Lula volta a atacar o BC e diz não haver explicação para Selic a 13,75%


‘O problema é que este País tem uma cultura de juro alto’, disse o presidente

Por Denise Luna, Rayanderson Guerra, Gabriel Vasconcelos e Vinicius Neder
Atualização:

RIO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a atacar a política monetária conduzida pelo Banco Central (BC), e a independência da autoridade monetária, em discurso nesta segunda-feira, 6, no Rio. Segundo Lula, não “tem explicação” para a taxa básica de juros (a Selic, hoje em 13,75% ao ano) estar em “13,5%” (sic).

“O problema não é de banco independente”, afirmou Lula, em discurso na cerimônia de posse do novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante. “O problema é que este País tem uma cultura de juro alto”, completou o presidente, que tratou da política monetária em dois momentos do discurso.

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Lula citou especificamente a “carta” do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, numa referência ao comunicado da decisão da semana passada sobre a manutenção da Selic em 13,75% ao ano, para sustentar que não haveria motivos para os juros básicos estarem nos níveis atuais.

“É só ver a ‘carta’ do Copom para ver que é uma vergonha esse aumento (sic) de juros”, afirmou Lula, que ironizou os efeitos negativos de suas críticas à política monetária e à independência do BC sobre as cotações dos ativos do mercado de capitais. “Se eu, que fui eleito, não posso falar, quem pode? O catador de materiais recicláveis?”, questionou o presidente.

Banco Central teve independência em relação ao Executivo aprovada pelo Congresso durante o governo Bolsonaro Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADAO
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Lula criticou a substituição da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), taxa que balizava os financiamentos do BNDES desde 1994, e era fixada pelo governo federal, quase sempre abaixo do nível dos juros básicos. Desde 2018, foi substituída pela TLP, que segue as taxas de mercado.

“Por que acabaram com a TJLP?”, questionou Lula, ao defender uma atuação mais forte do BNDES no financiamento de longo prazo e às empresas de menor porte.

Lula também exortou o setor empresarial a criticar o elevado nível dos juros, dirigindo-se ao presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes, presente na plateia da cerimônia de posse de Mercadante. E sugeriu que, com o BC independente, há menos críticas atualmente.

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“A classe empresarial precisa aprender a reclamar dos juros altos. Quando o BC era dependente de mim, todo mundo reclamava de juros altos”, afirmou Lula.

No discurso, Lula ainda criticou a austeridade fiscal. E criticou o fato de o salário mínimo estar sem reajuste real “há sete anos”. Para o presidente, seria um “dever” o governo dar reajustes anuais no mínimo, e não apenas pela inflação.

“Se temos uma dívida fiscal de 30 ou 40 anos, temos uma dívida social de 100 anos, 200 anos. Uma dívida social impagável”, afirmou Lula.

RIO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a atacar a política monetária conduzida pelo Banco Central (BC), e a independência da autoridade monetária, em discurso nesta segunda-feira, 6, no Rio. Segundo Lula, não “tem explicação” para a taxa básica de juros (a Selic, hoje em 13,75% ao ano) estar em “13,5%” (sic).

“O problema não é de banco independente”, afirmou Lula, em discurso na cerimônia de posse do novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante. “O problema é que este País tem uma cultura de juro alto”, completou o presidente, que tratou da política monetária em dois momentos do discurso.

Lula citou especificamente a “carta” do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, numa referência ao comunicado da decisão da semana passada sobre a manutenção da Selic em 13,75% ao ano, para sustentar que não haveria motivos para os juros básicos estarem nos níveis atuais.

“É só ver a ‘carta’ do Copom para ver que é uma vergonha esse aumento (sic) de juros”, afirmou Lula, que ironizou os efeitos negativos de suas críticas à política monetária e à independência do BC sobre as cotações dos ativos do mercado de capitais. “Se eu, que fui eleito, não posso falar, quem pode? O catador de materiais recicláveis?”, questionou o presidente.

Banco Central teve independência em relação ao Executivo aprovada pelo Congresso durante o governo Bolsonaro Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADAO

Lula criticou a substituição da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), taxa que balizava os financiamentos do BNDES desde 1994, e era fixada pelo governo federal, quase sempre abaixo do nível dos juros básicos. Desde 2018, foi substituída pela TLP, que segue as taxas de mercado.

“Por que acabaram com a TJLP?”, questionou Lula, ao defender uma atuação mais forte do BNDES no financiamento de longo prazo e às empresas de menor porte.

Lula também exortou o setor empresarial a criticar o elevado nível dos juros, dirigindo-se ao presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes, presente na plateia da cerimônia de posse de Mercadante. E sugeriu que, com o BC independente, há menos críticas atualmente.

“A classe empresarial precisa aprender a reclamar dos juros altos. Quando o BC era dependente de mim, todo mundo reclamava de juros altos”, afirmou Lula.

No discurso, Lula ainda criticou a austeridade fiscal. E criticou o fato de o salário mínimo estar sem reajuste real “há sete anos”. Para o presidente, seria um “dever” o governo dar reajustes anuais no mínimo, e não apenas pela inflação.

“Se temos uma dívida fiscal de 30 ou 40 anos, temos uma dívida social de 100 anos, 200 anos. Uma dívida social impagável”, afirmou Lula.

RIO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a atacar a política monetária conduzida pelo Banco Central (BC), e a independência da autoridade monetária, em discurso nesta segunda-feira, 6, no Rio. Segundo Lula, não “tem explicação” para a taxa básica de juros (a Selic, hoje em 13,75% ao ano) estar em “13,5%” (sic).

“O problema não é de banco independente”, afirmou Lula, em discurso na cerimônia de posse do novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante. “O problema é que este País tem uma cultura de juro alto”, completou o presidente, que tratou da política monetária em dois momentos do discurso.

Lula citou especificamente a “carta” do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, numa referência ao comunicado da decisão da semana passada sobre a manutenção da Selic em 13,75% ao ano, para sustentar que não haveria motivos para os juros básicos estarem nos níveis atuais.

“É só ver a ‘carta’ do Copom para ver que é uma vergonha esse aumento (sic) de juros”, afirmou Lula, que ironizou os efeitos negativos de suas críticas à política monetária e à independência do BC sobre as cotações dos ativos do mercado de capitais. “Se eu, que fui eleito, não posso falar, quem pode? O catador de materiais recicláveis?”, questionou o presidente.

Banco Central teve independência em relação ao Executivo aprovada pelo Congresso durante o governo Bolsonaro Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADAO

Lula criticou a substituição da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), taxa que balizava os financiamentos do BNDES desde 1994, e era fixada pelo governo federal, quase sempre abaixo do nível dos juros básicos. Desde 2018, foi substituída pela TLP, que segue as taxas de mercado.

“Por que acabaram com a TJLP?”, questionou Lula, ao defender uma atuação mais forte do BNDES no financiamento de longo prazo e às empresas de menor porte.

Lula também exortou o setor empresarial a criticar o elevado nível dos juros, dirigindo-se ao presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes, presente na plateia da cerimônia de posse de Mercadante. E sugeriu que, com o BC independente, há menos críticas atualmente.

“A classe empresarial precisa aprender a reclamar dos juros altos. Quando o BC era dependente de mim, todo mundo reclamava de juros altos”, afirmou Lula.

No discurso, Lula ainda criticou a austeridade fiscal. E criticou o fato de o salário mínimo estar sem reajuste real “há sete anos”. Para o presidente, seria um “dever” o governo dar reajustes anuais no mínimo, e não apenas pela inflação.

“Se temos uma dívida fiscal de 30 ou 40 anos, temos uma dívida social de 100 anos, 200 anos. Uma dívida social impagável”, afirmou Lula.

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