IPCA-15 sobe 0,33% em novembro, pressionado pela alta dos preços dos alimentos e passagem aérea


Segundo IBGE, alimentação no domicílio teve alta de 1,06% neste mês; em outubro, grupo tinha recuado 0,52%; passagem aérea respondeu sozinha por metade da alta do índice

Por Daniela Amorim e Daniel Tozzi Mendes
Atualização:

RIO E SÃO PAULO - Pressionada pelos aumentos nos preços dos alimentos e das passagens aéreas, a prévia na inflação oficial no País mostrou aceleração na passagem de outubro para novembro. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) passou de uma alta de 0,21% no mês passado para uma elevação de 0,33% neste mês, divulgou nesta terça-feira, 28, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No entanto, a taxa de novembro ainda foi a mais branda para o mês desde 2019. O resultado fez a inflação acumulada em 12 meses arrefecer para 4,84% em novembro, após uma sequência de três meses consecutivos de aceleração.

A leitura reforça o plano de voo do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, de cortes de 0,50 ponto porcentual na taxa básica de juros, a Selic, avaliou o economista Luca Mercadante, da gestora de recursos Rio Bravo Investimentos.

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“Ao menos pelas duas próximas reuniões do Copom, é o que deve ser mantido”, previu Mercadante. “O processo de desinflação é lento, mas continua”, emendou.

Preço de alimentos no domicílio e fora subiu em novembro Foto: TABA BENEDICTO

Para o economista Alexandre Maluf, da XP Investimentos, a divulgação corrobora que há uma descompressão em curso nos preços dos serviços. “É o segundo estágio de desinflação que o Banco Central já falava, da inflação mais ligada à dinâmica salarial e inercial”, explicou o economista da XP.

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Segundo Maluf, o cenário externo e a questão fiscal doméstica ainda impedem que o Banco Central acelere o ritmo de cortes na taxa de juros, atualmente em 12,25% ao ano. “Esses pontos servem como um freio. Sem eles, haveria caminho para cortes de 0,75 ponto na Selic”, opinou.

Passagem aérea sobe, gasolina desce

A alta de 19,03% no preço das passagens aéreas respondeu sozinha por metade da prévia da inflação oficial no País em novembro. O subitem teve o maior impacto individual no mês, uma contribuição de 0,16 ponto porcentual para a taxa de 0,33% do IPCA-15 de novembro.

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Já os combustíveis recuaram 2,11% em novembro, compensando boa parte da pressão das tarifas aéreas. A gasolina ficou 2,25% mais barata, item de maior contribuição negativa para o IPCA-15, — 0,11 ponto porcentual. Houve quedas também no etanol (-2,49%) e no gás veicular (-0,57%), enquanto o óleo diesel subiu 1,12%.

O táxi teve alta de 2,60% em novembro, devido aos reajustes de 20,84% em Porto Alegre e de 6,67% em São Paulo. O ônibus urbano recuou 1,35%, apesar do reajuste de 6,12% em Salvador em 13 de novembro.

O IBGE frisou que, em função da gratuidade nos transportes metropolitanos concedida a toda a população de São Paulo nos dias de realização das provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio, com provas aplicadas nos dias 5 e 12 de novembro), foram registradas reduções de 6,25% nos subitens trem, metrô, ônibus urbano e integração de transporte público na região.

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Alimentos sobem em novembro

Os preços dos alimentos para consumo no domicílio ficaram mais caros em novembro, interrompendo uma sequência de cinco meses de quedas. Porém, o custo da alimentação consumida em casa ainda acumula redução no ano.

O grupo Alimentação e bebidas acumulou uma alta de 0,28% de janeiro a novembro de 2023. O custo dos alimentos para consumo no domicílio caiu 1,36% no mesmo período. Os tubérculos, raízes e legumes ficaram 10,01% mais baratos, e os preços das carnes diminuíram 9,85% neste ano. Aves e ovos acumulam queda de 6,72%, e óleos e gorduras recuaram 14,99%.

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No mês de novembro, os preços do grupo alimentação e bebidas registraram uma elevação de 0,82%, puxados pela alta de 1,06% nos alimentos para consumo no domicílio. As famílias pagaram mais pela cebola (30,61%), batata-inglesa (14,01%), arroz (2,60%), frutas (2,53%) e carnes (1,42%). Na direção oposta, houve quedas no feijão-carioca (-4,25%) e no leite longa vida (-1,91%).

Já a alimentação fora do domicílio subiu 0,22% em novembro: o lanche aumentou 0,35%, e a refeição fora de casa teve elevação de 0,22%.

A Tendências Consultoria Integrada prevê que o IPCA fechado de novembro apresente taxa semelhante à observada no IPCA-15, mas com perspectiva de aceleração em dezembro.

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“A previsão de que o El Niño atinja o seu pico no fim deste ano indica uma aceleração significativa dos preços de alimentos nos últimos meses de 2023, concentrada nos alimentos in natura. A alta dos preços de passagens aéreas, que é idêntica à observada no IPCA-15, também irá pressionar a leitura de novembro. No sentido contrário, os descontos da ‘Black Friday’ devem trazer um alívio sobre os bens industriais, com expectativa de recuo para os bens duráveis. Os preços da gasolina também devem manter efeito baixista sobre o índice, ainda influenciados pelo último reajuste da Petrobras”, avaliou Luiza Benamor, analista da Tendências Consultoria Integrada, que manteve em 4,6% sua projeção para o IPCA de 2023, arrefecendo a 3,8% ao fim de 2024.

RIO E SÃO PAULO - Pressionada pelos aumentos nos preços dos alimentos e das passagens aéreas, a prévia na inflação oficial no País mostrou aceleração na passagem de outubro para novembro. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) passou de uma alta de 0,21% no mês passado para uma elevação de 0,33% neste mês, divulgou nesta terça-feira, 28, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No entanto, a taxa de novembro ainda foi a mais branda para o mês desde 2019. O resultado fez a inflação acumulada em 12 meses arrefecer para 4,84% em novembro, após uma sequência de três meses consecutivos de aceleração.

A leitura reforça o plano de voo do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, de cortes de 0,50 ponto porcentual na taxa básica de juros, a Selic, avaliou o economista Luca Mercadante, da gestora de recursos Rio Bravo Investimentos.

“Ao menos pelas duas próximas reuniões do Copom, é o que deve ser mantido”, previu Mercadante. “O processo de desinflação é lento, mas continua”, emendou.

Preço de alimentos no domicílio e fora subiu em novembro Foto: TABA BENEDICTO

Para o economista Alexandre Maluf, da XP Investimentos, a divulgação corrobora que há uma descompressão em curso nos preços dos serviços. “É o segundo estágio de desinflação que o Banco Central já falava, da inflação mais ligada à dinâmica salarial e inercial”, explicou o economista da XP.

Segundo Maluf, o cenário externo e a questão fiscal doméstica ainda impedem que o Banco Central acelere o ritmo de cortes na taxa de juros, atualmente em 12,25% ao ano. “Esses pontos servem como um freio. Sem eles, haveria caminho para cortes de 0,75 ponto na Selic”, opinou.

Passagem aérea sobe, gasolina desce

A alta de 19,03% no preço das passagens aéreas respondeu sozinha por metade da prévia da inflação oficial no País em novembro. O subitem teve o maior impacto individual no mês, uma contribuição de 0,16 ponto porcentual para a taxa de 0,33% do IPCA-15 de novembro.

Já os combustíveis recuaram 2,11% em novembro, compensando boa parte da pressão das tarifas aéreas. A gasolina ficou 2,25% mais barata, item de maior contribuição negativa para o IPCA-15, — 0,11 ponto porcentual. Houve quedas também no etanol (-2,49%) e no gás veicular (-0,57%), enquanto o óleo diesel subiu 1,12%.

O táxi teve alta de 2,60% em novembro, devido aos reajustes de 20,84% em Porto Alegre e de 6,67% em São Paulo. O ônibus urbano recuou 1,35%, apesar do reajuste de 6,12% em Salvador em 13 de novembro.

O IBGE frisou que, em função da gratuidade nos transportes metropolitanos concedida a toda a população de São Paulo nos dias de realização das provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio, com provas aplicadas nos dias 5 e 12 de novembro), foram registradas reduções de 6,25% nos subitens trem, metrô, ônibus urbano e integração de transporte público na região.

Alimentos sobem em novembro

Os preços dos alimentos para consumo no domicílio ficaram mais caros em novembro, interrompendo uma sequência de cinco meses de quedas. Porém, o custo da alimentação consumida em casa ainda acumula redução no ano.

O grupo Alimentação e bebidas acumulou uma alta de 0,28% de janeiro a novembro de 2023. O custo dos alimentos para consumo no domicílio caiu 1,36% no mesmo período. Os tubérculos, raízes e legumes ficaram 10,01% mais baratos, e os preços das carnes diminuíram 9,85% neste ano. Aves e ovos acumulam queda de 6,72%, e óleos e gorduras recuaram 14,99%.

No mês de novembro, os preços do grupo alimentação e bebidas registraram uma elevação de 0,82%, puxados pela alta de 1,06% nos alimentos para consumo no domicílio. As famílias pagaram mais pela cebola (30,61%), batata-inglesa (14,01%), arroz (2,60%), frutas (2,53%) e carnes (1,42%). Na direção oposta, houve quedas no feijão-carioca (-4,25%) e no leite longa vida (-1,91%).

Já a alimentação fora do domicílio subiu 0,22% em novembro: o lanche aumentou 0,35%, e a refeição fora de casa teve elevação de 0,22%.

A Tendências Consultoria Integrada prevê que o IPCA fechado de novembro apresente taxa semelhante à observada no IPCA-15, mas com perspectiva de aceleração em dezembro.

“A previsão de que o El Niño atinja o seu pico no fim deste ano indica uma aceleração significativa dos preços de alimentos nos últimos meses de 2023, concentrada nos alimentos in natura. A alta dos preços de passagens aéreas, que é idêntica à observada no IPCA-15, também irá pressionar a leitura de novembro. No sentido contrário, os descontos da ‘Black Friday’ devem trazer um alívio sobre os bens industriais, com expectativa de recuo para os bens duráveis. Os preços da gasolina também devem manter efeito baixista sobre o índice, ainda influenciados pelo último reajuste da Petrobras”, avaliou Luiza Benamor, analista da Tendências Consultoria Integrada, que manteve em 4,6% sua projeção para o IPCA de 2023, arrefecendo a 3,8% ao fim de 2024.

RIO E SÃO PAULO - Pressionada pelos aumentos nos preços dos alimentos e das passagens aéreas, a prévia na inflação oficial no País mostrou aceleração na passagem de outubro para novembro. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) passou de uma alta de 0,21% no mês passado para uma elevação de 0,33% neste mês, divulgou nesta terça-feira, 28, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No entanto, a taxa de novembro ainda foi a mais branda para o mês desde 2019. O resultado fez a inflação acumulada em 12 meses arrefecer para 4,84% em novembro, após uma sequência de três meses consecutivos de aceleração.

A leitura reforça o plano de voo do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, de cortes de 0,50 ponto porcentual na taxa básica de juros, a Selic, avaliou o economista Luca Mercadante, da gestora de recursos Rio Bravo Investimentos.

“Ao menos pelas duas próximas reuniões do Copom, é o que deve ser mantido”, previu Mercadante. “O processo de desinflação é lento, mas continua”, emendou.

Preço de alimentos no domicílio e fora subiu em novembro Foto: TABA BENEDICTO

Para o economista Alexandre Maluf, da XP Investimentos, a divulgação corrobora que há uma descompressão em curso nos preços dos serviços. “É o segundo estágio de desinflação que o Banco Central já falava, da inflação mais ligada à dinâmica salarial e inercial”, explicou o economista da XP.

Segundo Maluf, o cenário externo e a questão fiscal doméstica ainda impedem que o Banco Central acelere o ritmo de cortes na taxa de juros, atualmente em 12,25% ao ano. “Esses pontos servem como um freio. Sem eles, haveria caminho para cortes de 0,75 ponto na Selic”, opinou.

Passagem aérea sobe, gasolina desce

A alta de 19,03% no preço das passagens aéreas respondeu sozinha por metade da prévia da inflação oficial no País em novembro. O subitem teve o maior impacto individual no mês, uma contribuição de 0,16 ponto porcentual para a taxa de 0,33% do IPCA-15 de novembro.

Já os combustíveis recuaram 2,11% em novembro, compensando boa parte da pressão das tarifas aéreas. A gasolina ficou 2,25% mais barata, item de maior contribuição negativa para o IPCA-15, — 0,11 ponto porcentual. Houve quedas também no etanol (-2,49%) e no gás veicular (-0,57%), enquanto o óleo diesel subiu 1,12%.

O táxi teve alta de 2,60% em novembro, devido aos reajustes de 20,84% em Porto Alegre e de 6,67% em São Paulo. O ônibus urbano recuou 1,35%, apesar do reajuste de 6,12% em Salvador em 13 de novembro.

O IBGE frisou que, em função da gratuidade nos transportes metropolitanos concedida a toda a população de São Paulo nos dias de realização das provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio, com provas aplicadas nos dias 5 e 12 de novembro), foram registradas reduções de 6,25% nos subitens trem, metrô, ônibus urbano e integração de transporte público na região.

Alimentos sobem em novembro

Os preços dos alimentos para consumo no domicílio ficaram mais caros em novembro, interrompendo uma sequência de cinco meses de quedas. Porém, o custo da alimentação consumida em casa ainda acumula redução no ano.

O grupo Alimentação e bebidas acumulou uma alta de 0,28% de janeiro a novembro de 2023. O custo dos alimentos para consumo no domicílio caiu 1,36% no mesmo período. Os tubérculos, raízes e legumes ficaram 10,01% mais baratos, e os preços das carnes diminuíram 9,85% neste ano. Aves e ovos acumulam queda de 6,72%, e óleos e gorduras recuaram 14,99%.

No mês de novembro, os preços do grupo alimentação e bebidas registraram uma elevação de 0,82%, puxados pela alta de 1,06% nos alimentos para consumo no domicílio. As famílias pagaram mais pela cebola (30,61%), batata-inglesa (14,01%), arroz (2,60%), frutas (2,53%) e carnes (1,42%). Na direção oposta, houve quedas no feijão-carioca (-4,25%) e no leite longa vida (-1,91%).

Já a alimentação fora do domicílio subiu 0,22% em novembro: o lanche aumentou 0,35%, e a refeição fora de casa teve elevação de 0,22%.

A Tendências Consultoria Integrada prevê que o IPCA fechado de novembro apresente taxa semelhante à observada no IPCA-15, mas com perspectiva de aceleração em dezembro.

“A previsão de que o El Niño atinja o seu pico no fim deste ano indica uma aceleração significativa dos preços de alimentos nos últimos meses de 2023, concentrada nos alimentos in natura. A alta dos preços de passagens aéreas, que é idêntica à observada no IPCA-15, também irá pressionar a leitura de novembro. No sentido contrário, os descontos da ‘Black Friday’ devem trazer um alívio sobre os bens industriais, com expectativa de recuo para os bens duráveis. Os preços da gasolina também devem manter efeito baixista sobre o índice, ainda influenciados pelo último reajuste da Petrobras”, avaliou Luiza Benamor, analista da Tendências Consultoria Integrada, que manteve em 4,6% sua projeção para o IPCA de 2023, arrefecendo a 3,8% ao fim de 2024.

RIO E SÃO PAULO - Pressionada pelos aumentos nos preços dos alimentos e das passagens aéreas, a prévia na inflação oficial no País mostrou aceleração na passagem de outubro para novembro. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) passou de uma alta de 0,21% no mês passado para uma elevação de 0,33% neste mês, divulgou nesta terça-feira, 28, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No entanto, a taxa de novembro ainda foi a mais branda para o mês desde 2019. O resultado fez a inflação acumulada em 12 meses arrefecer para 4,84% em novembro, após uma sequência de três meses consecutivos de aceleração.

A leitura reforça o plano de voo do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, de cortes de 0,50 ponto porcentual na taxa básica de juros, a Selic, avaliou o economista Luca Mercadante, da gestora de recursos Rio Bravo Investimentos.

“Ao menos pelas duas próximas reuniões do Copom, é o que deve ser mantido”, previu Mercadante. “O processo de desinflação é lento, mas continua”, emendou.

Preço de alimentos no domicílio e fora subiu em novembro Foto: TABA BENEDICTO

Para o economista Alexandre Maluf, da XP Investimentos, a divulgação corrobora que há uma descompressão em curso nos preços dos serviços. “É o segundo estágio de desinflação que o Banco Central já falava, da inflação mais ligada à dinâmica salarial e inercial”, explicou o economista da XP.

Segundo Maluf, o cenário externo e a questão fiscal doméstica ainda impedem que o Banco Central acelere o ritmo de cortes na taxa de juros, atualmente em 12,25% ao ano. “Esses pontos servem como um freio. Sem eles, haveria caminho para cortes de 0,75 ponto na Selic”, opinou.

Passagem aérea sobe, gasolina desce

A alta de 19,03% no preço das passagens aéreas respondeu sozinha por metade da prévia da inflação oficial no País em novembro. O subitem teve o maior impacto individual no mês, uma contribuição de 0,16 ponto porcentual para a taxa de 0,33% do IPCA-15 de novembro.

Já os combustíveis recuaram 2,11% em novembro, compensando boa parte da pressão das tarifas aéreas. A gasolina ficou 2,25% mais barata, item de maior contribuição negativa para o IPCA-15, — 0,11 ponto porcentual. Houve quedas também no etanol (-2,49%) e no gás veicular (-0,57%), enquanto o óleo diesel subiu 1,12%.

O táxi teve alta de 2,60% em novembro, devido aos reajustes de 20,84% em Porto Alegre e de 6,67% em São Paulo. O ônibus urbano recuou 1,35%, apesar do reajuste de 6,12% em Salvador em 13 de novembro.

O IBGE frisou que, em função da gratuidade nos transportes metropolitanos concedida a toda a população de São Paulo nos dias de realização das provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio, com provas aplicadas nos dias 5 e 12 de novembro), foram registradas reduções de 6,25% nos subitens trem, metrô, ônibus urbano e integração de transporte público na região.

Alimentos sobem em novembro

Os preços dos alimentos para consumo no domicílio ficaram mais caros em novembro, interrompendo uma sequência de cinco meses de quedas. Porém, o custo da alimentação consumida em casa ainda acumula redução no ano.

O grupo Alimentação e bebidas acumulou uma alta de 0,28% de janeiro a novembro de 2023. O custo dos alimentos para consumo no domicílio caiu 1,36% no mesmo período. Os tubérculos, raízes e legumes ficaram 10,01% mais baratos, e os preços das carnes diminuíram 9,85% neste ano. Aves e ovos acumulam queda de 6,72%, e óleos e gorduras recuaram 14,99%.

No mês de novembro, os preços do grupo alimentação e bebidas registraram uma elevação de 0,82%, puxados pela alta de 1,06% nos alimentos para consumo no domicílio. As famílias pagaram mais pela cebola (30,61%), batata-inglesa (14,01%), arroz (2,60%), frutas (2,53%) e carnes (1,42%). Na direção oposta, houve quedas no feijão-carioca (-4,25%) e no leite longa vida (-1,91%).

Já a alimentação fora do domicílio subiu 0,22% em novembro: o lanche aumentou 0,35%, e a refeição fora de casa teve elevação de 0,22%.

A Tendências Consultoria Integrada prevê que o IPCA fechado de novembro apresente taxa semelhante à observada no IPCA-15, mas com perspectiva de aceleração em dezembro.

“A previsão de que o El Niño atinja o seu pico no fim deste ano indica uma aceleração significativa dos preços de alimentos nos últimos meses de 2023, concentrada nos alimentos in natura. A alta dos preços de passagens aéreas, que é idêntica à observada no IPCA-15, também irá pressionar a leitura de novembro. No sentido contrário, os descontos da ‘Black Friday’ devem trazer um alívio sobre os bens industriais, com expectativa de recuo para os bens duráveis. Os preços da gasolina também devem manter efeito baixista sobre o índice, ainda influenciados pelo último reajuste da Petrobras”, avaliou Luiza Benamor, analista da Tendências Consultoria Integrada, que manteve em 4,6% sua projeção para o IPCA de 2023, arrefecendo a 3,8% ao fim de 2024.

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