Professor da PUC-Rio e economista-chefe da Genial Investimentos, José Márcio Camargo escreve quinzenalmente

Opinião|Roleta-russa na eleição presidencial dos Estados Unidos deve continuar


Processo eleitoral americano deverá ser bastante violento do ponto de vista verbal; é aqui que a eleição será decidida

Por José Márcio de Camargo

A eleição presidencial americana virou uma roleta-russa. O ex-presidente e candidato a presidente pelo Partido Republicano, Donald Trump, sofreu um atentado que quase o matou. Na semana seguinte, o Partido Republicano fez sua convenção, oficializou a candidatura de Trump e escolheu o senador J. D. Vance, de Ohio, como candidato a vice.

Em seguida, o presidente Joe Biden abandonou a disputa depois de semanas de pressão de lideranças e políticos democratas para que o fizesse devido ao péssimo desempenho no primeiro debate com Donald Trump. O Partido Democrata começou as discussões e negociações internas para a escolha do substituto. Neste momento, a favorita é a vice-presidente Kamala Harris.

Finalmente, em razão de falhas na proteção ao candidato Trump, a diretora do Serviço Secreto americano, Kimberly Cheatle, renunciou ao cargo.

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Ainda que faltem mais de três meses para as eleições, e que o candidato do Partido Democrata ainda não tenha sido escolhido, as perguntas que os analistas estão tentando responder são: depois desta enorme confusão, o que esperar do resultado da eleição? Quem é o favorito?

Donald Trump foi alvo de tentativa de assassinato; bala pegou de raspão em sua orelha e um de seus apoiadores no comício foi morto Foto: Bill Pugliano / AFP

Apesar da tentativa do Partido Democrata de reagrupar forças e partir unido para a eleição, o desafio que vai enfrentar é enorme. Mesmo que Kamala Harris consiga se firmar como candidata sem disputas, a sensação entre os eleitores democratas pode ser de que a candidata foi escolhida pela cúpula do partido, e não pela base, o que, na tradição política americana, tem conotação bastante negativa e deve ser utilizado por Trump ao longo da campanha, indicando o caráter autoritário da agremiação.

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Segundo, o Partido Democrata é dividido em pelo menos três grupos distintos que, mesmo que apoiem a vice-presidente, vão lutar para influenciar a plataforma eleitoral da candidata. Harris é considerada próxima à ala mais à esquerda do partido e fortemente ligada à chamada pauta de costumes. Se adotar esta plataforma, pode alienar os eleitores mais conservadores do centro-oeste, onde está um número significativo de Estados pêndulo, que tradicionalmente definem as eleições americanas.

Para completar o quadro difícil no qual o Partido Democrata se colocou, os Republicanos estão acusando as lideranças do partido de terem enganado os eleitores ao esconder a condição de saúde do presidente.

Finalmente, tem o processo eleitoral per se que deverá ser bastante violento do ponto de vista verbal. E, apesar das dificuldades do Partido Democrata e do favoritismo do ex-presidente Trump, é aqui que a eleição será efetivamente decidida. A roleta-russa vai continuar.

A eleição presidencial americana virou uma roleta-russa. O ex-presidente e candidato a presidente pelo Partido Republicano, Donald Trump, sofreu um atentado que quase o matou. Na semana seguinte, o Partido Republicano fez sua convenção, oficializou a candidatura de Trump e escolheu o senador J. D. Vance, de Ohio, como candidato a vice.

Em seguida, o presidente Joe Biden abandonou a disputa depois de semanas de pressão de lideranças e políticos democratas para que o fizesse devido ao péssimo desempenho no primeiro debate com Donald Trump. O Partido Democrata começou as discussões e negociações internas para a escolha do substituto. Neste momento, a favorita é a vice-presidente Kamala Harris.

Finalmente, em razão de falhas na proteção ao candidato Trump, a diretora do Serviço Secreto americano, Kimberly Cheatle, renunciou ao cargo.

Ainda que faltem mais de três meses para as eleições, e que o candidato do Partido Democrata ainda não tenha sido escolhido, as perguntas que os analistas estão tentando responder são: depois desta enorme confusão, o que esperar do resultado da eleição? Quem é o favorito?

Donald Trump foi alvo de tentativa de assassinato; bala pegou de raspão em sua orelha e um de seus apoiadores no comício foi morto Foto: Bill Pugliano / AFP

Apesar da tentativa do Partido Democrata de reagrupar forças e partir unido para a eleição, o desafio que vai enfrentar é enorme. Mesmo que Kamala Harris consiga se firmar como candidata sem disputas, a sensação entre os eleitores democratas pode ser de que a candidata foi escolhida pela cúpula do partido, e não pela base, o que, na tradição política americana, tem conotação bastante negativa e deve ser utilizado por Trump ao longo da campanha, indicando o caráter autoritário da agremiação.

Segundo, o Partido Democrata é dividido em pelo menos três grupos distintos que, mesmo que apoiem a vice-presidente, vão lutar para influenciar a plataforma eleitoral da candidata. Harris é considerada próxima à ala mais à esquerda do partido e fortemente ligada à chamada pauta de costumes. Se adotar esta plataforma, pode alienar os eleitores mais conservadores do centro-oeste, onde está um número significativo de Estados pêndulo, que tradicionalmente definem as eleições americanas.

Para completar o quadro difícil no qual o Partido Democrata se colocou, os Republicanos estão acusando as lideranças do partido de terem enganado os eleitores ao esconder a condição de saúde do presidente.

Finalmente, tem o processo eleitoral per se que deverá ser bastante violento do ponto de vista verbal. E, apesar das dificuldades do Partido Democrata e do favoritismo do ex-presidente Trump, é aqui que a eleição será efetivamente decidida. A roleta-russa vai continuar.

A eleição presidencial americana virou uma roleta-russa. O ex-presidente e candidato a presidente pelo Partido Republicano, Donald Trump, sofreu um atentado que quase o matou. Na semana seguinte, o Partido Republicano fez sua convenção, oficializou a candidatura de Trump e escolheu o senador J. D. Vance, de Ohio, como candidato a vice.

Em seguida, o presidente Joe Biden abandonou a disputa depois de semanas de pressão de lideranças e políticos democratas para que o fizesse devido ao péssimo desempenho no primeiro debate com Donald Trump. O Partido Democrata começou as discussões e negociações internas para a escolha do substituto. Neste momento, a favorita é a vice-presidente Kamala Harris.

Finalmente, em razão de falhas na proteção ao candidato Trump, a diretora do Serviço Secreto americano, Kimberly Cheatle, renunciou ao cargo.

Ainda que faltem mais de três meses para as eleições, e que o candidato do Partido Democrata ainda não tenha sido escolhido, as perguntas que os analistas estão tentando responder são: depois desta enorme confusão, o que esperar do resultado da eleição? Quem é o favorito?

Donald Trump foi alvo de tentativa de assassinato; bala pegou de raspão em sua orelha e um de seus apoiadores no comício foi morto Foto: Bill Pugliano / AFP

Apesar da tentativa do Partido Democrata de reagrupar forças e partir unido para a eleição, o desafio que vai enfrentar é enorme. Mesmo que Kamala Harris consiga se firmar como candidata sem disputas, a sensação entre os eleitores democratas pode ser de que a candidata foi escolhida pela cúpula do partido, e não pela base, o que, na tradição política americana, tem conotação bastante negativa e deve ser utilizado por Trump ao longo da campanha, indicando o caráter autoritário da agremiação.

Segundo, o Partido Democrata é dividido em pelo menos três grupos distintos que, mesmo que apoiem a vice-presidente, vão lutar para influenciar a plataforma eleitoral da candidata. Harris é considerada próxima à ala mais à esquerda do partido e fortemente ligada à chamada pauta de costumes. Se adotar esta plataforma, pode alienar os eleitores mais conservadores do centro-oeste, onde está um número significativo de Estados pêndulo, que tradicionalmente definem as eleições americanas.

Para completar o quadro difícil no qual o Partido Democrata se colocou, os Republicanos estão acusando as lideranças do partido de terem enganado os eleitores ao esconder a condição de saúde do presidente.

Finalmente, tem o processo eleitoral per se que deverá ser bastante violento do ponto de vista verbal. E, apesar das dificuldades do Partido Democrata e do favoritismo do ex-presidente Trump, é aqui que a eleição será efetivamente decidida. A roleta-russa vai continuar.

A eleição presidencial americana virou uma roleta-russa. O ex-presidente e candidato a presidente pelo Partido Republicano, Donald Trump, sofreu um atentado que quase o matou. Na semana seguinte, o Partido Republicano fez sua convenção, oficializou a candidatura de Trump e escolheu o senador J. D. Vance, de Ohio, como candidato a vice.

Em seguida, o presidente Joe Biden abandonou a disputa depois de semanas de pressão de lideranças e políticos democratas para que o fizesse devido ao péssimo desempenho no primeiro debate com Donald Trump. O Partido Democrata começou as discussões e negociações internas para a escolha do substituto. Neste momento, a favorita é a vice-presidente Kamala Harris.

Finalmente, em razão de falhas na proteção ao candidato Trump, a diretora do Serviço Secreto americano, Kimberly Cheatle, renunciou ao cargo.

Ainda que faltem mais de três meses para as eleições, e que o candidato do Partido Democrata ainda não tenha sido escolhido, as perguntas que os analistas estão tentando responder são: depois desta enorme confusão, o que esperar do resultado da eleição? Quem é o favorito?

Donald Trump foi alvo de tentativa de assassinato; bala pegou de raspão em sua orelha e um de seus apoiadores no comício foi morto Foto: Bill Pugliano / AFP

Apesar da tentativa do Partido Democrata de reagrupar forças e partir unido para a eleição, o desafio que vai enfrentar é enorme. Mesmo que Kamala Harris consiga se firmar como candidata sem disputas, a sensação entre os eleitores democratas pode ser de que a candidata foi escolhida pela cúpula do partido, e não pela base, o que, na tradição política americana, tem conotação bastante negativa e deve ser utilizado por Trump ao longo da campanha, indicando o caráter autoritário da agremiação.

Segundo, o Partido Democrata é dividido em pelo menos três grupos distintos que, mesmo que apoiem a vice-presidente, vão lutar para influenciar a plataforma eleitoral da candidata. Harris é considerada próxima à ala mais à esquerda do partido e fortemente ligada à chamada pauta de costumes. Se adotar esta plataforma, pode alienar os eleitores mais conservadores do centro-oeste, onde está um número significativo de Estados pêndulo, que tradicionalmente definem as eleições americanas.

Para completar o quadro difícil no qual o Partido Democrata se colocou, os Republicanos estão acusando as lideranças do partido de terem enganado os eleitores ao esconder a condição de saúde do presidente.

Finalmente, tem o processo eleitoral per se que deverá ser bastante violento do ponto de vista verbal. E, apesar das dificuldades do Partido Democrata e do favoritismo do ex-presidente Trump, é aqui que a eleição será efetivamente decidida. A roleta-russa vai continuar.

Opinião por José Márcio de Camargo

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