A Conferência do Clima da ONU (COP-27) realizada em novembro, no Egito, reuniu líderes dos setores público e privado para discutir medidas já implementadas para solução de demandas ambientais e também o futuro da agenda global sobre clima e meio ambiente.
A indústria da moda não ficou de fora do evento. Pode não parecer, mas o setor é um dos mais poluentes. Considerando tanto o processo de produção quanto o descarte e os resíduos gerados, a moda, de acordo com dados da ONU, é responsável por cerca de 8% das emissões de CO2 no mundo.
Na COP-27, foram discutidas justamente alternativas a esse cenário. Os desafios socioambientais promovidos pelas mudanças climáticas exigem novos caminhos para a indústria têxtil e pressupõem grande colaboração entre empresas, consumidores e membros do setor público.
No Brasil, o protagonismo nessa empreitada é da Lojas Renner S.A. Em 2021 a empresa obteve a maior pontuação no Índice Dow Jones de sustentabilidade entre as varejistas. A companhia somou 80 de 100 pontos do máximo possível.
Eduardo Ferlauto, gerente-geral de Sustentabilidade e painelista no evento, afirma: “O convite é muito importante para nós. Complementa nossa jornada de sustentabilidade e reafirma não só o engajamento da empresa, mas a consistência de nossa execução de compromissos socioambientais. A COP-27 é focada na implementação de medidas eficientes, e nós viemos mostrar nossas estratégias, metas e nossos desafios para o futuro”.
Convidada para expor seus resultados na COP-27, a Lojas Renner S.A. apresentou sua jornada de sustentabilidade, que começou em 2008 com a criação do Instituto Lojas Renner e de um comitê para tratar do tema. Em 2018, a empresa criou o Selo Re - Moda Responsável, que identifica para o consumidor que determinada peça foi produzida ou contém algum atributo com menor impacto socioambiental. E, ainda, apresentou o primeiro ciclo de compromissos públicos para sustentabilidade, entregues em 2021.
Entre os resultados desse ciclo, 81,3% dos produtos de vestuário são hoje menos impactantes. As emissões de CO2 tiveram redução de 35,4% em relação ao inventário de 2017.
As metas referentes ao consumo energético corporativo foram batidas: hoje, 100% das instalações do grupo utilizam apenas energia de fontes renováveis de baixo impacto. Além disso, atualmente 100% da cadeia de fornecimento dos produtos da marca Renner possui certificação socioambiental.
Novas metas
A Lojas Renner também reafirmou metas referentes ao novo ciclo de sustentabilidade para 2030. As expectativas são de que, em 8 anos, 100% das peças de vestuário sejam mais sustentáveis, 100% dos produtos feitos com algodão sejam rastreáveis, e, acima de tudo, que a emissão de CO2 seja reduzida em 75% por peça - meta submetida e aprovada pelo SBTi (Science Based Targets Initiative), buscando salto em direção à neutralidade climática.
A participação na conferência, inclusive, tem relação direta com as intenções da empresa de cumprir essas metas. “Sabemos do nosso papel junto ao setor e à sociedade. Por isso, trabalhamos constantemente para fortalecer a agenda de sustentabilidade. Ter participado da COP-27 nos permitiu estabelecer conexões para continuarmos com ações efetivas que são fundamentais para seguirmos construindo essa evolução permanente”, diz a diretora de Gente e Sustentabilidade da companhia, Regina Durante.