IPCA-15 cai 0,07% em julho, puxado por queda na conta de luz


Resultado deve reforçar pressão do governo federal em cima do Banco Central por uma redução na taxa Selic em agosto; juros futuros estão em queda

Por Gabriel Vasconcelos
Atualização:

RIO - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) caiu 0,07% em julho, após ter avançado 0,04% em junho, informou nesta terça-feira, 25, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a primeira deflação desde setembro do ano passado e a menor variação do índice para o mês desde 2017.

O resultado foi melhor do que a mediana das estimativas de analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que era de -0,03%, com intervalo que ia de queda de 0,4% até alta de 0,09%.

Com isso, o IPCA-15 registrou um aumento de 3,09% no acumulado do ano. Em 12 meses, a alta foi de 3,19%, ante taxa de 3,40% até junho. Nesta base de comparação, as projeções iam de avanço de 2,80% a 3,36%, com mediana de 3,23%.

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A queda do índice em julho foi influenciada pelos gastos das famílias, que caíram 0,94%, uma contribuição negativa de 0,14 ponto porcentual no indicador. Em junho, os preços do grupo Habitação haviam subido 0,96%.

O destaque nesse grupo foi a energia elétrica residencial, cujos preços caíram 3,45%, com impacto de -0,14 ponto no índice. A redução na conta de luz era esperada e está ligada ao chamado “Bônus de Itaipu”, decorrente de saldo positivo na Conta Comercialização da Energia Elétrica da usina hidrelétrica de Itaipu (Conta de Itaipu), em 2022.

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Parte desse bônus está sendo repassado este mês ao consumidor final na forma de desconto nas faturas. Em julho, destaca o IBGE, também houve recuo nos preços do gás de botijão (-2,10%).

A alta nesse grupo ficou com a conta da taxa de água e esgoto, que subiu 0,20% no País no início de julho devido a reajustes aplicados em três áreas: de 8,33% em Belém (3,18%), a partir de 28 de maio; de 3,45% em uma das concessionárias em Porto Alegre (0,77%), a partir de 1º de julho; e de 8,20% em Curitiba (0,25%), a partir de 17 de maio. Em junho, água e esgoto haviam sido os destaques, com alta de 3,64% devido a reajustes em quatro regiões do País, o que incluiu São Paulo.

Os preços de Alimentação e bebidas também caíram em julho, 0,40% no mês, após queda de 0,51% em junho. O grupo deu uma contribuição de 0,09 ponto porcentual para o IPCA-15.

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Entre os componentes do grupo, a alimentação no domicílio teve queda de 0,72% em julho, após ter recuado 0,81% no mês anterior. No topo da lista, está o feijão-carioca, com queda de 10,20% nos preços em julho ante junho, seguido por óleo de soja (-6,14%), leite longa vida (-2,50%) e carnes (-2,42%). A batata-inglesa e o alho fizeram um contraponto, com aumentos de 10,25% e de 3,74% nos preços, respectivamente.

Já o custo da alimentação fora do domicílio acelerou o ritmo de alta a 0,46% em julho, após encarecer 0,29% em junho, em virtude da alta mais intensa do lanche (0,34% em junho para 1,02% em julho). O custo da refeição subiu com menos intensidade neste mês, em 0,17%, do que no mês passado (0,28%).

PL2272 SP 07/07/2008 - ECONOMIA - INFLAÇÃO / ALIMENTOS - Matéria sobre preço dos alimentos. Na foto, placa de supermercado indica o preço das bananas. FOTO PAULO LIEBERT/AE Foto: PAULO LIEBERT / AE
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Apesar do recuo no IPCA-15 de julho, cinco dos nove grupos de produtos e serviços que integram o índice registraram aumentos de preços. O aumento mais significativo aconteceu em Transportes (+0,63%, com impacto de 0,13 ponto porcentual), seguido de despesas pessoais (+0,38%, com impacto de 0,04 p.p.).

Na sequência vêm educação (0,11%, com impacto de 0,01 p.p.); Saúde e Cuidados Pessoais (+0,07%, com impacto de 0,01 p.p.); e vestuário (+0,04%, com impacto de 0 p.p.).

Juros futuros

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Como resultado da queda do índice de preços, os juros futuros começaram em baixa de pelo menos 10 pontos-base nesta terça-feira, 25. O indicador corrobora um aumento de apostas em corte de 50 pontos-base da Selic em agosto, para 13,25%. Outro ponto que ajuda no alívio dos juros é o recuo nas projeções para IPCA de 2023 a 2025 no Boletim Focus.

RIO - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) caiu 0,07% em julho, após ter avançado 0,04% em junho, informou nesta terça-feira, 25, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a primeira deflação desde setembro do ano passado e a menor variação do índice para o mês desde 2017.

O resultado foi melhor do que a mediana das estimativas de analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que era de -0,03%, com intervalo que ia de queda de 0,4% até alta de 0,09%.

Com isso, o IPCA-15 registrou um aumento de 3,09% no acumulado do ano. Em 12 meses, a alta foi de 3,19%, ante taxa de 3,40% até junho. Nesta base de comparação, as projeções iam de avanço de 2,80% a 3,36%, com mediana de 3,23%.

A queda do índice em julho foi influenciada pelos gastos das famílias, que caíram 0,94%, uma contribuição negativa de 0,14 ponto porcentual no indicador. Em junho, os preços do grupo Habitação haviam subido 0,96%.

O destaque nesse grupo foi a energia elétrica residencial, cujos preços caíram 3,45%, com impacto de -0,14 ponto no índice. A redução na conta de luz era esperada e está ligada ao chamado “Bônus de Itaipu”, decorrente de saldo positivo na Conta Comercialização da Energia Elétrica da usina hidrelétrica de Itaipu (Conta de Itaipu), em 2022.

Parte desse bônus está sendo repassado este mês ao consumidor final na forma de desconto nas faturas. Em julho, destaca o IBGE, também houve recuo nos preços do gás de botijão (-2,10%).

A alta nesse grupo ficou com a conta da taxa de água e esgoto, que subiu 0,20% no País no início de julho devido a reajustes aplicados em três áreas: de 8,33% em Belém (3,18%), a partir de 28 de maio; de 3,45% em uma das concessionárias em Porto Alegre (0,77%), a partir de 1º de julho; e de 8,20% em Curitiba (0,25%), a partir de 17 de maio. Em junho, água e esgoto haviam sido os destaques, com alta de 3,64% devido a reajustes em quatro regiões do País, o que incluiu São Paulo.

Os preços de Alimentação e bebidas também caíram em julho, 0,40% no mês, após queda de 0,51% em junho. O grupo deu uma contribuição de 0,09 ponto porcentual para o IPCA-15.

Entre os componentes do grupo, a alimentação no domicílio teve queda de 0,72% em julho, após ter recuado 0,81% no mês anterior. No topo da lista, está o feijão-carioca, com queda de 10,20% nos preços em julho ante junho, seguido por óleo de soja (-6,14%), leite longa vida (-2,50%) e carnes (-2,42%). A batata-inglesa e o alho fizeram um contraponto, com aumentos de 10,25% e de 3,74% nos preços, respectivamente.

Já o custo da alimentação fora do domicílio acelerou o ritmo de alta a 0,46% em julho, após encarecer 0,29% em junho, em virtude da alta mais intensa do lanche (0,34% em junho para 1,02% em julho). O custo da refeição subiu com menos intensidade neste mês, em 0,17%, do que no mês passado (0,28%).

PL2272 SP 07/07/2008 - ECONOMIA - INFLAÇÃO / ALIMENTOS - Matéria sobre preço dos alimentos. Na foto, placa de supermercado indica o preço das bananas. FOTO PAULO LIEBERT/AE Foto: PAULO LIEBERT / AE

Apesar do recuo no IPCA-15 de julho, cinco dos nove grupos de produtos e serviços que integram o índice registraram aumentos de preços. O aumento mais significativo aconteceu em Transportes (+0,63%, com impacto de 0,13 ponto porcentual), seguido de despesas pessoais (+0,38%, com impacto de 0,04 p.p.).

Na sequência vêm educação (0,11%, com impacto de 0,01 p.p.); Saúde e Cuidados Pessoais (+0,07%, com impacto de 0,01 p.p.); e vestuário (+0,04%, com impacto de 0 p.p.).

Juros futuros

Como resultado da queda do índice de preços, os juros futuros começaram em baixa de pelo menos 10 pontos-base nesta terça-feira, 25. O indicador corrobora um aumento de apostas em corte de 50 pontos-base da Selic em agosto, para 13,25%. Outro ponto que ajuda no alívio dos juros é o recuo nas projeções para IPCA de 2023 a 2025 no Boletim Focus.

RIO - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) caiu 0,07% em julho, após ter avançado 0,04% em junho, informou nesta terça-feira, 25, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a primeira deflação desde setembro do ano passado e a menor variação do índice para o mês desde 2017.

O resultado foi melhor do que a mediana das estimativas de analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que era de -0,03%, com intervalo que ia de queda de 0,4% até alta de 0,09%.

Com isso, o IPCA-15 registrou um aumento de 3,09% no acumulado do ano. Em 12 meses, a alta foi de 3,19%, ante taxa de 3,40% até junho. Nesta base de comparação, as projeções iam de avanço de 2,80% a 3,36%, com mediana de 3,23%.

A queda do índice em julho foi influenciada pelos gastos das famílias, que caíram 0,94%, uma contribuição negativa de 0,14 ponto porcentual no indicador. Em junho, os preços do grupo Habitação haviam subido 0,96%.

O destaque nesse grupo foi a energia elétrica residencial, cujos preços caíram 3,45%, com impacto de -0,14 ponto no índice. A redução na conta de luz era esperada e está ligada ao chamado “Bônus de Itaipu”, decorrente de saldo positivo na Conta Comercialização da Energia Elétrica da usina hidrelétrica de Itaipu (Conta de Itaipu), em 2022.

Parte desse bônus está sendo repassado este mês ao consumidor final na forma de desconto nas faturas. Em julho, destaca o IBGE, também houve recuo nos preços do gás de botijão (-2,10%).

A alta nesse grupo ficou com a conta da taxa de água e esgoto, que subiu 0,20% no País no início de julho devido a reajustes aplicados em três áreas: de 8,33% em Belém (3,18%), a partir de 28 de maio; de 3,45% em uma das concessionárias em Porto Alegre (0,77%), a partir de 1º de julho; e de 8,20% em Curitiba (0,25%), a partir de 17 de maio. Em junho, água e esgoto haviam sido os destaques, com alta de 3,64% devido a reajustes em quatro regiões do País, o que incluiu São Paulo.

Os preços de Alimentação e bebidas também caíram em julho, 0,40% no mês, após queda de 0,51% em junho. O grupo deu uma contribuição de 0,09 ponto porcentual para o IPCA-15.

Entre os componentes do grupo, a alimentação no domicílio teve queda de 0,72% em julho, após ter recuado 0,81% no mês anterior. No topo da lista, está o feijão-carioca, com queda de 10,20% nos preços em julho ante junho, seguido por óleo de soja (-6,14%), leite longa vida (-2,50%) e carnes (-2,42%). A batata-inglesa e o alho fizeram um contraponto, com aumentos de 10,25% e de 3,74% nos preços, respectivamente.

Já o custo da alimentação fora do domicílio acelerou o ritmo de alta a 0,46% em julho, após encarecer 0,29% em junho, em virtude da alta mais intensa do lanche (0,34% em junho para 1,02% em julho). O custo da refeição subiu com menos intensidade neste mês, em 0,17%, do que no mês passado (0,28%).

PL2272 SP 07/07/2008 - ECONOMIA - INFLAÇÃO / ALIMENTOS - Matéria sobre preço dos alimentos. Na foto, placa de supermercado indica o preço das bananas. FOTO PAULO LIEBERT/AE Foto: PAULO LIEBERT / AE

Apesar do recuo no IPCA-15 de julho, cinco dos nove grupos de produtos e serviços que integram o índice registraram aumentos de preços. O aumento mais significativo aconteceu em Transportes (+0,63%, com impacto de 0,13 ponto porcentual), seguido de despesas pessoais (+0,38%, com impacto de 0,04 p.p.).

Na sequência vêm educação (0,11%, com impacto de 0,01 p.p.); Saúde e Cuidados Pessoais (+0,07%, com impacto de 0,01 p.p.); e vestuário (+0,04%, com impacto de 0 p.p.).

Juros futuros

Como resultado da queda do índice de preços, os juros futuros começaram em baixa de pelo menos 10 pontos-base nesta terça-feira, 25. O indicador corrobora um aumento de apostas em corte de 50 pontos-base da Selic em agosto, para 13,25%. Outro ponto que ajuda no alívio dos juros é o recuo nas projeções para IPCA de 2023 a 2025 no Boletim Focus.

RIO - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) caiu 0,07% em julho, após ter avançado 0,04% em junho, informou nesta terça-feira, 25, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a primeira deflação desde setembro do ano passado e a menor variação do índice para o mês desde 2017.

O resultado foi melhor do que a mediana das estimativas de analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que era de -0,03%, com intervalo que ia de queda de 0,4% até alta de 0,09%.

Com isso, o IPCA-15 registrou um aumento de 3,09% no acumulado do ano. Em 12 meses, a alta foi de 3,19%, ante taxa de 3,40% até junho. Nesta base de comparação, as projeções iam de avanço de 2,80% a 3,36%, com mediana de 3,23%.

A queda do índice em julho foi influenciada pelos gastos das famílias, que caíram 0,94%, uma contribuição negativa de 0,14 ponto porcentual no indicador. Em junho, os preços do grupo Habitação haviam subido 0,96%.

O destaque nesse grupo foi a energia elétrica residencial, cujos preços caíram 3,45%, com impacto de -0,14 ponto no índice. A redução na conta de luz era esperada e está ligada ao chamado “Bônus de Itaipu”, decorrente de saldo positivo na Conta Comercialização da Energia Elétrica da usina hidrelétrica de Itaipu (Conta de Itaipu), em 2022.

Parte desse bônus está sendo repassado este mês ao consumidor final na forma de desconto nas faturas. Em julho, destaca o IBGE, também houve recuo nos preços do gás de botijão (-2,10%).

A alta nesse grupo ficou com a conta da taxa de água e esgoto, que subiu 0,20% no País no início de julho devido a reajustes aplicados em três áreas: de 8,33% em Belém (3,18%), a partir de 28 de maio; de 3,45% em uma das concessionárias em Porto Alegre (0,77%), a partir de 1º de julho; e de 8,20% em Curitiba (0,25%), a partir de 17 de maio. Em junho, água e esgoto haviam sido os destaques, com alta de 3,64% devido a reajustes em quatro regiões do País, o que incluiu São Paulo.

Os preços de Alimentação e bebidas também caíram em julho, 0,40% no mês, após queda de 0,51% em junho. O grupo deu uma contribuição de 0,09 ponto porcentual para o IPCA-15.

Entre os componentes do grupo, a alimentação no domicílio teve queda de 0,72% em julho, após ter recuado 0,81% no mês anterior. No topo da lista, está o feijão-carioca, com queda de 10,20% nos preços em julho ante junho, seguido por óleo de soja (-6,14%), leite longa vida (-2,50%) e carnes (-2,42%). A batata-inglesa e o alho fizeram um contraponto, com aumentos de 10,25% e de 3,74% nos preços, respectivamente.

Já o custo da alimentação fora do domicílio acelerou o ritmo de alta a 0,46% em julho, após encarecer 0,29% em junho, em virtude da alta mais intensa do lanche (0,34% em junho para 1,02% em julho). O custo da refeição subiu com menos intensidade neste mês, em 0,17%, do que no mês passado (0,28%).

PL2272 SP 07/07/2008 - ECONOMIA - INFLAÇÃO / ALIMENTOS - Matéria sobre preço dos alimentos. Na foto, placa de supermercado indica o preço das bananas. FOTO PAULO LIEBERT/AE Foto: PAULO LIEBERT / AE

Apesar do recuo no IPCA-15 de julho, cinco dos nove grupos de produtos e serviços que integram o índice registraram aumentos de preços. O aumento mais significativo aconteceu em Transportes (+0,63%, com impacto de 0,13 ponto porcentual), seguido de despesas pessoais (+0,38%, com impacto de 0,04 p.p.).

Na sequência vêm educação (0,11%, com impacto de 0,01 p.p.); Saúde e Cuidados Pessoais (+0,07%, com impacto de 0,01 p.p.); e vestuário (+0,04%, com impacto de 0 p.p.).

Juros futuros

Como resultado da queda do índice de preços, os juros futuros começaram em baixa de pelo menos 10 pontos-base nesta terça-feira, 25. O indicador corrobora um aumento de apostas em corte de 50 pontos-base da Selic em agosto, para 13,25%. Outro ponto que ajuda no alívio dos juros é o recuo nas projeções para IPCA de 2023 a 2025 no Boletim Focus.

RIO - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) caiu 0,07% em julho, após ter avançado 0,04% em junho, informou nesta terça-feira, 25, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a primeira deflação desde setembro do ano passado e a menor variação do índice para o mês desde 2017.

O resultado foi melhor do que a mediana das estimativas de analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que era de -0,03%, com intervalo que ia de queda de 0,4% até alta de 0,09%.

Com isso, o IPCA-15 registrou um aumento de 3,09% no acumulado do ano. Em 12 meses, a alta foi de 3,19%, ante taxa de 3,40% até junho. Nesta base de comparação, as projeções iam de avanço de 2,80% a 3,36%, com mediana de 3,23%.

A queda do índice em julho foi influenciada pelos gastos das famílias, que caíram 0,94%, uma contribuição negativa de 0,14 ponto porcentual no indicador. Em junho, os preços do grupo Habitação haviam subido 0,96%.

O destaque nesse grupo foi a energia elétrica residencial, cujos preços caíram 3,45%, com impacto de -0,14 ponto no índice. A redução na conta de luz era esperada e está ligada ao chamado “Bônus de Itaipu”, decorrente de saldo positivo na Conta Comercialização da Energia Elétrica da usina hidrelétrica de Itaipu (Conta de Itaipu), em 2022.

Parte desse bônus está sendo repassado este mês ao consumidor final na forma de desconto nas faturas. Em julho, destaca o IBGE, também houve recuo nos preços do gás de botijão (-2,10%).

A alta nesse grupo ficou com a conta da taxa de água e esgoto, que subiu 0,20% no País no início de julho devido a reajustes aplicados em três áreas: de 8,33% em Belém (3,18%), a partir de 28 de maio; de 3,45% em uma das concessionárias em Porto Alegre (0,77%), a partir de 1º de julho; e de 8,20% em Curitiba (0,25%), a partir de 17 de maio. Em junho, água e esgoto haviam sido os destaques, com alta de 3,64% devido a reajustes em quatro regiões do País, o que incluiu São Paulo.

Os preços de Alimentação e bebidas também caíram em julho, 0,40% no mês, após queda de 0,51% em junho. O grupo deu uma contribuição de 0,09 ponto porcentual para o IPCA-15.

Entre os componentes do grupo, a alimentação no domicílio teve queda de 0,72% em julho, após ter recuado 0,81% no mês anterior. No topo da lista, está o feijão-carioca, com queda de 10,20% nos preços em julho ante junho, seguido por óleo de soja (-6,14%), leite longa vida (-2,50%) e carnes (-2,42%). A batata-inglesa e o alho fizeram um contraponto, com aumentos de 10,25% e de 3,74% nos preços, respectivamente.

Já o custo da alimentação fora do domicílio acelerou o ritmo de alta a 0,46% em julho, após encarecer 0,29% em junho, em virtude da alta mais intensa do lanche (0,34% em junho para 1,02% em julho). O custo da refeição subiu com menos intensidade neste mês, em 0,17%, do que no mês passado (0,28%).

PL2272 SP 07/07/2008 - ECONOMIA - INFLAÇÃO / ALIMENTOS - Matéria sobre preço dos alimentos. Na foto, placa de supermercado indica o preço das bananas. FOTO PAULO LIEBERT/AE Foto: PAULO LIEBERT / AE

Apesar do recuo no IPCA-15 de julho, cinco dos nove grupos de produtos e serviços que integram o índice registraram aumentos de preços. O aumento mais significativo aconteceu em Transportes (+0,63%, com impacto de 0,13 ponto porcentual), seguido de despesas pessoais (+0,38%, com impacto de 0,04 p.p.).

Na sequência vêm educação (0,11%, com impacto de 0,01 p.p.); Saúde e Cuidados Pessoais (+0,07%, com impacto de 0,01 p.p.); e vestuário (+0,04%, com impacto de 0 p.p.).

Juros futuros

Como resultado da queda do índice de preços, os juros futuros começaram em baixa de pelo menos 10 pontos-base nesta terça-feira, 25. O indicador corrobora um aumento de apostas em corte de 50 pontos-base da Selic em agosto, para 13,25%. Outro ponto que ajuda no alívio dos juros é o recuo nas projeções para IPCA de 2023 a 2025 no Boletim Focus.

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