Presidente do Conselho de Administração do Bradesco

Opinião|Economia acima da polarização


É preciso recolocar a ideia do pragmatismo no seu lugar de direito no Brasil

Por Luiz Carlos Trabuco Cappi

Como escola filosófica, o pragmatismo surgiu nos Estados Unidos, no início do século 20, e até hoje pauta as ações da grande maioria dos agentes econômicos globais. Esse modelo avalia os movimentos à luz de seu efeito prático e se tornou um dos pilares para o florescimento da livre iniciativa.

Uma de suas características é guardar distância de radicalismos e polarizações, além de evitar conclusões apressadas ou seguir o “efeito manada”. Sua busca são as oportunidades em termos objetivos.

No Brasil, o pragmatismo anda fora de moda nos últimos tempos, obliterado pelos debates em que paixões ideológicas suplantam a racionalidade política e econômica. Por isso, vale ser reposicionado ao seu lugar de direito.

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Na segunda semana de maio, em Nova York, uma intensa agenda de eventos de negócios teve o protagonismo do Brasil. Autoridades globais, líderes de organismos multilaterais, gestores de fundos e analistas dialogaram sobre cenários e investimentos.

Votos dos participantes do Comitê de Política Monetária do Banco Central são públicos Foto: Raphael Ribeiro/BCB
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Das muitas conversas das quais participei, se sobressaiu, mais uma vez, o vivo interesse por investimentos no Brasil. Mesmo com os desafios conhecidos, ao olhar estrangeiro o País tem um ambiente favorável às reformas estruturantes e ao endereçamento correto dos desafios fiscais. Também existe amplo reconhecimento dos diferenciais competitivos da matriz energética verde, da liderança mundial em alimentos e a força do mercado consumidor. A estabilidade institucional foi mais um ponto destacado.

Conclui-se que, num cenário global de alta complexidade, por critérios pragmáticos, a economia brasileira pode ganhar relevância.

Classificação de risco

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As três principais agências de risco do mundo estão alinhadas na perspectiva positiva em relação ao Brasil. A inflação está controlada, as reservas internacionais são sólidas e a balança comercial permanece robusta. O PIB mantém a tendência de surpreender.

São indicadores construídos em ambiente democrático, com instituições fortes, entre as quais, o Congresso e a Justiça.

Na política monetária, cabe a observação de que os votos do Copom são transparentes, e sabemos como cada um votou, o que indica não haver constrangimento na divergência. O debate faz crescer e enriquecer as ideias, consolida e dá legitimidade às decisões. É o que acompanhamos na dinâmica de pronunciamentos dos membros do Federal Reserve, o BC dos EUA, cada qual com sua visão.

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O que é negativo é a radicalização, que muitas vezes faz com que a emoção seja a condutora da tomada de decisões, quando deveriam respeitar a objetividade do pragmatismo.

Como escola filosófica, o pragmatismo surgiu nos Estados Unidos, no início do século 20, e até hoje pauta as ações da grande maioria dos agentes econômicos globais. Esse modelo avalia os movimentos à luz de seu efeito prático e se tornou um dos pilares para o florescimento da livre iniciativa.

Uma de suas características é guardar distância de radicalismos e polarizações, além de evitar conclusões apressadas ou seguir o “efeito manada”. Sua busca são as oportunidades em termos objetivos.

No Brasil, o pragmatismo anda fora de moda nos últimos tempos, obliterado pelos debates em que paixões ideológicas suplantam a racionalidade política e econômica. Por isso, vale ser reposicionado ao seu lugar de direito.

Na segunda semana de maio, em Nova York, uma intensa agenda de eventos de negócios teve o protagonismo do Brasil. Autoridades globais, líderes de organismos multilaterais, gestores de fundos e analistas dialogaram sobre cenários e investimentos.

Votos dos participantes do Comitê de Política Monetária do Banco Central são públicos Foto: Raphael Ribeiro/BCB

Das muitas conversas das quais participei, se sobressaiu, mais uma vez, o vivo interesse por investimentos no Brasil. Mesmo com os desafios conhecidos, ao olhar estrangeiro o País tem um ambiente favorável às reformas estruturantes e ao endereçamento correto dos desafios fiscais. Também existe amplo reconhecimento dos diferenciais competitivos da matriz energética verde, da liderança mundial em alimentos e a força do mercado consumidor. A estabilidade institucional foi mais um ponto destacado.

Conclui-se que, num cenário global de alta complexidade, por critérios pragmáticos, a economia brasileira pode ganhar relevância.

Classificação de risco

As três principais agências de risco do mundo estão alinhadas na perspectiva positiva em relação ao Brasil. A inflação está controlada, as reservas internacionais são sólidas e a balança comercial permanece robusta. O PIB mantém a tendência de surpreender.

São indicadores construídos em ambiente democrático, com instituições fortes, entre as quais, o Congresso e a Justiça.

Na política monetária, cabe a observação de que os votos do Copom são transparentes, e sabemos como cada um votou, o que indica não haver constrangimento na divergência. O debate faz crescer e enriquecer as ideias, consolida e dá legitimidade às decisões. É o que acompanhamos na dinâmica de pronunciamentos dos membros do Federal Reserve, o BC dos EUA, cada qual com sua visão.

O que é negativo é a radicalização, que muitas vezes faz com que a emoção seja a condutora da tomada de decisões, quando deveriam respeitar a objetividade do pragmatismo.

Como escola filosófica, o pragmatismo surgiu nos Estados Unidos, no início do século 20, e até hoje pauta as ações da grande maioria dos agentes econômicos globais. Esse modelo avalia os movimentos à luz de seu efeito prático e se tornou um dos pilares para o florescimento da livre iniciativa.

Uma de suas características é guardar distância de radicalismos e polarizações, além de evitar conclusões apressadas ou seguir o “efeito manada”. Sua busca são as oportunidades em termos objetivos.

No Brasil, o pragmatismo anda fora de moda nos últimos tempos, obliterado pelos debates em que paixões ideológicas suplantam a racionalidade política e econômica. Por isso, vale ser reposicionado ao seu lugar de direito.

Na segunda semana de maio, em Nova York, uma intensa agenda de eventos de negócios teve o protagonismo do Brasil. Autoridades globais, líderes de organismos multilaterais, gestores de fundos e analistas dialogaram sobre cenários e investimentos.

Votos dos participantes do Comitê de Política Monetária do Banco Central são públicos Foto: Raphael Ribeiro/BCB

Das muitas conversas das quais participei, se sobressaiu, mais uma vez, o vivo interesse por investimentos no Brasil. Mesmo com os desafios conhecidos, ao olhar estrangeiro o País tem um ambiente favorável às reformas estruturantes e ao endereçamento correto dos desafios fiscais. Também existe amplo reconhecimento dos diferenciais competitivos da matriz energética verde, da liderança mundial em alimentos e a força do mercado consumidor. A estabilidade institucional foi mais um ponto destacado.

Conclui-se que, num cenário global de alta complexidade, por critérios pragmáticos, a economia brasileira pode ganhar relevância.

Classificação de risco

As três principais agências de risco do mundo estão alinhadas na perspectiva positiva em relação ao Brasil. A inflação está controlada, as reservas internacionais são sólidas e a balança comercial permanece robusta. O PIB mantém a tendência de surpreender.

São indicadores construídos em ambiente democrático, com instituições fortes, entre as quais, o Congresso e a Justiça.

Na política monetária, cabe a observação de que os votos do Copom são transparentes, e sabemos como cada um votou, o que indica não haver constrangimento na divergência. O debate faz crescer e enriquecer as ideias, consolida e dá legitimidade às decisões. É o que acompanhamos na dinâmica de pronunciamentos dos membros do Federal Reserve, o BC dos EUA, cada qual com sua visão.

O que é negativo é a radicalização, que muitas vezes faz com que a emoção seja a condutora da tomada de decisões, quando deveriam respeitar a objetividade do pragmatismo.

Opinião por Luiz Carlos Trabuco Cappi

Presidente do Conselho de Administração do Bradesco

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