Presidente do Conselho de Administração do Bradesco

Opinião|Temperança precisa ser propósito existencial no mundo


É triste constatar que vivemos hoje uma situação oposta à da temperança, a ponto de acharmos ser ela uma pregação utópica

Por Luiz Carlos Trabuco Cappi

Na posição de observador da vida como ela é, comentarista e agente transformador dos fatos econômicos que se sucedem, chego à centésima coluna no Estadão. Agradeço pelo privilégio de ocupar este espaço quinzenalmente. Assim, considero a escolha do tema temperança como a mais apropriada na atual conjuntura.

Ao lado da justiça, da coragem e da prudência, é a temperança um dos quatro valores cardeais da humanidade na definição de dois grandes pensadores de referência, o filósofo grego Aristóteles e o intelectual católico Tomás de Aquino. Apesar de separados por séculos, a história da civilização mostra que são eles os maiores propagadores da ideia de que é pelo caminho virtuoso que se alcança a justa proporção das coisas.

Sábios, ambos ensinam que a ponderação e a razoabilidade são conceitos úteis para superar as dificuldades e infortúnios. Com diálogo e troca de opiniões, todas as divergências podem ser superadas.

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A temperança um dos quatro valores cardeais da humanidade na definição do filósofo grego Aristóteles  Foto: Lefteris Damianidis/Adobe Stock

É triste constatar que vivemos hoje uma situação oposta à da temperança, a ponto de acharmos ser ela uma pregação utópica. Há conflitos de toda ordem, um clima de caos instalado como forma de alcançar objetivos.

Atualmente, apesar de todo o discurso em prol da austeridade, o que vemos concretamente é o surgimento de planos, propostas e pedidos de aumento de gastos. É uma agenda de alto potencial destrutivo. São valores bilionários que se tenta inserir no Orçamento da União.

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Não há como pagar todos esses compromissos, a não ser com inflação, aumento da dívida pública e emissão de moeda.

São justas as críticas em relação à dificuldade do Executivo em cortar despesas, mesmo reconhecendo-se a necessidade de se combater a desigualdade social por meio da atuação do Estado brasileiro em suas obrigações constitucionais com programas sociais, saúde, educação, aposentadorias e segurança.

Mas seria interessante que todos mantivessem a linha de austeridade que se preconiza.

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Quando deparamos com guerras, ameaças e conflitos em praticamente todas as regiões do planeta, percebemos de novo a falta da temperança, desta vez na esfera global.

Na quarta-feira, 8 de maio, comemora-se a vitória dos aliados contra o nazifascismo. É feriado em alguns países.

A homenagem aos que se sacrificaram naqueles tempos de Holocausto nos lembra dos custos de uma guerra e de como a paz é frágil.

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A temperança é o caminho universal para a construção da paz, da inclusão social e da prosperidade. Deve ser, portanto, um propósito existencial.

Na posição de observador da vida como ela é, comentarista e agente transformador dos fatos econômicos que se sucedem, chego à centésima coluna no Estadão. Agradeço pelo privilégio de ocupar este espaço quinzenalmente. Assim, considero a escolha do tema temperança como a mais apropriada na atual conjuntura.

Ao lado da justiça, da coragem e da prudência, é a temperança um dos quatro valores cardeais da humanidade na definição de dois grandes pensadores de referência, o filósofo grego Aristóteles e o intelectual católico Tomás de Aquino. Apesar de separados por séculos, a história da civilização mostra que são eles os maiores propagadores da ideia de que é pelo caminho virtuoso que se alcança a justa proporção das coisas.

Sábios, ambos ensinam que a ponderação e a razoabilidade são conceitos úteis para superar as dificuldades e infortúnios. Com diálogo e troca de opiniões, todas as divergências podem ser superadas.

A temperança um dos quatro valores cardeais da humanidade na definição do filósofo grego Aristóteles  Foto: Lefteris Damianidis/Adobe Stock

É triste constatar que vivemos hoje uma situação oposta à da temperança, a ponto de acharmos ser ela uma pregação utópica. Há conflitos de toda ordem, um clima de caos instalado como forma de alcançar objetivos.

Atualmente, apesar de todo o discurso em prol da austeridade, o que vemos concretamente é o surgimento de planos, propostas e pedidos de aumento de gastos. É uma agenda de alto potencial destrutivo. São valores bilionários que se tenta inserir no Orçamento da União.

Não há como pagar todos esses compromissos, a não ser com inflação, aumento da dívida pública e emissão de moeda.

São justas as críticas em relação à dificuldade do Executivo em cortar despesas, mesmo reconhecendo-se a necessidade de se combater a desigualdade social por meio da atuação do Estado brasileiro em suas obrigações constitucionais com programas sociais, saúde, educação, aposentadorias e segurança.

Mas seria interessante que todos mantivessem a linha de austeridade que se preconiza.

Quando deparamos com guerras, ameaças e conflitos em praticamente todas as regiões do planeta, percebemos de novo a falta da temperança, desta vez na esfera global.

Na quarta-feira, 8 de maio, comemora-se a vitória dos aliados contra o nazifascismo. É feriado em alguns países.

A homenagem aos que se sacrificaram naqueles tempos de Holocausto nos lembra dos custos de uma guerra e de como a paz é frágil.

A temperança é o caminho universal para a construção da paz, da inclusão social e da prosperidade. Deve ser, portanto, um propósito existencial.

Na posição de observador da vida como ela é, comentarista e agente transformador dos fatos econômicos que se sucedem, chego à centésima coluna no Estadão. Agradeço pelo privilégio de ocupar este espaço quinzenalmente. Assim, considero a escolha do tema temperança como a mais apropriada na atual conjuntura.

Ao lado da justiça, da coragem e da prudência, é a temperança um dos quatro valores cardeais da humanidade na definição de dois grandes pensadores de referência, o filósofo grego Aristóteles e o intelectual católico Tomás de Aquino. Apesar de separados por séculos, a história da civilização mostra que são eles os maiores propagadores da ideia de que é pelo caminho virtuoso que se alcança a justa proporção das coisas.

Sábios, ambos ensinam que a ponderação e a razoabilidade são conceitos úteis para superar as dificuldades e infortúnios. Com diálogo e troca de opiniões, todas as divergências podem ser superadas.

A temperança um dos quatro valores cardeais da humanidade na definição do filósofo grego Aristóteles  Foto: Lefteris Damianidis/Adobe Stock

É triste constatar que vivemos hoje uma situação oposta à da temperança, a ponto de acharmos ser ela uma pregação utópica. Há conflitos de toda ordem, um clima de caos instalado como forma de alcançar objetivos.

Atualmente, apesar de todo o discurso em prol da austeridade, o que vemos concretamente é o surgimento de planos, propostas e pedidos de aumento de gastos. É uma agenda de alto potencial destrutivo. São valores bilionários que se tenta inserir no Orçamento da União.

Não há como pagar todos esses compromissos, a não ser com inflação, aumento da dívida pública e emissão de moeda.

São justas as críticas em relação à dificuldade do Executivo em cortar despesas, mesmo reconhecendo-se a necessidade de se combater a desigualdade social por meio da atuação do Estado brasileiro em suas obrigações constitucionais com programas sociais, saúde, educação, aposentadorias e segurança.

Mas seria interessante que todos mantivessem a linha de austeridade que se preconiza.

Quando deparamos com guerras, ameaças e conflitos em praticamente todas as regiões do planeta, percebemos de novo a falta da temperança, desta vez na esfera global.

Na quarta-feira, 8 de maio, comemora-se a vitória dos aliados contra o nazifascismo. É feriado em alguns países.

A homenagem aos que se sacrificaram naqueles tempos de Holocausto nos lembra dos custos de uma guerra e de como a paz é frágil.

A temperança é o caminho universal para a construção da paz, da inclusão social e da prosperidade. Deve ser, portanto, um propósito existencial.

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