Economista

Opinião|Avanços da IA e da robotização podem substituir empregos, mas também causar deslocamento de vagas


Preocupação de que as máquinas substituam vagas existem há muito tempo

Por Laura Karpuska

Máquinas vêm substituindo o trabalho humano há séculos: tecelões, ascensoristas, operadores de telefonia, datilógrafos e linotipistas. Os otimistas destacam que sobrevivemos às automações e seguimos aqui, vivos, para contar a história. Os pessimistas temem que a nova revolução tecnológica, seja ela qual for, possa ser a derradeira.

É difícil pensar em automação sem lembrar dos ludistas quebrando máquinas na Inglaterra no século 18. Durante as Guerras Napoleônicas, muitos trabalhadores da indústria têxtil foram recrutados para o serviço militar, causando escassez de mão de obra. Com o avanço tecnológico disponível, muitas fábricas puderam utilizar máquinas para compensar a falta de trabalhadores humanos. A guerra também reduzia a atividade econômica, e aumentava os níveis de preços. As máquinas representavam uma ameaça à subsistência e às condições dignas de trabalho.

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A automação pode transformar o mercado de trabalho, substituindo completamente certas ocupações e resultando em uma redução na demanda por trabalhadores e queda nos salários. No entanto, também ocorre um efeito de deslocamento. A automação aumenta a produtividade, o que pode gerar uma maior demanda por empregos que não podem ser automatizados. Além disso, a automação pode criar novos tipos de trabalho. Esse efeito pode ser amplificado se os trabalhadores adquirirem mais habilidades e tiverem a capacidade de migrar entre setores.

Há quem acredite que em pouco tempo muitos trabalhadores possam ser afetados pela inteligência artificial ou pelos avanços da robotização. A velocidade e o alcance dessas transformações levantam preocupações, pois tornariam mais difíceis a implementação de políticas contracíclicas que possam mitigar os efeitos negativos sobre os trabalhadores.

Na primeira fase da revolução industrial, trabalhadores chegaram a quebrar máquinas que consideravam "roubar" seus empregos Foto: DIETER GROSS / ESTADÃO
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Além disso, a automação também suscita preocupações sobre a sustentação da democracia. Temos testemunhado um ressurgimento do populismo, com líderes que se apresentam como antagonistas da elite tradicional no poder. Embora seja difícil apontar uma única causa para o surgimento do populismo, historicamente observa-se uma correlação entre sua ascensão e crises econômicas. Com a crise de 2008 e a pandemia, estamos em um estado de fragilidade, sujeitos a outros choques que possam ocorrer.

“Conab debaterá automação industrial.” Chamada da página 56 do Estadão de 10 de junho de 1983. O Congresso Nacional de Automação Industrial focou na inevitabilidade da automação e seu impacto social. Não achei nenhuma reportagem contando sobre as conclusões da Conab. Talvez não tenha tido nenhuma. Talvez, de alguma forma, estejamos todos nessa reunião ainda.

Máquinas vêm substituindo o trabalho humano há séculos: tecelões, ascensoristas, operadores de telefonia, datilógrafos e linotipistas. Os otimistas destacam que sobrevivemos às automações e seguimos aqui, vivos, para contar a história. Os pessimistas temem que a nova revolução tecnológica, seja ela qual for, possa ser a derradeira.

É difícil pensar em automação sem lembrar dos ludistas quebrando máquinas na Inglaterra no século 18. Durante as Guerras Napoleônicas, muitos trabalhadores da indústria têxtil foram recrutados para o serviço militar, causando escassez de mão de obra. Com o avanço tecnológico disponível, muitas fábricas puderam utilizar máquinas para compensar a falta de trabalhadores humanos. A guerra também reduzia a atividade econômica, e aumentava os níveis de preços. As máquinas representavam uma ameaça à subsistência e às condições dignas de trabalho.

A automação pode transformar o mercado de trabalho, substituindo completamente certas ocupações e resultando em uma redução na demanda por trabalhadores e queda nos salários. No entanto, também ocorre um efeito de deslocamento. A automação aumenta a produtividade, o que pode gerar uma maior demanda por empregos que não podem ser automatizados. Além disso, a automação pode criar novos tipos de trabalho. Esse efeito pode ser amplificado se os trabalhadores adquirirem mais habilidades e tiverem a capacidade de migrar entre setores.

Há quem acredite que em pouco tempo muitos trabalhadores possam ser afetados pela inteligência artificial ou pelos avanços da robotização. A velocidade e o alcance dessas transformações levantam preocupações, pois tornariam mais difíceis a implementação de políticas contracíclicas que possam mitigar os efeitos negativos sobre os trabalhadores.

Na primeira fase da revolução industrial, trabalhadores chegaram a quebrar máquinas que consideravam "roubar" seus empregos Foto: DIETER GROSS / ESTADÃO

Além disso, a automação também suscita preocupações sobre a sustentação da democracia. Temos testemunhado um ressurgimento do populismo, com líderes que se apresentam como antagonistas da elite tradicional no poder. Embora seja difícil apontar uma única causa para o surgimento do populismo, historicamente observa-se uma correlação entre sua ascensão e crises econômicas. Com a crise de 2008 e a pandemia, estamos em um estado de fragilidade, sujeitos a outros choques que possam ocorrer.

“Conab debaterá automação industrial.” Chamada da página 56 do Estadão de 10 de junho de 1983. O Congresso Nacional de Automação Industrial focou na inevitabilidade da automação e seu impacto social. Não achei nenhuma reportagem contando sobre as conclusões da Conab. Talvez não tenha tido nenhuma. Talvez, de alguma forma, estejamos todos nessa reunião ainda.

Máquinas vêm substituindo o trabalho humano há séculos: tecelões, ascensoristas, operadores de telefonia, datilógrafos e linotipistas. Os otimistas destacam que sobrevivemos às automações e seguimos aqui, vivos, para contar a história. Os pessimistas temem que a nova revolução tecnológica, seja ela qual for, possa ser a derradeira.

É difícil pensar em automação sem lembrar dos ludistas quebrando máquinas na Inglaterra no século 18. Durante as Guerras Napoleônicas, muitos trabalhadores da indústria têxtil foram recrutados para o serviço militar, causando escassez de mão de obra. Com o avanço tecnológico disponível, muitas fábricas puderam utilizar máquinas para compensar a falta de trabalhadores humanos. A guerra também reduzia a atividade econômica, e aumentava os níveis de preços. As máquinas representavam uma ameaça à subsistência e às condições dignas de trabalho.

A automação pode transformar o mercado de trabalho, substituindo completamente certas ocupações e resultando em uma redução na demanda por trabalhadores e queda nos salários. No entanto, também ocorre um efeito de deslocamento. A automação aumenta a produtividade, o que pode gerar uma maior demanda por empregos que não podem ser automatizados. Além disso, a automação pode criar novos tipos de trabalho. Esse efeito pode ser amplificado se os trabalhadores adquirirem mais habilidades e tiverem a capacidade de migrar entre setores.

Há quem acredite que em pouco tempo muitos trabalhadores possam ser afetados pela inteligência artificial ou pelos avanços da robotização. A velocidade e o alcance dessas transformações levantam preocupações, pois tornariam mais difíceis a implementação de políticas contracíclicas que possam mitigar os efeitos negativos sobre os trabalhadores.

Na primeira fase da revolução industrial, trabalhadores chegaram a quebrar máquinas que consideravam "roubar" seus empregos Foto: DIETER GROSS / ESTADÃO

Além disso, a automação também suscita preocupações sobre a sustentação da democracia. Temos testemunhado um ressurgimento do populismo, com líderes que se apresentam como antagonistas da elite tradicional no poder. Embora seja difícil apontar uma única causa para o surgimento do populismo, historicamente observa-se uma correlação entre sua ascensão e crises econômicas. Com a crise de 2008 e a pandemia, estamos em um estado de fragilidade, sujeitos a outros choques que possam ocorrer.

“Conab debaterá automação industrial.” Chamada da página 56 do Estadão de 10 de junho de 1983. O Congresso Nacional de Automação Industrial focou na inevitabilidade da automação e seu impacto social. Não achei nenhuma reportagem contando sobre as conclusões da Conab. Talvez não tenha tido nenhuma. Talvez, de alguma forma, estejamos todos nessa reunião ainda.

Máquinas vêm substituindo o trabalho humano há séculos: tecelões, ascensoristas, operadores de telefonia, datilógrafos e linotipistas. Os otimistas destacam que sobrevivemos às automações e seguimos aqui, vivos, para contar a história. Os pessimistas temem que a nova revolução tecnológica, seja ela qual for, possa ser a derradeira.

É difícil pensar em automação sem lembrar dos ludistas quebrando máquinas na Inglaterra no século 18. Durante as Guerras Napoleônicas, muitos trabalhadores da indústria têxtil foram recrutados para o serviço militar, causando escassez de mão de obra. Com o avanço tecnológico disponível, muitas fábricas puderam utilizar máquinas para compensar a falta de trabalhadores humanos. A guerra também reduzia a atividade econômica, e aumentava os níveis de preços. As máquinas representavam uma ameaça à subsistência e às condições dignas de trabalho.

A automação pode transformar o mercado de trabalho, substituindo completamente certas ocupações e resultando em uma redução na demanda por trabalhadores e queda nos salários. No entanto, também ocorre um efeito de deslocamento. A automação aumenta a produtividade, o que pode gerar uma maior demanda por empregos que não podem ser automatizados. Além disso, a automação pode criar novos tipos de trabalho. Esse efeito pode ser amplificado se os trabalhadores adquirirem mais habilidades e tiverem a capacidade de migrar entre setores.

Há quem acredite que em pouco tempo muitos trabalhadores possam ser afetados pela inteligência artificial ou pelos avanços da robotização. A velocidade e o alcance dessas transformações levantam preocupações, pois tornariam mais difíceis a implementação de políticas contracíclicas que possam mitigar os efeitos negativos sobre os trabalhadores.

Na primeira fase da revolução industrial, trabalhadores chegaram a quebrar máquinas que consideravam "roubar" seus empregos Foto: DIETER GROSS / ESTADÃO

Além disso, a automação também suscita preocupações sobre a sustentação da democracia. Temos testemunhado um ressurgimento do populismo, com líderes que se apresentam como antagonistas da elite tradicional no poder. Embora seja difícil apontar uma única causa para o surgimento do populismo, historicamente observa-se uma correlação entre sua ascensão e crises econômicas. Com a crise de 2008 e a pandemia, estamos em um estado de fragilidade, sujeitos a outros choques que possam ocorrer.

“Conab debaterá automação industrial.” Chamada da página 56 do Estadão de 10 de junho de 1983. O Congresso Nacional de Automação Industrial focou na inevitabilidade da automação e seu impacto social. Não achei nenhuma reportagem contando sobre as conclusões da Conab. Talvez não tenha tido nenhuma. Talvez, de alguma forma, estejamos todos nessa reunião ainda.

Máquinas vêm substituindo o trabalho humano há séculos: tecelões, ascensoristas, operadores de telefonia, datilógrafos e linotipistas. Os otimistas destacam que sobrevivemos às automações e seguimos aqui, vivos, para contar a história. Os pessimistas temem que a nova revolução tecnológica, seja ela qual for, possa ser a derradeira.

É difícil pensar em automação sem lembrar dos ludistas quebrando máquinas na Inglaterra no século 18. Durante as Guerras Napoleônicas, muitos trabalhadores da indústria têxtil foram recrutados para o serviço militar, causando escassez de mão de obra. Com o avanço tecnológico disponível, muitas fábricas puderam utilizar máquinas para compensar a falta de trabalhadores humanos. A guerra também reduzia a atividade econômica, e aumentava os níveis de preços. As máquinas representavam uma ameaça à subsistência e às condições dignas de trabalho.

A automação pode transformar o mercado de trabalho, substituindo completamente certas ocupações e resultando em uma redução na demanda por trabalhadores e queda nos salários. No entanto, também ocorre um efeito de deslocamento. A automação aumenta a produtividade, o que pode gerar uma maior demanda por empregos que não podem ser automatizados. Além disso, a automação pode criar novos tipos de trabalho. Esse efeito pode ser amplificado se os trabalhadores adquirirem mais habilidades e tiverem a capacidade de migrar entre setores.

Há quem acredite que em pouco tempo muitos trabalhadores possam ser afetados pela inteligência artificial ou pelos avanços da robotização. A velocidade e o alcance dessas transformações levantam preocupações, pois tornariam mais difíceis a implementação de políticas contracíclicas que possam mitigar os efeitos negativos sobre os trabalhadores.

Na primeira fase da revolução industrial, trabalhadores chegaram a quebrar máquinas que consideravam "roubar" seus empregos Foto: DIETER GROSS / ESTADÃO

Além disso, a automação também suscita preocupações sobre a sustentação da democracia. Temos testemunhado um ressurgimento do populismo, com líderes que se apresentam como antagonistas da elite tradicional no poder. Embora seja difícil apontar uma única causa para o surgimento do populismo, historicamente observa-se uma correlação entre sua ascensão e crises econômicas. Com a crise de 2008 e a pandemia, estamos em um estado de fragilidade, sujeitos a outros choques que possam ocorrer.

“Conab debaterá automação industrial.” Chamada da página 56 do Estadão de 10 de junho de 1983. O Congresso Nacional de Automação Industrial focou na inevitabilidade da automação e seu impacto social. Não achei nenhuma reportagem contando sobre as conclusões da Conab. Talvez não tenha tido nenhuma. Talvez, de alguma forma, estejamos todos nessa reunião ainda.

Opinião por Laura Karpuska

Professora do Insper, Ph.D. em Economia pela Universidade de Nova York em Stony Brook

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