Professor da PUC-Rio e economista-chefe da Genial Investimentos, José Márcio Camargo escreve quinzenalmente

Opinião|Nova diretoria do BC precisará dar choque de credibilidade


Estancar essa perda de credibilidade é fundamental para evitar aceleração de inflação nos próximos meses e anos

Por José Márcio de Camargo

O comportamento das expectativas para a inflação em 2024, 2025, 2026 e 2027 e as projeções para a inflação dos analistas mostram uma perda importante de credibilidade do Banco Central do Brasil desde o início deste ano.

Segundo a pesquisa Focus, as expectativas para a inflação em 2024 já ultrapassaram o teto do intervalo de metas (4,5%), tendo atingido 4,63% nesta semana; a de 2025, 4,34%; a de 2026 atingiu 3,78%; e a de 2027 chegou a 3,51%. Todas acima da meta de 3,0% definida pelo Conselho Monetário Nacional e acelerando.

Essa desancoragem das expectativas em relação à meta teve início com as declarações do presidente da República ao longo de 2023, desqualificando o presidente do Banco Central e indicando que as metas são muito rígidas, exigindo um custo excessivamente elevado para serem atingidas.

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Segundo ele, uma meta de 4,5% seria mais condizente com os fundamentos da economia brasileira.

Gabriel Galípolo será o presidente do Banco Central a partir de janeiro de 2025 Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O resultado da reunião do Copom de maio, na qual os membros do Comitê indicados pelo atual governo votaram em bloco por uma redução da Selic em 0,5 ponto de porcentagem e os indicados pelo governo anterior por uma redução de 0,25 ponto de porcentagem, foi, para muitos investidores, um sinal de que a futura diretoria do Banco Central, que toma posse em janeiro, será mais leniente com a inflação que a atual diretoria.

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A decepção com o teor do pacote de ajuste fiscal e a reação negativa dos investidores, que gerou forte pressão sobre a taxa de câmbio que ultrapassou o nível de R$ 6,00, contribuem para a deterioração das expectativas, pressionam diretamente a taxa de inflação, geram incerteza quanto à reação do Banco Central e afetam negativamente a efetividade da política monetária.

Finalmente, a proximidade entre o futuro presidente do Banco Central e “conselheiros informais” do presidente da República, a participação em reuniões com estes “conselheiros” e membros do governo, aparentemente para discutir decisões de política econômica, geram apreensão e perda de credibilidade entre os investidores.

Em suma, vale o velho ditado: credibilidade é difícil de conquistar, mas muito fácil de perder. Estancar essa perda de credibilidade é fundamental para evitar uma aceleração da taxa de inflação nos próximos meses e anos.

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Nossa avaliação é que um aumento da Selic em 1,0 ponto de porcentagem na reunião de dezembro com sinalização de mais 3 pontos de porcentagem na de janeiro, primeira reunião da nova diretoria, seria um choque de credibilidade, indicando aos investidores que buscar a meta para a inflação continua sendo o objetivo do Banco Central.

O comportamento das expectativas para a inflação em 2024, 2025, 2026 e 2027 e as projeções para a inflação dos analistas mostram uma perda importante de credibilidade do Banco Central do Brasil desde o início deste ano.

Segundo a pesquisa Focus, as expectativas para a inflação em 2024 já ultrapassaram o teto do intervalo de metas (4,5%), tendo atingido 4,63% nesta semana; a de 2025, 4,34%; a de 2026 atingiu 3,78%; e a de 2027 chegou a 3,51%. Todas acima da meta de 3,0% definida pelo Conselho Monetário Nacional e acelerando.

Essa desancoragem das expectativas em relação à meta teve início com as declarações do presidente da República ao longo de 2023, desqualificando o presidente do Banco Central e indicando que as metas são muito rígidas, exigindo um custo excessivamente elevado para serem atingidas.

Segundo ele, uma meta de 4,5% seria mais condizente com os fundamentos da economia brasileira.

Gabriel Galípolo será o presidente do Banco Central a partir de janeiro de 2025 Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O resultado da reunião do Copom de maio, na qual os membros do Comitê indicados pelo atual governo votaram em bloco por uma redução da Selic em 0,5 ponto de porcentagem e os indicados pelo governo anterior por uma redução de 0,25 ponto de porcentagem, foi, para muitos investidores, um sinal de que a futura diretoria do Banco Central, que toma posse em janeiro, será mais leniente com a inflação que a atual diretoria.

A decepção com o teor do pacote de ajuste fiscal e a reação negativa dos investidores, que gerou forte pressão sobre a taxa de câmbio que ultrapassou o nível de R$ 6,00, contribuem para a deterioração das expectativas, pressionam diretamente a taxa de inflação, geram incerteza quanto à reação do Banco Central e afetam negativamente a efetividade da política monetária.

Finalmente, a proximidade entre o futuro presidente do Banco Central e “conselheiros informais” do presidente da República, a participação em reuniões com estes “conselheiros” e membros do governo, aparentemente para discutir decisões de política econômica, geram apreensão e perda de credibilidade entre os investidores.

Em suma, vale o velho ditado: credibilidade é difícil de conquistar, mas muito fácil de perder. Estancar essa perda de credibilidade é fundamental para evitar uma aceleração da taxa de inflação nos próximos meses e anos.

Nossa avaliação é que um aumento da Selic em 1,0 ponto de porcentagem na reunião de dezembro com sinalização de mais 3 pontos de porcentagem na de janeiro, primeira reunião da nova diretoria, seria um choque de credibilidade, indicando aos investidores que buscar a meta para a inflação continua sendo o objetivo do Banco Central.

O comportamento das expectativas para a inflação em 2024, 2025, 2026 e 2027 e as projeções para a inflação dos analistas mostram uma perda importante de credibilidade do Banco Central do Brasil desde o início deste ano.

Segundo a pesquisa Focus, as expectativas para a inflação em 2024 já ultrapassaram o teto do intervalo de metas (4,5%), tendo atingido 4,63% nesta semana; a de 2025, 4,34%; a de 2026 atingiu 3,78%; e a de 2027 chegou a 3,51%. Todas acima da meta de 3,0% definida pelo Conselho Monetário Nacional e acelerando.

Essa desancoragem das expectativas em relação à meta teve início com as declarações do presidente da República ao longo de 2023, desqualificando o presidente do Banco Central e indicando que as metas são muito rígidas, exigindo um custo excessivamente elevado para serem atingidas.

Segundo ele, uma meta de 4,5% seria mais condizente com os fundamentos da economia brasileira.

Gabriel Galípolo será o presidente do Banco Central a partir de janeiro de 2025 Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O resultado da reunião do Copom de maio, na qual os membros do Comitê indicados pelo atual governo votaram em bloco por uma redução da Selic em 0,5 ponto de porcentagem e os indicados pelo governo anterior por uma redução de 0,25 ponto de porcentagem, foi, para muitos investidores, um sinal de que a futura diretoria do Banco Central, que toma posse em janeiro, será mais leniente com a inflação que a atual diretoria.

A decepção com o teor do pacote de ajuste fiscal e a reação negativa dos investidores, que gerou forte pressão sobre a taxa de câmbio que ultrapassou o nível de R$ 6,00, contribuem para a deterioração das expectativas, pressionam diretamente a taxa de inflação, geram incerteza quanto à reação do Banco Central e afetam negativamente a efetividade da política monetária.

Finalmente, a proximidade entre o futuro presidente do Banco Central e “conselheiros informais” do presidente da República, a participação em reuniões com estes “conselheiros” e membros do governo, aparentemente para discutir decisões de política econômica, geram apreensão e perda de credibilidade entre os investidores.

Em suma, vale o velho ditado: credibilidade é difícil de conquistar, mas muito fácil de perder. Estancar essa perda de credibilidade é fundamental para evitar uma aceleração da taxa de inflação nos próximos meses e anos.

Nossa avaliação é que um aumento da Selic em 1,0 ponto de porcentagem na reunião de dezembro com sinalização de mais 3 pontos de porcentagem na de janeiro, primeira reunião da nova diretoria, seria um choque de credibilidade, indicando aos investidores que buscar a meta para a inflação continua sendo o objetivo do Banco Central.

O comportamento das expectativas para a inflação em 2024, 2025, 2026 e 2027 e as projeções para a inflação dos analistas mostram uma perda importante de credibilidade do Banco Central do Brasil desde o início deste ano.

Segundo a pesquisa Focus, as expectativas para a inflação em 2024 já ultrapassaram o teto do intervalo de metas (4,5%), tendo atingido 4,63% nesta semana; a de 2025, 4,34%; a de 2026 atingiu 3,78%; e a de 2027 chegou a 3,51%. Todas acima da meta de 3,0% definida pelo Conselho Monetário Nacional e acelerando.

Essa desancoragem das expectativas em relação à meta teve início com as declarações do presidente da República ao longo de 2023, desqualificando o presidente do Banco Central e indicando que as metas são muito rígidas, exigindo um custo excessivamente elevado para serem atingidas.

Segundo ele, uma meta de 4,5% seria mais condizente com os fundamentos da economia brasileira.

Gabriel Galípolo será o presidente do Banco Central a partir de janeiro de 2025 Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O resultado da reunião do Copom de maio, na qual os membros do Comitê indicados pelo atual governo votaram em bloco por uma redução da Selic em 0,5 ponto de porcentagem e os indicados pelo governo anterior por uma redução de 0,25 ponto de porcentagem, foi, para muitos investidores, um sinal de que a futura diretoria do Banco Central, que toma posse em janeiro, será mais leniente com a inflação que a atual diretoria.

A decepção com o teor do pacote de ajuste fiscal e a reação negativa dos investidores, que gerou forte pressão sobre a taxa de câmbio que ultrapassou o nível de R$ 6,00, contribuem para a deterioração das expectativas, pressionam diretamente a taxa de inflação, geram incerteza quanto à reação do Banco Central e afetam negativamente a efetividade da política monetária.

Finalmente, a proximidade entre o futuro presidente do Banco Central e “conselheiros informais” do presidente da República, a participação em reuniões com estes “conselheiros” e membros do governo, aparentemente para discutir decisões de política econômica, geram apreensão e perda de credibilidade entre os investidores.

Em suma, vale o velho ditado: credibilidade é difícil de conquistar, mas muito fácil de perder. Estancar essa perda de credibilidade é fundamental para evitar uma aceleração da taxa de inflação nos próximos meses e anos.

Nossa avaliação é que um aumento da Selic em 1,0 ponto de porcentagem na reunião de dezembro com sinalização de mais 3 pontos de porcentagem na de janeiro, primeira reunião da nova diretoria, seria um choque de credibilidade, indicando aos investidores que buscar a meta para a inflação continua sendo o objetivo do Banco Central.

O comportamento das expectativas para a inflação em 2024, 2025, 2026 e 2027 e as projeções para a inflação dos analistas mostram uma perda importante de credibilidade do Banco Central do Brasil desde o início deste ano.

Segundo a pesquisa Focus, as expectativas para a inflação em 2024 já ultrapassaram o teto do intervalo de metas (4,5%), tendo atingido 4,63% nesta semana; a de 2025, 4,34%; a de 2026 atingiu 3,78%; e a de 2027 chegou a 3,51%. Todas acima da meta de 3,0% definida pelo Conselho Monetário Nacional e acelerando.

Essa desancoragem das expectativas em relação à meta teve início com as declarações do presidente da República ao longo de 2023, desqualificando o presidente do Banco Central e indicando que as metas são muito rígidas, exigindo um custo excessivamente elevado para serem atingidas.

Segundo ele, uma meta de 4,5% seria mais condizente com os fundamentos da economia brasileira.

Gabriel Galípolo será o presidente do Banco Central a partir de janeiro de 2025 Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O resultado da reunião do Copom de maio, na qual os membros do Comitê indicados pelo atual governo votaram em bloco por uma redução da Selic em 0,5 ponto de porcentagem e os indicados pelo governo anterior por uma redução de 0,25 ponto de porcentagem, foi, para muitos investidores, um sinal de que a futura diretoria do Banco Central, que toma posse em janeiro, será mais leniente com a inflação que a atual diretoria.

A decepção com o teor do pacote de ajuste fiscal e a reação negativa dos investidores, que gerou forte pressão sobre a taxa de câmbio que ultrapassou o nível de R$ 6,00, contribuem para a deterioração das expectativas, pressionam diretamente a taxa de inflação, geram incerteza quanto à reação do Banco Central e afetam negativamente a efetividade da política monetária.

Finalmente, a proximidade entre o futuro presidente do Banco Central e “conselheiros informais” do presidente da República, a participação em reuniões com estes “conselheiros” e membros do governo, aparentemente para discutir decisões de política econômica, geram apreensão e perda de credibilidade entre os investidores.

Em suma, vale o velho ditado: credibilidade é difícil de conquistar, mas muito fácil de perder. Estancar essa perda de credibilidade é fundamental para evitar uma aceleração da taxa de inflação nos próximos meses e anos.

Nossa avaliação é que um aumento da Selic em 1,0 ponto de porcentagem na reunião de dezembro com sinalização de mais 3 pontos de porcentagem na de janeiro, primeira reunião da nova diretoria, seria um choque de credibilidade, indicando aos investidores que buscar a meta para a inflação continua sendo o objetivo do Banco Central.

Opinião por José Márcio de Camargo

Professor aposentado do Departamento de Economia da PUC-Rio, é economista-chefe da Genial Investimentos

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