‘Layoffs’: a bolha do mercado de dados estourou; leia artigo


Embora pareça preocupante, o recrutamento mais seletivo trouxe um certo equilíbrio ao mercado

Por Neylson Crepalde
Atualização:

Muito se tem falado sobre os layoffs no mercado de tecnologia. Tanto no Brasil quanto no mundo, a cada dia nos deparamos com notícias de demissões em massa vindas de big techs a startups em ascensão, sem contar a circulação de informações sobre a normatização desse grande impacto. Isso mostra que a comunidade não está alheia e tem abordado o tema sob diversos aspectos.

Embora haja uma notória relevância no assunto, iremos um pouco mais além analisando um ponto que tem sido o “calcanhar de Aquiles” nesse setor: a disparidade de oferta e demanda.

Quando analisamos o profissional de dados, não é novidade para ninguém que há carência desses especialistas no mercado e que a ausência dessa qualificação levou empresas a investirem em programas de formação antes mesmo da contratação.

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Além disso, a falta de maturidade das organizações em avaliar as habilidades necessárias para a contratação resultou no pagamento de salários muito acima da média do mercado. E, em decorrência desse cenário “de quebra”, presenciamos o surgimento de coaches em tecnologia, com promessas como “Ganhe R$ 20 mil em três meses!”.

Mercado de TI estava com salários acima do que seria o normal do mercado Foto: Pixabay

Tal realidade encorajou os profissionais de perfil júnior a entrarem nesse segmento com pretensões salariais de sênior em razão do aquecimento irregular do mercado, porém trazendo pouco valor à empresa.

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Esta onda de layoffs, no entanto, causou uma baixa nas contratações, com espaços cada vez mais escassos a recém-formados que exigem altos salários, pois a “rentabilização” e a “eficiência operacional” são as palavras mágicas da vez. Mesmo que, à primeira vista, possa parecer preocupante, o recrutamento mais seletivo trouxe um certo equilíbrio ao mercado por outro lado. E ter um time com altíssimo custo, que gera pouco valor ao negócio, é um resultado que boards e acionistas não toleram mais.

Hoje, contratações abaixo do padrão são cada vez mais raras. E para quem está começando, há a responsabilidade de apresentar competências consolidadas, com melhor capacidade de execução técnica e maturidade no negócio. E a parte boa disso tudo é que, mesmo com tais exigências, o mercado tende a continuar “aquecido”, mas bem mais criterioso na busca de profissionais que estejam realmente preparados e à altura dos salários que pedem./Neylson Crepalde é Chief Technology Officer (CTO) da A3Data, Ph.D. em Sociologia Econômica e das Organizações e professor de Engenharia de Dados e Cloud Computing na PUC Minas

Muito se tem falado sobre os layoffs no mercado de tecnologia. Tanto no Brasil quanto no mundo, a cada dia nos deparamos com notícias de demissões em massa vindas de big techs a startups em ascensão, sem contar a circulação de informações sobre a normatização desse grande impacto. Isso mostra que a comunidade não está alheia e tem abordado o tema sob diversos aspectos.

Embora haja uma notória relevância no assunto, iremos um pouco mais além analisando um ponto que tem sido o “calcanhar de Aquiles” nesse setor: a disparidade de oferta e demanda.

Quando analisamos o profissional de dados, não é novidade para ninguém que há carência desses especialistas no mercado e que a ausência dessa qualificação levou empresas a investirem em programas de formação antes mesmo da contratação.

Além disso, a falta de maturidade das organizações em avaliar as habilidades necessárias para a contratação resultou no pagamento de salários muito acima da média do mercado. E, em decorrência desse cenário “de quebra”, presenciamos o surgimento de coaches em tecnologia, com promessas como “Ganhe R$ 20 mil em três meses!”.

Mercado de TI estava com salários acima do que seria o normal do mercado Foto: Pixabay

Tal realidade encorajou os profissionais de perfil júnior a entrarem nesse segmento com pretensões salariais de sênior em razão do aquecimento irregular do mercado, porém trazendo pouco valor à empresa.

Esta onda de layoffs, no entanto, causou uma baixa nas contratações, com espaços cada vez mais escassos a recém-formados que exigem altos salários, pois a “rentabilização” e a “eficiência operacional” são as palavras mágicas da vez. Mesmo que, à primeira vista, possa parecer preocupante, o recrutamento mais seletivo trouxe um certo equilíbrio ao mercado por outro lado. E ter um time com altíssimo custo, que gera pouco valor ao negócio, é um resultado que boards e acionistas não toleram mais.

Hoje, contratações abaixo do padrão são cada vez mais raras. E para quem está começando, há a responsabilidade de apresentar competências consolidadas, com melhor capacidade de execução técnica e maturidade no negócio. E a parte boa disso tudo é que, mesmo com tais exigências, o mercado tende a continuar “aquecido”, mas bem mais criterioso na busca de profissionais que estejam realmente preparados e à altura dos salários que pedem./Neylson Crepalde é Chief Technology Officer (CTO) da A3Data, Ph.D. em Sociologia Econômica e das Organizações e professor de Engenharia de Dados e Cloud Computing na PUC Minas

Muito se tem falado sobre os layoffs no mercado de tecnologia. Tanto no Brasil quanto no mundo, a cada dia nos deparamos com notícias de demissões em massa vindas de big techs a startups em ascensão, sem contar a circulação de informações sobre a normatização desse grande impacto. Isso mostra que a comunidade não está alheia e tem abordado o tema sob diversos aspectos.

Embora haja uma notória relevância no assunto, iremos um pouco mais além analisando um ponto que tem sido o “calcanhar de Aquiles” nesse setor: a disparidade de oferta e demanda.

Quando analisamos o profissional de dados, não é novidade para ninguém que há carência desses especialistas no mercado e que a ausência dessa qualificação levou empresas a investirem em programas de formação antes mesmo da contratação.

Além disso, a falta de maturidade das organizações em avaliar as habilidades necessárias para a contratação resultou no pagamento de salários muito acima da média do mercado. E, em decorrência desse cenário “de quebra”, presenciamos o surgimento de coaches em tecnologia, com promessas como “Ganhe R$ 20 mil em três meses!”.

Mercado de TI estava com salários acima do que seria o normal do mercado Foto: Pixabay

Tal realidade encorajou os profissionais de perfil júnior a entrarem nesse segmento com pretensões salariais de sênior em razão do aquecimento irregular do mercado, porém trazendo pouco valor à empresa.

Esta onda de layoffs, no entanto, causou uma baixa nas contratações, com espaços cada vez mais escassos a recém-formados que exigem altos salários, pois a “rentabilização” e a “eficiência operacional” são as palavras mágicas da vez. Mesmo que, à primeira vista, possa parecer preocupante, o recrutamento mais seletivo trouxe um certo equilíbrio ao mercado por outro lado. E ter um time com altíssimo custo, que gera pouco valor ao negócio, é um resultado que boards e acionistas não toleram mais.

Hoje, contratações abaixo do padrão são cada vez mais raras. E para quem está começando, há a responsabilidade de apresentar competências consolidadas, com melhor capacidade de execução técnica e maturidade no negócio. E a parte boa disso tudo é que, mesmo com tais exigências, o mercado tende a continuar “aquecido”, mas bem mais criterioso na busca de profissionais que estejam realmente preparados e à altura dos salários que pedem./Neylson Crepalde é Chief Technology Officer (CTO) da A3Data, Ph.D. em Sociologia Econômica e das Organizações e professor de Engenharia de Dados e Cloud Computing na PUC Minas

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