O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta quinta-feira, 21, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não abrirá mão do equilíbrio fiscal, mas que, apesar da necessidade de ajustes de gastos em diferentes pastas ministeriais, os investimentos em saúde e educação serão preservados.
“O presidente tem um compromisso de inclusão social, de distribuição de renda e de fazer investimentos no País. Agora, não abre mão do equilíbrio fiscal que é quem garante a estabilidade econômica do País e faz com que o País continue crescendo e dando previsibilidade, que é importante para os investidores e para a população”, declarou Rui Costa em entrevista à GloboNews.
Quando questionado sobre quais ministérios teriam cortes de gastos, o ministro da Casa Civil declarou que poderia citar as pastas que não sofreriam com os ajustes.
“Eu posso dizer o que ele já definiu que não vai mexer. O investimento em saúde e educação não será mexido, porque isso ele considera essencial para transformação das pessoas, a vida humana, cuidar da vida das pessoas. O que transforma a vida de um país, de uma nação, de uma família, é a educação – e, portanto, nós não vamos mexer no volume de investimento da educação”.
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A declaração do ministro ocorre em meio à preparação de um pacote de medidas para conter as despesas públicas, que incluem mudanças na regra de reajuste do salário mínimo, revisão do desenho de benefícios sociais e ajustes nas regras de previdência dos militares.
O contexto fiscal do Brasil tem sido alvo de atenção por parte de especialistas em contas públicas e do mercado financeiro. Analistas apontam que, sem o controle de gastos obrigatórios, como Previdência Social, o espaço para políticas públicas será cada vez mais comprimido. Além disso, a falta de equilíbrio fiscal pode aumentar a dívida pública e pressionar a inflação, afetando o cenário econômico.
A previsão é que o governo apresente as medidas de contenção de gastos nos próximos dias, buscando dar uma sobrevida ao arcabouço fiscal e tranquilizar o mercado, a fim de evitar impactos negativos, como alta do dólar e dos juros futuros.