Propostas fiscais de Lula e Bolsonaro colocam meta de inflação em xeque


Perspectiva de maior flexibilização do teto de gastos pode inviabilizar convergência dos preços para meta a ser atingida pelo BC nos próximos anos, avaliam economistas

Por Cícero Cotrim e Thaís Barcellos

A mudança do arcabouço fiscal já indicada tanto por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quanto por Jair Bolsonaro (PL), que lideram as pesquisas de intenção de voto à Presidência, pode colocar em xeque o cumprimento das metas de inflação nos próximos anos. Com a perspectiva de uma âncora menos austera e de inflação global mais elevada, economistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast avaliam que passou a ser incerta a viabilidade de um alvo de 3%, mesmo no longo prazo.

No geral, a avaliação é de que a redução gradual das metas de inflação a partir de 2019 – a partir do nível de 4,5%, que vigorou de 2005 a 2018 – foi possibilitada pela previsibilidade fiscal criada pelo teto dos gastos e pelo ambiente de menor inflação global desde meados da década de 2010. Agora, a perspectiva de mudança do arcabouço fiscal do País, com vistas à ampliação de despesas, e o aumento da inflação mundial podem impedir o cumprimento do alvo.

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”A perspectiva de que a política fiscal será menos austera do que o sinalizado algum tempo atrás com o teto de gastos e o nosso próprio histórico de inflação não corroboram uma leitura de IPCA migrando para 3%”, diz o economista da Tendências Consultoria Integrada Silvio Campos Neto. A casa espera IPCA de 5% em 2023 e desaceleração da inflação a 4%, em 2024, e 3,5% em 2025 – acima do centro da meta em ambos os casos (de 3%).

Ainda longe de ser um consenso, essa perspectiva já começa a aparecer nas expectativas do mercado coletadas pelo próprio Banco Central. Embora as medianas do relatório Focus indiquem a convergência do IPCA para o centro da meta em 2025 e 2026, as médias da pesquisa já sugerem, respectivamente, uma inflação de 3,28% e 3,27% nesses anos – mais de 0,25 ponto porcentual acima do alvo.

A economista-chefe do Credit Suisse no Brasil, Solange Srour, reconhece que há muito ceticismo sobre se a meta de 3% é viável para o País, considerando que as reformas fiscais não foram finalizadas e que o mundo vai conviver com inflação mais alta pelo menos por mais um ano. A economista acrescenta que a discussão sobre a viabilidade da meta é diferente aqui e no exterior.

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”Há insegurança em relação a atingir a meta. Entendo que essa discussão está no mundo inteiro, já que as projeções de inflação para Europa e EUA no ano que vem também estão acima da meta. Mas, apesar da autonomia do BC, o trabalho de convergência para a meta depende da âncora fiscal por aqui. A discussão sobre viabilidade da meta de 3% no Brasil é diferente do debate sobre a meta de 2% nos EUA”, avalia. Segundo Srour, a melhora inflacionária recente diz respeito à “parte fácil”, ligada a decisões políticas e ao preço do petróleo no mercado internacional.

Já o superintendente de pesquisa macroeconômica do Santander Brasil, Mauricio Oreng, espera redução do IPCA para o centro do alvo, de 3%, em 2024, mas reconhece que os riscos são de convergência mais lenta. Para ele, a agenda de política fiscal a ser adotada por Executivo e Congresso a partir de 2023 vai sinalizar a possibilidade de cumprimento da meta.

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O cenário de convergência da inflação considerado pelo Santander leva em conta três anos consecutivos de taxas de juros restritivas, com uma Selic que encerra 2022 nos atuais 13,75% para recuar a 12%, no fim de 2023, e a 9% em 2024.

A mudança do arcabouço fiscal já indicada tanto por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quanto por Jair Bolsonaro (PL), que lideram as pesquisas de intenção de voto à Presidência, pode colocar em xeque o cumprimento das metas de inflação nos próximos anos. Com a perspectiva de uma âncora menos austera e de inflação global mais elevada, economistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast avaliam que passou a ser incerta a viabilidade de um alvo de 3%, mesmo no longo prazo.

No geral, a avaliação é de que a redução gradual das metas de inflação a partir de 2019 – a partir do nível de 4,5%, que vigorou de 2005 a 2018 – foi possibilitada pela previsibilidade fiscal criada pelo teto dos gastos e pelo ambiente de menor inflação global desde meados da década de 2010. Agora, a perspectiva de mudança do arcabouço fiscal do País, com vistas à ampliação de despesas, e o aumento da inflação mundial podem impedir o cumprimento do alvo.

”A perspectiva de que a política fiscal será menos austera do que o sinalizado algum tempo atrás com o teto de gastos e o nosso próprio histórico de inflação não corroboram uma leitura de IPCA migrando para 3%”, diz o economista da Tendências Consultoria Integrada Silvio Campos Neto. A casa espera IPCA de 5% em 2023 e desaceleração da inflação a 4%, em 2024, e 3,5% em 2025 – acima do centro da meta em ambos os casos (de 3%).

Ainda longe de ser um consenso, essa perspectiva já começa a aparecer nas expectativas do mercado coletadas pelo próprio Banco Central. Embora as medianas do relatório Focus indiquem a convergência do IPCA para o centro da meta em 2025 e 2026, as médias da pesquisa já sugerem, respectivamente, uma inflação de 3,28% e 3,27% nesses anos – mais de 0,25 ponto porcentual acima do alvo.

A economista-chefe do Credit Suisse no Brasil, Solange Srour, reconhece que há muito ceticismo sobre se a meta de 3% é viável para o País, considerando que as reformas fiscais não foram finalizadas e que o mundo vai conviver com inflação mais alta pelo menos por mais um ano. A economista acrescenta que a discussão sobre a viabilidade da meta é diferente aqui e no exterior.

”Há insegurança em relação a atingir a meta. Entendo que essa discussão está no mundo inteiro, já que as projeções de inflação para Europa e EUA no ano que vem também estão acima da meta. Mas, apesar da autonomia do BC, o trabalho de convergência para a meta depende da âncora fiscal por aqui. A discussão sobre viabilidade da meta de 3% no Brasil é diferente do debate sobre a meta de 2% nos EUA”, avalia. Segundo Srour, a melhora inflacionária recente diz respeito à “parte fácil”, ligada a decisões políticas e ao preço do petróleo no mercado internacional.

Já o superintendente de pesquisa macroeconômica do Santander Brasil, Mauricio Oreng, espera redução do IPCA para o centro do alvo, de 3%, em 2024, mas reconhece que os riscos são de convergência mais lenta. Para ele, a agenda de política fiscal a ser adotada por Executivo e Congresso a partir de 2023 vai sinalizar a possibilidade de cumprimento da meta.

O cenário de convergência da inflação considerado pelo Santander leva em conta três anos consecutivos de taxas de juros restritivas, com uma Selic que encerra 2022 nos atuais 13,75% para recuar a 12%, no fim de 2023, e a 9% em 2024.

A mudança do arcabouço fiscal já indicada tanto por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quanto por Jair Bolsonaro (PL), que lideram as pesquisas de intenção de voto à Presidência, pode colocar em xeque o cumprimento das metas de inflação nos próximos anos. Com a perspectiva de uma âncora menos austera e de inflação global mais elevada, economistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast avaliam que passou a ser incerta a viabilidade de um alvo de 3%, mesmo no longo prazo.

No geral, a avaliação é de que a redução gradual das metas de inflação a partir de 2019 – a partir do nível de 4,5%, que vigorou de 2005 a 2018 – foi possibilitada pela previsibilidade fiscal criada pelo teto dos gastos e pelo ambiente de menor inflação global desde meados da década de 2010. Agora, a perspectiva de mudança do arcabouço fiscal do País, com vistas à ampliação de despesas, e o aumento da inflação mundial podem impedir o cumprimento do alvo.

”A perspectiva de que a política fiscal será menos austera do que o sinalizado algum tempo atrás com o teto de gastos e o nosso próprio histórico de inflação não corroboram uma leitura de IPCA migrando para 3%”, diz o economista da Tendências Consultoria Integrada Silvio Campos Neto. A casa espera IPCA de 5% em 2023 e desaceleração da inflação a 4%, em 2024, e 3,5% em 2025 – acima do centro da meta em ambos os casos (de 3%).

Ainda longe de ser um consenso, essa perspectiva já começa a aparecer nas expectativas do mercado coletadas pelo próprio Banco Central. Embora as medianas do relatório Focus indiquem a convergência do IPCA para o centro da meta em 2025 e 2026, as médias da pesquisa já sugerem, respectivamente, uma inflação de 3,28% e 3,27% nesses anos – mais de 0,25 ponto porcentual acima do alvo.

A economista-chefe do Credit Suisse no Brasil, Solange Srour, reconhece que há muito ceticismo sobre se a meta de 3% é viável para o País, considerando que as reformas fiscais não foram finalizadas e que o mundo vai conviver com inflação mais alta pelo menos por mais um ano. A economista acrescenta que a discussão sobre a viabilidade da meta é diferente aqui e no exterior.

”Há insegurança em relação a atingir a meta. Entendo que essa discussão está no mundo inteiro, já que as projeções de inflação para Europa e EUA no ano que vem também estão acima da meta. Mas, apesar da autonomia do BC, o trabalho de convergência para a meta depende da âncora fiscal por aqui. A discussão sobre viabilidade da meta de 3% no Brasil é diferente do debate sobre a meta de 2% nos EUA”, avalia. Segundo Srour, a melhora inflacionária recente diz respeito à “parte fácil”, ligada a decisões políticas e ao preço do petróleo no mercado internacional.

Já o superintendente de pesquisa macroeconômica do Santander Brasil, Mauricio Oreng, espera redução do IPCA para o centro do alvo, de 3%, em 2024, mas reconhece que os riscos são de convergência mais lenta. Para ele, a agenda de política fiscal a ser adotada por Executivo e Congresso a partir de 2023 vai sinalizar a possibilidade de cumprimento da meta.

O cenário de convergência da inflação considerado pelo Santander leva em conta três anos consecutivos de taxas de juros restritivas, com uma Selic que encerra 2022 nos atuais 13,75% para recuar a 12%, no fim de 2023, e a 9% em 2024.

A mudança do arcabouço fiscal já indicada tanto por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quanto por Jair Bolsonaro (PL), que lideram as pesquisas de intenção de voto à Presidência, pode colocar em xeque o cumprimento das metas de inflação nos próximos anos. Com a perspectiva de uma âncora menos austera e de inflação global mais elevada, economistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast avaliam que passou a ser incerta a viabilidade de um alvo de 3%, mesmo no longo prazo.

No geral, a avaliação é de que a redução gradual das metas de inflação a partir de 2019 – a partir do nível de 4,5%, que vigorou de 2005 a 2018 – foi possibilitada pela previsibilidade fiscal criada pelo teto dos gastos e pelo ambiente de menor inflação global desde meados da década de 2010. Agora, a perspectiva de mudança do arcabouço fiscal do País, com vistas à ampliação de despesas, e o aumento da inflação mundial podem impedir o cumprimento do alvo.

”A perspectiva de que a política fiscal será menos austera do que o sinalizado algum tempo atrás com o teto de gastos e o nosso próprio histórico de inflação não corroboram uma leitura de IPCA migrando para 3%”, diz o economista da Tendências Consultoria Integrada Silvio Campos Neto. A casa espera IPCA de 5% em 2023 e desaceleração da inflação a 4%, em 2024, e 3,5% em 2025 – acima do centro da meta em ambos os casos (de 3%).

Ainda longe de ser um consenso, essa perspectiva já começa a aparecer nas expectativas do mercado coletadas pelo próprio Banco Central. Embora as medianas do relatório Focus indiquem a convergência do IPCA para o centro da meta em 2025 e 2026, as médias da pesquisa já sugerem, respectivamente, uma inflação de 3,28% e 3,27% nesses anos – mais de 0,25 ponto porcentual acima do alvo.

A economista-chefe do Credit Suisse no Brasil, Solange Srour, reconhece que há muito ceticismo sobre se a meta de 3% é viável para o País, considerando que as reformas fiscais não foram finalizadas e que o mundo vai conviver com inflação mais alta pelo menos por mais um ano. A economista acrescenta que a discussão sobre a viabilidade da meta é diferente aqui e no exterior.

”Há insegurança em relação a atingir a meta. Entendo que essa discussão está no mundo inteiro, já que as projeções de inflação para Europa e EUA no ano que vem também estão acima da meta. Mas, apesar da autonomia do BC, o trabalho de convergência para a meta depende da âncora fiscal por aqui. A discussão sobre viabilidade da meta de 3% no Brasil é diferente do debate sobre a meta de 2% nos EUA”, avalia. Segundo Srour, a melhora inflacionária recente diz respeito à “parte fácil”, ligada a decisões políticas e ao preço do petróleo no mercado internacional.

Já o superintendente de pesquisa macroeconômica do Santander Brasil, Mauricio Oreng, espera redução do IPCA para o centro do alvo, de 3%, em 2024, mas reconhece que os riscos são de convergência mais lenta. Para ele, a agenda de política fiscal a ser adotada por Executivo e Congresso a partir de 2023 vai sinalizar a possibilidade de cumprimento da meta.

O cenário de convergência da inflação considerado pelo Santander leva em conta três anos consecutivos de taxas de juros restritivas, com uma Selic que encerra 2022 nos atuais 13,75% para recuar a 12%, no fim de 2023, e a 9% em 2024.

A mudança do arcabouço fiscal já indicada tanto por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quanto por Jair Bolsonaro (PL), que lideram as pesquisas de intenção de voto à Presidência, pode colocar em xeque o cumprimento das metas de inflação nos próximos anos. Com a perspectiva de uma âncora menos austera e de inflação global mais elevada, economistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast avaliam que passou a ser incerta a viabilidade de um alvo de 3%, mesmo no longo prazo.

No geral, a avaliação é de que a redução gradual das metas de inflação a partir de 2019 – a partir do nível de 4,5%, que vigorou de 2005 a 2018 – foi possibilitada pela previsibilidade fiscal criada pelo teto dos gastos e pelo ambiente de menor inflação global desde meados da década de 2010. Agora, a perspectiva de mudança do arcabouço fiscal do País, com vistas à ampliação de despesas, e o aumento da inflação mundial podem impedir o cumprimento do alvo.

”A perspectiva de que a política fiscal será menos austera do que o sinalizado algum tempo atrás com o teto de gastos e o nosso próprio histórico de inflação não corroboram uma leitura de IPCA migrando para 3%”, diz o economista da Tendências Consultoria Integrada Silvio Campos Neto. A casa espera IPCA de 5% em 2023 e desaceleração da inflação a 4%, em 2024, e 3,5% em 2025 – acima do centro da meta em ambos os casos (de 3%).

Ainda longe de ser um consenso, essa perspectiva já começa a aparecer nas expectativas do mercado coletadas pelo próprio Banco Central. Embora as medianas do relatório Focus indiquem a convergência do IPCA para o centro da meta em 2025 e 2026, as médias da pesquisa já sugerem, respectivamente, uma inflação de 3,28% e 3,27% nesses anos – mais de 0,25 ponto porcentual acima do alvo.

A economista-chefe do Credit Suisse no Brasil, Solange Srour, reconhece que há muito ceticismo sobre se a meta de 3% é viável para o País, considerando que as reformas fiscais não foram finalizadas e que o mundo vai conviver com inflação mais alta pelo menos por mais um ano. A economista acrescenta que a discussão sobre a viabilidade da meta é diferente aqui e no exterior.

”Há insegurança em relação a atingir a meta. Entendo que essa discussão está no mundo inteiro, já que as projeções de inflação para Europa e EUA no ano que vem também estão acima da meta. Mas, apesar da autonomia do BC, o trabalho de convergência para a meta depende da âncora fiscal por aqui. A discussão sobre viabilidade da meta de 3% no Brasil é diferente do debate sobre a meta de 2% nos EUA”, avalia. Segundo Srour, a melhora inflacionária recente diz respeito à “parte fácil”, ligada a decisões políticas e ao preço do petróleo no mercado internacional.

Já o superintendente de pesquisa macroeconômica do Santander Brasil, Mauricio Oreng, espera redução do IPCA para o centro do alvo, de 3%, em 2024, mas reconhece que os riscos são de convergência mais lenta. Para ele, a agenda de política fiscal a ser adotada por Executivo e Congresso a partir de 2023 vai sinalizar a possibilidade de cumprimento da meta.

O cenário de convergência da inflação considerado pelo Santander leva em conta três anos consecutivos de taxas de juros restritivas, com uma Selic que encerra 2022 nos atuais 13,75% para recuar a 12%, no fim de 2023, e a 9% em 2024.

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