais em meios físicos de produção, além de cuidar mais da formação de capital humano, para a indústria e para os demais setores de atividade.

Com expansão de 7,5% em nove meses, a fabricação de bens de capital, isto é, de máquinas e equipamentos, liderou o crescimento industrial neste ano, até setembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O avanço da indústria está sendo puxado, portanto, pelo fortalecimento da capacidade produtiva - um sinal positivo para as projeções da economia nos próximos anos. Os ganhos também refletem a melhora das condições de consumo, com ampliação do emprego e da massa de rendimentos, e são em parte explicáveis pelo avanço das exportações.

A produção da indústria geral superou por 3,1%, entre janeiro e setembro, o volume de um ano antes, acumulando aumento de 2,8% em 12 meses. Em setembro, o total fabricado superou por 1,1% o de agosto e por 3,4% o de um ano antes. O segmento de bens de consumo teve crescimento mensal de 0,3%, foi 3,6% maior que o de setembro de 2023, expandiu-se 4% no ano e aumentou 3,4% em 12 meses. O fortalecimento da atividade fabril também torna mais equilibrado o cenário da produção, marcado no último decênio pelo maior dinamismo da agropecuária.

Investimento baixo trava o aumento da capacidade de produção Foto: Michal_Bednarek/Adobe Stock

Com o avanço recente, a produção da indústria chegou a um nível 3,1% mais alto que o de fevereiro de 2020, pouco antes da pandemia, mas ainda ficou, em termos trimestrais, 14,1% abaixo do pico da série histórica, em maio de 2011, no começo do mandato da presidente Dilma Rousseff. Mas o desempenho do setor industrial foi oscilante e medíocre na maior parte do período a partir desse pico.

Em sete dos 12 anos contados entre 2012 e 2023, a indústria geral teve desempenho negativo. O segmento de bens de capital também teve sete anos de resultados negativos, mas com perdas muito maiores que as da série média da indústria. Em cinco desses períodos o recuo da produção superou 9%. Em 2015 a queda chegou a 25,3%. Em 2023, a 11,7%. Esse desempenho reflete a fraqueza geral da economia brasileira e aponta uma estagnação do potencial produtivo.

Essa estagnação é mostrada também pelos fracos indicadores de investimento em meios físicos de produção - máquinas, equipamentos e construções públicas e privadas. Entre janeiro de 2000 e julho de 2024, o valor investido mensalmente equivaleu em média a 17,9% do Produto Interno Bruto (PIB). A média de janeiro de 2015 a julho deste ano correspondeu a 16,4%, segundo o Monitor do PIB elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No segundo trimestre de 2024, a taxa de investimento estimada pelo IBGE ficou em 16,8%.

Não há como esperar uma aceleração do crescimento econômico, nos próximos anos, com investimento tão baixo em capacidade produtiva. Na maior parte deste século o total investido pelos setores público e privado raramente superou 18% do PIB, ficando bem abaixo dos valores aplicados em outras economias emergentes. Esses valores têm com frequência ultrapassado 20% do valor produzido internamente nesses países.

Pelas estimativas do mercado, registradas na pesquisa Focus, o PIB do Brasil deve crescer 3,10% neste ano e cerca de 2%, em média, nos anos seguintes. Esses números são parecidos com aqueles indicados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Para escapar dessa mediocridade, o Brasil terá de investir mais em meios físicos de produção, além de cuidar mais da formação de capital humano, para a indústria e para os demais setores de atividade.

Com expansão de 7,5% em nove meses, a fabricação de bens de capital, isto é, de máquinas e equipamentos, liderou o crescimento industrial neste ano, até setembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O avanço da indústria está sendo puxado, portanto, pelo fortalecimento da capacidade produtiva - um sinal positivo para as projeções da economia nos próximos anos. Os ganhos também refletem a melhora das condições de consumo, com ampliação do emprego e da massa de rendimentos, e são em parte explicáveis pelo avanço das exportações.

A produção da indústria geral superou por 3,1%, entre janeiro e setembro, o volume de um ano antes, acumulando aumento de 2,8% em 12 meses. Em setembro, o total fabricado superou por 1,1% o de agosto e por 3,4% o de um ano antes. O segmento de bens de consumo teve crescimento mensal de 0,3%, foi 3,6% maior que o de setembro de 2023, expandiu-se 4% no ano e aumentou 3,4% em 12 meses. O fortalecimento da atividade fabril também torna mais equilibrado o cenário da produção, marcado no último decênio pelo maior dinamismo da agropecuária.

Investimento baixo trava o aumento da capacidade de produção Foto: Michal_Bednarek/Adobe Stock

Com o avanço recente, a produção da indústria chegou a um nível 3,1% mais alto que o de fevereiro de 2020, pouco antes da pandemia, mas ainda ficou, em termos trimestrais, 14,1% abaixo do pico da série histórica, em maio de 2011, no começo do mandato da presidente Dilma Rousseff. Mas o desempenho do setor industrial foi oscilante e medíocre na maior parte do período a partir desse pico.

Em sete dos 12 anos contados entre 2012 e 2023, a indústria geral teve desempenho negativo. O segmento de bens de capital também teve sete anos de resultados negativos, mas com perdas muito maiores que as da série média da indústria. Em cinco desses períodos o recuo da produção superou 9%. Em 2015 a queda chegou a 25,3%. Em 2023, a 11,7%. Esse desempenho reflete a fraqueza geral da economia brasileira e aponta uma estagnação do potencial produtivo.

Essa estagnação é mostrada também pelos fracos indicadores de investimento em meios físicos de produção - máquinas, equipamentos e construções públicas e privadas. Entre janeiro de 2000 e julho de 2024, o valor investido mensalmente equivaleu em média a 17,9% do Produto Interno Bruto (PIB). A média de janeiro de 2015 a julho deste ano correspondeu a 16,4%, segundo o Monitor do PIB elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No segundo trimestre de 2024, a taxa de investimento estimada pelo IBGE ficou em 16,8%.

Não há como esperar uma aceleração do crescimento econômico, nos próximos anos, com investimento tão baixo em capacidade produtiva. Na maior parte deste século o total investido pelos setores público e privado raramente superou 18% do PIB, ficando bem abaixo dos valores aplicados em outras economias emergentes. Esses valores têm com frequência ultrapassado 20% do valor produzido internamente nesses países.

Pelas estimativas do mercado, registradas na pesquisa Focus, o PIB do Brasil deve crescer 3,10% neste ano e cerca de 2%, em média, nos anos seguintes. Esses números são parecidos com aqueles indicados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Para escapar dessa mediocridade, o Brasil terá de investir mais em meios físicos de produção, além de cuidar mais da formação de capital humano, para a indústria e para os demais setores de atividade.

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