O The Washington Post começou a demitir cerca de 4% de sua força de trabalho, informou a empresa na terça-feira, 7, enquanto o jornal luta para conter as perdas anuais de milhões de dólares.
Os cortes afetarão menos de 100 pessoas nas divisões de negócios, que incluem suas equipes de vendas de publicidade, marketing e produtos impressos. Eles não afetarão a Redação do Post, que há dois anos reduziu sua força de trabalho como parte de um programa que eliminou 240 empregos.
Os cortes são parte de um plano para se ajustar às mudanças nas condições de negócios, disse a empresa em comunicado.
“O Washington Post continua sua transformação para atender às necessidades do setor, construir um futuro mais sustentável e alcançar o público onde ele estiver”, diz o comunicado. “As mudanças em nossas funções de negócios estão todas a serviço de nosso objetivo maior de posicionar melhor o Post para o futuro.”
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A maior parte dos cargos eliminados vem da divisão de publicidade. Johanna Mayer-Jones, diretora de publicidade, disse em um memorando aos funcionários na terça-feira que 73 cargos sob sua alçada estavam sendo eliminados e que o jornal “priorizaria a conexão de clientes de publicidade com nossa base de assinantes”.
Houve outras reduções em outros setores. Kathy Baird, diretora de comunicações, disse em um memorando que a equipe de relações públicas estava se reposicionando para se concentrar na promoção de talentos e que “interromperia a prática dedicada de publicidade para o nosso jornalismo”. Essas mudanças resultaram em demissões em sua equipe.
“Sinceramente, o momento enfrentado pelo setor e pelo The Washington Post exige uma reinvenção da função de publicidade estabelecida para desenvolver práticas mais estratégicas para obter maior impacto e sucesso, com base em nosso talento”, escreveu Baird.
O jornal tem lutado para obter lucro nos últimos anos, pois seu negócio de assinaturas digitais não conseguiu compensar o declínio da receita de impressão e o custo de sua Redação. Will Lewis, editor do Post, disse em uma reunião no ano passado que, em 2023, o jornal perdeu US$ 77 milhões e sofreu uma queda em seu público digital desde 2020.
O Post esteve em uma situação turbulenta durante a maior parte do mandato de Lewis, que começou há um ano. Sally Buzbee deixou o cargo de editora executiva do jornal em junho. Rob Winnett, editor que Lewis havia escolhido inicialmente para substituir Buzbee, retirou-se do cargo.
O jornal também sofreu uma reação negativa entre seus assinantes devido à decisão de encerrar sua prática de décadas de endossar candidatos presidenciais. Ann Telnaes, cartunista do jornal vencedora do Prêmio Pulitzer, deixou o cargo na semana passada depois que a seção de opiniões rejeitou uma caricatura que mostrava Jeff Bezos, fundador da Amazon e proprietário do Post, fazendo uma reverência a uma estátua do presidente eleito Donald Trump.
Vários repórteres deixaram o jornal recentemente, incluindo Ashley Parker e Michael Scherer, dois conhecidos repórteres políticos, que foram para o The Atlantic, e Josh Dawsey, repórter investigativo de política, que foi para o The Wall Street Journal.
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