Presidente do Conselho de Administração do Bradesco

Opinião|Iniciativa privada no saneamento é fundamental para superar atraso civilizatório no Brasil


Solução envolve articulação entre setor público e investidores, num ambiente de segurança jurídica

Por Luiz Carlos Trabuco Cappi
Atualização:

Em pleno século 21, 100 milhões de brasileiros não têm acesso ao saneamento básico, e 35 milhões não contam com água potável em suas moradias. A estatística é ruim, e a desigualdade por trás dessa marca assombra. Nos 20 municípios com melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), 99% da população são atendidos por redes de água potável. Mas, em relação inversamente proporcional, nas 20 cidades com os piores IDH, 79% não dispõem de abastecimento de água potável em suas torneiras.

O quadro se agrava no acesso à rede de coleta sanitária. As tubulações de esgoto chegam a 97% dos que vivem nas 20 cidades mais bem ranqueadas. Mas só 29% contam com esse serviço naquelas 20 menos pontuadas.

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A edição 2023 do Ranking do Saneamento, publicado anualmente pelo referencial Instituto Trata Brasil, conclui que a universalização do acesso ao saneamento básico é o indicador de desenvolvimento humano mais desafiador. Hoje, Dia Mundial do Meio Ambiente, data estabelecida pela ONU, aprofundar o debate é oportuno e salutar.

Os indicadores de água e esgoto deixam o Brasil fora da lista dos 100 países mais bem ranqueados do planeta.

O efeito é trágico. Milhares de crianças são atingidas pelas doenças decorrentes da ausência de sistemas sanitários, e elas carregam esse legado sombrio para a vida adulta. Nada menos do que o equivalente a 5 mil piscinas olímpicas de esgoto não tratado são despejados diariamente na natureza.

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Um passo importante é transformar o cálculo político no sentido de que vale a pena investir em saneamento. Esse investimento tem retorno direto na melhora do ambiente de negócios pela atração de novas empresas e na criação de empregos, além do salto em qualidade de vida. Ou seja, mais produtividade. E o aumento da arrecadação pela chegada de mais contribuintes aos municípios rende mais espaço para gastos sociais.

No País, 100 milhões de pessoas não têm acesso ao saneamento básico Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Já está formado o consenso de que a presença da iniciativa privada no setor é fundamental para a superação desse quadro de atraso civilizatório.

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Para se ter uma ideia, os cálculos oficiais da Agência Nacional de Águas apontam para a necessidade de investimentos da ordem de R$ 149,5 bilhões para a universalização do sistema de saneamento básico no País até 2035.

Na prática, a questão do saneamento é nacional, mas a solução é local e depende de arranjos institucionais por bacias hidrográficas, que envolvem principalmente a articulação entre setor público e investidores, num ambiente de segurança jurídica. Com esse modelo, estaremos em condições de perseguir o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6 da Agenda da ONU, que prediz água potável e saneamento básico para todos.

*PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO BRADESCO

Em pleno século 21, 100 milhões de brasileiros não têm acesso ao saneamento básico, e 35 milhões não contam com água potável em suas moradias. A estatística é ruim, e a desigualdade por trás dessa marca assombra. Nos 20 municípios com melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), 99% da população são atendidos por redes de água potável. Mas, em relação inversamente proporcional, nas 20 cidades com os piores IDH, 79% não dispõem de abastecimento de água potável em suas torneiras.

O quadro se agrava no acesso à rede de coleta sanitária. As tubulações de esgoto chegam a 97% dos que vivem nas 20 cidades mais bem ranqueadas. Mas só 29% contam com esse serviço naquelas 20 menos pontuadas.

A edição 2023 do Ranking do Saneamento, publicado anualmente pelo referencial Instituto Trata Brasil, conclui que a universalização do acesso ao saneamento básico é o indicador de desenvolvimento humano mais desafiador. Hoje, Dia Mundial do Meio Ambiente, data estabelecida pela ONU, aprofundar o debate é oportuno e salutar.

Os indicadores de água e esgoto deixam o Brasil fora da lista dos 100 países mais bem ranqueados do planeta.

O efeito é trágico. Milhares de crianças são atingidas pelas doenças decorrentes da ausência de sistemas sanitários, e elas carregam esse legado sombrio para a vida adulta. Nada menos do que o equivalente a 5 mil piscinas olímpicas de esgoto não tratado são despejados diariamente na natureza.

Um passo importante é transformar o cálculo político no sentido de que vale a pena investir em saneamento. Esse investimento tem retorno direto na melhora do ambiente de negócios pela atração de novas empresas e na criação de empregos, além do salto em qualidade de vida. Ou seja, mais produtividade. E o aumento da arrecadação pela chegada de mais contribuintes aos municípios rende mais espaço para gastos sociais.

No País, 100 milhões de pessoas não têm acesso ao saneamento básico Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Já está formado o consenso de que a presença da iniciativa privada no setor é fundamental para a superação desse quadro de atraso civilizatório.

Para se ter uma ideia, os cálculos oficiais da Agência Nacional de Águas apontam para a necessidade de investimentos da ordem de R$ 149,5 bilhões para a universalização do sistema de saneamento básico no País até 2035.

Na prática, a questão do saneamento é nacional, mas a solução é local e depende de arranjos institucionais por bacias hidrográficas, que envolvem principalmente a articulação entre setor público e investidores, num ambiente de segurança jurídica. Com esse modelo, estaremos em condições de perseguir o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6 da Agenda da ONU, que prediz água potável e saneamento básico para todos.

*PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO BRADESCO

Em pleno século 21, 100 milhões de brasileiros não têm acesso ao saneamento básico, e 35 milhões não contam com água potável em suas moradias. A estatística é ruim, e a desigualdade por trás dessa marca assombra. Nos 20 municípios com melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), 99% da população são atendidos por redes de água potável. Mas, em relação inversamente proporcional, nas 20 cidades com os piores IDH, 79% não dispõem de abastecimento de água potável em suas torneiras.

O quadro se agrava no acesso à rede de coleta sanitária. As tubulações de esgoto chegam a 97% dos que vivem nas 20 cidades mais bem ranqueadas. Mas só 29% contam com esse serviço naquelas 20 menos pontuadas.

A edição 2023 do Ranking do Saneamento, publicado anualmente pelo referencial Instituto Trata Brasil, conclui que a universalização do acesso ao saneamento básico é o indicador de desenvolvimento humano mais desafiador. Hoje, Dia Mundial do Meio Ambiente, data estabelecida pela ONU, aprofundar o debate é oportuno e salutar.

Os indicadores de água e esgoto deixam o Brasil fora da lista dos 100 países mais bem ranqueados do planeta.

O efeito é trágico. Milhares de crianças são atingidas pelas doenças decorrentes da ausência de sistemas sanitários, e elas carregam esse legado sombrio para a vida adulta. Nada menos do que o equivalente a 5 mil piscinas olímpicas de esgoto não tratado são despejados diariamente na natureza.

Um passo importante é transformar o cálculo político no sentido de que vale a pena investir em saneamento. Esse investimento tem retorno direto na melhora do ambiente de negócios pela atração de novas empresas e na criação de empregos, além do salto em qualidade de vida. Ou seja, mais produtividade. E o aumento da arrecadação pela chegada de mais contribuintes aos municípios rende mais espaço para gastos sociais.

No País, 100 milhões de pessoas não têm acesso ao saneamento básico Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Já está formado o consenso de que a presença da iniciativa privada no setor é fundamental para a superação desse quadro de atraso civilizatório.

Para se ter uma ideia, os cálculos oficiais da Agência Nacional de Águas apontam para a necessidade de investimentos da ordem de R$ 149,5 bilhões para a universalização do sistema de saneamento básico no País até 2035.

Na prática, a questão do saneamento é nacional, mas a solução é local e depende de arranjos institucionais por bacias hidrográficas, que envolvem principalmente a articulação entre setor público e investidores, num ambiente de segurança jurídica. Com esse modelo, estaremos em condições de perseguir o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6 da Agenda da ONU, que prediz água potável e saneamento básico para todos.

*PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO BRADESCO

Em pleno século 21, 100 milhões de brasileiros não têm acesso ao saneamento básico, e 35 milhões não contam com água potável em suas moradias. A estatística é ruim, e a desigualdade por trás dessa marca assombra. Nos 20 municípios com melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), 99% da população são atendidos por redes de água potável. Mas, em relação inversamente proporcional, nas 20 cidades com os piores IDH, 79% não dispõem de abastecimento de água potável em suas torneiras.

O quadro se agrava no acesso à rede de coleta sanitária. As tubulações de esgoto chegam a 97% dos que vivem nas 20 cidades mais bem ranqueadas. Mas só 29% contam com esse serviço naquelas 20 menos pontuadas.

A edição 2023 do Ranking do Saneamento, publicado anualmente pelo referencial Instituto Trata Brasil, conclui que a universalização do acesso ao saneamento básico é o indicador de desenvolvimento humano mais desafiador. Hoje, Dia Mundial do Meio Ambiente, data estabelecida pela ONU, aprofundar o debate é oportuno e salutar.

Os indicadores de água e esgoto deixam o Brasil fora da lista dos 100 países mais bem ranqueados do planeta.

O efeito é trágico. Milhares de crianças são atingidas pelas doenças decorrentes da ausência de sistemas sanitários, e elas carregam esse legado sombrio para a vida adulta. Nada menos do que o equivalente a 5 mil piscinas olímpicas de esgoto não tratado são despejados diariamente na natureza.

Um passo importante é transformar o cálculo político no sentido de que vale a pena investir em saneamento. Esse investimento tem retorno direto na melhora do ambiente de negócios pela atração de novas empresas e na criação de empregos, além do salto em qualidade de vida. Ou seja, mais produtividade. E o aumento da arrecadação pela chegada de mais contribuintes aos municípios rende mais espaço para gastos sociais.

No País, 100 milhões de pessoas não têm acesso ao saneamento básico Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Já está formado o consenso de que a presença da iniciativa privada no setor é fundamental para a superação desse quadro de atraso civilizatório.

Para se ter uma ideia, os cálculos oficiais da Agência Nacional de Águas apontam para a necessidade de investimentos da ordem de R$ 149,5 bilhões para a universalização do sistema de saneamento básico no País até 2035.

Na prática, a questão do saneamento é nacional, mas a solução é local e depende de arranjos institucionais por bacias hidrográficas, que envolvem principalmente a articulação entre setor público e investidores, num ambiente de segurança jurídica. Com esse modelo, estaremos em condições de perseguir o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6 da Agenda da ONU, que prediz água potável e saneamento básico para todos.

*PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO BRADESCO

Em pleno século 21, 100 milhões de brasileiros não têm acesso ao saneamento básico, e 35 milhões não contam com água potável em suas moradias. A estatística é ruim, e a desigualdade por trás dessa marca assombra. Nos 20 municípios com melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), 99% da população são atendidos por redes de água potável. Mas, em relação inversamente proporcional, nas 20 cidades com os piores IDH, 79% não dispõem de abastecimento de água potável em suas torneiras.

O quadro se agrava no acesso à rede de coleta sanitária. As tubulações de esgoto chegam a 97% dos que vivem nas 20 cidades mais bem ranqueadas. Mas só 29% contam com esse serviço naquelas 20 menos pontuadas.

A edição 2023 do Ranking do Saneamento, publicado anualmente pelo referencial Instituto Trata Brasil, conclui que a universalização do acesso ao saneamento básico é o indicador de desenvolvimento humano mais desafiador. Hoje, Dia Mundial do Meio Ambiente, data estabelecida pela ONU, aprofundar o debate é oportuno e salutar.

Os indicadores de água e esgoto deixam o Brasil fora da lista dos 100 países mais bem ranqueados do planeta.

O efeito é trágico. Milhares de crianças são atingidas pelas doenças decorrentes da ausência de sistemas sanitários, e elas carregam esse legado sombrio para a vida adulta. Nada menos do que o equivalente a 5 mil piscinas olímpicas de esgoto não tratado são despejados diariamente na natureza.

Um passo importante é transformar o cálculo político no sentido de que vale a pena investir em saneamento. Esse investimento tem retorno direto na melhora do ambiente de negócios pela atração de novas empresas e na criação de empregos, além do salto em qualidade de vida. Ou seja, mais produtividade. E o aumento da arrecadação pela chegada de mais contribuintes aos municípios rende mais espaço para gastos sociais.

No País, 100 milhões de pessoas não têm acesso ao saneamento básico Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Já está formado o consenso de que a presença da iniciativa privada no setor é fundamental para a superação desse quadro de atraso civilizatório.

Para se ter uma ideia, os cálculos oficiais da Agência Nacional de Águas apontam para a necessidade de investimentos da ordem de R$ 149,5 bilhões para a universalização do sistema de saneamento básico no País até 2035.

Na prática, a questão do saneamento é nacional, mas a solução é local e depende de arranjos institucionais por bacias hidrográficas, que envolvem principalmente a articulação entre setor público e investidores, num ambiente de segurança jurídica. Com esse modelo, estaremos em condições de perseguir o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6 da Agenda da ONU, que prediz água potável e saneamento básico para todos.

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