IPCA-15 sobe 0,28% em agosto; em 12 meses, indicador acelera para 4,24%


Maior aumento de preços no mês veio do grupo habitação, puxado principalmente pelos custos da energia elétrica

Por Daniela Amorim
Atualização:

RIO - O fim dos efeitos do Bônus de Itaipu sobre as contas de luz e dos descontos na aquisição de carros populares novos respondeu por praticamente toda a inflação de 0,28% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 ( IPCA-15) em agosto, informou nesta sexta-feira, 25, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em julho, o IPCA-15 tinha apontado uma queda de preços de 0,07%.

O resultado deste mês superou a projeção mediana de alta de 0,16% estimada por analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast. Embora tenha ficado acima do esperado, a surpresa ficou concentrada em poucos itens, ponderou João Savignon, chefe de pesquisa macroeconômica da gestora de recursos Kínitro Capital.

Grupo alimentação e bebidas teve recuo de 0,65% no índice Foto: Paulo Liebert/Estadão
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“No geral, a abertura do índice seguiu mostrando uma composição benigna”, avaliou Savignon, em comentário. “Portanto, não altera as perspectivas para a condução da política monetária.”

A alta de no IPCA-15 fez a taxa acumulada em 12 meses voltar a acelerar, interrompendo assim uma sequência de 14 meses seguidos de redução: de 3,19% em julho para 4,24% em agosto, resultado mais elevado desde março de 2023. Entretanto, o fenômeno já era esperado por economistas. No mês de agosto de 2022, o IPCA-15 tinha recuado 0,73%, sob a influência do corte de impostos sobre combustíveis e energia elétrica.

Para o IPCA fechado de agosto é aguardada uma manutenção da tendência de aceleração, impulsionada pelo reajuste dos preços de combustíveis nas refinarias anunciado pela Petrobras no último dia 15, ainda não captado na prévia deste mês, lembraram Luíza Benamor e João Leme, analistas da Tendências Consultoria Integrada.

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“Neste mesmo sentido, os preços administrados ainda devem ser afetados pela alta significativa do grupo Habitação, puxada pelo fim do Bônus de Itaipu e pelos reajustes nos preços do aluguel residencial e das taxas condominiais. Apesar dos recentes resultados ainda benignos para os preços de alimentos, o grupo Alimentação e Bebidas também deve acelerar, em função dos impactos da rápida alternância entre recentes ondas de calor e de frio sobre a produção agrícola doméstica”, previram os analistas da consultoria Tendências, que manteve sua projeção de alta de 5,1% para o IPCA de 2023.

Em agosto, dois dos nove grupos de produtos e serviços que integram o IPCA-15 registraram quedas de preços: Alimentação e bebidas (-0,65%) e Vestuário (-0,03%).

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Os alimentos comprados em supermercados ficaram 0,99% mais baratos, com destaque para a batata-inglesa (-12,68%), tomate (-5,60%), frango em pedaços (-3,66%), leite longa vida (-2,40%) e carnes (-1,44%). As carnes já acumulam um recuo de preços de 8,22% neste ano.

As passagens aéreas tiveram redução de 11,36% em agosto, após terem subido 4,70% em julho. O ônibus urbano também teve queda neste mês, -2,80%, graças ao corte de 25,00% nas tarifas em Belo Horizonte a partir de 8 de julho.

Programa de descontos

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No entanto, os custos dos Transportes subiram, na média, 0,23% em agosto, impulsionados pela alta de 2,94% nos preços do automóvel novo, passado o efeito do programa de descontos do governo para carros populares, mas também pelos combustíveis (0,46%). Houve alta na gasolina (0,90%) e no gás veicular (1,88%), mas quedas no óleo diesel (-0,81%) e no etanol (-2,55%).

O item de maior pressão sobre a prévia da inflação de agosto foi a energia elétrica residencial, com alta de 4,59%, movimento influenciado “pelo fim da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês anterior”. Além disso, houve reajustes em três áreas de abrangência do índice: de 10,66% em Curitiba a partir de 24 de junho; de 2,92% em Porto Alegre a partir de 19 de junho, em uma das concessionárias pesquisadas; e de -1,13% em São Paulo a partir de 4 de julho, em uma das concessionárias pesquisadas.

A taxa de água e esgoto subiu 0,20% em agosto, e o gás encanado recuou 0,31%.

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As despesas com Saúde e cuidados pessoais aumentaram 0,81%, impulsionadas pelos itens de higiene pessoal, especialmente os produtos para pele (8,57%) e perfumes (2,94%). Os gastos com Educação subiram 0,71%, devido aos reajustes em mensalidades de creche (1,91%), ensino superior (1,12%), cursos preparatórios (1,22%) e cursos de idiomas (0,14%).

RIO - O fim dos efeitos do Bônus de Itaipu sobre as contas de luz e dos descontos na aquisição de carros populares novos respondeu por praticamente toda a inflação de 0,28% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 ( IPCA-15) em agosto, informou nesta sexta-feira, 25, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em julho, o IPCA-15 tinha apontado uma queda de preços de 0,07%.

O resultado deste mês superou a projeção mediana de alta de 0,16% estimada por analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast. Embora tenha ficado acima do esperado, a surpresa ficou concentrada em poucos itens, ponderou João Savignon, chefe de pesquisa macroeconômica da gestora de recursos Kínitro Capital.

Grupo alimentação e bebidas teve recuo de 0,65% no índice Foto: Paulo Liebert/Estadão

“No geral, a abertura do índice seguiu mostrando uma composição benigna”, avaliou Savignon, em comentário. “Portanto, não altera as perspectivas para a condução da política monetária.”

A alta de no IPCA-15 fez a taxa acumulada em 12 meses voltar a acelerar, interrompendo assim uma sequência de 14 meses seguidos de redução: de 3,19% em julho para 4,24% em agosto, resultado mais elevado desde março de 2023. Entretanto, o fenômeno já era esperado por economistas. No mês de agosto de 2022, o IPCA-15 tinha recuado 0,73%, sob a influência do corte de impostos sobre combustíveis e energia elétrica.

Para o IPCA fechado de agosto é aguardada uma manutenção da tendência de aceleração, impulsionada pelo reajuste dos preços de combustíveis nas refinarias anunciado pela Petrobras no último dia 15, ainda não captado na prévia deste mês, lembraram Luíza Benamor e João Leme, analistas da Tendências Consultoria Integrada.

“Neste mesmo sentido, os preços administrados ainda devem ser afetados pela alta significativa do grupo Habitação, puxada pelo fim do Bônus de Itaipu e pelos reajustes nos preços do aluguel residencial e das taxas condominiais. Apesar dos recentes resultados ainda benignos para os preços de alimentos, o grupo Alimentação e Bebidas também deve acelerar, em função dos impactos da rápida alternância entre recentes ondas de calor e de frio sobre a produção agrícola doméstica”, previram os analistas da consultoria Tendências, que manteve sua projeção de alta de 5,1% para o IPCA de 2023.

Em agosto, dois dos nove grupos de produtos e serviços que integram o IPCA-15 registraram quedas de preços: Alimentação e bebidas (-0,65%) e Vestuário (-0,03%).

Os alimentos comprados em supermercados ficaram 0,99% mais baratos, com destaque para a batata-inglesa (-12,68%), tomate (-5,60%), frango em pedaços (-3,66%), leite longa vida (-2,40%) e carnes (-1,44%). As carnes já acumulam um recuo de preços de 8,22% neste ano.

As passagens aéreas tiveram redução de 11,36% em agosto, após terem subido 4,70% em julho. O ônibus urbano também teve queda neste mês, -2,80%, graças ao corte de 25,00% nas tarifas em Belo Horizonte a partir de 8 de julho.

Programa de descontos

No entanto, os custos dos Transportes subiram, na média, 0,23% em agosto, impulsionados pela alta de 2,94% nos preços do automóvel novo, passado o efeito do programa de descontos do governo para carros populares, mas também pelos combustíveis (0,46%). Houve alta na gasolina (0,90%) e no gás veicular (1,88%), mas quedas no óleo diesel (-0,81%) e no etanol (-2,55%).

O item de maior pressão sobre a prévia da inflação de agosto foi a energia elétrica residencial, com alta de 4,59%, movimento influenciado “pelo fim da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês anterior”. Além disso, houve reajustes em três áreas de abrangência do índice: de 10,66% em Curitiba a partir de 24 de junho; de 2,92% em Porto Alegre a partir de 19 de junho, em uma das concessionárias pesquisadas; e de -1,13% em São Paulo a partir de 4 de julho, em uma das concessionárias pesquisadas.

A taxa de água e esgoto subiu 0,20% em agosto, e o gás encanado recuou 0,31%.

As despesas com Saúde e cuidados pessoais aumentaram 0,81%, impulsionadas pelos itens de higiene pessoal, especialmente os produtos para pele (8,57%) e perfumes (2,94%). Os gastos com Educação subiram 0,71%, devido aos reajustes em mensalidades de creche (1,91%), ensino superior (1,12%), cursos preparatórios (1,22%) e cursos de idiomas (0,14%).

RIO - O fim dos efeitos do Bônus de Itaipu sobre as contas de luz e dos descontos na aquisição de carros populares novos respondeu por praticamente toda a inflação de 0,28% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 ( IPCA-15) em agosto, informou nesta sexta-feira, 25, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em julho, o IPCA-15 tinha apontado uma queda de preços de 0,07%.

O resultado deste mês superou a projeção mediana de alta de 0,16% estimada por analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast. Embora tenha ficado acima do esperado, a surpresa ficou concentrada em poucos itens, ponderou João Savignon, chefe de pesquisa macroeconômica da gestora de recursos Kínitro Capital.

Grupo alimentação e bebidas teve recuo de 0,65% no índice Foto: Paulo Liebert/Estadão

“No geral, a abertura do índice seguiu mostrando uma composição benigna”, avaliou Savignon, em comentário. “Portanto, não altera as perspectivas para a condução da política monetária.”

A alta de no IPCA-15 fez a taxa acumulada em 12 meses voltar a acelerar, interrompendo assim uma sequência de 14 meses seguidos de redução: de 3,19% em julho para 4,24% em agosto, resultado mais elevado desde março de 2023. Entretanto, o fenômeno já era esperado por economistas. No mês de agosto de 2022, o IPCA-15 tinha recuado 0,73%, sob a influência do corte de impostos sobre combustíveis e energia elétrica.

Para o IPCA fechado de agosto é aguardada uma manutenção da tendência de aceleração, impulsionada pelo reajuste dos preços de combustíveis nas refinarias anunciado pela Petrobras no último dia 15, ainda não captado na prévia deste mês, lembraram Luíza Benamor e João Leme, analistas da Tendências Consultoria Integrada.

“Neste mesmo sentido, os preços administrados ainda devem ser afetados pela alta significativa do grupo Habitação, puxada pelo fim do Bônus de Itaipu e pelos reajustes nos preços do aluguel residencial e das taxas condominiais. Apesar dos recentes resultados ainda benignos para os preços de alimentos, o grupo Alimentação e Bebidas também deve acelerar, em função dos impactos da rápida alternância entre recentes ondas de calor e de frio sobre a produção agrícola doméstica”, previram os analistas da consultoria Tendências, que manteve sua projeção de alta de 5,1% para o IPCA de 2023.

Em agosto, dois dos nove grupos de produtos e serviços que integram o IPCA-15 registraram quedas de preços: Alimentação e bebidas (-0,65%) e Vestuário (-0,03%).

Os alimentos comprados em supermercados ficaram 0,99% mais baratos, com destaque para a batata-inglesa (-12,68%), tomate (-5,60%), frango em pedaços (-3,66%), leite longa vida (-2,40%) e carnes (-1,44%). As carnes já acumulam um recuo de preços de 8,22% neste ano.

As passagens aéreas tiveram redução de 11,36% em agosto, após terem subido 4,70% em julho. O ônibus urbano também teve queda neste mês, -2,80%, graças ao corte de 25,00% nas tarifas em Belo Horizonte a partir de 8 de julho.

Programa de descontos

No entanto, os custos dos Transportes subiram, na média, 0,23% em agosto, impulsionados pela alta de 2,94% nos preços do automóvel novo, passado o efeito do programa de descontos do governo para carros populares, mas também pelos combustíveis (0,46%). Houve alta na gasolina (0,90%) e no gás veicular (1,88%), mas quedas no óleo diesel (-0,81%) e no etanol (-2,55%).

O item de maior pressão sobre a prévia da inflação de agosto foi a energia elétrica residencial, com alta de 4,59%, movimento influenciado “pelo fim da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês anterior”. Além disso, houve reajustes em três áreas de abrangência do índice: de 10,66% em Curitiba a partir de 24 de junho; de 2,92% em Porto Alegre a partir de 19 de junho, em uma das concessionárias pesquisadas; e de -1,13% em São Paulo a partir de 4 de julho, em uma das concessionárias pesquisadas.

A taxa de água e esgoto subiu 0,20% em agosto, e o gás encanado recuou 0,31%.

As despesas com Saúde e cuidados pessoais aumentaram 0,81%, impulsionadas pelos itens de higiene pessoal, especialmente os produtos para pele (8,57%) e perfumes (2,94%). Os gastos com Educação subiram 0,71%, devido aos reajustes em mensalidades de creche (1,91%), ensino superior (1,12%), cursos preparatórios (1,22%) e cursos de idiomas (0,14%).

RIO - O fim dos efeitos do Bônus de Itaipu sobre as contas de luz e dos descontos na aquisição de carros populares novos respondeu por praticamente toda a inflação de 0,28% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 ( IPCA-15) em agosto, informou nesta sexta-feira, 25, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em julho, o IPCA-15 tinha apontado uma queda de preços de 0,07%.

O resultado deste mês superou a projeção mediana de alta de 0,16% estimada por analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast. Embora tenha ficado acima do esperado, a surpresa ficou concentrada em poucos itens, ponderou João Savignon, chefe de pesquisa macroeconômica da gestora de recursos Kínitro Capital.

Grupo alimentação e bebidas teve recuo de 0,65% no índice Foto: Paulo Liebert/Estadão

“No geral, a abertura do índice seguiu mostrando uma composição benigna”, avaliou Savignon, em comentário. “Portanto, não altera as perspectivas para a condução da política monetária.”

A alta de no IPCA-15 fez a taxa acumulada em 12 meses voltar a acelerar, interrompendo assim uma sequência de 14 meses seguidos de redução: de 3,19% em julho para 4,24% em agosto, resultado mais elevado desde março de 2023. Entretanto, o fenômeno já era esperado por economistas. No mês de agosto de 2022, o IPCA-15 tinha recuado 0,73%, sob a influência do corte de impostos sobre combustíveis e energia elétrica.

Para o IPCA fechado de agosto é aguardada uma manutenção da tendência de aceleração, impulsionada pelo reajuste dos preços de combustíveis nas refinarias anunciado pela Petrobras no último dia 15, ainda não captado na prévia deste mês, lembraram Luíza Benamor e João Leme, analistas da Tendências Consultoria Integrada.

“Neste mesmo sentido, os preços administrados ainda devem ser afetados pela alta significativa do grupo Habitação, puxada pelo fim do Bônus de Itaipu e pelos reajustes nos preços do aluguel residencial e das taxas condominiais. Apesar dos recentes resultados ainda benignos para os preços de alimentos, o grupo Alimentação e Bebidas também deve acelerar, em função dos impactos da rápida alternância entre recentes ondas de calor e de frio sobre a produção agrícola doméstica”, previram os analistas da consultoria Tendências, que manteve sua projeção de alta de 5,1% para o IPCA de 2023.

Em agosto, dois dos nove grupos de produtos e serviços que integram o IPCA-15 registraram quedas de preços: Alimentação e bebidas (-0,65%) e Vestuário (-0,03%).

Os alimentos comprados em supermercados ficaram 0,99% mais baratos, com destaque para a batata-inglesa (-12,68%), tomate (-5,60%), frango em pedaços (-3,66%), leite longa vida (-2,40%) e carnes (-1,44%). As carnes já acumulam um recuo de preços de 8,22% neste ano.

As passagens aéreas tiveram redução de 11,36% em agosto, após terem subido 4,70% em julho. O ônibus urbano também teve queda neste mês, -2,80%, graças ao corte de 25,00% nas tarifas em Belo Horizonte a partir de 8 de julho.

Programa de descontos

No entanto, os custos dos Transportes subiram, na média, 0,23% em agosto, impulsionados pela alta de 2,94% nos preços do automóvel novo, passado o efeito do programa de descontos do governo para carros populares, mas também pelos combustíveis (0,46%). Houve alta na gasolina (0,90%) e no gás veicular (1,88%), mas quedas no óleo diesel (-0,81%) e no etanol (-2,55%).

O item de maior pressão sobre a prévia da inflação de agosto foi a energia elétrica residencial, com alta de 4,59%, movimento influenciado “pelo fim da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês anterior”. Além disso, houve reajustes em três áreas de abrangência do índice: de 10,66% em Curitiba a partir de 24 de junho; de 2,92% em Porto Alegre a partir de 19 de junho, em uma das concessionárias pesquisadas; e de -1,13% em São Paulo a partir de 4 de julho, em uma das concessionárias pesquisadas.

A taxa de água e esgoto subiu 0,20% em agosto, e o gás encanado recuou 0,31%.

As despesas com Saúde e cuidados pessoais aumentaram 0,81%, impulsionadas pelos itens de higiene pessoal, especialmente os produtos para pele (8,57%) e perfumes (2,94%). Os gastos com Educação subiram 0,71%, devido aos reajustes em mensalidades de creche (1,91%), ensino superior (1,12%), cursos preparatórios (1,22%) e cursos de idiomas (0,14%).

RIO - O fim dos efeitos do Bônus de Itaipu sobre as contas de luz e dos descontos na aquisição de carros populares novos respondeu por praticamente toda a inflação de 0,28% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 ( IPCA-15) em agosto, informou nesta sexta-feira, 25, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em julho, o IPCA-15 tinha apontado uma queda de preços de 0,07%.

O resultado deste mês superou a projeção mediana de alta de 0,16% estimada por analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast. Embora tenha ficado acima do esperado, a surpresa ficou concentrada em poucos itens, ponderou João Savignon, chefe de pesquisa macroeconômica da gestora de recursos Kínitro Capital.

Grupo alimentação e bebidas teve recuo de 0,65% no índice Foto: Paulo Liebert/Estadão

“No geral, a abertura do índice seguiu mostrando uma composição benigna”, avaliou Savignon, em comentário. “Portanto, não altera as perspectivas para a condução da política monetária.”

A alta de no IPCA-15 fez a taxa acumulada em 12 meses voltar a acelerar, interrompendo assim uma sequência de 14 meses seguidos de redução: de 3,19% em julho para 4,24% em agosto, resultado mais elevado desde março de 2023. Entretanto, o fenômeno já era esperado por economistas. No mês de agosto de 2022, o IPCA-15 tinha recuado 0,73%, sob a influência do corte de impostos sobre combustíveis e energia elétrica.

Para o IPCA fechado de agosto é aguardada uma manutenção da tendência de aceleração, impulsionada pelo reajuste dos preços de combustíveis nas refinarias anunciado pela Petrobras no último dia 15, ainda não captado na prévia deste mês, lembraram Luíza Benamor e João Leme, analistas da Tendências Consultoria Integrada.

“Neste mesmo sentido, os preços administrados ainda devem ser afetados pela alta significativa do grupo Habitação, puxada pelo fim do Bônus de Itaipu e pelos reajustes nos preços do aluguel residencial e das taxas condominiais. Apesar dos recentes resultados ainda benignos para os preços de alimentos, o grupo Alimentação e Bebidas também deve acelerar, em função dos impactos da rápida alternância entre recentes ondas de calor e de frio sobre a produção agrícola doméstica”, previram os analistas da consultoria Tendências, que manteve sua projeção de alta de 5,1% para o IPCA de 2023.

Em agosto, dois dos nove grupos de produtos e serviços que integram o IPCA-15 registraram quedas de preços: Alimentação e bebidas (-0,65%) e Vestuário (-0,03%).

Os alimentos comprados em supermercados ficaram 0,99% mais baratos, com destaque para a batata-inglesa (-12,68%), tomate (-5,60%), frango em pedaços (-3,66%), leite longa vida (-2,40%) e carnes (-1,44%). As carnes já acumulam um recuo de preços de 8,22% neste ano.

As passagens aéreas tiveram redução de 11,36% em agosto, após terem subido 4,70% em julho. O ônibus urbano também teve queda neste mês, -2,80%, graças ao corte de 25,00% nas tarifas em Belo Horizonte a partir de 8 de julho.

Programa de descontos

No entanto, os custos dos Transportes subiram, na média, 0,23% em agosto, impulsionados pela alta de 2,94% nos preços do automóvel novo, passado o efeito do programa de descontos do governo para carros populares, mas também pelos combustíveis (0,46%). Houve alta na gasolina (0,90%) e no gás veicular (1,88%), mas quedas no óleo diesel (-0,81%) e no etanol (-2,55%).

O item de maior pressão sobre a prévia da inflação de agosto foi a energia elétrica residencial, com alta de 4,59%, movimento influenciado “pelo fim da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês anterior”. Além disso, houve reajustes em três áreas de abrangência do índice: de 10,66% em Curitiba a partir de 24 de junho; de 2,92% em Porto Alegre a partir de 19 de junho, em uma das concessionárias pesquisadas; e de -1,13% em São Paulo a partir de 4 de julho, em uma das concessionárias pesquisadas.

A taxa de água e esgoto subiu 0,20% em agosto, e o gás encanado recuou 0,31%.

As despesas com Saúde e cuidados pessoais aumentaram 0,81%, impulsionadas pelos itens de higiene pessoal, especialmente os produtos para pele (8,57%) e perfumes (2,94%). Os gastos com Educação subiram 0,71%, devido aos reajustes em mensalidades de creche (1,91%), ensino superior (1,12%), cursos preparatórios (1,22%) e cursos de idiomas (0,14%).

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