RIO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o governo federal tem atuado para assegurar o equilíbrio fiscal e uma reforma tributária. O chefe do Executivo afirmou durante evento do Future Investment Initiative (FII) Institute, organização sem fins lucrativos apoiada pelo FIP (fundo soberano da Arábia Saudita) e 30 empresas globais, que o aumento da arrecadação e a queda da taxa de juros criarão um ambiente favorável para os investidores.
“Estamos arrumando a casa e colocando as contas públicas em ordem para assegurar o equilíbrio fiscal. O aumento da arrecadação e a queda da taxa de juros permitirão a redução do déficit sem comprometer a capacidade de investimento público. A reforma tributária tornará nosso regime mais eficiente e mais justo, deixando de punir os mais pobres e dando mais competitividade para a economia”, afirmou Lula.
Segundo o presidente, “a coisa mais importante para o investidor é a estabilidade” e, para ele, “o Brasil tem (isso) de sobra para oferecer.”
“Contrariando as expectativas pessimistas, nosso PIB cresceu 2,5% nos últimos doze meses. Até o final do mandato poderemos ser a sexta economia mundial, hoje somos oitava. Restabelecemos a política de valorização do salário mínimo e reestruturamos programas sociais. O Brasil se firma no cenário internacional como um porto seguro”, disse.
Lula citou os recentes ataques a democracia brasileira e afirmou que as instituições resistiram à tentativa de desmonte por forças extremistas.
“Nossas instituições sobreviveram à tentativa de desmonte do Estado brasileiro. A democracia prevaleceu sob os ataques de forças extremistas”, disse.
Para uma plateia de investidores e de autoridades, o petista ressaltou que o Brasil detém as melhores condições climáticas e energéticas para a atração de investimentos e disse que o mercado “não é uma entidade abstrata apartada da política e sociedade. Não se sustenta sem estabilidade política e social.”
“Temos potencial extraordinário para nos tornar maior produtor de hidrogênio do mundo”, disse Lula, acrescentando que “quando se fala da questão climática e energética, não tem nenhum país que pode oferecer” o que Brasil oferece e que “quando (o País) começar a explorar a Margem Equatorial”, daremos um salto de produção.
O presidente ressaltou a aproximação entre o Brasil e a Arábia Saudita.
“Já é passada a hora de reconhecer o crescente peso de países como Arábia Saudita e Brasil, sócios cada vez mais próximos, e parceiros dos Brics. Arábia Saudita sempre terá no Brasil um aliado privilegiado”, afirmou.