Presidente do Conselho de Administração do Bradesco

Opinião|O crescente risco da dívida global


Alto endividamento é parte mais fraca da arquitetura financeira global, diz Banco Mundial

Por Luiz Carlos Trabuco Cappi

A dívida pública global já soma US$ 91,4 trilhões, o que representa 88% do PIB dos países, segundo relatório do Banco Mundial. O total gasto pelos governos apenas com o serviço de suas obrigações chegou a US$ 443,5 bilhões.

O Banco Mundial considera que o alto endividamento é a “parte mais fraca da arquitetura financeira global”, por ser a maior fonte de pressão sobre a inflação e as taxas de juros. Para se ter uma ideia, nos últimos três anos, dez países em desenvolvimento protagonizaram 18 casos de inadimplência, mais do que todos os registrados nos vinte anos anteriores.

Nesse contexto, disparam as preocupações dos bancos centrais de todo o mundo com a alta nas dívidas nacionais. Em levantamento do UBS, 37% dos gestores de reservas públicas ouvidos apontaram os níveis das dívidas soberanas entre suas principais preocupações sobre a economia global neste ano, contra 14% de menções em 2023.

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A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) divulgou que, entre os países emergentes, 46 já gastam mais com o pagamento de suas dívidas do que com a saúde da população, enquanto outros 15 pagam mais em juros do que em programas de educação. O Brasil vai gastar mais em juros do que com educação e saúde somados.

Estados Unidos mantêm relação dívida/PIB acima do patamar de 120%  Foto: Paulo Vitor/AE

Enquanto os países menos desenvolvidos são os que mais sofrem os efeitos sociais do aumento da dívida em razão da redução da capacidade de investimentos públicos em setores essenciais, as nações mais ricas abrem a lista dos deficitários.

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Desde a pandemia, em 2020, os Estados Unidos mantêm a sua relação dívida/PIB acima do patamar de 120%, permanecendo no grupo dos cinco maiores devedores, que é liderado pelo Japão, com 264%. Completam a relação dos cinco maiores Cingapura (168%), Canadá (107%) e Reino Unido (97%).

No Brasil, a relação dívida pública/PIB está em 74%. Para comparação, estamos abaixo da Zona do Euro (88%), Argentina (88%), Índia (86%) e China (77%).

A vigilância do mercado sobre o risco fiscal do Brasil e a gestão do governo para seu controle é relevante. Em boa medida, são alertas que fazem ampliar os esforços das autoridades brasileiras para administrar as contas públicas com rigor, num constante diálogo com a sociedade, Congresso e Judiciário.

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O problema é global, mas a solução é local. A blindagem do Brasil ao risco crescente da dívida mundial é a perseverança no tripé composto por políticas de metas de inflação, câmbio flutuante e responsabilidade fiscal. Não podemos subestimar esse cenário.

A dívida pública global já soma US$ 91,4 trilhões, o que representa 88% do PIB dos países, segundo relatório do Banco Mundial. O total gasto pelos governos apenas com o serviço de suas obrigações chegou a US$ 443,5 bilhões.

O Banco Mundial considera que o alto endividamento é a “parte mais fraca da arquitetura financeira global”, por ser a maior fonte de pressão sobre a inflação e as taxas de juros. Para se ter uma ideia, nos últimos três anos, dez países em desenvolvimento protagonizaram 18 casos de inadimplência, mais do que todos os registrados nos vinte anos anteriores.

Nesse contexto, disparam as preocupações dos bancos centrais de todo o mundo com a alta nas dívidas nacionais. Em levantamento do UBS, 37% dos gestores de reservas públicas ouvidos apontaram os níveis das dívidas soberanas entre suas principais preocupações sobre a economia global neste ano, contra 14% de menções em 2023.

A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) divulgou que, entre os países emergentes, 46 já gastam mais com o pagamento de suas dívidas do que com a saúde da população, enquanto outros 15 pagam mais em juros do que em programas de educação. O Brasil vai gastar mais em juros do que com educação e saúde somados.

Estados Unidos mantêm relação dívida/PIB acima do patamar de 120%  Foto: Paulo Vitor/AE

Enquanto os países menos desenvolvidos são os que mais sofrem os efeitos sociais do aumento da dívida em razão da redução da capacidade de investimentos públicos em setores essenciais, as nações mais ricas abrem a lista dos deficitários.

Desde a pandemia, em 2020, os Estados Unidos mantêm a sua relação dívida/PIB acima do patamar de 120%, permanecendo no grupo dos cinco maiores devedores, que é liderado pelo Japão, com 264%. Completam a relação dos cinco maiores Cingapura (168%), Canadá (107%) e Reino Unido (97%).

No Brasil, a relação dívida pública/PIB está em 74%. Para comparação, estamos abaixo da Zona do Euro (88%), Argentina (88%), Índia (86%) e China (77%).

A vigilância do mercado sobre o risco fiscal do Brasil e a gestão do governo para seu controle é relevante. Em boa medida, são alertas que fazem ampliar os esforços das autoridades brasileiras para administrar as contas públicas com rigor, num constante diálogo com a sociedade, Congresso e Judiciário.

O problema é global, mas a solução é local. A blindagem do Brasil ao risco crescente da dívida mundial é a perseverança no tripé composto por políticas de metas de inflação, câmbio flutuante e responsabilidade fiscal. Não podemos subestimar esse cenário.

A dívida pública global já soma US$ 91,4 trilhões, o que representa 88% do PIB dos países, segundo relatório do Banco Mundial. O total gasto pelos governos apenas com o serviço de suas obrigações chegou a US$ 443,5 bilhões.

O Banco Mundial considera que o alto endividamento é a “parte mais fraca da arquitetura financeira global”, por ser a maior fonte de pressão sobre a inflação e as taxas de juros. Para se ter uma ideia, nos últimos três anos, dez países em desenvolvimento protagonizaram 18 casos de inadimplência, mais do que todos os registrados nos vinte anos anteriores.

Nesse contexto, disparam as preocupações dos bancos centrais de todo o mundo com a alta nas dívidas nacionais. Em levantamento do UBS, 37% dos gestores de reservas públicas ouvidos apontaram os níveis das dívidas soberanas entre suas principais preocupações sobre a economia global neste ano, contra 14% de menções em 2023.

A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) divulgou que, entre os países emergentes, 46 já gastam mais com o pagamento de suas dívidas do que com a saúde da população, enquanto outros 15 pagam mais em juros do que em programas de educação. O Brasil vai gastar mais em juros do que com educação e saúde somados.

Estados Unidos mantêm relação dívida/PIB acima do patamar de 120%  Foto: Paulo Vitor/AE

Enquanto os países menos desenvolvidos são os que mais sofrem os efeitos sociais do aumento da dívida em razão da redução da capacidade de investimentos públicos em setores essenciais, as nações mais ricas abrem a lista dos deficitários.

Desde a pandemia, em 2020, os Estados Unidos mantêm a sua relação dívida/PIB acima do patamar de 120%, permanecendo no grupo dos cinco maiores devedores, que é liderado pelo Japão, com 264%. Completam a relação dos cinco maiores Cingapura (168%), Canadá (107%) e Reino Unido (97%).

No Brasil, a relação dívida pública/PIB está em 74%. Para comparação, estamos abaixo da Zona do Euro (88%), Argentina (88%), Índia (86%) e China (77%).

A vigilância do mercado sobre o risco fiscal do Brasil e a gestão do governo para seu controle é relevante. Em boa medida, são alertas que fazem ampliar os esforços das autoridades brasileiras para administrar as contas públicas com rigor, num constante diálogo com a sociedade, Congresso e Judiciário.

O problema é global, mas a solução é local. A blindagem do Brasil ao risco crescente da dívida mundial é a perseverança no tripé composto por políticas de metas de inflação, câmbio flutuante e responsabilidade fiscal. Não podemos subestimar esse cenário.

A dívida pública global já soma US$ 91,4 trilhões, o que representa 88% do PIB dos países, segundo relatório do Banco Mundial. O total gasto pelos governos apenas com o serviço de suas obrigações chegou a US$ 443,5 bilhões.

O Banco Mundial considera que o alto endividamento é a “parte mais fraca da arquitetura financeira global”, por ser a maior fonte de pressão sobre a inflação e as taxas de juros. Para se ter uma ideia, nos últimos três anos, dez países em desenvolvimento protagonizaram 18 casos de inadimplência, mais do que todos os registrados nos vinte anos anteriores.

Nesse contexto, disparam as preocupações dos bancos centrais de todo o mundo com a alta nas dívidas nacionais. Em levantamento do UBS, 37% dos gestores de reservas públicas ouvidos apontaram os níveis das dívidas soberanas entre suas principais preocupações sobre a economia global neste ano, contra 14% de menções em 2023.

A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) divulgou que, entre os países emergentes, 46 já gastam mais com o pagamento de suas dívidas do que com a saúde da população, enquanto outros 15 pagam mais em juros do que em programas de educação. O Brasil vai gastar mais em juros do que com educação e saúde somados.

Estados Unidos mantêm relação dívida/PIB acima do patamar de 120%  Foto: Paulo Vitor/AE

Enquanto os países menos desenvolvidos são os que mais sofrem os efeitos sociais do aumento da dívida em razão da redução da capacidade de investimentos públicos em setores essenciais, as nações mais ricas abrem a lista dos deficitários.

Desde a pandemia, em 2020, os Estados Unidos mantêm a sua relação dívida/PIB acima do patamar de 120%, permanecendo no grupo dos cinco maiores devedores, que é liderado pelo Japão, com 264%. Completam a relação dos cinco maiores Cingapura (168%), Canadá (107%) e Reino Unido (97%).

No Brasil, a relação dívida pública/PIB está em 74%. Para comparação, estamos abaixo da Zona do Euro (88%), Argentina (88%), Índia (86%) e China (77%).

A vigilância do mercado sobre o risco fiscal do Brasil e a gestão do governo para seu controle é relevante. Em boa medida, são alertas que fazem ampliar os esforços das autoridades brasileiras para administrar as contas públicas com rigor, num constante diálogo com a sociedade, Congresso e Judiciário.

O problema é global, mas a solução é local. A blindagem do Brasil ao risco crescente da dívida mundial é a perseverança no tripé composto por políticas de metas de inflação, câmbio flutuante e responsabilidade fiscal. Não podemos subestimar esse cenário.

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