Inovação é caminho obrigatório


Painel do European Day apresenta exemplos de ‘inovabilidade’ da italiana Enel e da brasileira Suza

Por Imagem Corporativa, Estadão Blue Studio
Atualização:

Com forte tradição em Pesquisa & Desenvolvimento, a indústria europeia tem muito a inspirar o Brasil quando o assunto é inovação. “Estamos numa fase em que as empresas aqui do País precisam inovar para gerar vantagem competitiva e boa parte delas não sabem como fazer isso, porque se habituaram a simplesmente copiar e replicar”, observou o professor Marcelo Nakagawa, do Insper, durante o painel “Inovação e sustentabilidade – a busca por soluções estruturadas” do European Day. Ele lembrou que a inovação aberta, tendência em que as empresas desenvolvem projetos em parceria com outras, desde startups até concorrentes, pode ser um caminho para acelerar o processo de inovação no Brasil.

Marcelo Nakagawa, professor do Insper, Pablo Cadaval Santos, diretor de P&D Industrial da Suzano, Rodrigo Cavalheiro, editor do ‘Estadão’, e Filippo Alberganti, head de Inovação da Enel Brasil Foto: Alex Silva/Estadão Blue Studio

Mediado pelo jornalista Rodrigo Cavalheiro, do Estadão, o painel teve a participação de Filippo Alberganti, head de Inovação da Enel Brasil. Ele falou sobre os avanços no Brasil do grupo de origem italiana que atua no setor de energia. Destacou a recente chegada da Enel X Way, com foco exclusivo em mobilidade elétrica – tema alinhado à meta da Enel de contribuir cada vez mais para a descarbonização e o combate das mudanças climáticas.

“Estamos em meio a um processo de reposicionamento, com foco crescente nas energias renováveis”, disse Alberganti. O grupo já possui a maior capacidade instalada de energia eólica e solar do Brasil, por meio da Enel Green Power (EGP), que construiu e opera, no Estado do Piauí, o maior parque eólico e o maior parque solar da América do Sul – os projetos Lagoa dos Ventos e São Gonçalo, respectivamente.

O outro participante do painel, Pablo Cadaval Santos, diretor de P&D Industrial da Suzano, lembrou que inovação e sustentabilidade são temas que se tornaram tão indissociáveis que deram origem a um novo termo, “inovabilidade”. Santos demonstrou que empresas tradicionais brasileiras podem ser referência em inovação ao descrever os investimentos em novas tecnologias realizados pela Suzano, que completa um século no ano que vem.

“Com uma série de avanços ao longo dos anos, dobramos a produtividade das plantações de eucalipto, de tal forma que agora basta metade da área para alcançar a mesma produção”, ele exemplificou. Isso possibilita que, ao mesmo tempo que exporta produtos de celulose e papel para mais de 100 países, impactando dois bilhões de pessoas ao redor do planeta, a empresa consiga manter intocado 1 milhão dos 3,5 milhões de hectares que possui no Brasil.

O professor Nakagawa ressaltou que uma empresa tende a se tornar inovadora quando se dá conta de que o negócio dela não são os produtos e serviços, e sim o benefício que proporciona aos clientes. Exemplificou com o caso da dinamarquesa Lego, que se reinventou ao deixar de atuar apenas como fabricante de brinquedos e se tornou um grupo que opera de forma mais ampla em entretenimento, incluindo parques de diversão, além do setor de educação.

‘A janela está se fechando’

O European Day contou com a presença especial de Emily Rees, CEO da CropLife International, entidade que reúne grandes players globais do setor de inovação agrícola. Ela veio de Bruxelas, na Bélgica, especialmente para o evento em São Paulo. Fez uma palestra sobre “O impacto global do Green Deal da União Europeia nas relações comerciais de segurança alimentar”.

Emily Rees, CEO da CropLife International, de Bruxelas Foto: Alex Silva/Estadão Blue Studio

O Green Deal, estabelecido em 2019, é o pacto da União Europeia que definiu metas ambientais a serem atingidas pelo bloco rumo ao objetivo de tornar o continente carbono neutro até 2050. O Parlamento Europeu aprovou recentemente uma lei que barra a compra de uma série de produtos oriundos de áreas florestais desmatadas, incluindo destaques das exportações brasileiras, como gado, soja e café. O agronegócio brasileiro está inseguro em relação aos critérios que serão adotados pela União Europeia. Há a interpretação de que a nova legislação é uma ação unilateral e pode comprometer a assinatura do acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia.

“A janela para fechar esse acordo está se fechando. No próximo ano, teremos eleições parlamentares na Europa e troca de comando na presidência da Comissão Europeia”, lembrou Rees. “Por isso o acordo precisa ser ratificado o quanto antes, pois beneficia as duas partes. O Brasil precisa dele, pois ainda é uma das economias mais fechadas quando se analisa a participação do comércio exterior no PIB.”

Com forte tradição em Pesquisa & Desenvolvimento, a indústria europeia tem muito a inspirar o Brasil quando o assunto é inovação. “Estamos numa fase em que as empresas aqui do País precisam inovar para gerar vantagem competitiva e boa parte delas não sabem como fazer isso, porque se habituaram a simplesmente copiar e replicar”, observou o professor Marcelo Nakagawa, do Insper, durante o painel “Inovação e sustentabilidade – a busca por soluções estruturadas” do European Day. Ele lembrou que a inovação aberta, tendência em que as empresas desenvolvem projetos em parceria com outras, desde startups até concorrentes, pode ser um caminho para acelerar o processo de inovação no Brasil.

Marcelo Nakagawa, professor do Insper, Pablo Cadaval Santos, diretor de P&D Industrial da Suzano, Rodrigo Cavalheiro, editor do ‘Estadão’, e Filippo Alberganti, head de Inovação da Enel Brasil Foto: Alex Silva/Estadão Blue Studio

Mediado pelo jornalista Rodrigo Cavalheiro, do Estadão, o painel teve a participação de Filippo Alberganti, head de Inovação da Enel Brasil. Ele falou sobre os avanços no Brasil do grupo de origem italiana que atua no setor de energia. Destacou a recente chegada da Enel X Way, com foco exclusivo em mobilidade elétrica – tema alinhado à meta da Enel de contribuir cada vez mais para a descarbonização e o combate das mudanças climáticas.

“Estamos em meio a um processo de reposicionamento, com foco crescente nas energias renováveis”, disse Alberganti. O grupo já possui a maior capacidade instalada de energia eólica e solar do Brasil, por meio da Enel Green Power (EGP), que construiu e opera, no Estado do Piauí, o maior parque eólico e o maior parque solar da América do Sul – os projetos Lagoa dos Ventos e São Gonçalo, respectivamente.

O outro participante do painel, Pablo Cadaval Santos, diretor de P&D Industrial da Suzano, lembrou que inovação e sustentabilidade são temas que se tornaram tão indissociáveis que deram origem a um novo termo, “inovabilidade”. Santos demonstrou que empresas tradicionais brasileiras podem ser referência em inovação ao descrever os investimentos em novas tecnologias realizados pela Suzano, que completa um século no ano que vem.

“Com uma série de avanços ao longo dos anos, dobramos a produtividade das plantações de eucalipto, de tal forma que agora basta metade da área para alcançar a mesma produção”, ele exemplificou. Isso possibilita que, ao mesmo tempo que exporta produtos de celulose e papel para mais de 100 países, impactando dois bilhões de pessoas ao redor do planeta, a empresa consiga manter intocado 1 milhão dos 3,5 milhões de hectares que possui no Brasil.

O professor Nakagawa ressaltou que uma empresa tende a se tornar inovadora quando se dá conta de que o negócio dela não são os produtos e serviços, e sim o benefício que proporciona aos clientes. Exemplificou com o caso da dinamarquesa Lego, que se reinventou ao deixar de atuar apenas como fabricante de brinquedos e se tornou um grupo que opera de forma mais ampla em entretenimento, incluindo parques de diversão, além do setor de educação.

‘A janela está se fechando’

O European Day contou com a presença especial de Emily Rees, CEO da CropLife International, entidade que reúne grandes players globais do setor de inovação agrícola. Ela veio de Bruxelas, na Bélgica, especialmente para o evento em São Paulo. Fez uma palestra sobre “O impacto global do Green Deal da União Europeia nas relações comerciais de segurança alimentar”.

Emily Rees, CEO da CropLife International, de Bruxelas Foto: Alex Silva/Estadão Blue Studio

O Green Deal, estabelecido em 2019, é o pacto da União Europeia que definiu metas ambientais a serem atingidas pelo bloco rumo ao objetivo de tornar o continente carbono neutro até 2050. O Parlamento Europeu aprovou recentemente uma lei que barra a compra de uma série de produtos oriundos de áreas florestais desmatadas, incluindo destaques das exportações brasileiras, como gado, soja e café. O agronegócio brasileiro está inseguro em relação aos critérios que serão adotados pela União Europeia. Há a interpretação de que a nova legislação é uma ação unilateral e pode comprometer a assinatura do acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia.

“A janela para fechar esse acordo está se fechando. No próximo ano, teremos eleições parlamentares na Europa e troca de comando na presidência da Comissão Europeia”, lembrou Rees. “Por isso o acordo precisa ser ratificado o quanto antes, pois beneficia as duas partes. O Brasil precisa dele, pois ainda é uma das economias mais fechadas quando se analisa a participação do comércio exterior no PIB.”

Com forte tradição em Pesquisa & Desenvolvimento, a indústria europeia tem muito a inspirar o Brasil quando o assunto é inovação. “Estamos numa fase em que as empresas aqui do País precisam inovar para gerar vantagem competitiva e boa parte delas não sabem como fazer isso, porque se habituaram a simplesmente copiar e replicar”, observou o professor Marcelo Nakagawa, do Insper, durante o painel “Inovação e sustentabilidade – a busca por soluções estruturadas” do European Day. Ele lembrou que a inovação aberta, tendência em que as empresas desenvolvem projetos em parceria com outras, desde startups até concorrentes, pode ser um caminho para acelerar o processo de inovação no Brasil.

Marcelo Nakagawa, professor do Insper, Pablo Cadaval Santos, diretor de P&D Industrial da Suzano, Rodrigo Cavalheiro, editor do ‘Estadão’, e Filippo Alberganti, head de Inovação da Enel Brasil Foto: Alex Silva/Estadão Blue Studio

Mediado pelo jornalista Rodrigo Cavalheiro, do Estadão, o painel teve a participação de Filippo Alberganti, head de Inovação da Enel Brasil. Ele falou sobre os avanços no Brasil do grupo de origem italiana que atua no setor de energia. Destacou a recente chegada da Enel X Way, com foco exclusivo em mobilidade elétrica – tema alinhado à meta da Enel de contribuir cada vez mais para a descarbonização e o combate das mudanças climáticas.

“Estamos em meio a um processo de reposicionamento, com foco crescente nas energias renováveis”, disse Alberganti. O grupo já possui a maior capacidade instalada de energia eólica e solar do Brasil, por meio da Enel Green Power (EGP), que construiu e opera, no Estado do Piauí, o maior parque eólico e o maior parque solar da América do Sul – os projetos Lagoa dos Ventos e São Gonçalo, respectivamente.

O outro participante do painel, Pablo Cadaval Santos, diretor de P&D Industrial da Suzano, lembrou que inovação e sustentabilidade são temas que se tornaram tão indissociáveis que deram origem a um novo termo, “inovabilidade”. Santos demonstrou que empresas tradicionais brasileiras podem ser referência em inovação ao descrever os investimentos em novas tecnologias realizados pela Suzano, que completa um século no ano que vem.

“Com uma série de avanços ao longo dos anos, dobramos a produtividade das plantações de eucalipto, de tal forma que agora basta metade da área para alcançar a mesma produção”, ele exemplificou. Isso possibilita que, ao mesmo tempo que exporta produtos de celulose e papel para mais de 100 países, impactando dois bilhões de pessoas ao redor do planeta, a empresa consiga manter intocado 1 milhão dos 3,5 milhões de hectares que possui no Brasil.

O professor Nakagawa ressaltou que uma empresa tende a se tornar inovadora quando se dá conta de que o negócio dela não são os produtos e serviços, e sim o benefício que proporciona aos clientes. Exemplificou com o caso da dinamarquesa Lego, que se reinventou ao deixar de atuar apenas como fabricante de brinquedos e se tornou um grupo que opera de forma mais ampla em entretenimento, incluindo parques de diversão, além do setor de educação.

‘A janela está se fechando’

O European Day contou com a presença especial de Emily Rees, CEO da CropLife International, entidade que reúne grandes players globais do setor de inovação agrícola. Ela veio de Bruxelas, na Bélgica, especialmente para o evento em São Paulo. Fez uma palestra sobre “O impacto global do Green Deal da União Europeia nas relações comerciais de segurança alimentar”.

Emily Rees, CEO da CropLife International, de Bruxelas Foto: Alex Silva/Estadão Blue Studio

O Green Deal, estabelecido em 2019, é o pacto da União Europeia que definiu metas ambientais a serem atingidas pelo bloco rumo ao objetivo de tornar o continente carbono neutro até 2050. O Parlamento Europeu aprovou recentemente uma lei que barra a compra de uma série de produtos oriundos de áreas florestais desmatadas, incluindo destaques das exportações brasileiras, como gado, soja e café. O agronegócio brasileiro está inseguro em relação aos critérios que serão adotados pela União Europeia. Há a interpretação de que a nova legislação é uma ação unilateral e pode comprometer a assinatura do acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia.

“A janela para fechar esse acordo está se fechando. No próximo ano, teremos eleições parlamentares na Europa e troca de comando na presidência da Comissão Europeia”, lembrou Rees. “Por isso o acordo precisa ser ratificado o quanto antes, pois beneficia as duas partes. O Brasil precisa dele, pois ainda é uma das economias mais fechadas quando se analisa a participação do comércio exterior no PIB.”

Com forte tradição em Pesquisa & Desenvolvimento, a indústria europeia tem muito a inspirar o Brasil quando o assunto é inovação. “Estamos numa fase em que as empresas aqui do País precisam inovar para gerar vantagem competitiva e boa parte delas não sabem como fazer isso, porque se habituaram a simplesmente copiar e replicar”, observou o professor Marcelo Nakagawa, do Insper, durante o painel “Inovação e sustentabilidade – a busca por soluções estruturadas” do European Day. Ele lembrou que a inovação aberta, tendência em que as empresas desenvolvem projetos em parceria com outras, desde startups até concorrentes, pode ser um caminho para acelerar o processo de inovação no Brasil.

Marcelo Nakagawa, professor do Insper, Pablo Cadaval Santos, diretor de P&D Industrial da Suzano, Rodrigo Cavalheiro, editor do ‘Estadão’, e Filippo Alberganti, head de Inovação da Enel Brasil Foto: Alex Silva/Estadão Blue Studio

Mediado pelo jornalista Rodrigo Cavalheiro, do Estadão, o painel teve a participação de Filippo Alberganti, head de Inovação da Enel Brasil. Ele falou sobre os avanços no Brasil do grupo de origem italiana que atua no setor de energia. Destacou a recente chegada da Enel X Way, com foco exclusivo em mobilidade elétrica – tema alinhado à meta da Enel de contribuir cada vez mais para a descarbonização e o combate das mudanças climáticas.

“Estamos em meio a um processo de reposicionamento, com foco crescente nas energias renováveis”, disse Alberganti. O grupo já possui a maior capacidade instalada de energia eólica e solar do Brasil, por meio da Enel Green Power (EGP), que construiu e opera, no Estado do Piauí, o maior parque eólico e o maior parque solar da América do Sul – os projetos Lagoa dos Ventos e São Gonçalo, respectivamente.

O outro participante do painel, Pablo Cadaval Santos, diretor de P&D Industrial da Suzano, lembrou que inovação e sustentabilidade são temas que se tornaram tão indissociáveis que deram origem a um novo termo, “inovabilidade”. Santos demonstrou que empresas tradicionais brasileiras podem ser referência em inovação ao descrever os investimentos em novas tecnologias realizados pela Suzano, que completa um século no ano que vem.

“Com uma série de avanços ao longo dos anos, dobramos a produtividade das plantações de eucalipto, de tal forma que agora basta metade da área para alcançar a mesma produção”, ele exemplificou. Isso possibilita que, ao mesmo tempo que exporta produtos de celulose e papel para mais de 100 países, impactando dois bilhões de pessoas ao redor do planeta, a empresa consiga manter intocado 1 milhão dos 3,5 milhões de hectares que possui no Brasil.

O professor Nakagawa ressaltou que uma empresa tende a se tornar inovadora quando se dá conta de que o negócio dela não são os produtos e serviços, e sim o benefício que proporciona aos clientes. Exemplificou com o caso da dinamarquesa Lego, que se reinventou ao deixar de atuar apenas como fabricante de brinquedos e se tornou um grupo que opera de forma mais ampla em entretenimento, incluindo parques de diversão, além do setor de educação.

‘A janela está se fechando’

O European Day contou com a presença especial de Emily Rees, CEO da CropLife International, entidade que reúne grandes players globais do setor de inovação agrícola. Ela veio de Bruxelas, na Bélgica, especialmente para o evento em São Paulo. Fez uma palestra sobre “O impacto global do Green Deal da União Europeia nas relações comerciais de segurança alimentar”.

Emily Rees, CEO da CropLife International, de Bruxelas Foto: Alex Silva/Estadão Blue Studio

O Green Deal, estabelecido em 2019, é o pacto da União Europeia que definiu metas ambientais a serem atingidas pelo bloco rumo ao objetivo de tornar o continente carbono neutro até 2050. O Parlamento Europeu aprovou recentemente uma lei que barra a compra de uma série de produtos oriundos de áreas florestais desmatadas, incluindo destaques das exportações brasileiras, como gado, soja e café. O agronegócio brasileiro está inseguro em relação aos critérios que serão adotados pela União Europeia. Há a interpretação de que a nova legislação é uma ação unilateral e pode comprometer a assinatura do acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia.

“A janela para fechar esse acordo está se fechando. No próximo ano, teremos eleições parlamentares na Europa e troca de comando na presidência da Comissão Europeia”, lembrou Rees. “Por isso o acordo precisa ser ratificado o quanto antes, pois beneficia as duas partes. O Brasil precisa dele, pois ainda é uma das economias mais fechadas quando se analisa a participação do comércio exterior no PIB.”

Com forte tradição em Pesquisa & Desenvolvimento, a indústria europeia tem muito a inspirar o Brasil quando o assunto é inovação. “Estamos numa fase em que as empresas aqui do País precisam inovar para gerar vantagem competitiva e boa parte delas não sabem como fazer isso, porque se habituaram a simplesmente copiar e replicar”, observou o professor Marcelo Nakagawa, do Insper, durante o painel “Inovação e sustentabilidade – a busca por soluções estruturadas” do European Day. Ele lembrou que a inovação aberta, tendência em que as empresas desenvolvem projetos em parceria com outras, desde startups até concorrentes, pode ser um caminho para acelerar o processo de inovação no Brasil.

Marcelo Nakagawa, professor do Insper, Pablo Cadaval Santos, diretor de P&D Industrial da Suzano, Rodrigo Cavalheiro, editor do ‘Estadão’, e Filippo Alberganti, head de Inovação da Enel Brasil Foto: Alex Silva/Estadão Blue Studio

Mediado pelo jornalista Rodrigo Cavalheiro, do Estadão, o painel teve a participação de Filippo Alberganti, head de Inovação da Enel Brasil. Ele falou sobre os avanços no Brasil do grupo de origem italiana que atua no setor de energia. Destacou a recente chegada da Enel X Way, com foco exclusivo em mobilidade elétrica – tema alinhado à meta da Enel de contribuir cada vez mais para a descarbonização e o combate das mudanças climáticas.

“Estamos em meio a um processo de reposicionamento, com foco crescente nas energias renováveis”, disse Alberganti. O grupo já possui a maior capacidade instalada de energia eólica e solar do Brasil, por meio da Enel Green Power (EGP), que construiu e opera, no Estado do Piauí, o maior parque eólico e o maior parque solar da América do Sul – os projetos Lagoa dos Ventos e São Gonçalo, respectivamente.

O outro participante do painel, Pablo Cadaval Santos, diretor de P&D Industrial da Suzano, lembrou que inovação e sustentabilidade são temas que se tornaram tão indissociáveis que deram origem a um novo termo, “inovabilidade”. Santos demonstrou que empresas tradicionais brasileiras podem ser referência em inovação ao descrever os investimentos em novas tecnologias realizados pela Suzano, que completa um século no ano que vem.

“Com uma série de avanços ao longo dos anos, dobramos a produtividade das plantações de eucalipto, de tal forma que agora basta metade da área para alcançar a mesma produção”, ele exemplificou. Isso possibilita que, ao mesmo tempo que exporta produtos de celulose e papel para mais de 100 países, impactando dois bilhões de pessoas ao redor do planeta, a empresa consiga manter intocado 1 milhão dos 3,5 milhões de hectares que possui no Brasil.

O professor Nakagawa ressaltou que uma empresa tende a se tornar inovadora quando se dá conta de que o negócio dela não são os produtos e serviços, e sim o benefício que proporciona aos clientes. Exemplificou com o caso da dinamarquesa Lego, que se reinventou ao deixar de atuar apenas como fabricante de brinquedos e se tornou um grupo que opera de forma mais ampla em entretenimento, incluindo parques de diversão, além do setor de educação.

‘A janela está se fechando’

O European Day contou com a presença especial de Emily Rees, CEO da CropLife International, entidade que reúne grandes players globais do setor de inovação agrícola. Ela veio de Bruxelas, na Bélgica, especialmente para o evento em São Paulo. Fez uma palestra sobre “O impacto global do Green Deal da União Europeia nas relações comerciais de segurança alimentar”.

Emily Rees, CEO da CropLife International, de Bruxelas Foto: Alex Silva/Estadão Blue Studio

O Green Deal, estabelecido em 2019, é o pacto da União Europeia que definiu metas ambientais a serem atingidas pelo bloco rumo ao objetivo de tornar o continente carbono neutro até 2050. O Parlamento Europeu aprovou recentemente uma lei que barra a compra de uma série de produtos oriundos de áreas florestais desmatadas, incluindo destaques das exportações brasileiras, como gado, soja e café. O agronegócio brasileiro está inseguro em relação aos critérios que serão adotados pela União Europeia. Há a interpretação de que a nova legislação é uma ação unilateral e pode comprometer a assinatura do acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia.

“A janela para fechar esse acordo está se fechando. No próximo ano, teremos eleições parlamentares na Europa e troca de comando na presidência da Comissão Europeia”, lembrou Rees. “Por isso o acordo precisa ser ratificado o quanto antes, pois beneficia as duas partes. O Brasil precisa dele, pois ainda é uma das economias mais fechadas quando se analisa a participação do comércio exterior no PIB.”

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