Lançamentos de imóveis recuam 30,2% e vendas caem 9,2% no 1º trimestre, diz CBIC


Queda atingiu até o Minha Casa Minha Vida, de imóveis populares, que perdeu participação dentro do mercado imobiliário

Por Circe Bonatelli
Atualização:

São Paulo - O mercado de imóveis residenciais novos fechou o primeiro trimestre com queda nos lançamentos e nas vendas, considerando os números consolidados do País, de acordo com pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 29, pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Os lançamentos de imóveis entre janeiro e março totalizaram 48,5 mil unidades, uma queda de 30,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Os lançamentos acumulados nos últimos 12 meses recuaram 14,2%, para 288,5 mil unidades.

Estoque de imóveis novos - na planta, em obras e recém-construídos - diminuiu 6,4% em um ano no País Foto: Sergio Neves/Estadão
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Por sua vez, as vendas de imóveis novos no País encolheram 9,2% na comparação trimestral, para 72,9 mil unidades. E, no acumulado em 12 meses, houve um recuo de 4,9%, para 303,7 mil. Com mais vendas do que lançamentos, o estoque de imóveis novos (na planta, em obras e recém-construídos) diminuiu 6,4% em um ano, para 273,3 mil unidades.

Segundo o presidente da CBIC, José Carlos Martins, essa queda expressiva no começo do ano é um reflexo da visão negativa dos incorporadores sobre os rumos da economia brasileira. “Os números demonstram pessimismo dos empresários com o futuro”, disse.

Nível dos juros

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Na avaliação do executivo, um dos maiores problemas está no nível classificado como “absurdo” da taxa básica de juros da economia (Selic), em 13,75% ao ano. O efeito disso é uma migração de recursos da caderneta de poupança para outras aplicações mais rentáveis, reduzindo a disponibilidade de dinheiro nos bancos para abastecer o crédito imobiliário.

“Os agentes financeiros ficaram mais restritivos na concessão do crédito”, destacou o presidente da CBIC. Vale lembrar que a poupança é a fonte de recursos para a compra e a construção de moradias de médio e alto padrão.

O presidente da Comissão Imobiliário da CBIC, Celso Petrucci, ressaltou que o número de lançamentos no primeiro trimestre de 2023 foi o mais baixo desde meados de 2016. “Ficamos assustados com a redução dos lançamentos”, disse. Se essa situação persistir, o resultado será queda no volume de obras e de empregos no setor ao longo dos próximos anos, acrescentou.

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Petrucci apontou que a queda nos lançamentos foi bem maior do que a das vendas. “Isso mostra que não há problema de demanda. O problema maior é de falta de confiança (dos empresários) na economia por conta do custo alto dos juros”, explicou. Outra tendência caso essa situação continue é de que o estoque de imóveis diminua mais e provoque um aumento no preço de vendas moradias.

Considerando a média de vendas dos últimos 12 meses, se não houver novos lançamentos, a oferta final se esgotaria em 10,8 meses. Um ano antes, esse indicador era de 11 meses. Os números da CBIC englobam 207 cidades brasileiras.

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Volume mais baixo desde 2016

O presidente da Comissão Imobiliário da CBIC, Celso Petrucci, ressaltou que o número de lançamentos no primeiro trimestre de 2023 foi o mais baixo desde meados de 2016. “Ficamos assustados com a redução dos lançamentos”, disse. Se essa situação persistir, o resultado será queda no volume de obras e de empregos no setor ao longo dos próximos anos, acrescentou.

Petrucci apontou que a queda nos lançamentos foi bem maior do que a das vendas. “Isso mostra que não há problema de demanda. O problema maior é de falta de confiança (dos empresários) na economia por conta do custo alto dos juros”, explicou. Outra tendência caso essa situação continue é de que o estoque de imóveis diminua mais e provoque um aumento no preço de vendas moradias.

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Considerando a média de vendas dos últimos 12 meses, se não houver novos lançamentos, a oferta final se esgotaria em 10,8 meses. Um ano antes, esse indicador era de 11 meses. Os números da CBIC englobam 207 cidades brasileiras.

Minha Casa Minha Vida

Os lançamentos e as vendas do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), de imóveis mais populares, também tiveram quedas expressivas no primeiro trimestre, de acordo com a pesquisa divulgada da CBIC. Os lançamentos nacionais de imóveis dentro do programa habitacional caíram 41,8%, para 16,8 mil unidades, enquanto as vendas recuaram 37,1%, para 24,8 mil, conforme o levantamento.

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Com isso, o MCMV perdeu participação de mercado. Os lançamentos do programa representaram apenas 35% dos lançamentos no começo de 2023, ante 42% no início de 2022. No caso das vendas, essa retração foi de 50% para 34%.

“O Minha Casa Minha Vida perdeu significativamente a proporcionalidade que detinha no mercado imobiliário”, afirmou o presidente da Comissão de Mercado Imobiliário da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Celso Petrucci.

São Paulo - O mercado de imóveis residenciais novos fechou o primeiro trimestre com queda nos lançamentos e nas vendas, considerando os números consolidados do País, de acordo com pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 29, pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Os lançamentos de imóveis entre janeiro e março totalizaram 48,5 mil unidades, uma queda de 30,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Os lançamentos acumulados nos últimos 12 meses recuaram 14,2%, para 288,5 mil unidades.

Estoque de imóveis novos - na planta, em obras e recém-construídos - diminuiu 6,4% em um ano no País Foto: Sergio Neves/Estadão

Por sua vez, as vendas de imóveis novos no País encolheram 9,2% na comparação trimestral, para 72,9 mil unidades. E, no acumulado em 12 meses, houve um recuo de 4,9%, para 303,7 mil. Com mais vendas do que lançamentos, o estoque de imóveis novos (na planta, em obras e recém-construídos) diminuiu 6,4% em um ano, para 273,3 mil unidades.

Segundo o presidente da CBIC, José Carlos Martins, essa queda expressiva no começo do ano é um reflexo da visão negativa dos incorporadores sobre os rumos da economia brasileira. “Os números demonstram pessimismo dos empresários com o futuro”, disse.

Nível dos juros

Na avaliação do executivo, um dos maiores problemas está no nível classificado como “absurdo” da taxa básica de juros da economia (Selic), em 13,75% ao ano. O efeito disso é uma migração de recursos da caderneta de poupança para outras aplicações mais rentáveis, reduzindo a disponibilidade de dinheiro nos bancos para abastecer o crédito imobiliário.

“Os agentes financeiros ficaram mais restritivos na concessão do crédito”, destacou o presidente da CBIC. Vale lembrar que a poupança é a fonte de recursos para a compra e a construção de moradias de médio e alto padrão.

O presidente da Comissão Imobiliário da CBIC, Celso Petrucci, ressaltou que o número de lançamentos no primeiro trimestre de 2023 foi o mais baixo desde meados de 2016. “Ficamos assustados com a redução dos lançamentos”, disse. Se essa situação persistir, o resultado será queda no volume de obras e de empregos no setor ao longo dos próximos anos, acrescentou.

Petrucci apontou que a queda nos lançamentos foi bem maior do que a das vendas. “Isso mostra que não há problema de demanda. O problema maior é de falta de confiança (dos empresários) na economia por conta do custo alto dos juros”, explicou. Outra tendência caso essa situação continue é de que o estoque de imóveis diminua mais e provoque um aumento no preço de vendas moradias.

Considerando a média de vendas dos últimos 12 meses, se não houver novos lançamentos, a oferta final se esgotaria em 10,8 meses. Um ano antes, esse indicador era de 11 meses. Os números da CBIC englobam 207 cidades brasileiras.

Volume mais baixo desde 2016

O presidente da Comissão Imobiliário da CBIC, Celso Petrucci, ressaltou que o número de lançamentos no primeiro trimestre de 2023 foi o mais baixo desde meados de 2016. “Ficamos assustados com a redução dos lançamentos”, disse. Se essa situação persistir, o resultado será queda no volume de obras e de empregos no setor ao longo dos próximos anos, acrescentou.

Petrucci apontou que a queda nos lançamentos foi bem maior do que a das vendas. “Isso mostra que não há problema de demanda. O problema maior é de falta de confiança (dos empresários) na economia por conta do custo alto dos juros”, explicou. Outra tendência caso essa situação continue é de que o estoque de imóveis diminua mais e provoque um aumento no preço de vendas moradias.

Considerando a média de vendas dos últimos 12 meses, se não houver novos lançamentos, a oferta final se esgotaria em 10,8 meses. Um ano antes, esse indicador era de 11 meses. Os números da CBIC englobam 207 cidades brasileiras.

Minha Casa Minha Vida

Os lançamentos e as vendas do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), de imóveis mais populares, também tiveram quedas expressivas no primeiro trimestre, de acordo com a pesquisa divulgada da CBIC. Os lançamentos nacionais de imóveis dentro do programa habitacional caíram 41,8%, para 16,8 mil unidades, enquanto as vendas recuaram 37,1%, para 24,8 mil, conforme o levantamento.

Com isso, o MCMV perdeu participação de mercado. Os lançamentos do programa representaram apenas 35% dos lançamentos no começo de 2023, ante 42% no início de 2022. No caso das vendas, essa retração foi de 50% para 34%.

“O Minha Casa Minha Vida perdeu significativamente a proporcionalidade que detinha no mercado imobiliário”, afirmou o presidente da Comissão de Mercado Imobiliário da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Celso Petrucci.

São Paulo - O mercado de imóveis residenciais novos fechou o primeiro trimestre com queda nos lançamentos e nas vendas, considerando os números consolidados do País, de acordo com pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 29, pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Os lançamentos de imóveis entre janeiro e março totalizaram 48,5 mil unidades, uma queda de 30,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Os lançamentos acumulados nos últimos 12 meses recuaram 14,2%, para 288,5 mil unidades.

Estoque de imóveis novos - na planta, em obras e recém-construídos - diminuiu 6,4% em um ano no País Foto: Sergio Neves/Estadão

Por sua vez, as vendas de imóveis novos no País encolheram 9,2% na comparação trimestral, para 72,9 mil unidades. E, no acumulado em 12 meses, houve um recuo de 4,9%, para 303,7 mil. Com mais vendas do que lançamentos, o estoque de imóveis novos (na planta, em obras e recém-construídos) diminuiu 6,4% em um ano, para 273,3 mil unidades.

Segundo o presidente da CBIC, José Carlos Martins, essa queda expressiva no começo do ano é um reflexo da visão negativa dos incorporadores sobre os rumos da economia brasileira. “Os números demonstram pessimismo dos empresários com o futuro”, disse.

Nível dos juros

Na avaliação do executivo, um dos maiores problemas está no nível classificado como “absurdo” da taxa básica de juros da economia (Selic), em 13,75% ao ano. O efeito disso é uma migração de recursos da caderneta de poupança para outras aplicações mais rentáveis, reduzindo a disponibilidade de dinheiro nos bancos para abastecer o crédito imobiliário.

“Os agentes financeiros ficaram mais restritivos na concessão do crédito”, destacou o presidente da CBIC. Vale lembrar que a poupança é a fonte de recursos para a compra e a construção de moradias de médio e alto padrão.

O presidente da Comissão Imobiliário da CBIC, Celso Petrucci, ressaltou que o número de lançamentos no primeiro trimestre de 2023 foi o mais baixo desde meados de 2016. “Ficamos assustados com a redução dos lançamentos”, disse. Se essa situação persistir, o resultado será queda no volume de obras e de empregos no setor ao longo dos próximos anos, acrescentou.

Petrucci apontou que a queda nos lançamentos foi bem maior do que a das vendas. “Isso mostra que não há problema de demanda. O problema maior é de falta de confiança (dos empresários) na economia por conta do custo alto dos juros”, explicou. Outra tendência caso essa situação continue é de que o estoque de imóveis diminua mais e provoque um aumento no preço de vendas moradias.

Considerando a média de vendas dos últimos 12 meses, se não houver novos lançamentos, a oferta final se esgotaria em 10,8 meses. Um ano antes, esse indicador era de 11 meses. Os números da CBIC englobam 207 cidades brasileiras.

Volume mais baixo desde 2016

O presidente da Comissão Imobiliário da CBIC, Celso Petrucci, ressaltou que o número de lançamentos no primeiro trimestre de 2023 foi o mais baixo desde meados de 2016. “Ficamos assustados com a redução dos lançamentos”, disse. Se essa situação persistir, o resultado será queda no volume de obras e de empregos no setor ao longo dos próximos anos, acrescentou.

Petrucci apontou que a queda nos lançamentos foi bem maior do que a das vendas. “Isso mostra que não há problema de demanda. O problema maior é de falta de confiança (dos empresários) na economia por conta do custo alto dos juros”, explicou. Outra tendência caso essa situação continue é de que o estoque de imóveis diminua mais e provoque um aumento no preço de vendas moradias.

Considerando a média de vendas dos últimos 12 meses, se não houver novos lançamentos, a oferta final se esgotaria em 10,8 meses. Um ano antes, esse indicador era de 11 meses. Os números da CBIC englobam 207 cidades brasileiras.

Minha Casa Minha Vida

Os lançamentos e as vendas do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), de imóveis mais populares, também tiveram quedas expressivas no primeiro trimestre, de acordo com a pesquisa divulgada da CBIC. Os lançamentos nacionais de imóveis dentro do programa habitacional caíram 41,8%, para 16,8 mil unidades, enquanto as vendas recuaram 37,1%, para 24,8 mil, conforme o levantamento.

Com isso, o MCMV perdeu participação de mercado. Os lançamentos do programa representaram apenas 35% dos lançamentos no começo de 2023, ante 42% no início de 2022. No caso das vendas, essa retração foi de 50% para 34%.

“O Minha Casa Minha Vida perdeu significativamente a proporcionalidade que detinha no mercado imobiliário”, afirmou o presidente da Comissão de Mercado Imobiliário da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Celso Petrucci.

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