BRASÍLIA - O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou que conversou com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o chefe da pasta disse que possíveis alterações no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) não alteram a previsão do governo de uma economia de R$ 70 bilhões nos dois próximos anos com o pacote de contenção de gastos enviado pelo Executivo ao Congresso. De acordo com o líder, o limite da desidratação do pacote é sua aprovação.
“O limite da desidratação é aprovar o pacote”, afirmou Guimarães a jornalistas no começo da noite desta terça-feira, 17. “É um bom começo. Não vai ter desidratação do pacote. Eu quero dizer isso até para tranquilizar. Todos os relatores estão trabalhando fortemente para garantir a aprovação na centralidade daquilo que propôs a fazer.”
Ao negar que as propostas devem sofrer “desidratação”, Guimarães disse que serão “ajustes necessários para permitir a aprovação”.
“Eu garanto que até quinta-feira os três projetos (do pacote fiscal) serão aprovados. Já temos votos para aprovar”, citou. De acordo com ele, cerca de 90% dos textos estão acertados entre o governo e o colégio de líderes. “Só tem uma ou duas dependências”, disse, mas evitou detalhá-las.
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Mais cedo, o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou que não há “nenhuma desidratação” do pacote, apenas ajustes conceituais que não comprometeriam a economia prevista.
Como mostrou o Estadão, há ao menos sete medidas na mira dos deputados para sofrer mudanças que resultariam em uma economia menor do que o previsto pela equipe econômica. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi alertado por lideranças do Congresso de que precisará entrar em campo para evitar que o pacote seja desidratado durante a sua tramitação na Câmara e no Senado nesta semana.