JP Morgan usa C6 para ingressar no varejo bancário do Brasil


Gigante americano, que tem tradição como banco de investimentos no País, terá 40% do banco digital; novos recursos serão parcialmente usados para pagamentos a investidores de rodadas anteriores

Por Altamiro Silva Junior e Fernanda Guimarães

Com a compra de 40% do banco digital C6 Bank, fundado em 2019 por ex-sócios do BTG Pactual, o norte-americano JP Morgan ingressa no varejo bancário brasileiro. O investimento será usado para injetar dinheiro novo para o crescimento do C6 e também para pagamento de investidores em aportes anteriores. Em dezembro do ano passado, o banco digital foi avaliado em cerca de R$ 11 bilhões. O Estadão apurou que o valor pago pelos 40% do C6 seria de R$ 10 bilhões, o que avaliaria o negócio como um todo em R$ 25 bilhões. As partes, porém, não divulgaram o valor do aporte.

Com fôlego financeiro renovado, o C6 ganha musculatura para crescer em um mercado cada vez mais competitivo e sob o olhar atento dos grandes bancos, que também estão avançando em suas estratégias digitais. Já o investimento do JP Morgan para entrar no varejo bancário ocorre em um momento de grande ebulição desse mercado, com os grandes bancos sendo desafiados por fintechs e bancos digitais, caso do próprio C6.

O presidente do JP no Brasil, Daniel Darahem, afirma que a aquisição no País mostra o olhar da instituição financeira na transformação digital, que ocorre de forma acelerada no mercado brasileiro. Para esse movimento, o banco analisou nos países em que atua oportunidade de investimento orgânico e via parcerias. “Nós tomamos a decisão de não ir para o varejo bancário no modelo tradicional, mas o modelo digital muda esse cálculo estratégico”, comentou o executivo, em entrevista ao Estadão/Broadcast

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Investimento do JP no Brasil, segundo seu presidente, marca um novo capítulo na história do banco. Foto: Reuters

As conversas com o C6 começaram no primeiro trimestre do ano, comenta. “Tomamos a decisão de provocá-los (o C6) para a conversa”, diz Darahem, que assumiu o comando do JP Morgan no Brasil no ano passado. Para ele, a plataforma brasileira do banco tradicional ia muito bem e se mostrava “sempre muito rentável”. Foi uma forma de o gigante americano chegar a um setor sem ter de começar do zero.

O investimento do JP no Brasil, segundo seu presidente, marca um novo capítulo na história do banco, que está presente há seis décadas no País. Conforme fontes, o JP teria a opção de adquirir até a totalidade das ações do C6, algo não confirmado pelas instituições financeiras.

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Musculatura

O investimento do JP Morgan representa para o C6 mais caixa para seguir crescendo, colocando mais clientes na plataforma. Hoje são 7 milhões de contas abertas, sendo que no fim do ano passado eram 4 milhões. Ainda no vermelho, algo comum em bancos digitais em passo acelerado de crescimento, como o Nubank, o próximo passo deve ser a busca de rentabilidade, algo que as fintechs têm procurado ao colocar nas plataformas produtos como seguros e de investimento.

Para o sócio fundador do C6, Marcelo Kalim, a entrada do JP traz musculatura necessária para crescimento do ano e, por isso, coloca o plano de abertura de capital, inicialmente planejada para 2021, de volta na gaveta.

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“No ano passado, depois que fizemos a captação, já sabíamos que precisaríamos de uma nova capitalização e o cenário mais provável naquele momento era uma abertura de capital”, afirma.No futuro, caso necessário, o banco analisará novamente essa opção. Kalim, assim como os demais fundadores do C6, não venderam ações nessa rodada de investimentos. 

Com a compra de 40% do banco digital C6 Bank, fundado em 2019 por ex-sócios do BTG Pactual, o norte-americano JP Morgan ingressa no varejo bancário brasileiro. O investimento será usado para injetar dinheiro novo para o crescimento do C6 e também para pagamento de investidores em aportes anteriores. Em dezembro do ano passado, o banco digital foi avaliado em cerca de R$ 11 bilhões. O Estadão apurou que o valor pago pelos 40% do C6 seria de R$ 10 bilhões, o que avaliaria o negócio como um todo em R$ 25 bilhões. As partes, porém, não divulgaram o valor do aporte.

Com fôlego financeiro renovado, o C6 ganha musculatura para crescer em um mercado cada vez mais competitivo e sob o olhar atento dos grandes bancos, que também estão avançando em suas estratégias digitais. Já o investimento do JP Morgan para entrar no varejo bancário ocorre em um momento de grande ebulição desse mercado, com os grandes bancos sendo desafiados por fintechs e bancos digitais, caso do próprio C6.

O presidente do JP no Brasil, Daniel Darahem, afirma que a aquisição no País mostra o olhar da instituição financeira na transformação digital, que ocorre de forma acelerada no mercado brasileiro. Para esse movimento, o banco analisou nos países em que atua oportunidade de investimento orgânico e via parcerias. “Nós tomamos a decisão de não ir para o varejo bancário no modelo tradicional, mas o modelo digital muda esse cálculo estratégico”, comentou o executivo, em entrevista ao Estadão/Broadcast

Investimento do JP no Brasil, segundo seu presidente, marca um novo capítulo na história do banco. Foto: Reuters

As conversas com o C6 começaram no primeiro trimestre do ano, comenta. “Tomamos a decisão de provocá-los (o C6) para a conversa”, diz Darahem, que assumiu o comando do JP Morgan no Brasil no ano passado. Para ele, a plataforma brasileira do banco tradicional ia muito bem e se mostrava “sempre muito rentável”. Foi uma forma de o gigante americano chegar a um setor sem ter de começar do zero.

O investimento do JP no Brasil, segundo seu presidente, marca um novo capítulo na história do banco, que está presente há seis décadas no País. Conforme fontes, o JP teria a opção de adquirir até a totalidade das ações do C6, algo não confirmado pelas instituições financeiras.

Musculatura

O investimento do JP Morgan representa para o C6 mais caixa para seguir crescendo, colocando mais clientes na plataforma. Hoje são 7 milhões de contas abertas, sendo que no fim do ano passado eram 4 milhões. Ainda no vermelho, algo comum em bancos digitais em passo acelerado de crescimento, como o Nubank, o próximo passo deve ser a busca de rentabilidade, algo que as fintechs têm procurado ao colocar nas plataformas produtos como seguros e de investimento.

Para o sócio fundador do C6, Marcelo Kalim, a entrada do JP traz musculatura necessária para crescimento do ano e, por isso, coloca o plano de abertura de capital, inicialmente planejada para 2021, de volta na gaveta.

“No ano passado, depois que fizemos a captação, já sabíamos que precisaríamos de uma nova capitalização e o cenário mais provável naquele momento era uma abertura de capital”, afirma.No futuro, caso necessário, o banco analisará novamente essa opção. Kalim, assim como os demais fundadores do C6, não venderam ações nessa rodada de investimentos. 

Com a compra de 40% do banco digital C6 Bank, fundado em 2019 por ex-sócios do BTG Pactual, o norte-americano JP Morgan ingressa no varejo bancário brasileiro. O investimento será usado para injetar dinheiro novo para o crescimento do C6 e também para pagamento de investidores em aportes anteriores. Em dezembro do ano passado, o banco digital foi avaliado em cerca de R$ 11 bilhões. O Estadão apurou que o valor pago pelos 40% do C6 seria de R$ 10 bilhões, o que avaliaria o negócio como um todo em R$ 25 bilhões. As partes, porém, não divulgaram o valor do aporte.

Com fôlego financeiro renovado, o C6 ganha musculatura para crescer em um mercado cada vez mais competitivo e sob o olhar atento dos grandes bancos, que também estão avançando em suas estratégias digitais. Já o investimento do JP Morgan para entrar no varejo bancário ocorre em um momento de grande ebulição desse mercado, com os grandes bancos sendo desafiados por fintechs e bancos digitais, caso do próprio C6.

O presidente do JP no Brasil, Daniel Darahem, afirma que a aquisição no País mostra o olhar da instituição financeira na transformação digital, que ocorre de forma acelerada no mercado brasileiro. Para esse movimento, o banco analisou nos países em que atua oportunidade de investimento orgânico e via parcerias. “Nós tomamos a decisão de não ir para o varejo bancário no modelo tradicional, mas o modelo digital muda esse cálculo estratégico”, comentou o executivo, em entrevista ao Estadão/Broadcast

Investimento do JP no Brasil, segundo seu presidente, marca um novo capítulo na história do banco. Foto: Reuters

As conversas com o C6 começaram no primeiro trimestre do ano, comenta. “Tomamos a decisão de provocá-los (o C6) para a conversa”, diz Darahem, que assumiu o comando do JP Morgan no Brasil no ano passado. Para ele, a plataforma brasileira do banco tradicional ia muito bem e se mostrava “sempre muito rentável”. Foi uma forma de o gigante americano chegar a um setor sem ter de começar do zero.

O investimento do JP no Brasil, segundo seu presidente, marca um novo capítulo na história do banco, que está presente há seis décadas no País. Conforme fontes, o JP teria a opção de adquirir até a totalidade das ações do C6, algo não confirmado pelas instituições financeiras.

Musculatura

O investimento do JP Morgan representa para o C6 mais caixa para seguir crescendo, colocando mais clientes na plataforma. Hoje são 7 milhões de contas abertas, sendo que no fim do ano passado eram 4 milhões. Ainda no vermelho, algo comum em bancos digitais em passo acelerado de crescimento, como o Nubank, o próximo passo deve ser a busca de rentabilidade, algo que as fintechs têm procurado ao colocar nas plataformas produtos como seguros e de investimento.

Para o sócio fundador do C6, Marcelo Kalim, a entrada do JP traz musculatura necessária para crescimento do ano e, por isso, coloca o plano de abertura de capital, inicialmente planejada para 2021, de volta na gaveta.

“No ano passado, depois que fizemos a captação, já sabíamos que precisaríamos de uma nova capitalização e o cenário mais provável naquele momento era uma abertura de capital”, afirma.No futuro, caso necessário, o banco analisará novamente essa opção. Kalim, assim como os demais fundadores do C6, não venderam ações nessa rodada de investimentos. 

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