Professor da FEA-USP e membro da Academia Paulista de Letras, José Pastore escreve mensalmente

Opinião|Como gerar mais emprego e renda na indústria criativa?


Setor gera mais de 3% do PIB do País, uma contribuição expressiva, à frente da indústria automotiva

Por José Pastore
Atualização:

Em cerimônia realizada pelo governador Tarcísio de Freitas e a secretária Marilia Marton em 22/6/2023, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo foi rebatizada como Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas. Mais do que mera mudança de nome, a nova marca aponta para o reconhecimento da dimensão econômica das artes cênicas e visuais, arquitetura, design, editoração, moda, museus, música, artesanato, rádio, televisão, publicidade e criação de softwares e jogos culturais.

No Brasil, há 7,5 milhões de profissionais trabalhando nessas áreas, 7% da força de trabalho, que geram quase R$ 300 bilhões anuais, ou seja, mais de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do País. É uma contribuição expressiva, que está à frente da indústria automotiva (2,5%). O PIB desse setor cresce mais depressa do que o PIB nacional. Nele predominam os profissionais de nível médio e superior, o que se reflete na renda do trabalho. Em 2022, o salário médio foi de R$ 4 mil mensais, 30% acima da média nacional. Para os que trabalham em publicidade e tecnologia da informação, os salários ultrapassam R$ 7, 5 mil mensais (Leandro Valiati e colaboradores, PIB da economia da cultura e das indústrias criativas, Revista Observatório Itaú Cultural, n.º 34, 2023).

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Tarcísio de Freitas, governador de SP, discursa em evento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa estadual Foto: Marcelo S. Camargo / GOVERNO SP

O insumo básico no trabalho cultural é a criatividade humana, que é ilimitada. Os bens e serviços produzidos são intangíveis, mas impactam fortemente na ampliação de conhecimentos, nível de satisfação e qualidade de vida das pessoas. Ao mesmo tempo, geram impostos e ativam outras áreas, como é o caso do turismo. Não há dúvida. A cultura é uma poderosa força motriz do desenvolvimento econômico e da criação de oportunidades de trabalho, emprego e renda.

Como ocorre em outros setores, as atividades culturais vêm se beneficiando das modernas tecnologias do mundo digital e utilizando as melhores práticas de administração. É exatamente por isso que se faz necessário o apoio do governo para a qualificação e requalificação dos que trabalham nesse campo, desde o cenógrafo e figurinista até os criadores de softwares e jogos eletrônicos, assim como os incentivos para a criação e lançamento de novos projetos culturais, sem esquecer a educação das crianças e adolescentes. É o que caberá à nova secretaria em São Paulo.

Em cerimônia realizada pelo governador Tarcísio de Freitas e a secretária Marilia Marton em 22/6/2023, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo foi rebatizada como Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas. Mais do que mera mudança de nome, a nova marca aponta para o reconhecimento da dimensão econômica das artes cênicas e visuais, arquitetura, design, editoração, moda, museus, música, artesanato, rádio, televisão, publicidade e criação de softwares e jogos culturais.

No Brasil, há 7,5 milhões de profissionais trabalhando nessas áreas, 7% da força de trabalho, que geram quase R$ 300 bilhões anuais, ou seja, mais de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do País. É uma contribuição expressiva, que está à frente da indústria automotiva (2,5%). O PIB desse setor cresce mais depressa do que o PIB nacional. Nele predominam os profissionais de nível médio e superior, o que se reflete na renda do trabalho. Em 2022, o salário médio foi de R$ 4 mil mensais, 30% acima da média nacional. Para os que trabalham em publicidade e tecnologia da informação, os salários ultrapassam R$ 7, 5 mil mensais (Leandro Valiati e colaboradores, PIB da economia da cultura e das indústrias criativas, Revista Observatório Itaú Cultural, n.º 34, 2023).

Tarcísio de Freitas, governador de SP, discursa em evento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa estadual Foto: Marcelo S. Camargo / GOVERNO SP

O insumo básico no trabalho cultural é a criatividade humana, que é ilimitada. Os bens e serviços produzidos são intangíveis, mas impactam fortemente na ampliação de conhecimentos, nível de satisfação e qualidade de vida das pessoas. Ao mesmo tempo, geram impostos e ativam outras áreas, como é o caso do turismo. Não há dúvida. A cultura é uma poderosa força motriz do desenvolvimento econômico e da criação de oportunidades de trabalho, emprego e renda.

Como ocorre em outros setores, as atividades culturais vêm se beneficiando das modernas tecnologias do mundo digital e utilizando as melhores práticas de administração. É exatamente por isso que se faz necessário o apoio do governo para a qualificação e requalificação dos que trabalham nesse campo, desde o cenógrafo e figurinista até os criadores de softwares e jogos eletrônicos, assim como os incentivos para a criação e lançamento de novos projetos culturais, sem esquecer a educação das crianças e adolescentes. É o que caberá à nova secretaria em São Paulo.

Em cerimônia realizada pelo governador Tarcísio de Freitas e a secretária Marilia Marton em 22/6/2023, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo foi rebatizada como Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas. Mais do que mera mudança de nome, a nova marca aponta para o reconhecimento da dimensão econômica das artes cênicas e visuais, arquitetura, design, editoração, moda, museus, música, artesanato, rádio, televisão, publicidade e criação de softwares e jogos culturais.

No Brasil, há 7,5 milhões de profissionais trabalhando nessas áreas, 7% da força de trabalho, que geram quase R$ 300 bilhões anuais, ou seja, mais de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do País. É uma contribuição expressiva, que está à frente da indústria automotiva (2,5%). O PIB desse setor cresce mais depressa do que o PIB nacional. Nele predominam os profissionais de nível médio e superior, o que se reflete na renda do trabalho. Em 2022, o salário médio foi de R$ 4 mil mensais, 30% acima da média nacional. Para os que trabalham em publicidade e tecnologia da informação, os salários ultrapassam R$ 7, 5 mil mensais (Leandro Valiati e colaboradores, PIB da economia da cultura e das indústrias criativas, Revista Observatório Itaú Cultural, n.º 34, 2023).

Tarcísio de Freitas, governador de SP, discursa em evento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa estadual Foto: Marcelo S. Camargo / GOVERNO SP

O insumo básico no trabalho cultural é a criatividade humana, que é ilimitada. Os bens e serviços produzidos são intangíveis, mas impactam fortemente na ampliação de conhecimentos, nível de satisfação e qualidade de vida das pessoas. Ao mesmo tempo, geram impostos e ativam outras áreas, como é o caso do turismo. Não há dúvida. A cultura é uma poderosa força motriz do desenvolvimento econômico e da criação de oportunidades de trabalho, emprego e renda.

Como ocorre em outros setores, as atividades culturais vêm se beneficiando das modernas tecnologias do mundo digital e utilizando as melhores práticas de administração. É exatamente por isso que se faz necessário o apoio do governo para a qualificação e requalificação dos que trabalham nesse campo, desde o cenógrafo e figurinista até os criadores de softwares e jogos eletrônicos, assim como os incentivos para a criação e lançamento de novos projetos culturais, sem esquecer a educação das crianças e adolescentes. É o que caberá à nova secretaria em São Paulo.

Opinião por José Pastore

Professor da FEA-USP, presidente do Conselho de Emprego e Relações do Trabalho da FecomercioSP. É membro da Academia Paulista de Letras

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