Para a Cosan, dona de um portfólio diversificado de empresas, investir de forma responsável e buscar resultados financeiros são dois aspectos que podem – e devem – ser conciliados. Baseado nessa premissa, o grupo tem expandido seus negócios com foco na transição energética e no desenvolvimento sustentável do Brasil.
Por conta da atuação em setores ligados à infraestrutura do País – energia, óleo e gás, agronegócio e mineração –, a Cosan se posiciona como uma “empresa que investe em empresas”. Raízen, Compass, Rumo, Radar, Moove e Vale integram o portfólio do grupo (confira no quadro informações sobre a atuação de cada uma delas).
As escolhas estratégicas de alocação de capital, ao longo dos anos, transformaram a companhia em um dos principais conglomerados empresariais do Brasil, com resultados sólidos e constante crescimento. Essa afirmação é comprovada pelos números de 2023, em que a empresa alcançou R$ 32 bilhões de Ebitda sob gestão1 (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), crescimento de quase 43% em relação ao ano anterior, com lucro líquido de R$ 1,1 bilhão.
Olhar transversal
“A premissa é o retorno financeiro para garantir nossa capacidade de investir e se perpetuar, mas além disso olhamos a capacidade dos nossos investimentos em trazer soluções mais eficientes, viabilizar a transição energética e gerar impacto no desenvolvimento da sociedade”, diz Ana Luísa Perina, gerente executiva de Relações com Investidores e ESG da Cosan.
A fórmula para gerar ciclos de sucesso em setores tão diversos envolve um processo integrado de governança, observa a gestora. “Temos um olhar transversal para todos os negócios, em temas como governança corporativa, mudanças climáticas, segurança das pessoas, diversidade e impacto social positivo”, descreve Perina.
Todos esses temas foram consolidados na Visão ESG 2030, composta por uma série de diretrizes e objetivos associados aos três pilares do conceito ESG – Ambiental, Social e Governança. A evolução dessas metas em todas as empresas do grupo conta com o engajamento dos mais de 55 mil colaboradores e é acompanhada no dia a dia pelo Comitê de Sustentabilidade, que assessora o Conselho de Administração da Cosan.
Identificação de oportunidades
Ciente dos desafios que os temas ligados à pauta ESG trazem à sociedade, as empresas do grupo têm se dedicado ao mapeamento e à compreensão dos riscos climáticos aos quais estão expostas. Além disso, incorporam os impactos no planejamento e na identificação de oportunidades como premissas para assegurar a perenidade dos negócios da Cosan.
Essas oportunidades incluem a substituição gradual dos combustíveis fósseis por meio da mistura com fontes renováveis e a oferta de produtos e soluções de baixo carbono. Um exemplo é o etanol de segunda geração (E2G) produzido pela Raízen, com pegada de carbono 80% menor que a da gasolina comum brasileira. Essa inovação permite aumentar em 50% a produção sem precisar de um hectare a mais de cana e sem competir com as áreas dedicadas à plantação de alimentos, o que proporciona uma oportunidade para setores de difícil descarbonização, como o transporte aéreo e o marítimo.
No transporte ferroviário, as operações da Rumo no ano passado evitaram a emissão de 6,6 milhões de toneladas de CO2 – o modal é o mais sustentável, com produção de gases de efeito estufa 7,6 vezes menor que a dos caminhões.
A Moove também promove a redução de impactos ambientais, associada à melhor performance dos maquinários industriais, por meio do fornecimento de soluções e aplicações de lubrificação.
Já o gás natural distribuído para residências, estabelecimentos comerciais e indústrias pela Compass é um combustível essencial para uma transição energética segura e eficiente.