Paul Samuelson: a Economia como arte e ciência


Por Redação

A morte de Paul A. Samuelson, aos 94 anos, anunciada neste domingo, é um convite quase irresistível a uma reflexão sobre a economia, os economistas e a trajetória de ambos ao longo da História. A ele se devem construções teóricas - e seus devidos impactos na vida prática - em que arte, ciência e implicações sociais encontraram denominadores comuns. Essa atitude intelectual aberta e generosa é cada vez mais uma raridade entre os economistas.

Laureado com o Prêmio Nobel de Economia de 1970 - foi o primeiro americano a ganhar a láurea, logo em sua segunda edição -, Samuelson contribuiu, como poucos, para redefinir as bases da moderna análise econômica. Também como poucos, soube aliar a clareza na argumentação e o olhar social com o rigor das formulações matemáticas.

Melhor do que deitar falação sobre o grande economista é deixá-lo falar por ele mesmo. Não é muito difícil resumir seu pensamento sobre a chamada "lúgubre ciência". Basta folhear as primeiras páginas de seu antológico "Economics", provavelmente o maior best-seller até hoje entre os livros-texto da área.

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Lançado em 1948, com o subtítulo de "Uma análise introdutória", "Economics" foi traduzido em várias dezenas de idiomas. No Brasil, chamou-se "Introdução à análise econômica", e chegou às livrarias em 1952. Não houve estudante de economia, entre os anos 50 e 80, que não tenha sido apresentado à matéria pelos muitos e abrangentes capítulos do livro de Samuelson.

Meu exemplar é da sétima edição brasileira, publicada pela Agir em 1971, com base na tradução da também sétima edição americana - que passou por uma ampla revisão, como informa o autor no prefácio. Dois volumes, 40 capítulos, mais de 1.200 páginas.

A introdução começa com uma citação de John Maynard Keynes, de quem Samuelson levou os conceitos para os Estados Unidos e foi seguidor não rigidamente alinhado. No primeiro parágrafo, uma descrição da Economia: "a mais antiga das artes, a mais nova das ciências".

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Um pouco mais à frente, essa definição será detalhada: "Não apenas a Economia é ao mesmo tempo uma arte e uma ciência, mas, como matéria, pode combinar os pontos atraentes tanto de Humanidades como das ciências", escreve. Adiante, reafirma: "A Economia faz fronteira com outras importantes disciplinas acadêmicas. Sociologia, Ciência Política, Psicologia e Antropologia são, todas, ciências sociais cujo estudo avança sobre o da Economia".

Um exemplo do que deve orientar a Economia, de acordo com esse caráter de ciência social, vem em seguida: "Na Índia empobrecida, as vacas são animais sagrados e, somando milhões de cabeças, têm permissão para andarem pelas ruas à procura de comida. Enquanto um economista ingênuo possa considerar essas cabeças de gado como uma excelente fonte de proteína para uma dieta já inadequada, o estudioso mais profundo levará em consideração a psicologia do costume ao analisar o desenvolvimento econômico indiano".

Eis o legado de Paul Samuelson: uma economia é inservível se não opera no sentido de indicar os meios pelos os quais, com recursos escassos, se possa promover o máximo de bem-estar possível ao maior número possível de pessoas.

A morte de Paul A. Samuelson, aos 94 anos, anunciada neste domingo, é um convite quase irresistível a uma reflexão sobre a economia, os economistas e a trajetória de ambos ao longo da História. A ele se devem construções teóricas - e seus devidos impactos na vida prática - em que arte, ciência e implicações sociais encontraram denominadores comuns. Essa atitude intelectual aberta e generosa é cada vez mais uma raridade entre os economistas.

Laureado com o Prêmio Nobel de Economia de 1970 - foi o primeiro americano a ganhar a láurea, logo em sua segunda edição -, Samuelson contribuiu, como poucos, para redefinir as bases da moderna análise econômica. Também como poucos, soube aliar a clareza na argumentação e o olhar social com o rigor das formulações matemáticas.

Melhor do que deitar falação sobre o grande economista é deixá-lo falar por ele mesmo. Não é muito difícil resumir seu pensamento sobre a chamada "lúgubre ciência". Basta folhear as primeiras páginas de seu antológico "Economics", provavelmente o maior best-seller até hoje entre os livros-texto da área.

Lançado em 1948, com o subtítulo de "Uma análise introdutória", "Economics" foi traduzido em várias dezenas de idiomas. No Brasil, chamou-se "Introdução à análise econômica", e chegou às livrarias em 1952. Não houve estudante de economia, entre os anos 50 e 80, que não tenha sido apresentado à matéria pelos muitos e abrangentes capítulos do livro de Samuelson.

Meu exemplar é da sétima edição brasileira, publicada pela Agir em 1971, com base na tradução da também sétima edição americana - que passou por uma ampla revisão, como informa o autor no prefácio. Dois volumes, 40 capítulos, mais de 1.200 páginas.

A introdução começa com uma citação de John Maynard Keynes, de quem Samuelson levou os conceitos para os Estados Unidos e foi seguidor não rigidamente alinhado. No primeiro parágrafo, uma descrição da Economia: "a mais antiga das artes, a mais nova das ciências".

Um pouco mais à frente, essa definição será detalhada: "Não apenas a Economia é ao mesmo tempo uma arte e uma ciência, mas, como matéria, pode combinar os pontos atraentes tanto de Humanidades como das ciências", escreve. Adiante, reafirma: "A Economia faz fronteira com outras importantes disciplinas acadêmicas. Sociologia, Ciência Política, Psicologia e Antropologia são, todas, ciências sociais cujo estudo avança sobre o da Economia".

Um exemplo do que deve orientar a Economia, de acordo com esse caráter de ciência social, vem em seguida: "Na Índia empobrecida, as vacas são animais sagrados e, somando milhões de cabeças, têm permissão para andarem pelas ruas à procura de comida. Enquanto um economista ingênuo possa considerar essas cabeças de gado como uma excelente fonte de proteína para uma dieta já inadequada, o estudioso mais profundo levará em consideração a psicologia do costume ao analisar o desenvolvimento econômico indiano".

Eis o legado de Paul Samuelson: uma economia é inservível se não opera no sentido de indicar os meios pelos os quais, com recursos escassos, se possa promover o máximo de bem-estar possível ao maior número possível de pessoas.

A morte de Paul A. Samuelson, aos 94 anos, anunciada neste domingo, é um convite quase irresistível a uma reflexão sobre a economia, os economistas e a trajetória de ambos ao longo da História. A ele se devem construções teóricas - e seus devidos impactos na vida prática - em que arte, ciência e implicações sociais encontraram denominadores comuns. Essa atitude intelectual aberta e generosa é cada vez mais uma raridade entre os economistas.

Laureado com o Prêmio Nobel de Economia de 1970 - foi o primeiro americano a ganhar a láurea, logo em sua segunda edição -, Samuelson contribuiu, como poucos, para redefinir as bases da moderna análise econômica. Também como poucos, soube aliar a clareza na argumentação e o olhar social com o rigor das formulações matemáticas.

Melhor do que deitar falação sobre o grande economista é deixá-lo falar por ele mesmo. Não é muito difícil resumir seu pensamento sobre a chamada "lúgubre ciência". Basta folhear as primeiras páginas de seu antológico "Economics", provavelmente o maior best-seller até hoje entre os livros-texto da área.

Lançado em 1948, com o subtítulo de "Uma análise introdutória", "Economics" foi traduzido em várias dezenas de idiomas. No Brasil, chamou-se "Introdução à análise econômica", e chegou às livrarias em 1952. Não houve estudante de economia, entre os anos 50 e 80, que não tenha sido apresentado à matéria pelos muitos e abrangentes capítulos do livro de Samuelson.

Meu exemplar é da sétima edição brasileira, publicada pela Agir em 1971, com base na tradução da também sétima edição americana - que passou por uma ampla revisão, como informa o autor no prefácio. Dois volumes, 40 capítulos, mais de 1.200 páginas.

A introdução começa com uma citação de John Maynard Keynes, de quem Samuelson levou os conceitos para os Estados Unidos e foi seguidor não rigidamente alinhado. No primeiro parágrafo, uma descrição da Economia: "a mais antiga das artes, a mais nova das ciências".

Um pouco mais à frente, essa definição será detalhada: "Não apenas a Economia é ao mesmo tempo uma arte e uma ciência, mas, como matéria, pode combinar os pontos atraentes tanto de Humanidades como das ciências", escreve. Adiante, reafirma: "A Economia faz fronteira com outras importantes disciplinas acadêmicas. Sociologia, Ciência Política, Psicologia e Antropologia são, todas, ciências sociais cujo estudo avança sobre o da Economia".

Um exemplo do que deve orientar a Economia, de acordo com esse caráter de ciência social, vem em seguida: "Na Índia empobrecida, as vacas são animais sagrados e, somando milhões de cabeças, têm permissão para andarem pelas ruas à procura de comida. Enquanto um economista ingênuo possa considerar essas cabeças de gado como uma excelente fonte de proteína para uma dieta já inadequada, o estudioso mais profundo levará em consideração a psicologia do costume ao analisar o desenvolvimento econômico indiano".

Eis o legado de Paul Samuelson: uma economia é inservível se não opera no sentido de indicar os meios pelos os quais, com recursos escassos, se possa promover o máximo de bem-estar possível ao maior número possível de pessoas.

A morte de Paul A. Samuelson, aos 94 anos, anunciada neste domingo, é um convite quase irresistível a uma reflexão sobre a economia, os economistas e a trajetória de ambos ao longo da História. A ele se devem construções teóricas - e seus devidos impactos na vida prática - em que arte, ciência e implicações sociais encontraram denominadores comuns. Essa atitude intelectual aberta e generosa é cada vez mais uma raridade entre os economistas.

Laureado com o Prêmio Nobel de Economia de 1970 - foi o primeiro americano a ganhar a láurea, logo em sua segunda edição -, Samuelson contribuiu, como poucos, para redefinir as bases da moderna análise econômica. Também como poucos, soube aliar a clareza na argumentação e o olhar social com o rigor das formulações matemáticas.

Melhor do que deitar falação sobre o grande economista é deixá-lo falar por ele mesmo. Não é muito difícil resumir seu pensamento sobre a chamada "lúgubre ciência". Basta folhear as primeiras páginas de seu antológico "Economics", provavelmente o maior best-seller até hoje entre os livros-texto da área.

Lançado em 1948, com o subtítulo de "Uma análise introdutória", "Economics" foi traduzido em várias dezenas de idiomas. No Brasil, chamou-se "Introdução à análise econômica", e chegou às livrarias em 1952. Não houve estudante de economia, entre os anos 50 e 80, que não tenha sido apresentado à matéria pelos muitos e abrangentes capítulos do livro de Samuelson.

Meu exemplar é da sétima edição brasileira, publicada pela Agir em 1971, com base na tradução da também sétima edição americana - que passou por uma ampla revisão, como informa o autor no prefácio. Dois volumes, 40 capítulos, mais de 1.200 páginas.

A introdução começa com uma citação de John Maynard Keynes, de quem Samuelson levou os conceitos para os Estados Unidos e foi seguidor não rigidamente alinhado. No primeiro parágrafo, uma descrição da Economia: "a mais antiga das artes, a mais nova das ciências".

Um pouco mais à frente, essa definição será detalhada: "Não apenas a Economia é ao mesmo tempo uma arte e uma ciência, mas, como matéria, pode combinar os pontos atraentes tanto de Humanidades como das ciências", escreve. Adiante, reafirma: "A Economia faz fronteira com outras importantes disciplinas acadêmicas. Sociologia, Ciência Política, Psicologia e Antropologia são, todas, ciências sociais cujo estudo avança sobre o da Economia".

Um exemplo do que deve orientar a Economia, de acordo com esse caráter de ciência social, vem em seguida: "Na Índia empobrecida, as vacas são animais sagrados e, somando milhões de cabeças, têm permissão para andarem pelas ruas à procura de comida. Enquanto um economista ingênuo possa considerar essas cabeças de gado como uma excelente fonte de proteína para uma dieta já inadequada, o estudioso mais profundo levará em consideração a psicologia do costume ao analisar o desenvolvimento econômico indiano".

Eis o legado de Paul Samuelson: uma economia é inservível se não opera no sentido de indicar os meios pelos os quais, com recursos escassos, se possa promover o máximo de bem-estar possível ao maior número possível de pessoas.

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