Shein e Shopee: isenção de até US$ 50 pode custar R$ 35 bi para o governo até 2027, diz Receita


Estimativa é de nota técnica que considerou os anos cheios de 2024 a 2027, além dos meses de julho a dezembro deste ano

Por Amanda Pupo
Atualização:

BRASÍLIA - A decisão do governo Lula de zerar a alíquota de imposto de importação de produtos de até US$ 50 comercializados em sites internacionais, como os asiáticos Shein, Shopee e Aliexpress, pode gerar uma perda de arrecadação para os cofres públicos de cerca de R$ 35 bilhões até 2027.

A estimativa é de nota técnica da Receita Federal, que considerou os anos cheios de 2024 a 2027, além dos meses de julho a dezembro deste ano. A isenção começa a valer em 1º de agosto, mas, à época do estudo,a Receita tomou como base uma minuta da portaria que indicava o início do programa um mês antes.

Estimativa é de nota técnica da Receita Federal, que considerou os anos cheios de 2024 a 2027, além dos meses de julho a dezembro  Foto: Chen Lin/Reuters
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As compras de até US$ 50 ficarão isentas desde que as empresas façam adesão ao programa de conformidade da Receita. A decisão, contudo, gerou forte reação da indústria e varejo nacionais, que enxergam na tributação zero uma concorrência desleal do comércio internacional que ameaça empregos e a rentabilidade das companhias nacionais.

Na semana passada, os presidentes do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI) estiveram reunidos com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para tratar do assunto. Na ocasião, apresentaram a ele estudos próprios sobre perda de arrecadação e o temor de “ondas” de demissão.

A estimativa feita pela Receita considerou que aproximadamente 80% do volume total de remessas feitas por empresas passariam a cumprir o programa de conformidade da Fazenda. Outro apontamento feito pelo órgão é de que os números não podem ser interpretados como perda de arrecadação efetiva, já que consideram apenas um potencial de entrada de receita.

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Nesse sentido, o impacto foi calculado ano a ano. Para esse ano (de julho a dezembro), a redução potencial de arrecadação seria de R$ 2,874 bilhões. O número cresceria para R$ 6,512 bilhões em 2024, ficaria em R$ 7,416 bilhões em 2025, atingiria R$ 8,470 bilhões em 2026 e R$ 9,661 bilhões em 2027. A estimativa é feita em cima da alíquota atual em vigor, que é de 60% do imposto de importação no Regime de Tributação Simplificado.

Em estudo entregue a Haddad, o IDV chegou a calcular uma perda potencial diferente. Segundo a entidade, as remessas internacionais de pequeno valor (inferiores a US$ 50) somaram de janeiro a maio deste ano R$ 20,8 bilhões. Com isso, estimou-se uma perda de arrecadação federal da ordem de R$ 12,5 bilhões no período.

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Após a reunião do IDV e da CNI na Fazenda, o secretário-executivo da pasta, Dario Durigan, afirmou que os estudos das entidades seriam analisados pelas equipes técnicas do Ministério. Ao ser questionado se, diante dos dados, o ministério tomaria medidas além das que já estão em elaboração, Durigan afirmou que o plano de conformidade da Receita Federal no e-commerce internacional estaria apenas “começando”.

BRASÍLIA - A decisão do governo Lula de zerar a alíquota de imposto de importação de produtos de até US$ 50 comercializados em sites internacionais, como os asiáticos Shein, Shopee e Aliexpress, pode gerar uma perda de arrecadação para os cofres públicos de cerca de R$ 35 bilhões até 2027.

A estimativa é de nota técnica da Receita Federal, que considerou os anos cheios de 2024 a 2027, além dos meses de julho a dezembro deste ano. A isenção começa a valer em 1º de agosto, mas, à época do estudo,a Receita tomou como base uma minuta da portaria que indicava o início do programa um mês antes.

Estimativa é de nota técnica da Receita Federal, que considerou os anos cheios de 2024 a 2027, além dos meses de julho a dezembro  Foto: Chen Lin/Reuters

As compras de até US$ 50 ficarão isentas desde que as empresas façam adesão ao programa de conformidade da Receita. A decisão, contudo, gerou forte reação da indústria e varejo nacionais, que enxergam na tributação zero uma concorrência desleal do comércio internacional que ameaça empregos e a rentabilidade das companhias nacionais.

Na semana passada, os presidentes do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI) estiveram reunidos com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para tratar do assunto. Na ocasião, apresentaram a ele estudos próprios sobre perda de arrecadação e o temor de “ondas” de demissão.

A estimativa feita pela Receita considerou que aproximadamente 80% do volume total de remessas feitas por empresas passariam a cumprir o programa de conformidade da Fazenda. Outro apontamento feito pelo órgão é de que os números não podem ser interpretados como perda de arrecadação efetiva, já que consideram apenas um potencial de entrada de receita.

Nesse sentido, o impacto foi calculado ano a ano. Para esse ano (de julho a dezembro), a redução potencial de arrecadação seria de R$ 2,874 bilhões. O número cresceria para R$ 6,512 bilhões em 2024, ficaria em R$ 7,416 bilhões em 2025, atingiria R$ 8,470 bilhões em 2026 e R$ 9,661 bilhões em 2027. A estimativa é feita em cima da alíquota atual em vigor, que é de 60% do imposto de importação no Regime de Tributação Simplificado.

Em estudo entregue a Haddad, o IDV chegou a calcular uma perda potencial diferente. Segundo a entidade, as remessas internacionais de pequeno valor (inferiores a US$ 50) somaram de janeiro a maio deste ano R$ 20,8 bilhões. Com isso, estimou-se uma perda de arrecadação federal da ordem de R$ 12,5 bilhões no período.

Após a reunião do IDV e da CNI na Fazenda, o secretário-executivo da pasta, Dario Durigan, afirmou que os estudos das entidades seriam analisados pelas equipes técnicas do Ministério. Ao ser questionado se, diante dos dados, o ministério tomaria medidas além das que já estão em elaboração, Durigan afirmou que o plano de conformidade da Receita Federal no e-commerce internacional estaria apenas “começando”.

BRASÍLIA - A decisão do governo Lula de zerar a alíquota de imposto de importação de produtos de até US$ 50 comercializados em sites internacionais, como os asiáticos Shein, Shopee e Aliexpress, pode gerar uma perda de arrecadação para os cofres públicos de cerca de R$ 35 bilhões até 2027.

A estimativa é de nota técnica da Receita Federal, que considerou os anos cheios de 2024 a 2027, além dos meses de julho a dezembro deste ano. A isenção começa a valer em 1º de agosto, mas, à época do estudo,a Receita tomou como base uma minuta da portaria que indicava o início do programa um mês antes.

Estimativa é de nota técnica da Receita Federal, que considerou os anos cheios de 2024 a 2027, além dos meses de julho a dezembro  Foto: Chen Lin/Reuters

As compras de até US$ 50 ficarão isentas desde que as empresas façam adesão ao programa de conformidade da Receita. A decisão, contudo, gerou forte reação da indústria e varejo nacionais, que enxergam na tributação zero uma concorrência desleal do comércio internacional que ameaça empregos e a rentabilidade das companhias nacionais.

Na semana passada, os presidentes do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI) estiveram reunidos com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para tratar do assunto. Na ocasião, apresentaram a ele estudos próprios sobre perda de arrecadação e o temor de “ondas” de demissão.

A estimativa feita pela Receita considerou que aproximadamente 80% do volume total de remessas feitas por empresas passariam a cumprir o programa de conformidade da Fazenda. Outro apontamento feito pelo órgão é de que os números não podem ser interpretados como perda de arrecadação efetiva, já que consideram apenas um potencial de entrada de receita.

Nesse sentido, o impacto foi calculado ano a ano. Para esse ano (de julho a dezembro), a redução potencial de arrecadação seria de R$ 2,874 bilhões. O número cresceria para R$ 6,512 bilhões em 2024, ficaria em R$ 7,416 bilhões em 2025, atingiria R$ 8,470 bilhões em 2026 e R$ 9,661 bilhões em 2027. A estimativa é feita em cima da alíquota atual em vigor, que é de 60% do imposto de importação no Regime de Tributação Simplificado.

Em estudo entregue a Haddad, o IDV chegou a calcular uma perda potencial diferente. Segundo a entidade, as remessas internacionais de pequeno valor (inferiores a US$ 50) somaram de janeiro a maio deste ano R$ 20,8 bilhões. Com isso, estimou-se uma perda de arrecadação federal da ordem de R$ 12,5 bilhões no período.

Após a reunião do IDV e da CNI na Fazenda, o secretário-executivo da pasta, Dario Durigan, afirmou que os estudos das entidades seriam analisados pelas equipes técnicas do Ministério. Ao ser questionado se, diante dos dados, o ministério tomaria medidas além das que já estão em elaboração, Durigan afirmou que o plano de conformidade da Receita Federal no e-commerce internacional estaria apenas “começando”.

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