Economista e sócio da MB Associados

Opinião|Carbono zero e impactos no Brasil


É indispensável uma revisão da regulação do setor elétrico, sob pena da implosão do sistema

Por José Roberto Mendonça de Barros
Atualização:

É absolutamente correta a hipótese básica de Jorge Caldeira (autor de Brasil - Paraíso Restaurável) de que a busca da meta de carbono zero no mundo abre uma oportunidade gigante para o Brasil, em pelo menos quatro aspectos.

A energia renovável (eólica, solar e biomassa) pode crescer de forma extraordinária tanto em determinadas regiões, como parques eólicos no Nordeste, quanto de forma descentralizada em telhados, propriedades agrícolas e sobre as águas. A rigor, o Brasil inteiro se presta a isso. Em relação ao mundo, nosso potencial é muito maior que nossa participação na população ou no PIB globais.

A energia nova é mais barata, sem efeitos ambientais negativos e irá rapidamente derrubar o sistema velho, especialmente as térmicas mais caras.

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Em consequência, é indispensável uma revisão da regulação do setor elétrico, sob pena da implosão do sistema.

É indispensável uma revisão da regulação do setor elétrico, sob pena da implosão do sistema Foto: Olivia Zhang/AP - 28/11/2019

Isso envolverá reduzir vários dos subsídios existentes, muitos pagos pela CDE, que mantém uma persistente elevação das tarifas do mercado cativo, tornando-as inviáveis. É preciso também dar fim ao projeto das “térmicas jabutis” (até porque a disponibilidade de gás natural no Brasil é limitada) e de outros produtores de alto custo, sob o falso argumento de que só assim a intermitência de eólica e solar pode ser superada.

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Hidroeletricidade, transmissão e o desenvolvimento da tecnologia de baterias permitirão à nova energia sustentável entrar na base do sistema elétrico, barateando as tarifas com benefícios óbvios para a produção de bens e para as famílias.

Os financiamentos em investimentos ESG globais são muito grandes perto da demanda potencial do mercado brasileiro, e irão acelerar os novos projetos, especialmente quando os juros caírem nos EUA e no Brasil.

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A demanda internacional por energéticos novos será enorme e vai criar oportunidades de exportação, que em poucos anos crescerão muito. Falamos aqui de amônia, hidrogênio verde, SAF e etanol. Metais e outros materiais com reduzidos teores de carbono também terão um papel. Alguns produtos serão carbono negativo.

Juntos com as commodities agrícolas, esses vetores trarão crescimento econômico e darão oportunidades mais sólidas para a indústria.

Para tanto, será indispensável, no mínimo, atingirmos desmatamento ilegal zero na Amazônia e um avanço decisivo da pauta ESG.

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Esse movimento reforçará o crescimento do interior, mas tornará a situação dos grandes aglomerados urbanos mais difícil ainda. Mas isso é assunto para outro dia.

É absolutamente correta a hipótese básica de Jorge Caldeira (autor de Brasil - Paraíso Restaurável) de que a busca da meta de carbono zero no mundo abre uma oportunidade gigante para o Brasil, em pelo menos quatro aspectos.

A energia renovável (eólica, solar e biomassa) pode crescer de forma extraordinária tanto em determinadas regiões, como parques eólicos no Nordeste, quanto de forma descentralizada em telhados, propriedades agrícolas e sobre as águas. A rigor, o Brasil inteiro se presta a isso. Em relação ao mundo, nosso potencial é muito maior que nossa participação na população ou no PIB globais.

A energia nova é mais barata, sem efeitos ambientais negativos e irá rapidamente derrubar o sistema velho, especialmente as térmicas mais caras.

Em consequência, é indispensável uma revisão da regulação do setor elétrico, sob pena da implosão do sistema.

É indispensável uma revisão da regulação do setor elétrico, sob pena da implosão do sistema Foto: Olivia Zhang/AP - 28/11/2019

Isso envolverá reduzir vários dos subsídios existentes, muitos pagos pela CDE, que mantém uma persistente elevação das tarifas do mercado cativo, tornando-as inviáveis. É preciso também dar fim ao projeto das “térmicas jabutis” (até porque a disponibilidade de gás natural no Brasil é limitada) e de outros produtores de alto custo, sob o falso argumento de que só assim a intermitência de eólica e solar pode ser superada.

Hidroeletricidade, transmissão e o desenvolvimento da tecnologia de baterias permitirão à nova energia sustentável entrar na base do sistema elétrico, barateando as tarifas com benefícios óbvios para a produção de bens e para as famílias.

Os financiamentos em investimentos ESG globais são muito grandes perto da demanda potencial do mercado brasileiro, e irão acelerar os novos projetos, especialmente quando os juros caírem nos EUA e no Brasil.

A demanda internacional por energéticos novos será enorme e vai criar oportunidades de exportação, que em poucos anos crescerão muito. Falamos aqui de amônia, hidrogênio verde, SAF e etanol. Metais e outros materiais com reduzidos teores de carbono também terão um papel. Alguns produtos serão carbono negativo.

Juntos com as commodities agrícolas, esses vetores trarão crescimento econômico e darão oportunidades mais sólidas para a indústria.

Para tanto, será indispensável, no mínimo, atingirmos desmatamento ilegal zero na Amazônia e um avanço decisivo da pauta ESG.

Esse movimento reforçará o crescimento do interior, mas tornará a situação dos grandes aglomerados urbanos mais difícil ainda. Mas isso é assunto para outro dia.

É absolutamente correta a hipótese básica de Jorge Caldeira (autor de Brasil - Paraíso Restaurável) de que a busca da meta de carbono zero no mundo abre uma oportunidade gigante para o Brasil, em pelo menos quatro aspectos.

A energia renovável (eólica, solar e biomassa) pode crescer de forma extraordinária tanto em determinadas regiões, como parques eólicos no Nordeste, quanto de forma descentralizada em telhados, propriedades agrícolas e sobre as águas. A rigor, o Brasil inteiro se presta a isso. Em relação ao mundo, nosso potencial é muito maior que nossa participação na população ou no PIB globais.

A energia nova é mais barata, sem efeitos ambientais negativos e irá rapidamente derrubar o sistema velho, especialmente as térmicas mais caras.

Em consequência, é indispensável uma revisão da regulação do setor elétrico, sob pena da implosão do sistema.

É indispensável uma revisão da regulação do setor elétrico, sob pena da implosão do sistema Foto: Olivia Zhang/AP - 28/11/2019

Isso envolverá reduzir vários dos subsídios existentes, muitos pagos pela CDE, que mantém uma persistente elevação das tarifas do mercado cativo, tornando-as inviáveis. É preciso também dar fim ao projeto das “térmicas jabutis” (até porque a disponibilidade de gás natural no Brasil é limitada) e de outros produtores de alto custo, sob o falso argumento de que só assim a intermitência de eólica e solar pode ser superada.

Hidroeletricidade, transmissão e o desenvolvimento da tecnologia de baterias permitirão à nova energia sustentável entrar na base do sistema elétrico, barateando as tarifas com benefícios óbvios para a produção de bens e para as famílias.

Os financiamentos em investimentos ESG globais são muito grandes perto da demanda potencial do mercado brasileiro, e irão acelerar os novos projetos, especialmente quando os juros caírem nos EUA e no Brasil.

A demanda internacional por energéticos novos será enorme e vai criar oportunidades de exportação, que em poucos anos crescerão muito. Falamos aqui de amônia, hidrogênio verde, SAF e etanol. Metais e outros materiais com reduzidos teores de carbono também terão um papel. Alguns produtos serão carbono negativo.

Juntos com as commodities agrícolas, esses vetores trarão crescimento econômico e darão oportunidades mais sólidas para a indústria.

Para tanto, será indispensável, no mínimo, atingirmos desmatamento ilegal zero na Amazônia e um avanço decisivo da pauta ESG.

Esse movimento reforçará o crescimento do interior, mas tornará a situação dos grandes aglomerados urbanos mais difícil ainda. Mas isso é assunto para outro dia.

É absolutamente correta a hipótese básica de Jorge Caldeira (autor de Brasil - Paraíso Restaurável) de que a busca da meta de carbono zero no mundo abre uma oportunidade gigante para o Brasil, em pelo menos quatro aspectos.

A energia renovável (eólica, solar e biomassa) pode crescer de forma extraordinária tanto em determinadas regiões, como parques eólicos no Nordeste, quanto de forma descentralizada em telhados, propriedades agrícolas e sobre as águas. A rigor, o Brasil inteiro se presta a isso. Em relação ao mundo, nosso potencial é muito maior que nossa participação na população ou no PIB globais.

A energia nova é mais barata, sem efeitos ambientais negativos e irá rapidamente derrubar o sistema velho, especialmente as térmicas mais caras.

Em consequência, é indispensável uma revisão da regulação do setor elétrico, sob pena da implosão do sistema.

É indispensável uma revisão da regulação do setor elétrico, sob pena da implosão do sistema Foto: Olivia Zhang/AP - 28/11/2019

Isso envolverá reduzir vários dos subsídios existentes, muitos pagos pela CDE, que mantém uma persistente elevação das tarifas do mercado cativo, tornando-as inviáveis. É preciso também dar fim ao projeto das “térmicas jabutis” (até porque a disponibilidade de gás natural no Brasil é limitada) e de outros produtores de alto custo, sob o falso argumento de que só assim a intermitência de eólica e solar pode ser superada.

Hidroeletricidade, transmissão e o desenvolvimento da tecnologia de baterias permitirão à nova energia sustentável entrar na base do sistema elétrico, barateando as tarifas com benefícios óbvios para a produção de bens e para as famílias.

Os financiamentos em investimentos ESG globais são muito grandes perto da demanda potencial do mercado brasileiro, e irão acelerar os novos projetos, especialmente quando os juros caírem nos EUA e no Brasil.

A demanda internacional por energéticos novos será enorme e vai criar oportunidades de exportação, que em poucos anos crescerão muito. Falamos aqui de amônia, hidrogênio verde, SAF e etanol. Metais e outros materiais com reduzidos teores de carbono também terão um papel. Alguns produtos serão carbono negativo.

Juntos com as commodities agrícolas, esses vetores trarão crescimento econômico e darão oportunidades mais sólidas para a indústria.

Para tanto, será indispensável, no mínimo, atingirmos desmatamento ilegal zero na Amazônia e um avanço decisivo da pauta ESG.

Esse movimento reforçará o crescimento do interior, mas tornará a situação dos grandes aglomerados urbanos mais difícil ainda. Mas isso é assunto para outro dia.

Opinião por José Roberto Mendonça de Barros

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