Juros altos, no Brasil e nos EUA, farão de 2025 o ano da renda fixa, diz executivo do Bradesco


Para Guilherme Muller Leal, medidas buscadas por Trump podem ser positivas para brasileiros que investem nos EUA

Por Aline Bronzati

NOVA YORK - A expectativa de juros mais elevados nos Estados Unidos e também no Brasil desenha 2025 como o ano da renda fixa. Desde a vitória de Donald Trump na eleição americana, bancos e consultorias do mundo todo têm alterado o seu cenário para os Fed Funds (a taxa das transações entre bancos americanos em relação às suas reservas no Federal Reserve, o banco central americano), prevendo que a taxa básica americana estacione em um patamar mais elevado.

De Wall Street à Faria Lima, agentes do mercado avaliam que as medidas almejadas por Trump podem ampliar as pressões inflacionárias nos EUA, o que obrigaria o Federal Reserve (Fed) a parar de cortar os juros mais cedo no país. Além disso, recentes dados indicam que os preços podem estar mais resistentes, colocando em risco até mesmo uma nova redução das taxas na reunião do BC americano de dezembro, o que antes era dado como certo.

“As medidas de Trump são inflacionárias. Ele quer bombar a economia americana e isso significa conviver com uma taxa de juros ainda alta nos EUA”, diz o vice-presidente executivo do Bradesco, Guilherme Muller Leal, em entrevista exclusiva ao Estadão/Broadcast, durante evento do banco, em Nova York.

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Para o investidor brasileiro que já investe nos EUA, a gestão Trump 2.0 deve ser “positiva”, prevê. De um lado, os juros altos sustentam elevados retornos na renda fixa. Do outro, as bolsas americanas devem ampliar os ganhos em um ambiente mais pró-mercado e menos duro no campo regulatório, benéfico para ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) e fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês), enquanto o dólar deve seguir fortalecido, avalia.

“Na gestão anterior de Trump, a regulação era menos intensa do que é hoje e o imposto também era mais suave, então, a perspectiva é muito positiva”, afirma.

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Guilherme Leal, diretor executivo do Bradesco responsável pelo Prime, Private Bank, Ágora e a área de investimentos Foto: Acervo Bradesco

Quanto à possibilidade de a gestão Trump servir de ponte para os brasileiros ampliarem o montante de recursos que investem no exterior, Leal diz que a tendência é que, com o tempo, essa fatia cresça. Mas, no curto prazo, o câmbio é um fator determinante e, com o dólar na casa dos R$ 5,80, sob pressão do atraso do anúncio do pacote fiscal do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os investidores devem permanecer em compasso de espera.

“O grande desafio e a discussão maior têm sido o dólar a R$ 5,80″, diz Augusto Miranda, diretor executivo do Bradesco. “O anúncio do pacote fiscal é essencial para baixar a temperatura. O governo está preocupado em levar para o mercado um pacote mais robusto”, acrescenta Leal, sem mencionar um número exato.

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Ativos mais seguros

Incertezas no front geopolítico também empurram os investidores para ativos mais seguros, a exemplo do que ocorreu nos mercados globais ontem em meio a novos temores das tensões entre a Rússia e a Ucrânia. “A gente não tem certezas, mas cenários. 2025 vai ser um excelente teste para ver quem está bem diversificado. Está se desenhando um ano para a renda fixa”, prevê Miranda.

No Brasil, a perspectiva de novos aumentos na Selic para combater pressões inflacionárias e fiscais também sustenta um ambiente positivo para a renda fixa em 2025. Segundo o diretor do Bradesco, o ano será de diversificação de investimentos, com foco na saúde financeira das empresas. Por sua vez, estratégias mais agressivas em renda variável e em multimercados podem ser impactadas, pondera o executivo.

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“Os investidores vão ter de buscar estratégias para protegerem os seus investimentos e, em um ambiente de juros altos, a renda fixa é preponderante”, conclui Leal.

NOVA YORK - A expectativa de juros mais elevados nos Estados Unidos e também no Brasil desenha 2025 como o ano da renda fixa. Desde a vitória de Donald Trump na eleição americana, bancos e consultorias do mundo todo têm alterado o seu cenário para os Fed Funds (a taxa das transações entre bancos americanos em relação às suas reservas no Federal Reserve, o banco central americano), prevendo que a taxa básica americana estacione em um patamar mais elevado.

De Wall Street à Faria Lima, agentes do mercado avaliam que as medidas almejadas por Trump podem ampliar as pressões inflacionárias nos EUA, o que obrigaria o Federal Reserve (Fed) a parar de cortar os juros mais cedo no país. Além disso, recentes dados indicam que os preços podem estar mais resistentes, colocando em risco até mesmo uma nova redução das taxas na reunião do BC americano de dezembro, o que antes era dado como certo.

“As medidas de Trump são inflacionárias. Ele quer bombar a economia americana e isso significa conviver com uma taxa de juros ainda alta nos EUA”, diz o vice-presidente executivo do Bradesco, Guilherme Muller Leal, em entrevista exclusiva ao Estadão/Broadcast, durante evento do banco, em Nova York.

Para o investidor brasileiro que já investe nos EUA, a gestão Trump 2.0 deve ser “positiva”, prevê. De um lado, os juros altos sustentam elevados retornos na renda fixa. Do outro, as bolsas americanas devem ampliar os ganhos em um ambiente mais pró-mercado e menos duro no campo regulatório, benéfico para ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) e fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês), enquanto o dólar deve seguir fortalecido, avalia.

“Na gestão anterior de Trump, a regulação era menos intensa do que é hoje e o imposto também era mais suave, então, a perspectiva é muito positiva”, afirma.

Guilherme Leal, diretor executivo do Bradesco responsável pelo Prime, Private Bank, Ágora e a área de investimentos Foto: Acervo Bradesco

Quanto à possibilidade de a gestão Trump servir de ponte para os brasileiros ampliarem o montante de recursos que investem no exterior, Leal diz que a tendência é que, com o tempo, essa fatia cresça. Mas, no curto prazo, o câmbio é um fator determinante e, com o dólar na casa dos R$ 5,80, sob pressão do atraso do anúncio do pacote fiscal do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os investidores devem permanecer em compasso de espera.

“O grande desafio e a discussão maior têm sido o dólar a R$ 5,80″, diz Augusto Miranda, diretor executivo do Bradesco. “O anúncio do pacote fiscal é essencial para baixar a temperatura. O governo está preocupado em levar para o mercado um pacote mais robusto”, acrescenta Leal, sem mencionar um número exato.

Ativos mais seguros

Incertezas no front geopolítico também empurram os investidores para ativos mais seguros, a exemplo do que ocorreu nos mercados globais ontem em meio a novos temores das tensões entre a Rússia e a Ucrânia. “A gente não tem certezas, mas cenários. 2025 vai ser um excelente teste para ver quem está bem diversificado. Está se desenhando um ano para a renda fixa”, prevê Miranda.

No Brasil, a perspectiva de novos aumentos na Selic para combater pressões inflacionárias e fiscais também sustenta um ambiente positivo para a renda fixa em 2025. Segundo o diretor do Bradesco, o ano será de diversificação de investimentos, com foco na saúde financeira das empresas. Por sua vez, estratégias mais agressivas em renda variável e em multimercados podem ser impactadas, pondera o executivo.

“Os investidores vão ter de buscar estratégias para protegerem os seus investimentos e, em um ambiente de juros altos, a renda fixa é preponderante”, conclui Leal.

NOVA YORK - A expectativa de juros mais elevados nos Estados Unidos e também no Brasil desenha 2025 como o ano da renda fixa. Desde a vitória de Donald Trump na eleição americana, bancos e consultorias do mundo todo têm alterado o seu cenário para os Fed Funds (a taxa das transações entre bancos americanos em relação às suas reservas no Federal Reserve, o banco central americano), prevendo que a taxa básica americana estacione em um patamar mais elevado.

De Wall Street à Faria Lima, agentes do mercado avaliam que as medidas almejadas por Trump podem ampliar as pressões inflacionárias nos EUA, o que obrigaria o Federal Reserve (Fed) a parar de cortar os juros mais cedo no país. Além disso, recentes dados indicam que os preços podem estar mais resistentes, colocando em risco até mesmo uma nova redução das taxas na reunião do BC americano de dezembro, o que antes era dado como certo.

“As medidas de Trump são inflacionárias. Ele quer bombar a economia americana e isso significa conviver com uma taxa de juros ainda alta nos EUA”, diz o vice-presidente executivo do Bradesco, Guilherme Muller Leal, em entrevista exclusiva ao Estadão/Broadcast, durante evento do banco, em Nova York.

Para o investidor brasileiro que já investe nos EUA, a gestão Trump 2.0 deve ser “positiva”, prevê. De um lado, os juros altos sustentam elevados retornos na renda fixa. Do outro, as bolsas americanas devem ampliar os ganhos em um ambiente mais pró-mercado e menos duro no campo regulatório, benéfico para ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) e fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês), enquanto o dólar deve seguir fortalecido, avalia.

“Na gestão anterior de Trump, a regulação era menos intensa do que é hoje e o imposto também era mais suave, então, a perspectiva é muito positiva”, afirma.

Guilherme Leal, diretor executivo do Bradesco responsável pelo Prime, Private Bank, Ágora e a área de investimentos Foto: Acervo Bradesco

Quanto à possibilidade de a gestão Trump servir de ponte para os brasileiros ampliarem o montante de recursos que investem no exterior, Leal diz que a tendência é que, com o tempo, essa fatia cresça. Mas, no curto prazo, o câmbio é um fator determinante e, com o dólar na casa dos R$ 5,80, sob pressão do atraso do anúncio do pacote fiscal do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os investidores devem permanecer em compasso de espera.

“O grande desafio e a discussão maior têm sido o dólar a R$ 5,80″, diz Augusto Miranda, diretor executivo do Bradesco. “O anúncio do pacote fiscal é essencial para baixar a temperatura. O governo está preocupado em levar para o mercado um pacote mais robusto”, acrescenta Leal, sem mencionar um número exato.

Ativos mais seguros

Incertezas no front geopolítico também empurram os investidores para ativos mais seguros, a exemplo do que ocorreu nos mercados globais ontem em meio a novos temores das tensões entre a Rússia e a Ucrânia. “A gente não tem certezas, mas cenários. 2025 vai ser um excelente teste para ver quem está bem diversificado. Está se desenhando um ano para a renda fixa”, prevê Miranda.

No Brasil, a perspectiva de novos aumentos na Selic para combater pressões inflacionárias e fiscais também sustenta um ambiente positivo para a renda fixa em 2025. Segundo o diretor do Bradesco, o ano será de diversificação de investimentos, com foco na saúde financeira das empresas. Por sua vez, estratégias mais agressivas em renda variável e em multimercados podem ser impactadas, pondera o executivo.

“Os investidores vão ter de buscar estratégias para protegerem os seus investimentos e, em um ambiente de juros altos, a renda fixa é preponderante”, conclui Leal.

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