Economista e sócio da MB Associados

Opinião|Dá para ser otimista com o Brasil, mas sem comprar o exagero


Atividade econômica deverá desacelerar lentamente no segundo semestre dadas as dificuldades do mercado de crédito para as empresas

Por José Roberto Mendonça de Barros
Atualização:

O Brasil não é, definitivamente, para principiantes. No início do ano, boa parte dos observadores e analistas atribuíam ao novo governo uma boa dose de força política, decorrente da eleição e de ter sobrevivido bem aos acontecimentos de 8 de janeiro. Mas viam também fraqueza do ponto de vista econômico, já que viam como provável a volta da heterodoxia e do fantasma de uma recessão como a que vivemos entre 2014 e 2016.

Passados seis meses, vemos um governo fraco no Congresso, mas forte na economia, com a consolidação de uma visão surpreendentemente otimista.

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Queda consistente na inflação, melhora no desempenho econômico, aprovação de projetos importantes e evolução na perspectiva da nota do país foram os eventos mais relevantes para entender essa visão mais positiva que passou a predominar.

Entretanto, é essencial ter presente que o segundo semestre será bem desafiante.

A atividade econômica deverá desacelerar lentamente, especialmente no terceiro trimestre, dadas as dificuldades do mercado de crédito para as empresas, elevadas pelas cinzentas expectativas quanto ao desenlace do caso Americanas e de outras RJs, e pelo fraco desempenho da manufatura e do comércio.

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Agências de classificação de risco como Fitch melhoraram nota de crédito do País Foto: Henny Ray Abrams/AP Foto

Também está ficando claro que o governo não conseguirá elevar a arrecadação no montante necessário para zerar o déficit primário em 2024, mantendo a questão fiscal incerta. Finalmente, será indispensável reduzir a lista de exceções criadas na Reforma Tributária, pois, como mostrou recente trabalho do IPEA, a alíquota geral teria de ser superior a 25%, algo inaceitável pela sociedade.

Dois fatores, por outro lado, serão favoráveis a um melhor desempenho na economia: o promissor início de redução da Selic e os programas do tipo Desenrola.

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No caso dos juros, o efeito sobre o crédito de capital de giro só será significativo daqui a alguns meses, especialmente no que tange às companhias mais endividadas e às médias e pequenas.

Quanto ao Desenrola e outros, creio que poderão ser um sucesso. Boa parte dos brasileiros tem familiaridade com plataformas e querem renegociar. Os bancos também querem, inclusive para acionar créditos tributários. O mesmo vale para empresas comerciais. O consumidor deverá receber o 13º salário numa situação financeira mais leve, podendo até retornar ao consumo.

Dá para continuar otimista, mas sem comprar o exagero.

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* * * * *

Os preços dos combustíveis seguem agora uma regra tipo “la garantia soy yo” e estão abrindo um rombo nos moldes do governo Dilma.

O “sucesso” será garantido.

O Brasil não é, definitivamente, para principiantes. No início do ano, boa parte dos observadores e analistas atribuíam ao novo governo uma boa dose de força política, decorrente da eleição e de ter sobrevivido bem aos acontecimentos de 8 de janeiro. Mas viam também fraqueza do ponto de vista econômico, já que viam como provável a volta da heterodoxia e do fantasma de uma recessão como a que vivemos entre 2014 e 2016.

Passados seis meses, vemos um governo fraco no Congresso, mas forte na economia, com a consolidação de uma visão surpreendentemente otimista.

Queda consistente na inflação, melhora no desempenho econômico, aprovação de projetos importantes e evolução na perspectiva da nota do país foram os eventos mais relevantes para entender essa visão mais positiva que passou a predominar.

Entretanto, é essencial ter presente que o segundo semestre será bem desafiante.

A atividade econômica deverá desacelerar lentamente, especialmente no terceiro trimestre, dadas as dificuldades do mercado de crédito para as empresas, elevadas pelas cinzentas expectativas quanto ao desenlace do caso Americanas e de outras RJs, e pelo fraco desempenho da manufatura e do comércio.

Agências de classificação de risco como Fitch melhoraram nota de crédito do País Foto: Henny Ray Abrams/AP Foto

Também está ficando claro que o governo não conseguirá elevar a arrecadação no montante necessário para zerar o déficit primário em 2024, mantendo a questão fiscal incerta. Finalmente, será indispensável reduzir a lista de exceções criadas na Reforma Tributária, pois, como mostrou recente trabalho do IPEA, a alíquota geral teria de ser superior a 25%, algo inaceitável pela sociedade.

Dois fatores, por outro lado, serão favoráveis a um melhor desempenho na economia: o promissor início de redução da Selic e os programas do tipo Desenrola.

No caso dos juros, o efeito sobre o crédito de capital de giro só será significativo daqui a alguns meses, especialmente no que tange às companhias mais endividadas e às médias e pequenas.

Quanto ao Desenrola e outros, creio que poderão ser um sucesso. Boa parte dos brasileiros tem familiaridade com plataformas e querem renegociar. Os bancos também querem, inclusive para acionar créditos tributários. O mesmo vale para empresas comerciais. O consumidor deverá receber o 13º salário numa situação financeira mais leve, podendo até retornar ao consumo.

Dá para continuar otimista, mas sem comprar o exagero.

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Os preços dos combustíveis seguem agora uma regra tipo “la garantia soy yo” e estão abrindo um rombo nos moldes do governo Dilma.

O “sucesso” será garantido.

O Brasil não é, definitivamente, para principiantes. No início do ano, boa parte dos observadores e analistas atribuíam ao novo governo uma boa dose de força política, decorrente da eleição e de ter sobrevivido bem aos acontecimentos de 8 de janeiro. Mas viam também fraqueza do ponto de vista econômico, já que viam como provável a volta da heterodoxia e do fantasma de uma recessão como a que vivemos entre 2014 e 2016.

Passados seis meses, vemos um governo fraco no Congresso, mas forte na economia, com a consolidação de uma visão surpreendentemente otimista.

Queda consistente na inflação, melhora no desempenho econômico, aprovação de projetos importantes e evolução na perspectiva da nota do país foram os eventos mais relevantes para entender essa visão mais positiva que passou a predominar.

Entretanto, é essencial ter presente que o segundo semestre será bem desafiante.

A atividade econômica deverá desacelerar lentamente, especialmente no terceiro trimestre, dadas as dificuldades do mercado de crédito para as empresas, elevadas pelas cinzentas expectativas quanto ao desenlace do caso Americanas e de outras RJs, e pelo fraco desempenho da manufatura e do comércio.

Agências de classificação de risco como Fitch melhoraram nota de crédito do País Foto: Henny Ray Abrams/AP Foto

Também está ficando claro que o governo não conseguirá elevar a arrecadação no montante necessário para zerar o déficit primário em 2024, mantendo a questão fiscal incerta. Finalmente, será indispensável reduzir a lista de exceções criadas na Reforma Tributária, pois, como mostrou recente trabalho do IPEA, a alíquota geral teria de ser superior a 25%, algo inaceitável pela sociedade.

Dois fatores, por outro lado, serão favoráveis a um melhor desempenho na economia: o promissor início de redução da Selic e os programas do tipo Desenrola.

No caso dos juros, o efeito sobre o crédito de capital de giro só será significativo daqui a alguns meses, especialmente no que tange às companhias mais endividadas e às médias e pequenas.

Quanto ao Desenrola e outros, creio que poderão ser um sucesso. Boa parte dos brasileiros tem familiaridade com plataformas e querem renegociar. Os bancos também querem, inclusive para acionar créditos tributários. O mesmo vale para empresas comerciais. O consumidor deverá receber o 13º salário numa situação financeira mais leve, podendo até retornar ao consumo.

Dá para continuar otimista, mas sem comprar o exagero.

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Os preços dos combustíveis seguem agora uma regra tipo “la garantia soy yo” e estão abrindo um rombo nos moldes do governo Dilma.

O “sucesso” será garantido.

O Brasil não é, definitivamente, para principiantes. No início do ano, boa parte dos observadores e analistas atribuíam ao novo governo uma boa dose de força política, decorrente da eleição e de ter sobrevivido bem aos acontecimentos de 8 de janeiro. Mas viam também fraqueza do ponto de vista econômico, já que viam como provável a volta da heterodoxia e do fantasma de uma recessão como a que vivemos entre 2014 e 2016.

Passados seis meses, vemos um governo fraco no Congresso, mas forte na economia, com a consolidação de uma visão surpreendentemente otimista.

Queda consistente na inflação, melhora no desempenho econômico, aprovação de projetos importantes e evolução na perspectiva da nota do país foram os eventos mais relevantes para entender essa visão mais positiva que passou a predominar.

Entretanto, é essencial ter presente que o segundo semestre será bem desafiante.

A atividade econômica deverá desacelerar lentamente, especialmente no terceiro trimestre, dadas as dificuldades do mercado de crédito para as empresas, elevadas pelas cinzentas expectativas quanto ao desenlace do caso Americanas e de outras RJs, e pelo fraco desempenho da manufatura e do comércio.

Agências de classificação de risco como Fitch melhoraram nota de crédito do País Foto: Henny Ray Abrams/AP Foto

Também está ficando claro que o governo não conseguirá elevar a arrecadação no montante necessário para zerar o déficit primário em 2024, mantendo a questão fiscal incerta. Finalmente, será indispensável reduzir a lista de exceções criadas na Reforma Tributária, pois, como mostrou recente trabalho do IPEA, a alíquota geral teria de ser superior a 25%, algo inaceitável pela sociedade.

Dois fatores, por outro lado, serão favoráveis a um melhor desempenho na economia: o promissor início de redução da Selic e os programas do tipo Desenrola.

No caso dos juros, o efeito sobre o crédito de capital de giro só será significativo daqui a alguns meses, especialmente no que tange às companhias mais endividadas e às médias e pequenas.

Quanto ao Desenrola e outros, creio que poderão ser um sucesso. Boa parte dos brasileiros tem familiaridade com plataformas e querem renegociar. Os bancos também querem, inclusive para acionar créditos tributários. O mesmo vale para empresas comerciais. O consumidor deverá receber o 13º salário numa situação financeira mais leve, podendo até retornar ao consumo.

Dá para continuar otimista, mas sem comprar o exagero.

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O “sucesso” será garantido.

O Brasil não é, definitivamente, para principiantes. No início do ano, boa parte dos observadores e analistas atribuíam ao novo governo uma boa dose de força política, decorrente da eleição e de ter sobrevivido bem aos acontecimentos de 8 de janeiro. Mas viam também fraqueza do ponto de vista econômico, já que viam como provável a volta da heterodoxia e do fantasma de uma recessão como a que vivemos entre 2014 e 2016.

Passados seis meses, vemos um governo fraco no Congresso, mas forte na economia, com a consolidação de uma visão surpreendentemente otimista.

Queda consistente na inflação, melhora no desempenho econômico, aprovação de projetos importantes e evolução na perspectiva da nota do país foram os eventos mais relevantes para entender essa visão mais positiva que passou a predominar.

Entretanto, é essencial ter presente que o segundo semestre será bem desafiante.

A atividade econômica deverá desacelerar lentamente, especialmente no terceiro trimestre, dadas as dificuldades do mercado de crédito para as empresas, elevadas pelas cinzentas expectativas quanto ao desenlace do caso Americanas e de outras RJs, e pelo fraco desempenho da manufatura e do comércio.

Agências de classificação de risco como Fitch melhoraram nota de crédito do País Foto: Henny Ray Abrams/AP Foto

Também está ficando claro que o governo não conseguirá elevar a arrecadação no montante necessário para zerar o déficit primário em 2024, mantendo a questão fiscal incerta. Finalmente, será indispensável reduzir a lista de exceções criadas na Reforma Tributária, pois, como mostrou recente trabalho do IPEA, a alíquota geral teria de ser superior a 25%, algo inaceitável pela sociedade.

Dois fatores, por outro lado, serão favoráveis a um melhor desempenho na economia: o promissor início de redução da Selic e os programas do tipo Desenrola.

No caso dos juros, o efeito sobre o crédito de capital de giro só será significativo daqui a alguns meses, especialmente no que tange às companhias mais endividadas e às médias e pequenas.

Quanto ao Desenrola e outros, creio que poderão ser um sucesso. Boa parte dos brasileiros tem familiaridade com plataformas e querem renegociar. Os bancos também querem, inclusive para acionar créditos tributários. O mesmo vale para empresas comerciais. O consumidor deverá receber o 13º salário numa situação financeira mais leve, podendo até retornar ao consumo.

Dá para continuar otimista, mas sem comprar o exagero.

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Os preços dos combustíveis seguem agora uma regra tipo “la garantia soy yo” e estão abrindo um rombo nos moldes do governo Dilma.

O “sucesso” será garantido.

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