IPCA-15, prévia da inflação, desacelera e fica em 0,19% em agosto


No acumulado do ano, índice registrou um aumento de 3,02%; em 12 meses, alta foi de 4,35%, ante taxa de 4,45% até julho, segundo o IBGE

Por Daniela Amorim
Atualização:

RIO - A forte pressão dos reajustes dos combustíveis em agosto foi parcialmente compensada por uma nova rodada de quedas nos preços dos alimentos, na prévia da inflação oficial do País. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) desacelerou de uma alta de 0,30% em julho para 0,19% em agosto, a mais branda desde julho de 2023, divulgou nesta terça-feira, 27, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado fez a taxa acumulada em 12 meses voltar a desacelerar, após dois meses seguidos de avanços: de 4,45% em julho para 4,35% em agosto. A meta de inflação perseguida pelo Banco Central em 2024 é de 3,00%, com teto de tolerância de 4,50%.

“O IPCA-15 de agosto veio em linha com as projeções do mercado, o que por si só já é uma boa notícia, por não trazer mais volatilidade ao mercado. Entretanto, exatamente por isso, não terá o condão de mudar as percepções dos agentes — quem estava com um cenário de alta dos juros na reunião de setembro não teve motivos para mudar, o mesmo ocorre com aqueles que esperavam a manutenção”, avaliou o economista-chefe da gestora de recursos G5 Partners, Luis Otávio Leal, em nota.

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A G5 Partners manteve a projeção de que a taxa básica de juros, a Selic, seja elevada em 0,25 ponto porcentual na reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, com mais duas altas da mesma magnitude nas reuniões de novembro e dezembro, encerrando 2024 em 11,25% ao ano. Leal espera um IPCA de 0,16% no fechamento de agosto e de 4,20% para o encerramento do ano, mas a previsão pode ser revista para cima caso entre em vigor o acionamento da bandeira amarela, que acrescenta cobrança extra sobre as contas de luz.

Preços de combustíveis tiveram alta de 3,47% em agosto, após avanço de 1,39% no mês anterior, segundo o IBGE Foto: Taba Benedicto/Estadão

O C6 Bank projeta um IPCA de 4,7% no fechamento de 2024, em meio a pressões do mercado de trabalho aquecido sobre a inflação de serviços, mas acredita que a taxa Selic seja mantida em 10,5% até o final do ano.

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“Por ora, acreditamos que os fundamentos observados pelo Banco Central não indicam a necessidade de um aperto adicional na política monetária. Para 2025, nossa projeção é que a taxa básica de juros termine o ano em 9%”, previu a economista Claudia Moreno, do C6 Bank, em comentário.

Gasolina e etano pesam no Orçamento

O aumento de 3,33% na gasolina exerceu a maior pressão sobre a inflação de agosto. O subitem respondeu sozinho por 90% de toda a inflação do mês, uma contribuição de 0,17 ponto porcentual para a taxa de 0,19% apurada pelo IPCA-15. O etanol aumentou 5,81%, segundo maior impacto do mês, 0,04 ponto porcentual. Houve aumentos também no gás veicular (1,31%) e no óleo diesel (0,85%).

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Por outro lado, as passagens aéreas recuaram 4,63% em agosto, ajudando a conter a inflação em -0,03 ponto porcentual.

Os alimentos voltaram a ficar mais baratos. As famílias pagaram menos pelo tomate (-26,59%), cenoura (-25,06%), batata-inglesa (-13,13%) e cebola (-11,22%). O tomate liderou o ranking de alívios no IPCA-15 do mês, ajudando a conter a inflação em -0,08 ponto porcentual. O subitem foi seguido pela batata-inglesa, com impacto de -0,04 ponto porcentual. A cebola ajudou a deter a inflação em -0,03 ponto porcentual.

O custo da alimentação no domicílio caiu 1,30% em agosto, enquanto a alimentação fora de casa aumentou 0,49%.

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A energia elétrica residencial passou de alta de 1,20% em julho para um recuo de 0,42% em agosto, com a substituição da bandeira tarifária de amarela para a bandeira verde no período. Houve também influência de reajustes em duas áreas pesquisadas: redução média de 2,43% nas tarifas de uma das concessionárias de energia de São Paulo a partir de 4 de julho e redução de 2,75% em Belém em 7 de agosto.

“Para o índice fechado de agosto, é esperado arrefecimento adicional do IPCA. A perspectiva contempla desaceleração dos itens administrados, com deflação mais intensa dos preços de energia elétrica e dissipação do reajuste de preços de gasolina vigente desde 9 de julho. Por outro lado, deve haver certa aceleração dos preços livres, com queda menos intensa dos preços de alimentos”, previu Matheus Ferreira, analista da Tendências Consultoria Integrada.

RIO - A forte pressão dos reajustes dos combustíveis em agosto foi parcialmente compensada por uma nova rodada de quedas nos preços dos alimentos, na prévia da inflação oficial do País. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) desacelerou de uma alta de 0,30% em julho para 0,19% em agosto, a mais branda desde julho de 2023, divulgou nesta terça-feira, 27, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado fez a taxa acumulada em 12 meses voltar a desacelerar, após dois meses seguidos de avanços: de 4,45% em julho para 4,35% em agosto. A meta de inflação perseguida pelo Banco Central em 2024 é de 3,00%, com teto de tolerância de 4,50%.

“O IPCA-15 de agosto veio em linha com as projeções do mercado, o que por si só já é uma boa notícia, por não trazer mais volatilidade ao mercado. Entretanto, exatamente por isso, não terá o condão de mudar as percepções dos agentes — quem estava com um cenário de alta dos juros na reunião de setembro não teve motivos para mudar, o mesmo ocorre com aqueles que esperavam a manutenção”, avaliou o economista-chefe da gestora de recursos G5 Partners, Luis Otávio Leal, em nota.

A G5 Partners manteve a projeção de que a taxa básica de juros, a Selic, seja elevada em 0,25 ponto porcentual na reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, com mais duas altas da mesma magnitude nas reuniões de novembro e dezembro, encerrando 2024 em 11,25% ao ano. Leal espera um IPCA de 0,16% no fechamento de agosto e de 4,20% para o encerramento do ano, mas a previsão pode ser revista para cima caso entre em vigor o acionamento da bandeira amarela, que acrescenta cobrança extra sobre as contas de luz.

Preços de combustíveis tiveram alta de 3,47% em agosto, após avanço de 1,39% no mês anterior, segundo o IBGE Foto: Taba Benedicto/Estadão

O C6 Bank projeta um IPCA de 4,7% no fechamento de 2024, em meio a pressões do mercado de trabalho aquecido sobre a inflação de serviços, mas acredita que a taxa Selic seja mantida em 10,5% até o final do ano.

“Por ora, acreditamos que os fundamentos observados pelo Banco Central não indicam a necessidade de um aperto adicional na política monetária. Para 2025, nossa projeção é que a taxa básica de juros termine o ano em 9%”, previu a economista Claudia Moreno, do C6 Bank, em comentário.

Gasolina e etano pesam no Orçamento

O aumento de 3,33% na gasolina exerceu a maior pressão sobre a inflação de agosto. O subitem respondeu sozinho por 90% de toda a inflação do mês, uma contribuição de 0,17 ponto porcentual para a taxa de 0,19% apurada pelo IPCA-15. O etanol aumentou 5,81%, segundo maior impacto do mês, 0,04 ponto porcentual. Houve aumentos também no gás veicular (1,31%) e no óleo diesel (0,85%).

Por outro lado, as passagens aéreas recuaram 4,63% em agosto, ajudando a conter a inflação em -0,03 ponto porcentual.

Os alimentos voltaram a ficar mais baratos. As famílias pagaram menos pelo tomate (-26,59%), cenoura (-25,06%), batata-inglesa (-13,13%) e cebola (-11,22%). O tomate liderou o ranking de alívios no IPCA-15 do mês, ajudando a conter a inflação em -0,08 ponto porcentual. O subitem foi seguido pela batata-inglesa, com impacto de -0,04 ponto porcentual. A cebola ajudou a deter a inflação em -0,03 ponto porcentual.

O custo da alimentação no domicílio caiu 1,30% em agosto, enquanto a alimentação fora de casa aumentou 0,49%.

A energia elétrica residencial passou de alta de 1,20% em julho para um recuo de 0,42% em agosto, com a substituição da bandeira tarifária de amarela para a bandeira verde no período. Houve também influência de reajustes em duas áreas pesquisadas: redução média de 2,43% nas tarifas de uma das concessionárias de energia de São Paulo a partir de 4 de julho e redução de 2,75% em Belém em 7 de agosto.

“Para o índice fechado de agosto, é esperado arrefecimento adicional do IPCA. A perspectiva contempla desaceleração dos itens administrados, com deflação mais intensa dos preços de energia elétrica e dissipação do reajuste de preços de gasolina vigente desde 9 de julho. Por outro lado, deve haver certa aceleração dos preços livres, com queda menos intensa dos preços de alimentos”, previu Matheus Ferreira, analista da Tendências Consultoria Integrada.

RIO - A forte pressão dos reajustes dos combustíveis em agosto foi parcialmente compensada por uma nova rodada de quedas nos preços dos alimentos, na prévia da inflação oficial do País. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) desacelerou de uma alta de 0,30% em julho para 0,19% em agosto, a mais branda desde julho de 2023, divulgou nesta terça-feira, 27, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado fez a taxa acumulada em 12 meses voltar a desacelerar, após dois meses seguidos de avanços: de 4,45% em julho para 4,35% em agosto. A meta de inflação perseguida pelo Banco Central em 2024 é de 3,00%, com teto de tolerância de 4,50%.

“O IPCA-15 de agosto veio em linha com as projeções do mercado, o que por si só já é uma boa notícia, por não trazer mais volatilidade ao mercado. Entretanto, exatamente por isso, não terá o condão de mudar as percepções dos agentes — quem estava com um cenário de alta dos juros na reunião de setembro não teve motivos para mudar, o mesmo ocorre com aqueles que esperavam a manutenção”, avaliou o economista-chefe da gestora de recursos G5 Partners, Luis Otávio Leal, em nota.

A G5 Partners manteve a projeção de que a taxa básica de juros, a Selic, seja elevada em 0,25 ponto porcentual na reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, com mais duas altas da mesma magnitude nas reuniões de novembro e dezembro, encerrando 2024 em 11,25% ao ano. Leal espera um IPCA de 0,16% no fechamento de agosto e de 4,20% para o encerramento do ano, mas a previsão pode ser revista para cima caso entre em vigor o acionamento da bandeira amarela, que acrescenta cobrança extra sobre as contas de luz.

Preços de combustíveis tiveram alta de 3,47% em agosto, após avanço de 1,39% no mês anterior, segundo o IBGE Foto: Taba Benedicto/Estadão

O C6 Bank projeta um IPCA de 4,7% no fechamento de 2024, em meio a pressões do mercado de trabalho aquecido sobre a inflação de serviços, mas acredita que a taxa Selic seja mantida em 10,5% até o final do ano.

“Por ora, acreditamos que os fundamentos observados pelo Banco Central não indicam a necessidade de um aperto adicional na política monetária. Para 2025, nossa projeção é que a taxa básica de juros termine o ano em 9%”, previu a economista Claudia Moreno, do C6 Bank, em comentário.

Gasolina e etano pesam no Orçamento

O aumento de 3,33% na gasolina exerceu a maior pressão sobre a inflação de agosto. O subitem respondeu sozinho por 90% de toda a inflação do mês, uma contribuição de 0,17 ponto porcentual para a taxa de 0,19% apurada pelo IPCA-15. O etanol aumentou 5,81%, segundo maior impacto do mês, 0,04 ponto porcentual. Houve aumentos também no gás veicular (1,31%) e no óleo diesel (0,85%).

Por outro lado, as passagens aéreas recuaram 4,63% em agosto, ajudando a conter a inflação em -0,03 ponto porcentual.

Os alimentos voltaram a ficar mais baratos. As famílias pagaram menos pelo tomate (-26,59%), cenoura (-25,06%), batata-inglesa (-13,13%) e cebola (-11,22%). O tomate liderou o ranking de alívios no IPCA-15 do mês, ajudando a conter a inflação em -0,08 ponto porcentual. O subitem foi seguido pela batata-inglesa, com impacto de -0,04 ponto porcentual. A cebola ajudou a deter a inflação em -0,03 ponto porcentual.

O custo da alimentação no domicílio caiu 1,30% em agosto, enquanto a alimentação fora de casa aumentou 0,49%.

A energia elétrica residencial passou de alta de 1,20% em julho para um recuo de 0,42% em agosto, com a substituição da bandeira tarifária de amarela para a bandeira verde no período. Houve também influência de reajustes em duas áreas pesquisadas: redução média de 2,43% nas tarifas de uma das concessionárias de energia de São Paulo a partir de 4 de julho e redução de 2,75% em Belém em 7 de agosto.

“Para o índice fechado de agosto, é esperado arrefecimento adicional do IPCA. A perspectiva contempla desaceleração dos itens administrados, com deflação mais intensa dos preços de energia elétrica e dissipação do reajuste de preços de gasolina vigente desde 9 de julho. Por outro lado, deve haver certa aceleração dos preços livres, com queda menos intensa dos preços de alimentos”, previu Matheus Ferreira, analista da Tendências Consultoria Integrada.

RIO - A forte pressão dos reajustes dos combustíveis em agosto foi parcialmente compensada por uma nova rodada de quedas nos preços dos alimentos, na prévia da inflação oficial do País. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) desacelerou de uma alta de 0,30% em julho para 0,19% em agosto, a mais branda desde julho de 2023, divulgou nesta terça-feira, 27, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado fez a taxa acumulada em 12 meses voltar a desacelerar, após dois meses seguidos de avanços: de 4,45% em julho para 4,35% em agosto. A meta de inflação perseguida pelo Banco Central em 2024 é de 3,00%, com teto de tolerância de 4,50%.

“O IPCA-15 de agosto veio em linha com as projeções do mercado, o que por si só já é uma boa notícia, por não trazer mais volatilidade ao mercado. Entretanto, exatamente por isso, não terá o condão de mudar as percepções dos agentes — quem estava com um cenário de alta dos juros na reunião de setembro não teve motivos para mudar, o mesmo ocorre com aqueles que esperavam a manutenção”, avaliou o economista-chefe da gestora de recursos G5 Partners, Luis Otávio Leal, em nota.

A G5 Partners manteve a projeção de que a taxa básica de juros, a Selic, seja elevada em 0,25 ponto porcentual na reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, com mais duas altas da mesma magnitude nas reuniões de novembro e dezembro, encerrando 2024 em 11,25% ao ano. Leal espera um IPCA de 0,16% no fechamento de agosto e de 4,20% para o encerramento do ano, mas a previsão pode ser revista para cima caso entre em vigor o acionamento da bandeira amarela, que acrescenta cobrança extra sobre as contas de luz.

Preços de combustíveis tiveram alta de 3,47% em agosto, após avanço de 1,39% no mês anterior, segundo o IBGE Foto: Taba Benedicto/Estadão

O C6 Bank projeta um IPCA de 4,7% no fechamento de 2024, em meio a pressões do mercado de trabalho aquecido sobre a inflação de serviços, mas acredita que a taxa Selic seja mantida em 10,5% até o final do ano.

“Por ora, acreditamos que os fundamentos observados pelo Banco Central não indicam a necessidade de um aperto adicional na política monetária. Para 2025, nossa projeção é que a taxa básica de juros termine o ano em 9%”, previu a economista Claudia Moreno, do C6 Bank, em comentário.

Gasolina e etano pesam no Orçamento

O aumento de 3,33% na gasolina exerceu a maior pressão sobre a inflação de agosto. O subitem respondeu sozinho por 90% de toda a inflação do mês, uma contribuição de 0,17 ponto porcentual para a taxa de 0,19% apurada pelo IPCA-15. O etanol aumentou 5,81%, segundo maior impacto do mês, 0,04 ponto porcentual. Houve aumentos também no gás veicular (1,31%) e no óleo diesel (0,85%).

Por outro lado, as passagens aéreas recuaram 4,63% em agosto, ajudando a conter a inflação em -0,03 ponto porcentual.

Os alimentos voltaram a ficar mais baratos. As famílias pagaram menos pelo tomate (-26,59%), cenoura (-25,06%), batata-inglesa (-13,13%) e cebola (-11,22%). O tomate liderou o ranking de alívios no IPCA-15 do mês, ajudando a conter a inflação em -0,08 ponto porcentual. O subitem foi seguido pela batata-inglesa, com impacto de -0,04 ponto porcentual. A cebola ajudou a deter a inflação em -0,03 ponto porcentual.

O custo da alimentação no domicílio caiu 1,30% em agosto, enquanto a alimentação fora de casa aumentou 0,49%.

A energia elétrica residencial passou de alta de 1,20% em julho para um recuo de 0,42% em agosto, com a substituição da bandeira tarifária de amarela para a bandeira verde no período. Houve também influência de reajustes em duas áreas pesquisadas: redução média de 2,43% nas tarifas de uma das concessionárias de energia de São Paulo a partir de 4 de julho e redução de 2,75% em Belém em 7 de agosto.

“Para o índice fechado de agosto, é esperado arrefecimento adicional do IPCA. A perspectiva contempla desaceleração dos itens administrados, com deflação mais intensa dos preços de energia elétrica e dissipação do reajuste de preços de gasolina vigente desde 9 de julho. Por outro lado, deve haver certa aceleração dos preços livres, com queda menos intensa dos preços de alimentos”, previu Matheus Ferreira, analista da Tendências Consultoria Integrada.

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