As vendas reais da indústria do País subiram em julho 6,5% na comparação com igual mês do ano passado, de acordo com indicadores industriais divulgados nesta segunda-feira, 3, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na comparação com junho de 2007, pelo critério dessazonalizado, as vendas subiram 1,2%. No acumulado dos sete primeiros meses do ano, as vendas da indústria subiram 3,3% em comparação com igual período de 2006. "Os indicadores industriais referentes a julho apontam para a continuidade da trajetória de expansão da atividade industrial. Todas as variáveis pesquisadas registraram variação positiva nas diversas bases de comparação", diz o documento da CNI. O emprego industrial subiu 3,7% em julho na comparação com igual mês do ano passado e apenas 0,3% na comparação com junho de 2007, considerando o ajuste sazonal. No ano, o nível de emprego subiu 3,5% na comparação com os sete primeiros meses de 2006. Os dados mostram também que as horas trabalhadas na produção subiram 4,7% na comparação de julho contra julho de 2006 e 0,8% ante junho deste ano, pelo critério dessazonalizado. No acumulado do ano, a alta foi de 3,8%. As remunerações pagas pela indústria avançaram 5,6% em julho ante julho de 2006, e 2,6% na comparação com junho de 2007. Esse último indicador não tem comparação dessazonalizada. No acumulado do ano, as remunerações pagas subiram 4,9% ante o período de janeiro a julho de 2006. Capacidade instalada O índice de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (UCI) subiu em julho para 82,5% ante 82,4% em junho deste ano, e 80,5% em julho do ano passado, pelo critério sem ajuste sazonal. O índice dessazonalizado, por sua vez, teve uma variação maior, atingindo 82,6% em julho, ante 82,2% no mês anterior e 80,7% em julho de 2006. "O movimento setorial da UCI se deu de forma dividida: enquanto oito setores aumentaram a utilização da capacidade de junho para julho, outros dez a reduziram. As maiores expansões ocorreram nos setores de calçados e couro, edição e impressão e veículos automotores, enquanto que os setores que mais recuaram a UCI foram máquinas, aparelhos e materiais elétricos, madeira e material eletrônico e de comunicação", afirma o documento da CNI.