O ?fator China?


Por Redação

No primeiro capítulo da atual crise, a China desempenhou papel de protagonista. Não só pelas interrelações com os Estados Unidos, mas também como motor de escape das economias emergentes exportadoras de commodities. A pergunta, agora, é se a China vai poder repetir seu papel no enredo da economia global, no segundo capítulo da crise global. Não se tem ainda uma resposta clara e convincente, mas a tendência é que a China não repetirá sua parte nessa história. Com seu altíssimo índice de poupança e investimento, a China viveu décadas de ampliação de sua capacidade de produção e relativas melhorias de qualidade. Os limites estreitos do mercado interno, cuja origem é o baixo índice de consumo local ? algo em torno de 35% do PIB, pouco mais da metade da média do resto do mundo ? foram compensados pelas exportações maciças. Estas, por sua vez, se valeram da política cambial chinesa, que atrela o yuan à trajetória das cotações do dólar, para mantê-lo desvalorizado. Um modelo potente de crescimento, voltado para o mercado externo, sem muita preocupação com a distribuição de renda. Mas que, dando certo, um dia encontraria nele mesmo o seu teto. Impossível crescer indefinidamente na dependência do mercado externo. Mais ainda num país de dimensões continentais e superpopulação, acima de 1,3 bilhão der habitantes. A grave crise atual da economia internacional apontou aos chineses a necessidade de desenvolver muito mais o mercado interno. O caminho do aumento do consumo doméstico será espinhoso. E obrigará a mudanças de grande monta no modelo de crescimento. Será preciso desacelerar para reduzir pressões inflacionárias e transitar do foco no investimento (e na poupança) para o consumo. Já é quase consenso que a China desacelerará de um crescimento médio anual de 12% para algo entre 6% e 8%. Uma desaceleração e tanto. Esse novo ritmo de expansão só não é consenso por que especialistas em economia chinesa já falam em expansão bem menor. Caso do economista Michael Pettis, há tempos baseado em Pequim, que em artigo recente, calculou que, para levar o consumo chinês de 35% do PIB para 50% do PIB, o governo acabará derrubando o crescimento para um intervalo entre 3% e 4% ao ano. As consequências para a economia mundial dessa desaceleração de toda maneira forte da economia chinesa reforça as perspectivas de baixo crescimento global por muito tempo. No caso da economia brasileira, esse cenário se traduz por um risco maior de contágio, pela via de vulnerabilidades no setor externo, ao lado de um possível alívio nas pressões inflacionárias, pela expectativa de redução na demanda mundial por commodities ? com as quais o Brasil sustenta quase três quartos de suas receitas de exportação. A moral dessa história é que, diante do ?fator China?, reduzir a taxa básica de juros no Brasil, interrompendo a valorização do real e aliviando a balança em contas correntes, antes um desejo de uns tantos, pode se apresentar como uma necessidade para todos.  

No primeiro capítulo da atual crise, a China desempenhou papel de protagonista. Não só pelas interrelações com os Estados Unidos, mas também como motor de escape das economias emergentes exportadoras de commodities. A pergunta, agora, é se a China vai poder repetir seu papel no enredo da economia global, no segundo capítulo da crise global. Não se tem ainda uma resposta clara e convincente, mas a tendência é que a China não repetirá sua parte nessa história. Com seu altíssimo índice de poupança e investimento, a China viveu décadas de ampliação de sua capacidade de produção e relativas melhorias de qualidade. Os limites estreitos do mercado interno, cuja origem é o baixo índice de consumo local ? algo em torno de 35% do PIB, pouco mais da metade da média do resto do mundo ? foram compensados pelas exportações maciças. Estas, por sua vez, se valeram da política cambial chinesa, que atrela o yuan à trajetória das cotações do dólar, para mantê-lo desvalorizado. Um modelo potente de crescimento, voltado para o mercado externo, sem muita preocupação com a distribuição de renda. Mas que, dando certo, um dia encontraria nele mesmo o seu teto. Impossível crescer indefinidamente na dependência do mercado externo. Mais ainda num país de dimensões continentais e superpopulação, acima de 1,3 bilhão der habitantes. A grave crise atual da economia internacional apontou aos chineses a necessidade de desenvolver muito mais o mercado interno. O caminho do aumento do consumo doméstico será espinhoso. E obrigará a mudanças de grande monta no modelo de crescimento. Será preciso desacelerar para reduzir pressões inflacionárias e transitar do foco no investimento (e na poupança) para o consumo. Já é quase consenso que a China desacelerará de um crescimento médio anual de 12% para algo entre 6% e 8%. Uma desaceleração e tanto. Esse novo ritmo de expansão só não é consenso por que especialistas em economia chinesa já falam em expansão bem menor. Caso do economista Michael Pettis, há tempos baseado em Pequim, que em artigo recente, calculou que, para levar o consumo chinês de 35% do PIB para 50% do PIB, o governo acabará derrubando o crescimento para um intervalo entre 3% e 4% ao ano. As consequências para a economia mundial dessa desaceleração de toda maneira forte da economia chinesa reforça as perspectivas de baixo crescimento global por muito tempo. No caso da economia brasileira, esse cenário se traduz por um risco maior de contágio, pela via de vulnerabilidades no setor externo, ao lado de um possível alívio nas pressões inflacionárias, pela expectativa de redução na demanda mundial por commodities ? com as quais o Brasil sustenta quase três quartos de suas receitas de exportação. A moral dessa história é que, diante do ?fator China?, reduzir a taxa básica de juros no Brasil, interrompendo a valorização do real e aliviando a balança em contas correntes, antes um desejo de uns tantos, pode se apresentar como uma necessidade para todos.  

No primeiro capítulo da atual crise, a China desempenhou papel de protagonista. Não só pelas interrelações com os Estados Unidos, mas também como motor de escape das economias emergentes exportadoras de commodities. A pergunta, agora, é se a China vai poder repetir seu papel no enredo da economia global, no segundo capítulo da crise global. Não se tem ainda uma resposta clara e convincente, mas a tendência é que a China não repetirá sua parte nessa história. Com seu altíssimo índice de poupança e investimento, a China viveu décadas de ampliação de sua capacidade de produção e relativas melhorias de qualidade. Os limites estreitos do mercado interno, cuja origem é o baixo índice de consumo local ? algo em torno de 35% do PIB, pouco mais da metade da média do resto do mundo ? foram compensados pelas exportações maciças. Estas, por sua vez, se valeram da política cambial chinesa, que atrela o yuan à trajetória das cotações do dólar, para mantê-lo desvalorizado. Um modelo potente de crescimento, voltado para o mercado externo, sem muita preocupação com a distribuição de renda. Mas que, dando certo, um dia encontraria nele mesmo o seu teto. Impossível crescer indefinidamente na dependência do mercado externo. Mais ainda num país de dimensões continentais e superpopulação, acima de 1,3 bilhão der habitantes. A grave crise atual da economia internacional apontou aos chineses a necessidade de desenvolver muito mais o mercado interno. O caminho do aumento do consumo doméstico será espinhoso. E obrigará a mudanças de grande monta no modelo de crescimento. Será preciso desacelerar para reduzir pressões inflacionárias e transitar do foco no investimento (e na poupança) para o consumo. Já é quase consenso que a China desacelerará de um crescimento médio anual de 12% para algo entre 6% e 8%. Uma desaceleração e tanto. Esse novo ritmo de expansão só não é consenso por que especialistas em economia chinesa já falam em expansão bem menor. Caso do economista Michael Pettis, há tempos baseado em Pequim, que em artigo recente, calculou que, para levar o consumo chinês de 35% do PIB para 50% do PIB, o governo acabará derrubando o crescimento para um intervalo entre 3% e 4% ao ano. As consequências para a economia mundial dessa desaceleração de toda maneira forte da economia chinesa reforça as perspectivas de baixo crescimento global por muito tempo. No caso da economia brasileira, esse cenário se traduz por um risco maior de contágio, pela via de vulnerabilidades no setor externo, ao lado de um possível alívio nas pressões inflacionárias, pela expectativa de redução na demanda mundial por commodities ? com as quais o Brasil sustenta quase três quartos de suas receitas de exportação. A moral dessa história é que, diante do ?fator China?, reduzir a taxa básica de juros no Brasil, interrompendo a valorização do real e aliviando a balança em contas correntes, antes um desejo de uns tantos, pode se apresentar como uma necessidade para todos.  

No primeiro capítulo da atual crise, a China desempenhou papel de protagonista. Não só pelas interrelações com os Estados Unidos, mas também como motor de escape das economias emergentes exportadoras de commodities. A pergunta, agora, é se a China vai poder repetir seu papel no enredo da economia global, no segundo capítulo da crise global. Não se tem ainda uma resposta clara e convincente, mas a tendência é que a China não repetirá sua parte nessa história. Com seu altíssimo índice de poupança e investimento, a China viveu décadas de ampliação de sua capacidade de produção e relativas melhorias de qualidade. Os limites estreitos do mercado interno, cuja origem é o baixo índice de consumo local ? algo em torno de 35% do PIB, pouco mais da metade da média do resto do mundo ? foram compensados pelas exportações maciças. Estas, por sua vez, se valeram da política cambial chinesa, que atrela o yuan à trajetória das cotações do dólar, para mantê-lo desvalorizado. Um modelo potente de crescimento, voltado para o mercado externo, sem muita preocupação com a distribuição de renda. Mas que, dando certo, um dia encontraria nele mesmo o seu teto. Impossível crescer indefinidamente na dependência do mercado externo. Mais ainda num país de dimensões continentais e superpopulação, acima de 1,3 bilhão der habitantes. A grave crise atual da economia internacional apontou aos chineses a necessidade de desenvolver muito mais o mercado interno. O caminho do aumento do consumo doméstico será espinhoso. E obrigará a mudanças de grande monta no modelo de crescimento. Será preciso desacelerar para reduzir pressões inflacionárias e transitar do foco no investimento (e na poupança) para o consumo. Já é quase consenso que a China desacelerará de um crescimento médio anual de 12% para algo entre 6% e 8%. Uma desaceleração e tanto. Esse novo ritmo de expansão só não é consenso por que especialistas em economia chinesa já falam em expansão bem menor. Caso do economista Michael Pettis, há tempos baseado em Pequim, que em artigo recente, calculou que, para levar o consumo chinês de 35% do PIB para 50% do PIB, o governo acabará derrubando o crescimento para um intervalo entre 3% e 4% ao ano. As consequências para a economia mundial dessa desaceleração de toda maneira forte da economia chinesa reforça as perspectivas de baixo crescimento global por muito tempo. No caso da economia brasileira, esse cenário se traduz por um risco maior de contágio, pela via de vulnerabilidades no setor externo, ao lado de um possível alívio nas pressões inflacionárias, pela expectativa de redução na demanda mundial por commodities ? com as quais o Brasil sustenta quase três quartos de suas receitas de exportação. A moral dessa história é que, diante do ?fator China?, reduzir a taxa básica de juros no Brasil, interrompendo a valorização do real e aliviando a balança em contas correntes, antes um desejo de uns tantos, pode se apresentar como uma necessidade para todos.  

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