Presidente do Conselho de Administração do Bradesco

Opinião|Situação em São Paulo, à beira da distopia, alerta sobre a urgência de conter o aquecimento global


O caminho para o resgate do clima será longo, acidentado e dispendioso

Por Luiz Carlos Trabuco Cappi

A nuvem de fumaça, o sol opaco e a pior qualidade do ar de São Paulo, entre todas as metrópoles do planeta, ressaltaram, de modo dramático e irrefutável, todo o poder devastador das mudanças climáticas. A sensação, no início do mês, foi de adentrarmos na antessala da distopia das obras de ficção. É um ensaio que alerta sobre a urgência de medidas para conter o aquecimento global – cientistas projetam a escalada de eventos cada vez mais severos.

O fenômeno atmosférico em São Paulo se soma às inundações no Rio Grande do Sul, aos incêndios nos principais biomas e à seca no Pantanal e nos rios da Amazônia.

Vista do céu de São Paulo poluído por fumaça de incêndios florestais. A cidade registrou o pior ar do mundo em 09 de setembro de 2024 Foto: Daniel Teixeira/Estadão
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Os prejuízos econômicos vão da pressão sobre a inflação ao desgaste do já exaurido orçamento público, em razão do custo das ações emergenciais.

Chegou o momento de definir quanto, como e de onde virão os recursos para pagar a conta das medidas contra o aquecimento global. Há indicações. Em outubro, os ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do G-20 estarão reunidos, em Washington, para discutir uma agenda que inclui questões como o acesso aos vários fundos verdes administrados por organismos globais.

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O Banco Mundial anunciou que, até 2030, nada menos que 45% dos seus contratos estarão associados a critérios climáticos, divididos entre ações de mitigação e adaptação às mudanças. Sobre o Brasil, os técnicos apontaram para a criação de um imposto extra para uso de combustíveis fósseis como forma de desincentivar o seu consumo.

De acordo com o FMI, a proteção às economias demanda valores na casa dos trilhões de dólares. Quanto à produção de alimentos, o G-20 calcula centenas de bilhões de dólares a cada ano, até 2030, para o mundo empreender a transição para novos modelos. São montantes utópicos. Precisamos de abordagens realistas e inovadoras, para serem práticas.

Neste mês, os ministros de Agricultura do G-20 se reuniram na Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso. O Brasil deu uma contribuição significativa ao apresentar seu modelo de recuperação de terras. Já existe a clareza de que, para nos mantermos competitivos no agronegócio, o modo de produzir passa pela recuperação de áreas degradadas. A favor da agropecuária, por exemplo, será possível incorporar milhões de hectares.

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O caminho para o resgate do clima será longo, acidentado e dispendioso. Apenas políticas públicas formuladas pelo diálogo pragmático entre governo, Congresso e Justiça, com a participação de todos os setores econômicos e a ciência, poderá superar esse desafio existencial.

A nuvem de fumaça, o sol opaco e a pior qualidade do ar de São Paulo, entre todas as metrópoles do planeta, ressaltaram, de modo dramático e irrefutável, todo o poder devastador das mudanças climáticas. A sensação, no início do mês, foi de adentrarmos na antessala da distopia das obras de ficção. É um ensaio que alerta sobre a urgência de medidas para conter o aquecimento global – cientistas projetam a escalada de eventos cada vez mais severos.

O fenômeno atmosférico em São Paulo se soma às inundações no Rio Grande do Sul, aos incêndios nos principais biomas e à seca no Pantanal e nos rios da Amazônia.

Vista do céu de São Paulo poluído por fumaça de incêndios florestais. A cidade registrou o pior ar do mundo em 09 de setembro de 2024 Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Os prejuízos econômicos vão da pressão sobre a inflação ao desgaste do já exaurido orçamento público, em razão do custo das ações emergenciais.

Chegou o momento de definir quanto, como e de onde virão os recursos para pagar a conta das medidas contra o aquecimento global. Há indicações. Em outubro, os ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do G-20 estarão reunidos, em Washington, para discutir uma agenda que inclui questões como o acesso aos vários fundos verdes administrados por organismos globais.

O Banco Mundial anunciou que, até 2030, nada menos que 45% dos seus contratos estarão associados a critérios climáticos, divididos entre ações de mitigação e adaptação às mudanças. Sobre o Brasil, os técnicos apontaram para a criação de um imposto extra para uso de combustíveis fósseis como forma de desincentivar o seu consumo.

De acordo com o FMI, a proteção às economias demanda valores na casa dos trilhões de dólares. Quanto à produção de alimentos, o G-20 calcula centenas de bilhões de dólares a cada ano, até 2030, para o mundo empreender a transição para novos modelos. São montantes utópicos. Precisamos de abordagens realistas e inovadoras, para serem práticas.

Neste mês, os ministros de Agricultura do G-20 se reuniram na Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso. O Brasil deu uma contribuição significativa ao apresentar seu modelo de recuperação de terras. Já existe a clareza de que, para nos mantermos competitivos no agronegócio, o modo de produzir passa pela recuperação de áreas degradadas. A favor da agropecuária, por exemplo, será possível incorporar milhões de hectares.

O caminho para o resgate do clima será longo, acidentado e dispendioso. Apenas políticas públicas formuladas pelo diálogo pragmático entre governo, Congresso e Justiça, com a participação de todos os setores econômicos e a ciência, poderá superar esse desafio existencial.

A nuvem de fumaça, o sol opaco e a pior qualidade do ar de São Paulo, entre todas as metrópoles do planeta, ressaltaram, de modo dramático e irrefutável, todo o poder devastador das mudanças climáticas. A sensação, no início do mês, foi de adentrarmos na antessala da distopia das obras de ficção. É um ensaio que alerta sobre a urgência de medidas para conter o aquecimento global – cientistas projetam a escalada de eventos cada vez mais severos.

O fenômeno atmosférico em São Paulo se soma às inundações no Rio Grande do Sul, aos incêndios nos principais biomas e à seca no Pantanal e nos rios da Amazônia.

Vista do céu de São Paulo poluído por fumaça de incêndios florestais. A cidade registrou o pior ar do mundo em 09 de setembro de 2024 Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Os prejuízos econômicos vão da pressão sobre a inflação ao desgaste do já exaurido orçamento público, em razão do custo das ações emergenciais.

Chegou o momento de definir quanto, como e de onde virão os recursos para pagar a conta das medidas contra o aquecimento global. Há indicações. Em outubro, os ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do G-20 estarão reunidos, em Washington, para discutir uma agenda que inclui questões como o acesso aos vários fundos verdes administrados por organismos globais.

O Banco Mundial anunciou que, até 2030, nada menos que 45% dos seus contratos estarão associados a critérios climáticos, divididos entre ações de mitigação e adaptação às mudanças. Sobre o Brasil, os técnicos apontaram para a criação de um imposto extra para uso de combustíveis fósseis como forma de desincentivar o seu consumo.

De acordo com o FMI, a proteção às economias demanda valores na casa dos trilhões de dólares. Quanto à produção de alimentos, o G-20 calcula centenas de bilhões de dólares a cada ano, até 2030, para o mundo empreender a transição para novos modelos. São montantes utópicos. Precisamos de abordagens realistas e inovadoras, para serem práticas.

Neste mês, os ministros de Agricultura do G-20 se reuniram na Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso. O Brasil deu uma contribuição significativa ao apresentar seu modelo de recuperação de terras. Já existe a clareza de que, para nos mantermos competitivos no agronegócio, o modo de produzir passa pela recuperação de áreas degradadas. A favor da agropecuária, por exemplo, será possível incorporar milhões de hectares.

O caminho para o resgate do clima será longo, acidentado e dispendioso. Apenas políticas públicas formuladas pelo diálogo pragmático entre governo, Congresso e Justiça, com a participação de todos os setores econômicos e a ciência, poderá superar esse desafio existencial.

A nuvem de fumaça, o sol opaco e a pior qualidade do ar de São Paulo, entre todas as metrópoles do planeta, ressaltaram, de modo dramático e irrefutável, todo o poder devastador das mudanças climáticas. A sensação, no início do mês, foi de adentrarmos na antessala da distopia das obras de ficção. É um ensaio que alerta sobre a urgência de medidas para conter o aquecimento global – cientistas projetam a escalada de eventos cada vez mais severos.

O fenômeno atmosférico em São Paulo se soma às inundações no Rio Grande do Sul, aos incêndios nos principais biomas e à seca no Pantanal e nos rios da Amazônia.

Vista do céu de São Paulo poluído por fumaça de incêndios florestais. A cidade registrou o pior ar do mundo em 09 de setembro de 2024 Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Os prejuízos econômicos vão da pressão sobre a inflação ao desgaste do já exaurido orçamento público, em razão do custo das ações emergenciais.

Chegou o momento de definir quanto, como e de onde virão os recursos para pagar a conta das medidas contra o aquecimento global. Há indicações. Em outubro, os ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do G-20 estarão reunidos, em Washington, para discutir uma agenda que inclui questões como o acesso aos vários fundos verdes administrados por organismos globais.

O Banco Mundial anunciou que, até 2030, nada menos que 45% dos seus contratos estarão associados a critérios climáticos, divididos entre ações de mitigação e adaptação às mudanças. Sobre o Brasil, os técnicos apontaram para a criação de um imposto extra para uso de combustíveis fósseis como forma de desincentivar o seu consumo.

De acordo com o FMI, a proteção às economias demanda valores na casa dos trilhões de dólares. Quanto à produção de alimentos, o G-20 calcula centenas de bilhões de dólares a cada ano, até 2030, para o mundo empreender a transição para novos modelos. São montantes utópicos. Precisamos de abordagens realistas e inovadoras, para serem práticas.

Neste mês, os ministros de Agricultura do G-20 se reuniram na Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso. O Brasil deu uma contribuição significativa ao apresentar seu modelo de recuperação de terras. Já existe a clareza de que, para nos mantermos competitivos no agronegócio, o modo de produzir passa pela recuperação de áreas degradadas. A favor da agropecuária, por exemplo, será possível incorporar milhões de hectares.

O caminho para o resgate do clima será longo, acidentado e dispendioso. Apenas políticas públicas formuladas pelo diálogo pragmático entre governo, Congresso e Justiça, com a participação de todos os setores econômicos e a ciência, poderá superar esse desafio existencial.

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