O outro lado da notícia

Crédito do NDB para o RS, anunciado por Dilma como um feito seu, foi aprovado no governo Bolsonaro


Operações divulgadas pela ex-presidente em publicação no X, compartilhada depois pelo perfil oficial de Lula, estão vinculadas a projetos elaborados pela instituição entre 2020 e 2022

Por José Fucs
Atualização:

Em meio à tragédia climática do Rio Grande do Sul, a ex-presidente Dilma Rousseff, hoje no comando do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), mais conhecido como Banco do Brics, não perdeu a oportunidade de mostrar que não está a passeio em Xangai, onde fica a sede da instituição.

Por meio de uma publicação no X (antigo Twitter), compartilhada depois pelo perfil oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma anunciou a ‘liberação’ de seis operações de crédito do NDB, no valor total de US$ 1,115 bilhão (R$ 5,75 bilhões), para ajudar na reconstrução do Estado depois que as águas baixarem.

Uma das seis operações de crédito anunciadas por Dilma nem consta da lista dos projetos que estão em elaboração ou que já foram aprovados pelo NDB 
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No post, que inclui um vídeo em que Dilma fala sobre a questão, ela anexou até uma tabelinha, com informações sobre as instituições financeiras do País que obtiveram o crédito e farão o repasse dos recursos, os valores destinados a cada uma delas e as áreas em que o dinheiro será aplicado (veja abaixo).

Só que, segundo apurou o Estadão, apesar de Dilma ter divulgado a “liberação” dos empréstimos como se fosse um feito seu, quatro das seis operações já estavam aprovadas pela instituição antes de ela assumir o comando do NDB, em março de 2023 (veja abaixo também os prints de páginas do site do NDB, com as datas de aprovação de cada projeto).

De acordo com as informações levantadas pelo Estadão, esses quatro projetos anunciados por Dilma, que envolvem o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) o Banco do Brasil e o BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul), com valor total de US$ 620 milhões (R$ 3,2 bilhões), foram elaborados e aprovados pelo NDB entre 2020 e 2022, durante o governo Bolsonaro, quando o economista Marcos Troyjo ocupava a presidência da instituição.

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Além disso, uma quinta operação divulgada pela ex-presidente, também destinada ao BRDE, no valor de US$ 295 milhões (R$ 1,52 bilhão) sequer consta da lista dos projetos que estão em elaboração ou que já foram aprovados pelo NDB. No caso da sexta operação, de US$ 200 milhões (R$ 1,03 bilhão), o banco que consta na lista de Dilma como tomador do empréstimo é o próprio NDB, como se ele estivesse emprestando dinheiro para si mesmo, o que não faz qualquer sentido.

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A prospecção, a elaboração e a aprovação de projetos pelo NDB – criado em 2014 pelos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, na época), com a finalidade de financiar ações nas áreas de desenvolvimento sustentável e infraestrutura – é um processo complexo, que costuma consumir meses e até anos, como ocorre em outros bancos multilaterais.

No caso dessas operações para o Brasil, por envolver bancos estatais, o procedimento inclui também a análise técnica e financeira de cada uma delas e o fornecimento de garantias do Tesouro Nacional, a chamada garantia soberana. Depois da aprovação do crédito pelo NDB, ainda é necessário obter a aprovação do Senado.

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É possível até que, em sua gestão no NDB, Dilma consiga aprovar novos projetos que atendam às necessidades do País, em especial do Rio Grande do Sul, e recebam o aval do Senado, para viabilizar a concessão dos empréstimos. Por ora, porém, isso ainda não ocorreu, embora ela tenha anunciado as operações como se tivesse ocorrido.

Em meio à tragédia climática do Rio Grande do Sul, a ex-presidente Dilma Rousseff, hoje no comando do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), mais conhecido como Banco do Brics, não perdeu a oportunidade de mostrar que não está a passeio em Xangai, onde fica a sede da instituição.

Por meio de uma publicação no X (antigo Twitter), compartilhada depois pelo perfil oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma anunciou a ‘liberação’ de seis operações de crédito do NDB, no valor total de US$ 1,115 bilhão (R$ 5,75 bilhões), para ajudar na reconstrução do Estado depois que as águas baixarem.

Uma das seis operações de crédito anunciadas por Dilma nem consta da lista dos projetos que estão em elaboração ou que já foram aprovados pelo NDB 

No post, que inclui um vídeo em que Dilma fala sobre a questão, ela anexou até uma tabelinha, com informações sobre as instituições financeiras do País que obtiveram o crédito e farão o repasse dos recursos, os valores destinados a cada uma delas e as áreas em que o dinheiro será aplicado (veja abaixo).

Só que, segundo apurou o Estadão, apesar de Dilma ter divulgado a “liberação” dos empréstimos como se fosse um feito seu, quatro das seis operações já estavam aprovadas pela instituição antes de ela assumir o comando do NDB, em março de 2023 (veja abaixo também os prints de páginas do site do NDB, com as datas de aprovação de cada projeto).

De acordo com as informações levantadas pelo Estadão, esses quatro projetos anunciados por Dilma, que envolvem o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) o Banco do Brasil e o BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul), com valor total de US$ 620 milhões (R$ 3,2 bilhões), foram elaborados e aprovados pelo NDB entre 2020 e 2022, durante o governo Bolsonaro, quando o economista Marcos Troyjo ocupava a presidência da instituição.

Além disso, uma quinta operação divulgada pela ex-presidente, também destinada ao BRDE, no valor de US$ 295 milhões (R$ 1,52 bilhão) sequer consta da lista dos projetos que estão em elaboração ou que já foram aprovados pelo NDB. No caso da sexta operação, de US$ 200 milhões (R$ 1,03 bilhão), o banco que consta na lista de Dilma como tomador do empréstimo é o próprio NDB, como se ele estivesse emprestando dinheiro para si mesmo, o que não faz qualquer sentido.

A prospecção, a elaboração e a aprovação de projetos pelo NDB – criado em 2014 pelos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, na época), com a finalidade de financiar ações nas áreas de desenvolvimento sustentável e infraestrutura – é um processo complexo, que costuma consumir meses e até anos, como ocorre em outros bancos multilaterais.

No caso dessas operações para o Brasil, por envolver bancos estatais, o procedimento inclui também a análise técnica e financeira de cada uma delas e o fornecimento de garantias do Tesouro Nacional, a chamada garantia soberana. Depois da aprovação do crédito pelo NDB, ainda é necessário obter a aprovação do Senado.

É possível até que, em sua gestão no NDB, Dilma consiga aprovar novos projetos que atendam às necessidades do País, em especial do Rio Grande do Sul, e recebam o aval do Senado, para viabilizar a concessão dos empréstimos. Por ora, porém, isso ainda não ocorreu, embora ela tenha anunciado as operações como se tivesse ocorrido.

Em meio à tragédia climática do Rio Grande do Sul, a ex-presidente Dilma Rousseff, hoje no comando do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), mais conhecido como Banco do Brics, não perdeu a oportunidade de mostrar que não está a passeio em Xangai, onde fica a sede da instituição.

Por meio de uma publicação no X (antigo Twitter), compartilhada depois pelo perfil oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma anunciou a ‘liberação’ de seis operações de crédito do NDB, no valor total de US$ 1,115 bilhão (R$ 5,75 bilhões), para ajudar na reconstrução do Estado depois que as águas baixarem.

Uma das seis operações de crédito anunciadas por Dilma nem consta da lista dos projetos que estão em elaboração ou que já foram aprovados pelo NDB 

No post, que inclui um vídeo em que Dilma fala sobre a questão, ela anexou até uma tabelinha, com informações sobre as instituições financeiras do País que obtiveram o crédito e farão o repasse dos recursos, os valores destinados a cada uma delas e as áreas em que o dinheiro será aplicado (veja abaixo).

Só que, segundo apurou o Estadão, apesar de Dilma ter divulgado a “liberação” dos empréstimos como se fosse um feito seu, quatro das seis operações já estavam aprovadas pela instituição antes de ela assumir o comando do NDB, em março de 2023 (veja abaixo também os prints de páginas do site do NDB, com as datas de aprovação de cada projeto).

De acordo com as informações levantadas pelo Estadão, esses quatro projetos anunciados por Dilma, que envolvem o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) o Banco do Brasil e o BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul), com valor total de US$ 620 milhões (R$ 3,2 bilhões), foram elaborados e aprovados pelo NDB entre 2020 e 2022, durante o governo Bolsonaro, quando o economista Marcos Troyjo ocupava a presidência da instituição.

Além disso, uma quinta operação divulgada pela ex-presidente, também destinada ao BRDE, no valor de US$ 295 milhões (R$ 1,52 bilhão) sequer consta da lista dos projetos que estão em elaboração ou que já foram aprovados pelo NDB. No caso da sexta operação, de US$ 200 milhões (R$ 1,03 bilhão), o banco que consta na lista de Dilma como tomador do empréstimo é o próprio NDB, como se ele estivesse emprestando dinheiro para si mesmo, o que não faz qualquer sentido.

A prospecção, a elaboração e a aprovação de projetos pelo NDB – criado em 2014 pelos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, na época), com a finalidade de financiar ações nas áreas de desenvolvimento sustentável e infraestrutura – é um processo complexo, que costuma consumir meses e até anos, como ocorre em outros bancos multilaterais.

No caso dessas operações para o Brasil, por envolver bancos estatais, o procedimento inclui também a análise técnica e financeira de cada uma delas e o fornecimento de garantias do Tesouro Nacional, a chamada garantia soberana. Depois da aprovação do crédito pelo NDB, ainda é necessário obter a aprovação do Senado.

É possível até que, em sua gestão no NDB, Dilma consiga aprovar novos projetos que atendam às necessidades do País, em especial do Rio Grande do Sul, e recebam o aval do Senado, para viabilizar a concessão dos empréstimos. Por ora, porém, isso ainda não ocorreu, embora ela tenha anunciado as operações como se tivesse ocorrido.

Em meio à tragédia climática do Rio Grande do Sul, a ex-presidente Dilma Rousseff, hoje no comando do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), mais conhecido como Banco do Brics, não perdeu a oportunidade de mostrar que não está a passeio em Xangai, onde fica a sede da instituição.

Por meio de uma publicação no X (antigo Twitter), compartilhada depois pelo perfil oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma anunciou a ‘liberação’ de seis operações de crédito do NDB, no valor total de US$ 1,115 bilhão (R$ 5,75 bilhões), para ajudar na reconstrução do Estado depois que as águas baixarem.

Uma das seis operações de crédito anunciadas por Dilma nem consta da lista dos projetos que estão em elaboração ou que já foram aprovados pelo NDB 

No post, que inclui um vídeo em que Dilma fala sobre a questão, ela anexou até uma tabelinha, com informações sobre as instituições financeiras do País que obtiveram o crédito e farão o repasse dos recursos, os valores destinados a cada uma delas e as áreas em que o dinheiro será aplicado (veja abaixo).

Só que, segundo apurou o Estadão, apesar de Dilma ter divulgado a “liberação” dos empréstimos como se fosse um feito seu, quatro das seis operações já estavam aprovadas pela instituição antes de ela assumir o comando do NDB, em março de 2023 (veja abaixo também os prints de páginas do site do NDB, com as datas de aprovação de cada projeto).

De acordo com as informações levantadas pelo Estadão, esses quatro projetos anunciados por Dilma, que envolvem o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) o Banco do Brasil e o BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul), com valor total de US$ 620 milhões (R$ 3,2 bilhões), foram elaborados e aprovados pelo NDB entre 2020 e 2022, durante o governo Bolsonaro, quando o economista Marcos Troyjo ocupava a presidência da instituição.

Além disso, uma quinta operação divulgada pela ex-presidente, também destinada ao BRDE, no valor de US$ 295 milhões (R$ 1,52 bilhão) sequer consta da lista dos projetos que estão em elaboração ou que já foram aprovados pelo NDB. No caso da sexta operação, de US$ 200 milhões (R$ 1,03 bilhão), o banco que consta na lista de Dilma como tomador do empréstimo é o próprio NDB, como se ele estivesse emprestando dinheiro para si mesmo, o que não faz qualquer sentido.

A prospecção, a elaboração e a aprovação de projetos pelo NDB – criado em 2014 pelos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, na época), com a finalidade de financiar ações nas áreas de desenvolvimento sustentável e infraestrutura – é um processo complexo, que costuma consumir meses e até anos, como ocorre em outros bancos multilaterais.

No caso dessas operações para o Brasil, por envolver bancos estatais, o procedimento inclui também a análise técnica e financeira de cada uma delas e o fornecimento de garantias do Tesouro Nacional, a chamada garantia soberana. Depois da aprovação do crédito pelo NDB, ainda é necessário obter a aprovação do Senado.

É possível até que, em sua gestão no NDB, Dilma consiga aprovar novos projetos que atendam às necessidades do País, em especial do Rio Grande do Sul, e recebam o aval do Senado, para viabilizar a concessão dos empréstimos. Por ora, porém, isso ainda não ocorreu, embora ela tenha anunciado as operações como se tivesse ocorrido.

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