Juros bancários têm primeira queda desde junho de 2021; taxa do cheque especial aumenta


Taxa média de juros no crédito livre passou de 40,6% ao ano em agosto para 40,4% ao ano em setembro

Por Thaís Barcellos e Eduardo Rodrigues
Atualização:

BRASÍLIA - Após a interrupção no ciclo de alta da Selic realizado pelo Comitê de Política Monetária (Copom), a taxa média de juros no crédito livre passou de 40,6% ao ano em agosto para 40,4% ao ano em setembro, informou nesta quinta-feira, 27, o Banco Central.

Trata-se do primeiro recuo desde junho de 2021 nos empréstimos com recursos livres, ou seja, não inclui as operações de financiamento à casa própria, rural e do BNDES.

Para as pessoas físicas, a taxa média de juros no crédito livre passou de 54,0% para 53,7% ao ano de agosto para setembro, enquanto para as pessoas jurídicas subiu de 22,7% para 22,9%.

continua após a publicidade

Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa saltou de 128,4% ao ano para 134,6% ao ano de agosto para setembro. É a maior taxa desde janeiro de 2020 (140,8% ao ano).

No crédito pessoal, em sentido contrário, a taxa passou de 41% para 40,2% ao ano.

Desde 2018, os bancos estão oferecendo um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção vale para débitos superiores a R$ 200. Em janeiro de 2020, o BC passou a aplicar uma limitação dos juros do cheque especial, em 8% ao mês (151,82% ao ano).

continua após a publicidade

Os dados divulgados hoje pelo Banco Central mostraram ainda que, para aquisição de veículos, os juros foram de 27,4% ao ano em agosto para 27,0% em setembro.

A taxa média de juros no crédito total, que inclui operações livres e direcionadas (com recursos da poupança e do BNDES), foi de 28,8% ao ano em agosto para 28,6% ao ano em setembro. No nono mês de 2021, estava em 21,6%.

Cartão de crédito

continua após a publicidade

O juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito caiu 10,9 pontos porcentuais de agosto para setembro, informou o Banco Central. A taxa passou de 399,6% para 388,7% ao ano.

Juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito caiu 10,9 pontos porcentuais de agosto para setembro.  Foto: Thiago Teixeira/Estadão

O rotativo do cartão, juntamente com o cheque especial, é uma modalidade de crédito emergencial, muito acessada em momentos de dificuldades.

continua após a publicidade

No caso do parcelado, ainda dentro de cartão de crédito, o juro passou de 186,8% para 184,9% ao ano. Considerando o juro total do cartão de crédito, que leva em conta operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 87,7% para 88,5%.

Em abril de 2017, começou a valer a regra que obriga os bancos a transferir, após um mês, a dívida do rotativo do cartão de crédito para o parcelado, a juros mais baixos. A intenção do governo com a nova regra era permitir que a taxa de juros para o rotativo do cartão de crédito recuasse, já que o risco de inadimplência, em tese, cai com a migração para o parcelado.

Já o Indicador de Custo de Crédito (ICC) subiu 0,2 ponto porcentual em setembro ante agosto, aos 21,2% ao ano. O porcentual reflete o volume de juros pagos, em reais, por consumidores e empresas no mês, considerando todo o estoque de operações, dividido pelo próprio estoque. Na prática, o indicador reflete a taxa de juros média efetivamente paga pelo brasileiro nas operações de crédito contratadas no passado e ainda em andamento.

BRASÍLIA - Após a interrupção no ciclo de alta da Selic realizado pelo Comitê de Política Monetária (Copom), a taxa média de juros no crédito livre passou de 40,6% ao ano em agosto para 40,4% ao ano em setembro, informou nesta quinta-feira, 27, o Banco Central.

Trata-se do primeiro recuo desde junho de 2021 nos empréstimos com recursos livres, ou seja, não inclui as operações de financiamento à casa própria, rural e do BNDES.

Para as pessoas físicas, a taxa média de juros no crédito livre passou de 54,0% para 53,7% ao ano de agosto para setembro, enquanto para as pessoas jurídicas subiu de 22,7% para 22,9%.

Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa saltou de 128,4% ao ano para 134,6% ao ano de agosto para setembro. É a maior taxa desde janeiro de 2020 (140,8% ao ano).

No crédito pessoal, em sentido contrário, a taxa passou de 41% para 40,2% ao ano.

Desde 2018, os bancos estão oferecendo um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção vale para débitos superiores a R$ 200. Em janeiro de 2020, o BC passou a aplicar uma limitação dos juros do cheque especial, em 8% ao mês (151,82% ao ano).

Os dados divulgados hoje pelo Banco Central mostraram ainda que, para aquisição de veículos, os juros foram de 27,4% ao ano em agosto para 27,0% em setembro.

A taxa média de juros no crédito total, que inclui operações livres e direcionadas (com recursos da poupança e do BNDES), foi de 28,8% ao ano em agosto para 28,6% ao ano em setembro. No nono mês de 2021, estava em 21,6%.

Cartão de crédito

O juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito caiu 10,9 pontos porcentuais de agosto para setembro, informou o Banco Central. A taxa passou de 399,6% para 388,7% ao ano.

Juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito caiu 10,9 pontos porcentuais de agosto para setembro.  Foto: Thiago Teixeira/Estadão

O rotativo do cartão, juntamente com o cheque especial, é uma modalidade de crédito emergencial, muito acessada em momentos de dificuldades.

No caso do parcelado, ainda dentro de cartão de crédito, o juro passou de 186,8% para 184,9% ao ano. Considerando o juro total do cartão de crédito, que leva em conta operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 87,7% para 88,5%.

Em abril de 2017, começou a valer a regra que obriga os bancos a transferir, após um mês, a dívida do rotativo do cartão de crédito para o parcelado, a juros mais baixos. A intenção do governo com a nova regra era permitir que a taxa de juros para o rotativo do cartão de crédito recuasse, já que o risco de inadimplência, em tese, cai com a migração para o parcelado.

Já o Indicador de Custo de Crédito (ICC) subiu 0,2 ponto porcentual em setembro ante agosto, aos 21,2% ao ano. O porcentual reflete o volume de juros pagos, em reais, por consumidores e empresas no mês, considerando todo o estoque de operações, dividido pelo próprio estoque. Na prática, o indicador reflete a taxa de juros média efetivamente paga pelo brasileiro nas operações de crédito contratadas no passado e ainda em andamento.

BRASÍLIA - Após a interrupção no ciclo de alta da Selic realizado pelo Comitê de Política Monetária (Copom), a taxa média de juros no crédito livre passou de 40,6% ao ano em agosto para 40,4% ao ano em setembro, informou nesta quinta-feira, 27, o Banco Central.

Trata-se do primeiro recuo desde junho de 2021 nos empréstimos com recursos livres, ou seja, não inclui as operações de financiamento à casa própria, rural e do BNDES.

Para as pessoas físicas, a taxa média de juros no crédito livre passou de 54,0% para 53,7% ao ano de agosto para setembro, enquanto para as pessoas jurídicas subiu de 22,7% para 22,9%.

Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa saltou de 128,4% ao ano para 134,6% ao ano de agosto para setembro. É a maior taxa desde janeiro de 2020 (140,8% ao ano).

No crédito pessoal, em sentido contrário, a taxa passou de 41% para 40,2% ao ano.

Desde 2018, os bancos estão oferecendo um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção vale para débitos superiores a R$ 200. Em janeiro de 2020, o BC passou a aplicar uma limitação dos juros do cheque especial, em 8% ao mês (151,82% ao ano).

Os dados divulgados hoje pelo Banco Central mostraram ainda que, para aquisição de veículos, os juros foram de 27,4% ao ano em agosto para 27,0% em setembro.

A taxa média de juros no crédito total, que inclui operações livres e direcionadas (com recursos da poupança e do BNDES), foi de 28,8% ao ano em agosto para 28,6% ao ano em setembro. No nono mês de 2021, estava em 21,6%.

Cartão de crédito

O juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito caiu 10,9 pontos porcentuais de agosto para setembro, informou o Banco Central. A taxa passou de 399,6% para 388,7% ao ano.

Juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito caiu 10,9 pontos porcentuais de agosto para setembro.  Foto: Thiago Teixeira/Estadão

O rotativo do cartão, juntamente com o cheque especial, é uma modalidade de crédito emergencial, muito acessada em momentos de dificuldades.

No caso do parcelado, ainda dentro de cartão de crédito, o juro passou de 186,8% para 184,9% ao ano. Considerando o juro total do cartão de crédito, que leva em conta operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 87,7% para 88,5%.

Em abril de 2017, começou a valer a regra que obriga os bancos a transferir, após um mês, a dívida do rotativo do cartão de crédito para o parcelado, a juros mais baixos. A intenção do governo com a nova regra era permitir que a taxa de juros para o rotativo do cartão de crédito recuasse, já que o risco de inadimplência, em tese, cai com a migração para o parcelado.

Já o Indicador de Custo de Crédito (ICC) subiu 0,2 ponto porcentual em setembro ante agosto, aos 21,2% ao ano. O porcentual reflete o volume de juros pagos, em reais, por consumidores e empresas no mês, considerando todo o estoque de operações, dividido pelo próprio estoque. Na prática, o indicador reflete a taxa de juros média efetivamente paga pelo brasileiro nas operações de crédito contratadas no passado e ainda em andamento.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.