RIO - O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou nesta sexta-feira, 11, que a companhia vai voltar a “lotar” os estaleiros nacionais, em referência à demanda por embarcações da expansão de seus negócios de óleo e gás nos próximos anos.
Prates fez um discurso de forte caráter político durante o lançamento do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no Rio, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de ministros de Estado.
“Vamos lotar os nossos estaleiros de novo”, afirmou. Segundo ele, serão “pelo menos” 25 novos navios para a Petrobras a frete e 26 projetos de descomissionamento, que é o recolhimento, desmanche e tratamento de estruturas ligadas às atividades de óleo e gás da companhia, na maioria das vezes, offshore.
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Prates também listou outras iniciativas da Petrobras, das empresas com participação estatal que mais tem projetos inscritos no novo programa federal. “A Petrobras tem obrigação como estatal de contribuir com o PAC”, disse. Os projetos da companhia integram o montante total de investimentos de estatais previstos no PAC (R$ 343 bilhões), com R$ 323 bilhões previstos em 47 projetos, segundo Prates.
“Vamos entrar no mercado do óleo vegetal, seja biodiesel ou diesel R”, disse o presidente da Petrobras, garantindo que não haverá “briga” com produtores de biodiesel. A Petrobras desponta como fabricante de biocombustíveis de última geração, que podem, no futuro, compor mandatos na mistura do diesel A.
Prates disse, ainda, que a Petrobras vai se “reconectar” com países vizinhos, em referência aos movimentos internacionais da empresa, na direção de Bolívia, Colômbia e Argentina. Na Bolívia, ele busca uma revisão de contratos de gás que viabilize a retomada de atividades de exploração e produção pela Petrobras. A Colômbia, por sua vez, guarda as mais recentes descobertas de óleo e gás da empresa no exterior.
Ele mencionou em seu discurso a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, garantindo que a Petrobras vai voltar à exploração, mas com “muita responsabilidade ambiental”. Nos bastidores, os dois estão em lados opostos com relação às atividades exploratórias de óleo e gás na Margem Equatorial, sobretudo na Bacia da Foz do Amazonas.